Covid-19 – A enfermeira Rayssa Martins, de 29 anos, que trabalha no Pronto Socorro Municipal Balneário São José, na Zona Sul da cidade de São Paulo, percebeu que o fluxo de atendimento mudou nas últimas semanas. Ela diz estar atendendo menos pessoas com problemas respiratórios, como os sintomas da Covid-19, mas percebe o aumento de queixas de outras doenças.
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O G1 acompanha a rotina de Rayssa desde maio (leia matérias abaixo).
“Os atendimentos chamam atenção, mas a sensação é a mesma, os cuidados são os mesmos, os equipamentos de proteção, a rotina e o fluxo estão da mesma forma. A sensação de insegurança não passou, não é como se a coisas estivessem voltando ao normal.”
Rayssa explica que a demanda por atendimentos que não fossem coronavírus aumentou. Segundo ela, houve um “boom” de procura por atendimento pediátrico, pessoas acidentadas em queda de moto e exames de coleta.
“Para a gente [profissionais da saúde], ainda não chegou a normalidade, mas eu desejo que estejamos caminhando para isso. A flexibilização foi recente e é difícil, é cedo, calcular o impacto disso. A gente precisa de um pouco mais de tempo para ter essa certeza [de que está próximo da normalidade].”
Para a enfermeira, durante a pandemia, as pessoas conseguiram entender medidas de precaução como o uso da máscara e do álcool em gel. “Eu acredito que as pessoas vão manter esses novos hábitos durante as próximas fases [de flexibilização]”.
A quarentena começou no dia 24 de março e, em 1º de junho, o governo do estado iniciou o chamado Plano São Paulo para a retomada gradual das atividades em fases. No dia 3 de julho, a capital superou as fases vermelha e laranja, e alcançou a Fase 3-Amarela, que autorizou a reabertura de diversos setores, mediante um período de estabilidade e a assinatura de protocolos de segurança pelas autoridades municipais.
Plano São Paulo
Os cinco critérios de saúde que baseiam a classificação são: ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs); total de leitos por 100 mil habitantes; variação de novas internações, em comparação com a semana anterior; variação de novos casos confirmados, em comparação com a semana anterior; variação de novos óbitos confirmados, em comparação com a semana anterior.
Fonte: G1