Em decisão publicada nesta quinta-feira, dia 22, a Diretoria Colegiada da Anvisa determinou uma simplificação das regras para a importação de medicamentos e vacinas contra a Mpox. A decisão é uma resposta ao alerta de emergência global emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A flexibilização das normas tem caráter “provisório e excepcional”, e retira a obrigação de registro para uma lista de fármacos já aprovados previamente por entidades de vigilância sanitária de todo o mundo, incluindo a Anvisa, OMS, Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e o FDA.
Liberação de medicamentos e vacinas contra Mpox é preventiva
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde confirmam o diagnóstico de 700 casos da Mpox no Brasil em 2024. Nísia Trindade, ministra da saúde, garantiu, no entanto, que uma nova pandemia não é uma possibilidade: “Trata-se de alerta e é muito importante frisar isso, mas não de uma situação que devemos ter alarme, no sentido de uma pandemia”, afirma.
Um ponto de alívio para a população está na ausência de casos no país com a variante 1B do vírus, maior fonte de preocupação da OMS. No atual momento, a recomendação de vacinação ainda não está nos planos do governo, mas, em caso de eventual adoção, a imunização seria feita em grupos específicos, e não em larga escala, de acordo com Nísia.
Mesmo sem uma perspectiva para o início da vacinação, o Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) da UFMG já solicitou autorização para iniciar sua primeira fase de testes com humanos. Um imunizante está nos planos de estudo da universidade há dois anos, desde o primeiro alerta emitido pela Organização Mundial da Saúde