Com a chegada das grandes redes a Cuiabá (MT), o número de novas farmácias na cidade cresceu 67% em 2022. O problema é que nem tudo são flores no canal farma local. As informações são do Mídia News.
Isso porque a capital do Mato Grosso tinha um DNA independente e esses pequenos empreendedores vêm sofrendo com a concorrência de gigantes do setor. E a Copa do Mundo impulsionou a chegada.
“Até 2012 não existiam essas redes aqui. Algumas vieram e já até foram embora. Invadiram o Mato Grosso porque viram que aqui tinha certa fragilidade por só existir redes locais, farmácias de pequeno porte”, analisa José Antônio Parolin, presidente do Sincofarma-MT.
Em 2023, até o momento, 52 drogarias foram inauguradas no município, contra 31 no ano passado.
Novas farmácias: grandes redes reúnem investimento maior
Segundo o executivo, há um motivo para as grandes redes capitanearam as novas farmácias da região: a maior facilidade em captar fundos.
Além disso, ele aponta que, por serem empresas de capital aberto, esses aportes são mais robustos.
“Enquanto um empresário independente gasta em média R$ 500 mil a R$ 600 mil para montar uma farmácia bem montada, uma grande rede gasta de R$ 5 milhões a R$ 8 milhões”, explica.
Expansão do varejo não é exclusividade de Cuiabá
Cuiabá não é a única capital que vê um varejo farmacêutico cada vez mais aquecido. A região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo, é outro exemplo.
Apesar de o setor estar em crescimento desde 2013, o ano passado registrou a maior aceleração. Nos 365 dias do último ano, 399 novos PDVs foram abertos, média de 1,09 por dia.
E não pense que o setor já “esfriou”. Até o último dia 15 de agosto (226 dias de 2023), 240 farmácias foram abertas, uma média pouco inferior à do ano passado: 1,06.
