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Desafio evidente na saúde do País

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A questão da saúde no Brasil é uma das preocupações mais constantes da população e figura entre os problemas considerados “tradicionais”, como o desemprego, a educação e a segurança, nas pesquisas de opinião pública. Atualmente, perdeu a liderança no ranking para a corrupção, mas o tema tem presença garantida entre os cinco primeiros colocados. Apesar de antigo e urgente, o assunto ainda não apareceu entre as prioridades nos discursos dos principais pré-candidatos às eleições presidenciais.

A pesquisa “Saúde no Brasil”, realizada pelo Instituto Ipsos no final de junho, não só confirma a insatisfação dos brasileiros como também aponta que ela alcançou os usuários de planos de saúde privados. As críticas ao atendimento (ou à falta dele), antes dirigidas quase que exclusivamente ao Sistema Único de Saúde (SUS) ganharam amplitude. Foram entrevistadas 825 pessoas, universo que reuniu homens (46%) e mulheres (54%); classes A (4%), B (30%) e C (66%); e uma idade média de 39 anos, em todo o Brasil. Do grupo pesquisado, 68% são usuários do SUS, 75% deles da classe C; e 32% possuem convênio médico, 74% deles da classe A. Mas, 42% do total de entrevistados definem a saúde como “extremamente ruim” e apenas 2% como “boa”, percepção que une usuários e não usuários do SUS.

Assim como 76% declararam estar “muito preocupados” com a saúde no Brasil, independente dos perfis avaliados. E, dos usuários do SUS, 40% se declararam “insatisfeitos” com o serviço; dos usuários de convênio, 19% se declaram “satisfeitos”. Os dados destacam o abandono e a falta de opções dos usuários do sistema de saúde, tanto público quanto privado.

Aos presidenciáveis, o desafio será mostrar como resolver o problema com um orçamento de recursos carimbados e a obrigação de cumprir o ajuste fiscal. A tarefa fica mais difícil ante o desinteresse dos eleitores: o não-voto, que reúne indecisos, brancos e nulos, alcança a média de 40%, uma taxa que desencoraja qualquer candidato a pedir sacrifícios em vez de prometer benefícios em troca de votos.

Fonte: DCI

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