A lista dos sete maiores bilionários brasileiros do canal farma em 2023, elaborada pela revista Forbes, traz quatro representantes da indústria farmacêutica e três empresários das duas maiores redes de farmácias do país. Muito além de refletir um sucesso individual, a relação reforça o crescente protagonismo do setor, embora os ganhos ainda estejam bem distantes de exemplos do Exterior.
Na primeira colocação está Maurizio Billi, presidente da Eurofarma, com uma fortuna de R$ 16 bilhões. Ele ingressou na companhia em 1977 e assumiu o comando da organização no fim da década de 90, sucedendo o pai Galliano Billi.
O CEO do Grupo NC, Carlos Eduardo Sanchez, ocupa a segunda posição na lista, com patrimônio de R$ 7,3 bilhões. O executivo é filho de Emiliano Sanchez, fundador da EMS. Fechando o top 3 está João Alves de Queiroz Filho, fundador da Hypera Pharma, com saldo de R$ 6,8 bilhões. A indústria farmacêutica ainda tem na relação o empresário João Adibe Marques (R4 4,75 bi), que ingressou no segmento aos 15 anos ao lado do pai, João de Castro Marques.
Representando o varejo farmacêutico, Carlos Pires de Oliveira, acionista da RaiaDrogasil, acumula patrimônio de 5,7 bilhões. O executivo faz parte da família fundadora da Drogasil e esteve à frente da empresa até a fusão com a Droga Raia em 2011. Antônio Carlos Pipponzi, presidente do Conselho de administração da RaiaDrogasil e integrante da família fundadora da Droga Raia, também figura no top 7, com valor de R$ 3,64 bilhões.
Samuel Barata, sócio majoritário do Grupo DPSP, formado pelas redes Drogaria São Paulo e Drogarias Pacheco, acumulou R$ 5 bilhões. O empresário adquiriu a Pacheco em 1977 e permaneceu no comando da companhia até 2011, após a fusão com a Drogaria São Paulo.
Fortuna dos bilionários brasileiros bem distante dos EUA
Traçando um paralelo entre os bilionários brasileiros e o mercado norte-americano, a realidade é bem divergente.
Os 15 CEOs com as maiores remunerações em 2022 receberam, ao todo, US$ 472 milhões em salários e bonificações, o equivalente a mais de R$ 2,3 bilhões. Sim, eles receberam, em apenas um ano, cifras próximas aos ganhos acumulados dos empresários do Brasil.
Leonard Schleifer, que comanda a biofarmacêutica norte-americana Regeneron, teve direito a US$ 135,35 milhões (R$ 667,2 milhões), dos quais US$ 130 milhões correspondem a prêmios em ações.
Segundo lugar na lista, Stanley Erck, da também norte-americana Novavax, recebeu “apenas” US$ 48,07 milhões (R$ 236,9 milhões). O laboratório mirou todos os seus esforços na vacina que fará parte do consórcio Covax-Facility, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
