Os impactos da falta de medicamentos no Brasil, em função da dependência de insumos do Exterior, vêm gerando um efeito cascata e vitimam agora as comunidades indígenas.
A denúncia partiu da Hutukara Associação Yanomami (HAY) da terra indígena situada entre Roraima e Amazonas, por meio de documento enviado para o Ministério da Saúde no último dia 12 de julho. As informações são da CNN.
Segundo a associação, nos últimos nove meses os postos de saúde situados na terra indígena estão com estoques zerados do Albendazol – medicamento utilizado no tratamento da verminose.
Falta de medicamentos agrava casos de malária
Com a falta de medicamentos como o Albenzadol, os líderes da comunidade relatam que as crianças indígenas chegam a expelir vermes pela boca por não terem acesso ao tratamento com regularidade. Para piorar o cenário, apenas 10% das comunidades que residem na região têm acesso à água potável por meio de poços artesianos e demais sistemas.
Os casos de malária são outra consequência devastadora. As lideranças informam que houve um aumento exponencial entre 2020 e 2021, na contramão das estatísticas gerais do Ministério que apontam uma redução geral de 5% na incidência da doença – de 145,2 mil para 137,6 mil.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico