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Covid: Brasileiros fazem mais exames entre janeiro e abril que em todo 2020

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Intensidade da segunda onda, conscientização e maior variedade de testes justificariam crescimento em farmácias e drogarias

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Os brasileiros fizeram mais testes de farmácia para a Covid nos quatro primeiros meses deste ano do que em todo 2020. Somente em Minas, até abril de 2021, foram 396.698 exames, número 27,3% maior do que foi registrado entre abril e dezembro do ano passado.

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Conforme Sérgio Mena Barreto, presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), o aumento tem dois aspectos: a intensidade da segunda onda, entre fevereiro e abril, e uma maior conscientização da população.

‘No ano passado, tudo era muito novo, mas as pessoas foram vendo que a Covid também pode atingir jovens saudáveis. Com isso, vem um aumento’, diz.

Em meados do ano passado, a média era de 40 a 50 mil testes por semana. A partir de dezembro, a demanda foi subindo, chegando ao auge no final de março, quando foram 325 mil exames em uma semana.

Outro fator foi que em 2020 as farmácias só ofereciam teste sorológico (que deve ser feito sete dias após o início dos sintomas), e agora fazem também o de antígeno (usado para detectar infecção atual e em pessoas assintomáticas que tiveram contato com infectados).

Embora o RT-PCR, realizado por laboratórios, continue sendo o exame mais recomendado, o teste de antígeno acabou ganhando espaço por ser mais rápido, mais barato e de alta confiabilidade. Seu custo varia entre R$ 100 e R$ 200, enquanto o PCR sai por até R$ 350.

‘Vou exemplificar com uma experiência própria. Minha mãe começou a ter sintomas e realizou o teste de antígeno no terceiro dia. Deu positivo. Ela foi para o hospital no mesmo dia e já começou o tratamento. Lá fizeram o PCR, mas o resultado só saiu dias depois’, relata o presidente da Abrafarma.

Lucro

Embora as farmácias tenham sido muito demandadas, a associação diz que o lucro não acompanhou esse ritmo. ‘Muitas farmácias estão em centros comerciais, shoppings, regiões centrais de grandes cidades e foram muito impactadas’, afirma Barreto.

Segundo ele, o pior período foi entre junho e agosto do ano passado, pico da primeira onda.

Naquele momento, além do isolamento imposto por autoridades, muita gente acabou abandonando tratamentos médicos de doenças crônicas, por medo de sair de casa. Felizmente, segundo Barreto, a situação mudou.

‘Antes, em torno de 54% dos brasileiros abandonavam seus tratamentos. Mas agora, com todos vendo que a Covid é mais perigosa para quem não cuida da doença crônica, muita gente voltou a se tratar. Tanto que em abril agora ficamos 30% melhor que em abril do ano passado’, conclui o presidente da Abrafarma.

Fonte: The World News – Brasil

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