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Municípios de MT têm dificuldade para usar toda a dose da vacina contra a Covid-19 e alguns jogam fora

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Municípios de Mato Grosso têm encontrado dificuldades para utilizar todo o líquido contido nos frascos de vacina contra a Covid-19, porque, conforme determinação do Ministério da Saúde, em caso de sobra, o material deve ser desprezado sob o risco de contaminação.

A ‘xepa’ são doses que eventualmente sobram nos frascos, principalmente em cidades grandes onde se tem vários postos de vacinação, como São Paulo, por exemplo, que desde a semana passada está vacinando pessoas acima de 18 anos, sem comorbidades, com as sobras das vacinas.

Em algumas cidades como Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, as sobras dos frascos são jogadas fora. A Secretaria Municipal de Saúde afirma que segue a orientação do Ministério da Saúde e utiliza apenas doses completas de cada frasco. Dessa forma, “as doses que sobram do frasco – cuja quantidade não completa uma dose inteira – são desprezadas, já que o risco de contaminação no aproveitamento é muito grande e, por isso, não compensa utilizá-las, ou seja, o risco é maior que o benefício”, diz, em nota.

Em outros municípios como Cuiabá, Várzea Grande, Sorriso e Cáceres, o frasco só é aberto se houver número suficiente de pessoas para utilizá-lo. Caso contrário, a pessoa é orientada a retornar no dia seguinte.

Em Cuiabá, segundo a coordenadora da campanha de vacinação, Valéria de Oliveira, o município tem feito de tudo para não ter sobras de vacina, que acabariam tendo que ser descartadas e perdidas.

“Controlamos o número. Abrimos os frascos de acordo com o numero de pessoas. Por exemplo, estamos aplicando a vacina Pfizer agora, que são divididas em seis doses para cada frasco. Se não houver seis pessoas aguardando a aplicação, nós não abrimos o frasco”, afirma.

Em Várzea Grande, segundo maior município do estado, quando falta 1 hora para terminar a vacinação, eles não abrem mais novas doses dos frascos fechados a não ser que tenha 10 pessoas à espera de vacinação. Em último caso, chamam os que estão agendados. Segundo a Secretaria Municipal de Comunicação, a xepa não é viável, pois traria muitos problemas.

Conforme a Anvisa, cabe aos profissionais responsáveis pela aplicação observar o correto volume aspirado para a seringa. A Anvisa também alerta que “todas as doses devem ser utilizadas num prazo de até 8 horas após a abertura do frasco multidose, mantido em condições assépticas e sob temperatura entre +2°C e +8°C”, de forma a conservar o produto e manter as propriedades.

Conforme a Secretaria de Saúde de Sorriso, o objetivo é agendar de acordo com o número de doses dos frascos. A AstraZeneca são cinco doses e Coronovac 10 doses. As pessoas são chamadas de acordo com as doses e, por isso, é essencial que quem confirma não falte à vacinação.

Já em Barra do Garças, a Secretaria Municipal afirmou que quando ocorre de sobrar, há o remanejamento das doses de um posto de vacinação para o outro e dentro do mesmo grupo a ser vacinado.

Em nota técnica, o Ministério da Saúde orienta que ‘a distribuição realizada de forma igualitária e escalonada, na medida da entrega de doses por parte dos laboratórios contratualizados, evidenciou registros sobre a divergência de volume declarado e número de doses presentes no frasco’.

Ainda conforme a nota técnica, a vacina adsorvida Covid-19 (inavada) Sinovac/Butantan e a vacina Covid-19 (recombinante) AstraZeneca/Fiocruz na apresentação de frasco ampola multidose, com 10 doses de 0,5mL, totalizando 5,0mL, pode conter volume em excesso, a fim de permitir a administração do volume total de doses declaradas. Segundo a Farmacopéia Brasileira 6ª ed./2019, para o volume declarado de 5,0mL é recomendado um excesso de no mínimo 0,3 mL. O volume em excesso não é considerado queixa técnica, não sendo necessária a notificação à Anvisa.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/teve-reacao-apos-a-vacina-contra-a-covid-19-isso-pode-ser-um-bom-sinal/

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