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Briga pelas vacinas: Gamaleya vai processar Anvisa

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As constantes manifestações contrárias de autoridades brasileiras à aquisição da Sputnik V levaram os desenvolvedores da vacina russa a informar que vão processar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por difamação. De acordo com o laboratório, a agência fez declarações incorretas e enganosas sem testar o imunizante, além de ter desconsiderado um documento oficial que foi encaminhado.

Veja também: Covid: UFMG receberá R$ 30 milhões para testar nova vacina

O Gamaleja Instituto de Epidemiologia e Microbiologia, laboratório biológico russo responsável pela produção da vacina informou, nesta quinta-feira, que vai processar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por difamação. De acordo com a empresa, a agência espalhou, intencionalmente, ‘informações falsas e imprecisas’ contra o laboratório antes de ter testado a vacina.

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‘Após a admissão do regulador brasileiro Anvisa de que não testou a vacina Sputnik V, a Sputnik V está iniciando um processo judicial de difamação no Brasil contra a Anvisa por espalhar informações falsas e imprecisas intencionalmente’, desenvolvedores do imunizante nas redes sociais.

Segundo publicações feitas no Twitter da Sputnik V, a Anvisa admitiu os erros. O perfil do imunizante chega a citar uma fala do gerente de Medicamentos e Produtos Biológicos da agência, Gustavo Mendes. ‘Não recebemos amostras da vacina para teste. Então, precisa ficar claro, não fizemos teste para adenovírus replicado’, teria dito Gustavo Mendes. No entanto, o perfil da Sputnik não deixa claro quando e onde a declaração foi feita.

Encomenda do Nordeste

O presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, tinha feito um pronunciamento por meio das redes sociais do órgão questionando críticas feitas pelos laboratórios e instituições responsáveis pelo desenvolvimento da vacina Sputnik V. No começo desta semana foi negado o pedido de importação de 66 milhões de doses do imunizante, encomendada pelo consórcio de estados do Nordeste, com a Anvisa apontando uma série de problemas, entre eles, a presença ou não de adenovírus com capacidade de replicação no corpo dos pacientes que receberem doses da vacina.

O Consórcio Nordeste anunciou que enviou novos esclarecimentos à Anvisa sobre a vacina Sputnik V, com documentos encaminhados pelo Instituto Gamaleya. O material foi fornecido após uma coletiva de imprensa em que a agência exibiu gravações com os russos e rechaçou acusações de que politizou sua decisão de negar a permissão para a compra do imunizante.

Além de encaminhar o ofício do Instituto Gamaleya, o Consórcio Nordeste solicitou novo pronunciamento pela agência sanitária. Segundo a Carta Capital, no documento de 55 páginas, o Gamaleya respondeu a 30 preocupações formuladas pela Anvisa e afirma que ‘nunca algum adenovírus replicante-competente foi encontrado em nenhum lote de vacina Sputnik V que foi produzida’, e que essa informação foi encaminhada à Anvisa em 26 de março, três dias após a reunião exibida por gravação.

Culpa da Anvisa

Por sua vez, o líder do governo do presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), culpou nesta quinta-feira a Anvisa pelo atraso no cronograma de vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Em discurso no plenário da Casa, disse que o cronograma de vacinação não foi cumprido pois a agência não deu, até o momento, seu aval para as vacinas Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech, e Sputnik V, do instituto estatal russo Gamaleya.

Fonte: Monitor Mercantil

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