Sete farmácias fazem parte do privilegiado rol de 621 empresas bilionárias em atuação no Brasil. Conduzido pelo Serasa-Experian e pelo Centro de Estudos em Finanças da EAESP-FGV, o estudo anual leva em conta o valor de mercado das companhias – indicador que integra a receita líquida do ano passado e variáveis como Ebitda e rentabilidade patrimonial.
Unidas, as sete farmácias formariam uma corporação com R$ 45,7 bilhões de valor de mercado, um avanço de 8,4% em relação aos R$ 42,1 bilhões do levantamento anterior. Apesar da evolução consistente, o varejo farmacêutico brasileiro permanece bem distante do patamar de players como a CVS Health, avaliada em US$ 137,5 bilhões segundo estudos internacionais.
Estreante entre as empresas bilionárias e contraste entre duas redes
Das representantes do canal farma entre as empresas bilionárias, apenas a Drogaria Araujo é estreante no ranking, que revela posições extremas entre as duas primeiras colocadas. A líder RaiaDrogasil apresentou o maior índice de crescimento – 14,2% – e ocupa o 42º lugar na classificação geral. Seu valor chega a R$ 20 bilhões, ancorado na velocidade de abertura de lojas e nos investimentos em plataformas de marketplace e saúde.
“Nosso nível atual de digitalização nos permite atuar como um shopping center virtual, conectando parceiros e startups focadas nas áreas de saúde, beleza e bem-estar”, destaca Luiz Alberto Ratto, diretor de novos negócios. A rede encerrou 2021 com 2.500 farmácias e presença em todos os estados da Federação.
Reação de R$ 350 milhões
O concorrente mais próximo, por sua vez, não alcança os dois dígitos de valor de mercado e teve um avanço tímido de 1,6% em sua receita líquida. Além de se distanciar da Raia Drogasil, o Grupo DPSP convive com a aproximação das Farmácias Pague Menos, que cresceu 6,8%. Mas a reação chega em forma de investimentos robustos.
Depois da troca de direção no segundo semestre de 2021, que conduziu Jonas Laurindvicius ao cargo de CEO, a companhia anunciou aporte de R$ 350 milhões ainda este ano. Os recursos serão destinados não apenas a novas unidades, como também à reforma das lojas já existentes e dos centros de distribuição.
No entanto, enquanto RD, Pague Menos e Panvel abriram capital, a DPSP descarta essa hipótese. A rede aposta no crescimento orgânico e começa a avançar para novos estados, incluindo Mato Grosso, onde o grupo deve inaugurar quatro unidades. A empresa também busca ampliar a participação de mercado em cada região onde está presente.
As sete farmácias bilionárias em valor de mercado
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico