A farmacêutica Cimed é uma das 19 companhias brasileiras que podem realizar um IPO em 2024, aproveitando a melhora do cenário econômico, marcado por altos juros últimos dois anos. O levantamento foi feito pelo Pipeline, do Valor Econômico.
Ainda não está claro, porém, qual será a empresa que abrirá as porteiras em 2024. Se o número se confirmar, ainda estará longe do boom experimentado em 2021, quando só a B3 registrou 46 IPOs, mas já será maior que o desempenho de 2019, no pré-pandemia, quando sete companhias brasileiras abriram capital no Brasil e no exterior.
Executivos de banco de investimento acreditam que os IPOs só devem ser retomados a partir do fim do primeiro semestre, após a volta dos follow-ons, e devem ser capitaneados pelas empresas de grande porte e geradoras de caixa. Nessa categoria, os bancos citam, entre outras companhias, a Cimed.
Para os bancos, são empresas que têm condições de realizar emissões bilionárias. O Santander, por exemplo, prevê ofertas entre US$ 350 milhões e US$ 500 milhões (R$ 1,7 bi a R$ 2,4 bi).
IPO da Cimed aguarda janela favorável
Uma declaração do presidente da Cimed João Adibe ao programa Veja S/A alimenta as expectativas de abertura de capital da indústria farmacêutica brasileira. Segundo o empresário, a estrutura para a operação já está montada e o laboratório vem criando um ambiente para concretizar esse plano assim que houver uma janela favorável.
“A gente se apresenta como uma empresa de capital aberto desde 2021 para os analistas de mercado entenderem a indústria farmacêutica”, declarou. A Cimed não é uma empresa listada na Bolsa de Valores, mas desde 2021 vem pavimentando essa rota ao se tornar uma Sociedade Anônima, com a divulgação anual de seus resultados.