Apesar de ser um assunto pouco abordado, a dieta cetogênica é responsável por buscar a redução de peso corporal por meio da queima induzida de gordura, onde acontece uma redução do consumo de carboidratos. As informações são da Equaliv.
Essa abordagem foi proposta na década de 1920, como uma alternativa no tratamento da epilepsia, doença neurológica em que os pacientes sofrem crises convulsivas frequentes. E devido ao efeito sobre a perda de peso, tornou-se popular a partir da década de 1960 entre pessoas que não tinham esse transtorno.
O que é a dieta cetogênica?
Os carboidratos são a principal fonte de energia do organismo humano. Quando sua ingestão é reduzida, nosso organismo precisa se adaptar para obter energia, desviando o metabolismo energético para outra via.
Nesse caso, uma rota metabólica alternativa e que costuma ter papel secundário na obtenção de energia ao organismo é a via cetogênica. Nesta via, ao invés de carboidratos, são utilizadas gorduras como combustível. A partir da quebra de gorduras (também chamadas de lipídeos), são geradas moléculas chamadas de corpos cetônicos, por isso o nome dieta “cetogênica”.
Assim, ao adotá-la, a pessoa força o seu metabolismo a começar a quebrar gorduras para se manter em funcionamento. Lembrando que o órgão do corpo humano que mais gasta energia é o cérebro, ele consome cerca de 20% de toda a nossa energia, mesmo representando apenas 2%, em média, da massa corporal.
Dieta cetogênica e o cérebro
Devido aos seus efeitos sobre o sistema nervoso central, a dieta cetogênica começou a ser estudada em diferentes contextos relacionados à saúde mental. Os distúrbios neuropsiquiátricos costumam ter alguns pontos em comum, como o desbalanço de neurotransmissores, o estresse oxidativo e a inflamação. Além disso, a maioria dos pacientes acometidos por algum desses transtornos apresenta um metabolismo de glicose desregulado.
Já foi demonstrado que a dieta cetogênica é capaz de regular o metabolismo da glicose, reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, além de favorecer o funcionamento adequado de importantes sistemas de neurotransmissão. Assim, além da epilepsia, já existem evidências de benefícios dessa dieta para o transtorno do espectro autista, esclerose múltipla, doença de Alzheimer, doença de Parkinson, esquizofrenia, transtorno bipolar e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
Como é uma dieta bastante restritiva, quando feita sem acompanhamento profissional adequado, ela pode levar a deficiências nutricionais, que a médio e longo prazo podem trazer riscos à saúde. A intervenção nutricional para transtornos mentais pode oferecer benefícios, pelo menos no que diz respeito ao controle dos sintomas. A dieta cetogênica ou ketoflex oferece uma nova linha poderosa de terapia nutricional frente a alguns distúrbios desafiadores.
Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação