Por muitas vezes deixado de lado, os cuidados na hora de armazenar medicamentos em casa devem ganhar atenção, já que além de serem retirados da caixa original, são armazenados em locais abertos, próximos ou em cima de geladeiras e fogões, balcões e expostos a luz solar e artificial, de forma a sensibilizar princípios ativos presentes nos remédios, de acordo com Marcio Palumbo, mestre em Química e docente de Biomedicina e Farmácia da USCS (Universidade de São Caetano do Sul), que falou em entrevista ao RDtv sobre o assunto.
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Como muitos dos remédios são fotossensíveis e listar os produtos se torna ainda mais complicado, Palumbo informa que a melhor saída é tomar cuidado ao armazenar qualquer medicação, e de preferência dentro da embalagem de papelão original, que proporciona melhor bloqueio das luzes. ‘Ela blinda da luz, que pode formar uma energia e sensibilizar muitos princípios ativos ao ocasionar uma degradação’, explica.
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Em caso de não ter mais a embalagem original, caixas mais escuras e guardadas em armários de porta fechada também auxiliam nos cuidados, que apesar de serem mais complicadas de armazenar carregam função fundamental. ‘As pessoas jogam fora a caixa pois pensam que é apenas uma embalagem e deixam só no blister, que é a parte na qual o comprimido está embalado. Acontece que às vezes tem alumínio e plástico no material, e o lado do alumínio bloqueia a luz, mas a parte do plástico não’, explica.
No entanto, as embalagens somente de alumínio garantem mais proteção e os cuidados devem ser tomados principalmente em casos de medicações, que são armazenadas em casa por mais tempo, como uma mini farmácia. Já as medicações que são carregadas pelas pessoas no dia a dia, como anticoncepcionais e remédios para a dor, são consumidas de maneira mais rápida e não são muito impactadas pela luz, pois os testes de embalagens são realizados prevendo este tipo de ação, conforme informa o docente da USCS.
Um dos maiores erros também é armazenar os produtos em volta da geladeira ou próximos a fogões e fontes de calor, de acordo com Palumbo, pois os locais têm temperaturas mais elevadas. ‘Em volta da geladeira é quente, chega a ser mais de 40ºC em alguns casos, o que já é suficiente para alterar as condições do medicamento que foi feito para ficar armazenado 25ºC, e recebem atenção na temperatura mesmo na entrega, em caminhões com ar condicionado’, completa.
Fonte: Reporter Diário
