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Após desenvolver medicamento a base de canabidiol, empresa de Valinhos aguarda liberação da Anvisa para plantar canabis

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Regulamentação para cultivo da planta deve ser discutido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária ainda este mês. Criança de 11 anos trata a epilepsia há quatro anos com canabidiol.

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Após desenvolver um medicamento a base de canabidiol para tratamento de epilepsia, uma empresa de Valinhos (SP) aguarda autorização da Anvisa para cultivar o canabis no Brasil. A regulamentação deve ser analisada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda este mês.

A expectativa de pesquisadores e usuários é de que uma produção nacional ajudaria a diminuir os custos de medicamentos que atualmente são importados e podem custar até R$ 5 mil.

Em Valinhos, uma companhia trabalha há um ano e meio no desenvolvimento de um medicamento brasileiro a base de canabidiol, uma espécie de “extrato da maconha”. A matéria-prima foi importada do Canadá e a extração da substância feita em parceria com a Unicamp.

“Desde então a gente está desenvolvendo todo o processo de produção até chegar a um produto acabado, que vai se tornar um candidato a medicamento para passar em todos os testes clínicos e, então, obter os registros para ser comercializado”, explica Caio Abreu, diretor da empresa.

Em Valinhos, o laboratório da companhia já realizou a formulação e estudos da estabilidade do medicamento. O grupo possui um galpão e aguarda apenas a liberação por parte da Anvisa para investir no plantio da canabis para fins medicinais.

Uso do canabidiol

Uma das aplicações do canabidiol ocorre em pacientes com epilepsia. João, de 11 anos, chegou a sofrer até 150 crises por dia antes de começar o tratamento com o medicamento importado, há quatro anos. Nenhum outro remédio havia feito efeito para o menino.

Atualmente, para importar o medicamento a base de canabidiol para o Brasil o paciente precisa de receita, laudo e um termo de autorização da Anvisa.

Além disso, precisa arcar com os custos, que podem chegar a R$ 5 mil por mês. No caso de João, a família conseguiu na Justiça que o governo fornecesse o medicamento.

“Se a gente for pensar no que era o João antes, e o João hoje, praticamente é 100%. Hoje o João não chega a ter uma crise convulsiva, é um pequeno espasmo que mal a gente consegue perceber”, destaca Joseane Aparecida Alves, mãe do garoto.

De acordo com Caio Abreu, a expectativa da empresa é reduzir em até dez vezes o custo de produção do medicamento a base de canabidiol com o cultivo da canabis no Brasil. Não há, no entanto, um prazo para liberação do plantio em solo brasileiro.

Atuação na região

Além da empresa em Valinhos, um grupo farmacêutico que possui um medicamento a base de canabidiol investe na divulgação do produto na região de Campinas (SP). Consultores científicos trabalham para esclarecer dúvidas de médicos sobre a aplicação ou prescrição do produto para tratamentos.

“Acreditamos que o uso terapêutico correto do canabidiol é também um projeto educacional, com quebra de paradigmas e abertura de novos tratamentos médicos de modo seguro e ético”, destaca a companhia, que auxilia os pacientes com indicação para o uso do produto no processo de importação.

Fonte: Portal Campinas e Região

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/18/basf-cria-plataforma-para-pequenas-farmaceuticas/

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