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Compras online não planejadas movem 84% dos brasileiros

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compras online

Compras online não planejadas fizeram parte da rotina de 84% dos brasileiros ao longo do primeiro trimestre deste ano. E o principal estímulo para esse consumo por impulso foi a visualização de anúncios dos produtos em plataformas de comércio eletrônico.

A constatação vem de uma pesquisa realizada pela Criteo, empresa de commerce media, com mais de 1 mil consumidores brasileiros. O levantamento também descobriu que 64% dos entrevistados relataram que adquiriram produtos que viram pela primeira vez ao fazer compras em sites de varejistas de e-commerce.

Essas compras “não planejadas” – que incluem indivíduos que mudam para marcas desconhecidas de produtos enquanto pesquisavam, bem como compras adicionais além de suas pesquisas iniciais – mostram o enorme potencial para sites de e-commerce gerarem receitas de publicidade além de seu negócio principal de varejo e para marcas alcançar e envolver os consumidores em todas as etapas da jornada do comprador.

De acordo com a pesquisa, 47% dos entrevistados foram motivados a fazer uma compra não planejada anteriormente devido a “uma promoção anunciada”, enquanto 28% atribuíram sua decisão de compra porque “o produto atendeu às características que eles pretendiam comprar”. Enquanto isso, 20% afirmam que a compra foi feita devido à qualidade do próprio anúncio online. Em última análise, uma experiência de publicidade relevante e personalizada ainda deve estar no topo das prioridades dos profissionais de marketing.

“A publicidade personalizada não vai desaparecer; ele apenas dependerá mais dos dados sendo executados em um ambiente próprio. Quando os cookies de terceiros desaparecerem, as marcas perderão uma parte significativa do pool de dados que usam para segmentação e medição hoje, e a retail media está pronta para emergir como uma tática de liderança, à medida que as marcas procuram preencher o vazio deixado para trás.”, afirma Tiago Cardoso, Managing Director para a América Latina da Criteo.

Compras online podem ganhar impulso com retail media

Para o especialista, as compras online podem ganhar impulso a partir da adoção de conceitos como o de retail media. O modelo permite que as marcas aumentem a visibilidade na prateleira digital, de forma semelhante às pontas de gôndola, que dão maior destaque a determinados produtos dentro da loja física. Trata-se principalmente de anúncios colocados por uma marca no site ou aplicativo de e-commerce de um varejista para influenciar o cliente no ponto de compra.

Com a retail media, as marcas podem aumentar sua visibilidade por meio de anúncios nativos e de exibição, semelhantes a um finalizador ou recurso especial no corredor de uma loja física. Os anúncios podem ser exibidos na página inicial, na página da categoria, na página de pesquisa ou na página de detalhes do produto para alcançar os consumidores em vários estágios de sua jornada.

Tiago Cardoso acrescenta que o mercado está evoluindo dos cookies e adotar estratégias, como a retail media, é a nova forma de continuar a gerar bons resultados para as marcas e consumidores. “À medida que a publicidade digital começa a se afastar dos dados third-party – devido ao afastamento da indústria da inteligência de mercado gerada por cookies –, ela apresenta uma grande oportunidade para os varejistas online estabelecidos usarem seus dados proprietários para gerar novos fluxos de receita por meio da venda de anúncios para marcas em suas plataformas de e-commerce.”

Farmácias vêm se destacando nas compras online

As compras online têm no varejo farmacêutico um de seus principais impulsos. O e-commerce de farmácias teve crescimento de 52% em 2022. O segmento de consumer health contribuiu para impulsionar os resultados, mas algumas categorias em particular puxaram as vendas digitais.

Entre as top 10 na área de cuidados pessoais, os produtos para cabelo somaram R$ 201,4 milhões em vendas. Juntamente com cuidados da face, com vendas na casa dos R$ 177,1 milhões; e proteção solar (R$ 158,5 mi), foram os segmentos que tiveram maior representatividade.

Já o mercado de vitaminas, minerais e suplementos acumulou mais de R$ 1 bilhão em vendas. Na sequência figuram os produtos voltados ao tratamento gastrointestinal e para gripes e resfriados.

e-commerce de farmácias também teve o impulso da área de cuidados ao paciente, com ênfase especialmente nos produtos para bebês (R$ 330,8 milhões) e para incontinência, com R$ 121,1 milhões.

“O canal online foi determinante para o crescimento da categoria de incontinência urinária. Além de serem produtos volumosos que desencorajam a venda na loja física, o e-commerce apresenta mais ofertas e melhores preços. E muitas vezes, por vergonha, o consumidor prefere fazer a compra digital”, justifica Ulysses Dantéhead da unidade de negócios de Consumer Health da IQVIA.

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