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Butantan nega uso de insumos inadequados vendidos por empresa paranaense alvo da Polícia Civil

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O Instituto Butantan garante que não foram utilizados insumos ou matéria-prima inadequados para a fabricação e análises de vacinas ou soros. A suspeita partiu de uma operação da Polícia Civil do Paraná, que prendeu ontem (6), na Grande Curitiba, duas pessoas acusadas de falsificar e vender substâncias a laboratórios e institutos científicos.

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E-mails e notas fiscais apreendidos pela polícia na Control Lab Comércio de Produtos para Laboratórios indicam que a empresa paranaense vendeu glicerol para o Butantan, mas entregou glicerina, um produto similar, mas com nível de pureza diferente.

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Em nota, o instituto paulista, que produz a vacina CoronaVac em território nacional, explicou que boa parte dos materiais adquiridos da empresa investigada sequer chegou a entrar nos laboratórios de Controle de Qualidade. Disse, ainda, que ‘os poucos materiais utilizados tratavam-se de produtos de apoio, com baixa criticidade, e passaram por algum tipo de controle que possibilitaria a identificação de uma possível adulteração ao longo da sua utilização’.

Por fim, o Butantan sustentou que foi possível garantir que a situação não apresentou nenhum tipo de risco à qualidade, segurança e eficácia dos produtos analisados no Instituto.

A Polícia Civil do Paraná agora deve aprofundar as investigações para identificar possíveis vítimas da empresa Control Lab Comércio de Produtos para Laboratórios. O inquérito aberto tem o objetivo de saber o destino dos insumos inadequados. Segundo o delegado responsável pelo caso, Fábio Machado, a indústria alvo das investigações teria entregado produtos trocados de forma intencional:

A venda dos componentes indevidos foi descoberta após investigações contra uma indústria envolvida com fraudes em licitações e adulteração de álcool gel. Os investigados podem ser indiciados por crimes como contra a ordem tributária e consumidor, contra a saúde pública e contra o meio ambiente.

O professor de Imunologia e membro titular da Comissão Nacional de E?tica em Pesquisa (CONEP), Sergio Surugi de Siqueira, explica que glicerina e glicerol são substâncias parecidas, comumente usadas como estabilizantes em vacinas.

Segundo ele, o que muda de um insumo para o outro é o nível de pureza.

Procurada pela reportagem, a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde do Paraná) disse que não vai se manifestar, uma vez que o assunto é de responsabilidade da polícia.

Anvisa abriu uma investigação para apurar possíveis irregularidades.

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), do Rio de Janeiro, que também produz vacinas contra a covid-19 em território nacional, informou que a empresa suspeita não forneceu insumos para a fundação.

Fonte: Band News FM – Curitiba

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