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BNDES aprova R$ 1,39 bi de financiamento para farmacêuticas

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Foto: Canva

O BNDES aprovou mais um montante recorde em financiamento para farmacêuticas. Durante solenidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin, a instituição anunciou a liberação de R$ 1,39 bilhão para financiar planos de pesquisa, desenvolvimento e inovação de três indústrias brasileiras.

O banco destinou R$ 500 milhões para a EMS, o mesmo valor para a Eurofarma e R$ 390 milhões para o Aché. Segundo o presidente do BNDES, Aloísio Mercadante, a projeção é que as farmacêuticas brasileiras passem a ofertar medicamentos inéditos com redução de, no mínimo, 35% no preço ao consumidor.

“É um setor fundamental que gera muita inovação tecnológica, além de ter um papel decisivo na sobrevida, na qualidade de vida da população. O que estamos fazendo hoje aqui não é mais só produzir genéricos, mas é começar a desenvolver novas rotas tecnológicas, novos produtos. Nós vamos registrar produtos aqui nos Estados Unidos, na União Europeia, nos mercados mais sofisticados, e estamos financiando projetos de inovação de ponta da indústria de saúde, que é um orgulho do país e vai cada vez ser mais importante”, afirma.

A EMS deverá alocar esses recursos para a produção de oito genéricos para o combate ao diabetes e ao câncer. Também prevê 17 fármacos inovadores nas categorias de analgésicos, antialérgicos e anti-inflamatórios, além de tratamentos para casos de ansiedade, insônia e náusea.

“Estamos trabalhando fortemente para levar cada vez mais produtos inovadores para as pessoas. Nesse sentido, o aporte do BNDES tem um importante significado para nós e corrobora com a nova era que vivemos – a dos estudos incrementais, das tecnologias inovadoras, disruptivas, inéditas e pioneiras, que continuarão promovendo bem-estar e ampliando o acesso à saúde”, ressalta Marcus Sanchez, vice-presidente da EMS.

A Eurofarma, por sua vez, projeta executar em torno de 60 projetos de inovação radical e incremental, contemplando as divisões de genéricos e biossimilares. Os trabalhos serão concentrados no Eurolab, centro de pesquisa da companhia em Itapevi (SP).

Já o Aché tem mais de 70 projetos no pipeline, com foco em doenças como insuficiência cardíaca, diabetes, doença renal crônica, câncer mieloma, asma e obesidade. A farmacêutica também erguerá um laboratório de P&D de medicamentos de alta potência em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo (SP). Uma área já construída de 170 m² será utilizada para a implantação, que terá um custo total de R$ 8,9 milhões – R$ 3,4 milhões para readequação e R$ 5,5 milhões em máquinas, equipamentos e utensílios.

Financiamento para farmacêuticas vem sendo generoso

Desde janeiro de 2023 até o mês passado, as aprovações de financiamento para farmacêuticas somaram R$ 4,5 bilhões – valor recorde da série histórica iniciada em 1995. De janeiro a julho deste ano, somente no segmento da indústria farmacêutica, o total aprovado nos primeiros sete meses de 2024 já alcançou R$ 2,1 bilhões, valor 33% superior ao registrado em todo o ano passado (R$ 1,51 bilhão).

O governo Lula, aliás, é o que mais vem contribuindo para irrigar recursos na indústria nacional. A atual gestão petista é a que registra a maior média anual de créditos concedidos ao setor por meio do BNDES. Neste ano, os recursos liberados são superiores ao de todo o intervalo entre 2004 a 2024.

Duas outras grandes farmacêuticas, recentemente, também recorreram à instituição. No último ano, a Biolab pleiteou o acesso a R$ 398,6 milhões para implantação da nova planta em Pouso Alegre (MG). Em 2024 foi a vez de a Hypera Pharma obter R$ 500 milhões para acelerar seu plano de inovação.

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