De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo sofrem de doenças gastrointestinais. Para piorar o cenário, estima-se que cerca de 90% não buscam atendimento médico adequado e optam pela automedicação.
É comum negligenciarmos dores abdominais como algo temporário, sem associá-las a possíveis sintomas de doenças gastrointestinais. No entanto, devemos estar atentos à duração, intensidade e localização desse desconforto. A dor abdominal pode ser um sintoma revelador de diversas condições gastrointestinais.
É crucial familiarizar-se com as principais condições associadas a esses sintomas, reconhecer seus sinais característicos e entender as opções de tratamento disponíveis.
O que é trato gastrointestinal
O trato gastrointestinal é uma parte essencial do sistema digestório e é composto por vários órgãos, incluindo a boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e grosso, reto e ânus. Cada um desses órgãos desempenha um papel específico no processo de digestão, absorção de nutrientes e eliminação de resíduos.
Através da colaboração desses órgãos, os alimentos são decompostos e seus nutrientes são absorvidos pelo corpo, enquanto os resíduos são eliminados como fezes.
No entanto, assim como em outros sistemas do corpo humano, o trato gastrointestinal também está sujeito a alterações que podem levar ao desenvolvimento de doenças gastrointestinais.
Sintomas das doenças gastrointestinais
Dores abdominais, náuseas, constipação intestinal, diarreia e presença de sangue nas fezes são alguns dos principais sintomas de doenças gastrointestinais. É importante estar atento à frequência e intensidade desses sintomas para identificar a causa do problema.
Embora algumas doenças possam apresentar sintomas semelhantes, é fundamental distinguir entre eles para obter um diagnóstico preciso.
Além disso, quando se trata de problemas que afetam o trato gastrointestinal inferior, composto pelo intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus, os sintomas mais comuns incluem desequilíbrio intestinal, alterações nas fezes, dor e sangramento retal.
Doenças gastrointestinais mais comuns
As doenças gastrointestinais podem surgir de várias causas que afetam diferentes partes do trato gastrointestinal. Algumas das doenças mais conhecidas incluem as doenças inflamatórias intestinais, que afetam o intestino delgado e grosso, e a gastrite, uma condição caracterizada pela inflamação do estômago.
Aqui estão algumas das mais comuns:
Doença de crohn: A doença de crohn é uma condição inflamatória intestinal crônica que afeta principalmente o final do intestino delgado e, em alguns casos, o intestino grosso.
Colite ulcerativa: A colite ulcerativa é outra forma de doença inflamatória intestinal crônica que afeta o intestino grosso.
Doença celíaca: A doença celíaca é uma condição autoimune caracterizada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada em alimentos como trigo.
Úlcera péptica: A úlcera péptica é uma lesão que afeta as mucosas do estômago ou do duodeno (parte inicial do intestino delgado).
Síndrome do intestino irritável (SII): A Síndrome do Intestino Irritável é um distúrbio funcional do intestino que pode causar dor abdominal, alterações intestinais e gases.
Tratamento
O tratamento dos problemas gastrointestinais pode variar desde mudanças nos hábitos de vida até o uso de medicação, dependendo da condição específica. Por isso, é essencial identificar corretamente a condição gastrointestinal para receber o tratamento adequado e eficaz, o que requer a orientação de um profissional de saúde qualificado.
Manter a saúde intestinal equilibrada é fundamental para prevenir o desenvolvimento de doenças gastrointestinais. A flora intestinal contém uma diversidade de bactérias que desempenham um papel crucial no sistema imunológico. Portanto, manter esse equilíbrio é essencial para prevenir problemas de saúde, especialmente os intestinais.
Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação
