O balanço da Viveo já não era tido como um dos mais promissores pelos analistas do mercado financeiro. Mas os resultados da distribuidora ficaram abaixo da expectativa dos especialistas. As informações são do Pipeline do Valor Econômico.
Além de um salto na alavancagem e da deterioração nas margens, o lucro líquido da companhia foi o indicador mais afetado. Ainda no terreno positivo, totalizando R$ 3 milhões no primeiro trimestre, houve uma queda de 92% em comparação com o mesmo período do ano passado.
A divulgação dos resultados teve impacto significativo na Bolsa de Valores. Na última sexta-feira, dia 10, as ações chegaram a cair 23% durante o pregão e fecharam com uma desvalorização de 19,8%.
Balanço da Viveo agravou crise
Apesar de o mais recente balanço da Viveo ter motivado uma nova queda nas ações, esse é um movimento que vem sendo comum durante o ano. De janeiro para cá, as ações caíram 72%.
Hoje, a empresa é avaliada em R$ 1,2 bilhão. A título de comparação, quando entrou na B3, há cerca de três anos, a companhia tinha um valor estimado na casa dos R$ 5,7 bi.
Para os especialistas, a situação exigirá que a Viveo busque uma solução para a alavancagem, como a capitalização. Tal manobra, ainda uma possibilidade, motivou o Bank of America a rebaixar os papéis da companhia antes mesmo do balanço.
Fluxo de caixa ficou no vermelho
Outros resultados negativos revelados dizem respeito ao fluxo de caixa operacional, que ficou negativo em R$ 477 milhões. A dívida líquida também subiu 13% e agora a relação para o Ebitda já é de 2,97 vezes.
A reportagem procurou a empresa, que não deu entrevista. Durante vídeo-chamada com os investidores, a Viveo declarou que acredita em um segundo semestre mais positivo.
