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CPI ouvirá na próxima sexta-feira funcionário do governo que relatou pressões por Covaxin

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A CPI da Covid marcou para a próxima sexta-feira (25) uma audiência com Luis Ricardo Fernandes Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde.

O objetivo é ouvi-lo sobre pressões que disse ter sofrido pela importação da Covaxin, vacina contra a Covid-19 produzida na Índia.

A data da audiência foi marcada após reunião entre o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL).

Luis Ricardo Miranda já prestou depoimento ao Ministério Público Federal em Brasília. O MP propôs a abertura de uma investigação criminal para apurar se houve irregularidades na compra, pelo Ministério da Saúde, de doses da Covaxin.

A negociação foi intermediada pela Precisa Medicamentos, representante no Brasil da empresa indiana de biotecnologia Bharat Biotech, desenvolvedora da Covaxin. À procuradora Luciana Loureiro Oliveira, o servidor relatou pressões para favorecer a Precisa (veja detalhes no vídeo abaixo).

Segundo o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Luis Ricardo Miranda participará da audiência na sexta-feira na condição de convidado, quando não há necessidade de prestar compromisso de dizer a verdade.

O servidor do Ministério da Saúde deve ser acompanhado, no depoimento, pelo irmão Luis Claudio Miranda (DEM-DF), deputado federal. O requerimento de convite aos dois será analisado nesta quarta-feira (23).

Covaxin

Em fevereiro, o Ministério da Saúde anunciou acordo para a compra de 20 milhões de doses da Covaxin, por um valor bilionário: R$ 1,6 bilhão, mesmo sem a publicação de todos os resultados de estudos sobre a eficácia contra a doença causada provocada pelo novo coronavírus.

Em março, a Anvisa, por decisão unânime, negou conceder ao Ministério da Saúde autorização excepcional para importação e distribuição das doses do imunizante.

Para integrantes da CPI, há vários indícios de irregularidades na negociação, única que teve um intermediário sem vínculo com a indústria de vacinas.

A comissão quer mais detalhes sobre o acordo. O presidente Jair Bolsonaro teria intercedido pessoalmente para agilizar a compra. Ele enviou uma carta ao primeiro-ministro da Índia em janeiro.

A Covaxin foi a vacina mais cara negociada pelo governo federal até agora: R$ 80,70 a unidade, valor quatro vezes maior que a vacina da Fiocruz, a AstraZeneca.

Além de a Covaxin ser mais cara, o prazo de entrega das doses da vacina é mais longo, quando comparado ao de outros imunizantes.

Em razão dessa negociação, a CPI também quer ouvir Alex Lial Marinho, ex-coordenador de Aquisições de Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde; Thaís Moura, assessora da Presidência da República; e Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos.

O depoimento de Maximiano estava previsto para esta quarta-feira (23). Entretanto, ele alegou estar cumprindo quarentena depois de viagem a Índia. Diante disso, a CPI adiou o depoimento do empresário para a próxima semana.

Próximas etapas na CPI

Saiba abaixo o calendário previsto pela CPI para esta semana:

Quarta-feira (23): votação de requerimentos de informação, quebras de sigilo e convocações;

Quinta-feira (24): audiência com especialistas;

Sexta-feira (25): audiência com Luis Ricardo Miranda e o deputado federal Luis Claudio Miranda.

Quarta-feira (23): votação de requerimentos de informação, quebras de sigilo e convocações;

Quinta-feira (24): audiência com especialistas;

Sexta-feira (25): audiência com Luis Ricardo Miranda e o deputado federal Luis Claudio Miranda.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/dados-pedidos-pela-cpi-a-anvisa-apontam-venda-de-126-milhoes-de-remedios-sem-eficacia-comprovada-em-2020/

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