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Financiamento do BNDES garante R$ 500 milhões à Hypera

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Financiamento do BNDES garante R$ 500 milhões à Hypera
Foto: Divulgação

Um financiamento do BNDES acaba de garantir crédito de R$ 500 milhões para a Hypera Pharma. Com esse recurso, a indústria farmacêutica projeta investir na pesquisa de medicamentos inovadores até 2026, inclusive utilizando princípios ativos não disponíveis atualmente no mercado nacional.

Segundo informações da Agência Brasil, o financiamento integra o programa BNDES Mais Inovação, com custo financeiro em Taxa Referencial (TR). A Hypera aposta especialmente em remédios para o tratamento de alergias, diabetes, doenças cardíacas e distúrbios associados à saúde mental.

O plano de inovação da indústria farmacêutica contempla o desenvolvimento de novas formulações, associações de fármacos, concentrações de ativos e ainda a busca por novos medicamentos genéricos.

A liberação do aporte também vai ao encontro do projeto governamental para incentivar a formação de um Complexo Econômico Industrial de Saúde, que visa a mitigar carências do SUS e reduzir a dependência de insumos farmacêuticos do Exterior.

“O fortalecimento de um complexo industrial da saúde resiliente e inovador é uma das missões da Nova Indústria Brasil. Investimentos no setor farmacêutico, no âmbito do Plano Mais Produção, são essenciais para a ampliação da oferta de tratamentos à população brasileira e a redução do custo para o consumidor final”, declarou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Financiamento do BNDES chega em momento de incerteza

O financiamento do BNDES chega em boa hora para a Hypera Pharma. Previsões de analistas apontavam para uma desaceleração dos resultados da indústria farmacêutica nos próximos meses.

De acordo com avaliação de Ruy Hungria, da Empiricus, o mercado farmacêutico deve entrar em uma espécie de ressaca em função das altas temperaturas em 2023, que afetaram as vendas de produtos de inverno.

“Uma queda nas vendas de medicamentos já era esperada com o fim da pandemia. O que ninguém esperava era o inverno mais quente dos últimos 60 anos, o que faria despencar os casos de gripe e as vendas”, afirma o executivo.

A maior participação de antigripais nos resultados da Hypera pesou e fez o sell-out despencar. Isso já seria ruim, mas há outro ponto importante. Como normalmente acontece, as farmácias tendem a aumentar os pedidos antes do reajuste anual de medicamentos e antes da temporada de gripe, que não veio em 2023.

Esse descasamento entre aumento nos pedidos das farmácias e queda das vendas na ponta final sugere estoques acima da média nas farmácias neste momento. Isso deveria levar algum tempo para normalizar, especialmente se o inverno de 2024 não trouxer aumento nos casos de gripe. Até lá, é provável que as vendas da Hypera continuem afetadas.

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