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Cosméticos veganos e naturais são tendência

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Recentemente, o conceito de green beauty passou a ganhar maior destaque no setor de beleza global. Segundo o relatório da Grand View Research, o mercado internacional de cosméticos veganos deve alcançar US$ 20,8 bilhões até 2025. A doutora e professora do curso de Engenharia Química do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), Patricia Antonio, explica que os consumidores estão mais interessados nos impactos dos ingredientes dos cosméticos na saúde e na questão socioambiental. E, por isso, têm buscado um estilo de vida mais natural e sustentável, o que abre novas oportunidades de crescimento para o setor.

A professora também ressalta que, ao falar de mercado global, existem cinco países que se destacam com a diferenciação entre cosméticos sintéticos e naturais, como França, Cingapura, EUA, Coreia do Sul e Japão. Esses países estão na linha de frente da fabricação e exportação de produtos de beleza, higiene e cuidados da pele. Já o Brasil está em 41.º lugar nessa listagem. “Mesmo que o Brasil não esteja no ‘top 5’, buscamos trazer ao consumidor uma formulação diferenciada, com ativos especiais, demonstrando obviamente a preocupação com a biodiversidade nacional na produção dos cosméticos‘, explica Patricia.

O Brasil é o país com maior biodiversidade do mundo e, para o setor de cosméticos, já são mais de 600 plantas catalogadas para uso na indústria, o que demonstra o grande mercado de produtos naturais com oportunidades de desenvolvimento e inovação. “Isso traz também uma geração de empregos e negócios. Por isso, temos de estudar as matérias-primas com as fontes certas, naturais, sustentáveis que permitam que os cosméticos sejam desenvolvidos de forma segura e com maior eficácia na aplicabilidade”, comenta Patricia.

Como definir os produtos veganos, naturais, orgânicos ou cruelty free

Entre os tipos de cosméticos utilizados no mercado brasileiro, estão os veganos, naturais, orgânicos, cruelty free e os sintéticos. Os veganos são os que não utilizam matérias-primas de origem animal e não são testados em animais. Também possuem um selo de certificação da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB). Não necessariamente são naturais, entretanto, pois podem usar insumos sintéticos. Já os produtos naturais têm 95% de sua matéria-prima natural, e não podem ter em sua composição parabenos, petrolatos, entre outros. Os cosméticos orgânicos são produzidos com ingredientes que possuem certificação orgânica, o que permite ao cliente rastrear a sua cadeia produtiva. Duas de suas principais características são a ausência de organismos geneticamente modificados e o fato de não serem testados em animais. Em relação aos cruelty free, são livres de crueldade, sem a realização de testes em animais em todo o seu processo de produção.

‘Esses testes em animais do setor de cosméticos têm sido banidos e amplamente criticados. Um dos valores do consumo consciente é não apoiar as empresas que ainda os fazem. O interesse dos consumidores por esses produtos amplia a ideia do green beauty, um conceito em que combinamos todas essas abordagens, como a certificação, os ingredientes e o posicionamento ético, com uma formulação que pode ser definida, padronizada e globalmente aceita”, finaliza a engenheira.

Fonte: ABC do ABC

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