A expansão por meio de novos PDVs continua a ser prioridade nos investimentos das farmácias brasileiras para 2023. Mas agora dividem o mesmo espaço que os canais digitais e os serviços clínicos na agenda do setor.
De acordo com a última enquete do Panorama Farmacêutico, 48% dos leitores entendem que a estratégia de crescimento para o próximo ano deve harmonizar essas três frentes. Outros 26% atribuem mais importância ao amadurecimento ou implementação de ferramentas de comércio eletrônico, enquanto 13% consideram mais relevante evoluir com apoio da assistência farmacêutica.
Apenas 13% seguem colocando a inauguração de lojas como principal foco dos investimentos.
Investimentos das farmácias no e-commerce: marketing e WhatsApp
Para Mauricio Freitas, consultor especializado no varejo farmacêutico regional e independente, os investimentos das farmácias nos canais digitais são realmente preponderantes. Mas como toda pressa é inimiga da perfeição, a necessidade de se adaptar rapidamente à pandemia pode ter sido um tiro no pé de algumas varejistas.
“Muitos gestores não entenderam que as ferramentas de vendas online só funcionam se estiveram acompanhadas de um trabalho intenso de marketing e divulgação, capaz de engajar os consumidores. Ao contrário, canibalizaram a venda, mas sem revertê-la em resultado na ponta”, adverte.
Nesse contexto, a agilidade e conveniência que caracterizam o WhatsApp devem ser mais exploradas, na percepção de Anderson Tomaszewski, da consultoria Oto, que atua com estratégias de CRM.
“Cerca de 83% dos consumidores já recorrem a esse canal no processo de escolha e aquisição de produtos ou serviços. E o resultado é uma experiência cada vez mais personalizada, pois o cliente interage antes da decisão de compra. Cerca de 90% do varejo brasileiro acontece na loja física porque há interação com o ser humano. E o WhatsApp fica no meio dessa jornada, entre o físico e o online”, acredita.
Serviços farmacêuticos são essência das farmácias regionais
A intensificação dos serviços farmacêuticos, por sua vez, é mais certeira para reter os consumidores. “E essa tarefa é ainda mais simples para a farmácia independente, pois significaria uma retomada de algo que já está no seu DNA. O atendimento próximo ao cliente, com o farmacêutico atuando antes do médico, já era uma realidade para essas empresas”, acrescenta Mauricio Freitas.
Nova enquete
Por meio da enquete que está no ar, queremos fazer um mapeamento sobre a realidade financeira do varejo farmacêutico. De que maneira o ano repleto de desafios, com inflação, falta de medicamentos e incertezas político-econômicas, impactou no faturamento das empresas? Participe e contribua para o debate.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
