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Amazon quer transformar lojas de departamento falidas em centros de distribuição

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A Simon Property Group, maior rede de shoppings dos EUA, está negociando com a Amazon a possibilidade de transformar os espaços deixados por grandes lojas de departamentos, que entraram com pedido de falência por causa da pandemia de coronavírus, em centros de distribuição para a gigante do varejo on-line.

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De acordo com o Wall Street Journal, fontes a par da negociação informaram que as conversas focam nas lojas abandonadas ou ainda ocupadas pela J.C. Penney e pela Sears. As duas tradicionais varejistas deram entrada no pedido de recuperação judicial e, como parte dos planos, fecharam dezenas de estabelecimentos.

De acordo com seu mais recente relatório, de maio, a Simon possui 63 lojas da J.C. Penney e 11 da Sears em seus shoppings. Contudo, não está claro quantos desses espaços estão sendo considerados pela Amazon. E existe a possibilidade de o negócio nem ser fechado.

Geralmente, a Amazon ocupa armazéns para montar seus centros de distribuição, que têm o aluguel mais em conta. Nesses espaços, a empresa mantém estoques de diversos produtos, de livros a eletrônicos, para agilizar a entrega ao consumidor final. Os shoppings são atraentes para este modelo de negócios, por estarem mais próximos de zonas residenciais.

A negociação reflete a tendência do varejo nas últimas décadas — que vem migrando do físico para o digital — e foi acelerada pela pandemia. Com os shoppings fechados, grandes redes varejistas viram seus negócios, que já não andavam bem, irem por água abaixo.

Além da J.C. Penney e da Sears, a Lord & Taylor e a Neiman Marcus entraram com pedido de recuperação judicial. A Nordstrom fechou 16 lojas nos últimos meses.

Essas lojas de departamentos são classificadas como “âncoras”, por serem marcas conhecidas, que vendem de tudo, e atraem consumidores para os shoppings. Com o fechamento delas, e sem concorrentes interessados neste mercado em crise, os donos shoppings precisam buscar soluções para ocupar esses grandes espaços privilegiados em suas propriedades.

A Amazon pode ser uma das saídas. Enquanto o varejo físico enfrenta uma de suas piores crises na história por causa da pandemia, a Amazon registrou no segundo trimestre do ano seu maior lucro trimestral nos seus 26 anos de existência.

— Para substituir as lojas de departamentos, donos de shoppings consideraram escolas, consultórios médicos e moradia para idosos. Com a pandemia, a indústria é a única coisa que restou — afirmou Camille Renshaw, diretora executiva da firma de investimentos imobiliários B+E.

Caso o negócio se materialize, representará uma mudança profunda no modelo tradicional de shoppings. Por décadas, os centros comerciais confiaram nas lojas âncoras para atrair consumidores para os restaurantes e os varejistas menores. Muitos contratos possuem até mesmo cláusulas que garantem descontos nos aluguéis se esses espaços ficarem ociosos.

E os lojistas não devem ficar contentes com o possível novo vizinho. Um centro de distribuição da Amazon não teria o poder de atrair consumidores. Além disso, a presença nos shoppings facilitaria a logística da empresa que muitos consideram o maior concorrente do varejo físico.

Fonte: cennoticias

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/08/11/anvisa-deve-modernizar-regra-de-registro-de-medicamentos-inovadores/

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