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Afeto pode ser determinante na cura da depressão em idosos

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Envelhecer com saúde é um dos desafios do mundo moderno, sobretudo nos países subdesenvolvidos. Se, por um lado, aumenta-se a expectativa de vida, por outro, a prevalência de doenças crônicas, ou seja, aquelas doenças prolongadas que duram por tempo indeterminado, são as que mais acometem os idosos. Dos transtornos mentais a depressão é uma das  que mais preocupa o profissional de saúde. Há motivos para essa preocupação. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, a depressão se torna mais comum com o avançar da idade.  Cerca de 11,1% das pessoas entre 60 e 64 anos são diagnosticadas com a doença.

Apesar de ser uma doença frequente em todas as fases da vida, estima-se que 15% dos idosos apresentem alguns sintomas depressivos e cerca de 2% tenham depressão grave. “Esses números são ainda maiores entre os idosos internados em asilos ou hospitais”, afirma a geriatra Livia Terezinha Devens. “Por isso que a presença da família e a reinserção do idoso na comunidade é tão importante. A falta de atividades pode se tornar um fator de risco para a saúde dos idosos e torna-los mais suscetíveis à doença”, completa.

Identificar e tratar a depressão na fase da velhice, não é uma tarefa fácil, garante a especialista, mas o acompanhamento médico e a presença familiar podem ser determinantes tanto para diagnosticar quanto para a cura. Ela reforça que normalmente, nos idosos, os sintomas da depressão são facilmente confundidos com  os de várias outras doenças e, muitas vezes, considerados, equivocadamente, como  “coisa normal de velho”.

“O idoso não apresenta, geralmente, os sintomas mais comuns da depressão, que é a perda do interese do prazer para fazer suas coisas . Ele tende a ter mais queixa de dores pelo corpo, prisão de ventre, dificuldades com a concentração e o sono, além de outros sintomas “mascarados”. Tende a se isolar, tomar medicamentos errados, enfim, complica mais a sua saúde. E o grande problema disso é que, para a família, esse é um quadro normal da velhice”, explica.

Segundo a geriatra, por esse motivo, muitas vezes, a depressão na população idosa passa despercebida. “É muito importante que a família perceba que não é normal e leve o idoso ao profissional de saúde”, recomenda.

A especialista reforça que é preciso inserir o idoso em atividades coerentes com as suas condições físicas e mentais, pois a inatividade é propícia para depressão. “Se os laços familiares estão enfraquecidos, é preciso fortalecê-los. Se há isolamento, é necessário que o idoso participe de atividades coletivas. Além do tratamento médico, que é importante nesse processo”, reforça. “É fundamental fazer com que esse indivíduo se sinta parte de algo na família, em grupos religiosos, em grupos de atividade física, na vida comunitária”, acrescenta.

Buscando promover um ambiente democrático e acolhedor para tratar de temas delicados que envolvem a fase da velhice, prestando esclarecimento de dúvidas, dicas e orientações voltadas para o bem-estar e a saúde da pessoa idosa, o Hospital Metropolitano realiza, no dia 1 de agosto, mais uma edição do Seminário de Geriatria, com o tema: “Depressão e pessoa idosa – Como é?”.

O evento é aberto ao público e voltado para idosos, familiares, profissionais da saúde e cuidadores de idosos.  As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo inscrever pelo email: lmenezes@metropolitano.org.br ou pelo telefone (27) 2104-7266.

Fique alerta!

Um situação que acontece muito e que pode indicar um caso de depressão é o idoso começar a se queixar de dores, por exemplo, e ao ser levado para atendimento médico e submetido a exames, não encontrar nada que possa estar causando as dores. Insônia, falta de apetite, cansaço, sonolência excessiva durante o dia também podem ser indícios da doença na terceira idade.

Fonte: ES Hoje

 

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