Poucos negócios no varejo farmacêutico conseguem tão longa sobrevida. Mas a Farmácia Vaticana quebra essa regra, preservando a tradição e ao mesmo tempo apostando em tecnologia intensiva.
Fundada em 1874 como reserva de medicamentos para o Papa e cardeais, a farmácia ocupa uma área total de 1 mil m² dividida em diversos espaços, incluindo uma ampla sala de vendas, armazéns subterrâneos e escritórios.
O estabelecimento mantém 65 funcionários e um portfólio de cerca de 40 mil produtos, entre medicamentos, suplementos, itens de higiene e dermocosméticos. Passam por lá diariamente, em média, 2 mil pessoas, das quais mais de 50% são turistas.
Automação é o diferencial da Farmácia Vaticana
Um dos grandes diferenciais da loja da Farmácia Vaticana é a presença de seis portas automáticas para a distribuição de medicamentos por meio de robôs, que entregam os produtos ao farmacêutico em apenas oito segundos.
E esta é apenas uma das muitas inovações introduzidas após uma reestruturação completa realizada em 2020. Além da automação de vendas, o smart ticket também foi ativado. A ferramenta possibilita que o consumidor acesse informações relevantes sobre os produtos com um simples toque no telefone celular.
A farmácia ainda exibe vitrines virtuais com telas conectadas a computadores para que se possa visualizar os medicamentos. Outro elemento inovador é a adoção de um sistema de eliminação de filas de espera em tempo real.
Desde sua fundação, várias intervenções e acomodações foram feitas nas instalações. A última grande ampliação data de 1989, mas nos últimos três anos foram renovados o depósito (2017-2018), os escritórios administrativos e a seção de cosméticos (2018-2019) e, finalmente, a área de vendas (2019-2020).
Papa Francisco agradece aos farmacêuticos
No dia 18 de setembro, o Papa Francisco recebeu em audiência, no Vaticano, um grupo de 150 consagrados da Ordem Hospitaleira de São João de Deus, colaboradores e funcionários da Farmácia Vaticana.
De acordo com o Pontífice, os farmacêuticos são uma mão próxima e estendida, que não se limita a distribuir medicamentos, mas transmite coragem e proximidade. “Obrigado a vocês e a todos os farmacêuticos por isso! Sua profissão não é uma profissão, é uma missão”, afirmou. Com informações do Vatican News