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Aumento da gasolina faz FGV elevar projeção da inflação para o mês de janeiro

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O reajuste de R$ 0,15 no litro da gasolina, nas refinarias, anunciado pela Petrobras e que começa a valer nesta quarta-feira (12), eleva a projeção da inflação para o primeiro mês de 2022.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) trabalhava com a marca de 0,3%. Com a decisão da estatal, o patamar subiu 33%, o equivalente a 0,1 ponto percentual, e agora está em 0,4%.

Apesar de o aumento anunciado pela Petrobras ser 4,85%, a previsão é de que, nas bombas, o impacto seja de 2%. Isto porque a gasolina comum para veículos, disponível nos postos de combustíveis, não é pura como a das refinarias.

Ela conta com 27% de etanol anidro, mistura obrigatória, imposta por lei.

Coordenador dos Índices de Preços da FGV, o economista André Braz destaca que o impacto em janeiro não será maior por causa da data em que foi anunciado o reajuste.

‘Como ocorreu quase na metade do mês, vamos captar em janeiro 50% do impacto deste aumento. Cada 1% de aumento da gasolina tem impacto de 0,07 ponto percentual na inflação daquele mês. E não estamos considerando o impacto do diesel, que onera o transporte público e o frete, porque é muito mais espalhado na economia e difícil de mensurar’, explica Braz.

O economista destaca ainda que o reajuste neutralizou a redução de preços da gasolina, anunciada em 15 de novembro, pela Petrobras. Na ocasião, o custo para as distribuidoras passou de R$ 3,19 por litro para R$ 3,09.

O preço do produto nos postos de combustíveis recuou nas últimas nove semanas consecutivas, de acordo com o Sistema de Levantamento de Preços (SLP) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Segundo a Associação Brasileira de Importadoras de Combustíveis (Abicom), o reajuste faz com que a Petrobras corrija a defasagem dos preços praticados em relação ao mercado internacional.

Até o anúncio, a entidade apontava que a diferença era de R$ 0,20 por litro, como destaca Sérgio Araújo, presidente da entidade.

‘Os reajustes já eram esperados pelo mercado, pois os preços praticados estavam muito abaixo da paridade de importação. A prática de preços alinhados ao mercado internacional é um compromisso da empresa com os seus acionistas e também com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)’, destaca.

Na terça-feira (11), o IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial, que fechou 2021 com alta de 10,06%. Apontada como uma das principais vilãs do ano, a gasolina apresentou aumento médio de 46% ao longo dos últimos 12 meses, segundo dados do SLP/ANP.

Fonte: CNN Brasil

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/gasolina-comum-volta-a-registrar-queda-e-preco-medio-fica-em-r-641/

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