Os pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) avançado ou metastático, cujos tumores são ALK-positivos, agora contam com mais uma opção no combate à doença. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou o uso de Lorbrena (lorlatinibe) no tratamento de primeira linha da enfermidade, após a mesma validação ser concedida pela FDA, agência federal do departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.
O Lorbrena, medicamento da Pfizer, contribui na redução dos tumores e aumento da sobrevida de pessoas com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) positivo para quinase do linfoma anaplásico (ALK). Trata-se de um novo inibidor de ALK de terceira geração que é mais potente do que os inibidores de segunda geração em estudos bioquímicos e celulares e tem a cobertura mais ampla de mutações de resistência de ALK que foram identificadas. O lorlatinibe foi desenvolvido para atravessar a barreira hematoencefálica com o objetivo de alcançar altas exposições no SNC.
A aprovação da indicação de primeira linha foi baseada nos resultados do estudo de Fase 3 “CROWN”, publicado pelo The New England Journal of Medicine, que mostrou uma redução de 72% no risco de progressão ou morte vs o crizotinibe. Uma análise de pacientes com metástases cerebrais mensuráveis na base de referência mostrou que, entre esses pacientes, a taxa de resposta objetiva intracraniana foi de 82% (IC de 95%, 57 a 96) no braço do lorlatinibe e 23% (IC de 95%, 5 a 54) no braço do crizotinibe.
“O CPNPC com a mutação ALK é um subtipo de câncer de pulmão que muitas vezes acomete jovens e tem o diagnóstico tardio, muitas vezes já em fase metastática, ou seja, quando o tumor acomete também outros órgãos, além do pulmão. Ter esta ampliação de atuação em tratamento terá um impacto na vida de milhares de pessoas pois trata-se de um medicamento com respostas muito positivas no combate à doença”, afirma diretora médica da Pfizer, Márjori Dulcine.
A Pfizer tem sido a pioneira no fornecimento de terapias baseadas em biomarcadores e no atendimento às necessidades diversificadas e em evolução de pessoas com câncer de pulmão de células não pequenas, por mais de uma década.
A aprovação suplementar de Lorbrena na agência reguladora de medicamentos dos EUA ocorreu dentro do Projeto ORBIS. A iniciativa introduzida em 2019 fornece estrutura para possíveis envios simultâneos e revisão colaborativa com autoridades de saúde no Canadá, Cingapura, Suíça, Austrália, Brasil e Reino Unido. No Projeto ORBIS, a colaboração entre reguladores internacionais pode permitir que pessoas com câncer tenham acesso antecipado a produtos em outros países.
É importante reforçar que o tratamento do câncer de pulmão depende do chamado tipo histológico (quanto núcleos das células do tumor estão diferentes do tecido normal) e qual estágio da doença. A partir deste ponto se define as opções que podem ser: cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, e/ou modalidades combinadas como terapia-alvo.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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