O Estado de São Paulo registrou um aumento de casos de escarlatina nos últimos meses. Segundo o Estadão, de janeiro a outubro de 2023, foram notificados 31 surtos da doença, sem nenhum óbito, sendo um em fevereiro, um em junho, um em julho, nove em agosto, seis em setembro, dez em outubro e três em novembro.
O número é muito maior que o registrado em anos anteriores. Em todo o ano passado, quatro surtos da doença foram contabilizados, também sem óbitos. Em 2021, o único surto de escarlatina ocorreu em maio.
O que é escarlatina?
A escarlatina é uma doença infeciosa aguda caracterizada por febre alta e um rash cutâneo de cor vermelho-vivo. Esta infecção é causada por uma bactéria chamada Estreptococo beta hemolítico do grupo A e pode ser transmitida por meio de tosse ou espirro, bem como contato próximo com objetos contaminados.
Esta bactéria é extremamente contagiosa e a infecção pode se espalhar rapidamente, especialmente em áreas com muita gente. Quando alguém inala ou toca no microrganismo, a bactéria penetra na pele e causa infecção.
A doença é mais comum em crianças entre 5 e 15 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade. Se não for tratada corretamente, a infecção pode levar a complicações graves e, às vezes, fatais. É por isso que é importante reconhecer os sintomas e tratar rapidamente.
Sintomas
Os principais sintomas da escarlatina são: febre alta, dor de garganta e rash cutâneo característico com manchas vermelhas vívidas que podem se espalhar por todo o corpo. As manchas cutâneas geralmente são dolorosas e começam nos membros e tronco e, à medida que a doença progride, se espalham pelo corpo inteiro.
Se não for tratada corretamente, a escarlatina pode levar a complicações graves, como infecção dos rins, ossos, articulações e outros órgãos. Além disso, pode ocorrer uma condição chamada miocardite, uma infecção do músculo cardíaco.
Diagnóstico, tratamento e prevenção
O diagnóstico de escarlatina é feito com base nos sintomas físicos e, às vezes, com testes laboratoriais que detectam o estreptococo do grupo A no corpo. O médico também fará um exame físico para certificar-se de que os sintomas são devidos à doença.
O tratamento consiste em medicamentos específicos para combater a bactéria, que incluem antibióticos, que podem diminuir ou prevenir as complicações da infecção. Se não forem tratados corretamente, os sintomas da escarlatina podem persistir por algumas semanas.
A melhor forma de prevenir a escarlatina é lavar as mãos com frequência e evitar contato com objetos pessoais, alimentos e pessoas que estejam doentes.
Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação.