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Estoque do Banco de Sangue de SP é crítico e tendência é de piora

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O déficit de 40% no estoque de sangue disponível para atender hospitais das redes pública e privada na capital paulista, registrado nesta quarta-feira (12), alarmou os responsáveis pelo Banco de Sangue de São Paulo, instituição que integra o grupo GSH (Gestor de Serviços de Hemoterapia), rede especializada em hemoterapia de alta complexidade.

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De acordo com Bibiana Alves, líder de captação de doadores da entidade — que atende pelo menos 35 unidades hospitalares na cidade —, o quadro é considerado crítico e deverá piorar nos próximos dias em razão do aumento de 11% no número de transfusões realizadas nas últimas duas semanas.

“Nosso número de doações está caindo. Esse desencontro de transfusão e doação vai agravar [o problema]. No começo do ano, estávamos [com estoque] em torno de 50% a 60%. Chegamos a ficar com 65%. Para atender os hospitais que atendemos, precisaríamos fazer 160 coletas diárias. Hoje [quarta, 12], fizemos 56”, acrescentou. O número corresponde a 35% do necessário. Cada coleta realizada pelos captadores representa quatro bolsas de 450 ml de sangue, aproximadamente.

Na quarta (12), a geladeira do Banco de Sangue contava com menos de 2 litros de sangue disponíveis para o envio aos hospitais. No entanto, as unidades hospitalares estão abastecidas com estoques próprios para suprir a demanda diária. “As bolsas são disponíveis para uso após [a realização de] exames de sorologia para ser segura ao paciente. Enquanto isso, ficam em outra geladeira, bloqueadas”, explicou Bibiana.

Para evitar o desabastecimento, são feitos remanejamentos no estoque. A estratégia consiste em enviar bolsas coletadas de uma cidade ou estado a outro. “A gente consegue atender todo mundo porque fazemos essa logística a nível nacional. É trabalho maior para remanejar, mas nunca deixamos de atender. Isso pode causar algum atraso, [mas] o paciente não tem prejuízo”, frisou.

Pandemia afasta doadores

Em meio à crise sanitária causada pela disseminação do novo coronavírus, as doações de sangue sofreram um forte impacto. O quadro, que parecia se encaminhar para a normalização no início de 2021, sentiu um novo abalo no segundo trimestre do ano. Segundo Bibiana Alves, uma das hipóteses para o recuo nas doações de sangue foi a retomada de atividades presenciais.

“Em abril, as coisas se agravaram. Em maio, está sendo gritante. Até um pouco pior que o começo da pandemia. A gente acha que as pessoas estão retomando as demandas presenciais, trabalhando em escritórios, [levando] filhos [de volta presencialmente] nas escolas. Isso está impactando. A pessoa volta para o escritório e não se sente confortável para pedir uma hora do dia para doar sangue. Essa é a sensação”.

Divulgação

Os responsáveis pela gestão das doações têmapostado em campanhas específicas, como o Junho Vermelho, o Novembro Vem Doar, além de ações pontuais em datas comemorativas, como Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia dos Pais, entre outros.

“Sempre tentamos trabalhar com marketing para trazer [mais doadores]. Essa maneira de incentivar os doadores ao longo do ano é uma forma que as pessoas não se esqueçam do ato de doar. O brasileiro é um povo muito humanizado, mas não é lembrado. Quando a gente fala de campanha, tem uma adesão muito grande”, disse Bibiana Alves.

Fonte: R7

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/10/plano-gratuito-da-clinicarx-viabiliza-servicos-clinicos-em-pequenas-farmacias/

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