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Fumar pode diminuir resposta imune da vacina contra Covid-19; descubra outras 9 razões para parar

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Estudo recente de pesquisadores japoneses do Utsunomiya Hospital e da Jichi Medical University apontaram uma redução da resposta imune em pacientes que fumam. Além desse, há outros riscos do tabagismo para a saúde, que é a principal causa de morte evitável em todo o mundo.

Recentemente, um estudo de pesquisadores japoneses, do Utsunomiya Hospital e da Jichi Medical University, descobriu que fumantes correm o risco de ter uma resposta imunológica mais baixa que o restante da população após receber a vacina contra a Covid-19. Os pesquisadores analisaram os anticorpos induzidos pela vacina da Pfizer em 378 profissionais de saúde. No estudo, 61% das pessoas do sexo masculino que participaram do estudo fumavam, contra 31% do sexo feminino. Essas pessoas tinham níveis mais baixos de anticorpos. Apesar do estudo ainda não ter sido revisado por pares, e mais trabalhos precisarem ser feitos para confirmar a informação, existem outros motivos para parar de fumar. Reunimos um time de especialistas de diversas áreas para explicar como o cigarro afeta as estruturas e o funcionamento do organismo.

Confira:

 Cérebro: 

Muitos produtos químicos nos cigarros são tóxicos para o cérebro, estando associados ao declínio mental e à demência. “O acetato de chumbo, por exemplo, é uma das substâncias tóxicas que possuem efeito cumulativo para o organismo, na medida em que o chumbo não é eliminado. Então, há um risco de danos celulares e desenvolvimento de tumores”, explica o Dr. Gabriel Novaes de Rezende Batistella, médico neurologista e neuro-oncologista, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA). E o mesmo vale para o fumo passivo. “Por isso, converse com outras pessoas de sua família sobre parar de fumar também. Todos ficarão mais saudáveis se sua casa e seu carro forem protegidos da fumaça do cigarro”, completa.

 Pele: 

O tabagismo é um dos principais fatores envolvidos no envelhecimento da pele, favorecendo o surgimento de flacidez, rugas e manchas. “Estudos apontam que o risco de rugas moderadas a graves em fumantes ao longo da vida é mais de duas vezes maior do que em fumantes que haviam fumado por menos tempo”, afirma a Dra. Roberta Padovan, médica pós-graduada em Dermatologia e Medicina Estética.

Isso ocorre porque o cigarro contém substâncias tóxicas que causam a vasoconstrição periférica por um período de dez minutos, o que diminui o fluxo sanguíneo para o tecido cutâneo e cabelos. “Como resultado, podemos notar uma perda de viço e luminosidade da pele, além do amarelamento do tecido e a diminuição da firmeza por conta da oxigenação e nutrição reduzidas”, explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

 Cabelos: 

Assim como afeta a pele, o cigarro também pode prejudicar o couro cabeludo e, consequentemente, os fios. “Para manter-se saudável e crescer adequadamente, o couro cabeludo precisa de oxigenação e nutrição, que são prejudicadas devido à vasoconstrição provocada pelo cigarro.

Além disso, as substâncias tóxicas contidas no produto chegam ao couro cabeludo pela corrente sanguínea, gerando um quadro inflamatório que torna a região mais suscetível a sofrer com problemas como psoríase, dermatite seborreica, irritação, afinamento e quebra dos fios e até mesmo queda capilar”, alerta o Dr. Daniel Cassiano, dermatologista da Clínica GRU Saúde e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Fertilidade: 

O cigarro é um dos principais causadores da infertilidade, pois os componentes tóxicos presentes no produto, como a nicotina e o alcatrão, pioram severamente a qualidade reprodutiva. “Nas mulheres, o tabagismo é capaz de favorecer a deterioração dos óvulos, envelhecendo-os em até dez anos e acelerando o início da menopausa, o que é especialmente prejudicial hoje em dia, quando as mulheres estão querendo engravidar cada vez mais velhas.

Já nos homens o hábito de fumar diminui a quantidade de espermatozoides e fragmenta o DNA do esperma, reduzindo assim a capacidade de fecundação, além de também contribuir para a perda do apetite sexual e a disfunção erétil”, afirma o Dr. Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana e diretor clínico da Clínica Mater Prime, em São Paulo.

Saúde íntima: 

O tabagismo promove o aparecimento de infecções vaginais. “O tabaco diminui o número de lactobacilos, que são bactérias de defesa presentes no organismo e são fundamentais para a flora vaginal, para manter o pH normal da vagina. Se não tivermos lactobacilos, há uma chance maior de infecções.

A paciente pode começar a ter um corrimento, às vezes até com cheiro, um odor característico, porque há um desvio da flora e isso é considerado uma infecção, uma vaginose”, explica a Dra. Eloisa Pinho, ginecologista e obstetra da Clínica GRU. Há ainda um outro problema, com relação à lubrificação íntima: “Além do muco normal de uma vagina saudável, também a lubrificação que facilita as relações sexuais pode ficar comprometida. A própria nicotina faz vasoconstrição, ou seja, a diminuição do fluxo sanguíneo presente em qualquer órgão.

Essa mesma vasoconstrição vai diminuir a produção de secreção por parte das glândulas aí existentes, originando secura vaginal e diminuição de lubrificação. Deste modo, a saúde vaginal torna-se mais vulnerável e as relações sexuais podem ser dolorosas”, diz a ginecologista.

Coração: 

O cigarro também é extremamente prejudicial para o coração. “Cada vez que você inala a fumaça do cigarro, sua frequência cardíaca e sua pressão arterial aumentam temporariamente. Seu coração tem que bater mais forte e mais rápido do que o normal.

Os níveis de colesterol também ficam fora de controle, já que a fumaça do cigarro aumenta os níveis de LDL, ou colesterol ‘ruim’, e de uma gordura no sangue chamada triglicerídeos. Isso faz com que uma placa de gordura se acumule em suas artérias, aumentando o risco de ataques cardíacos”, explica o médico cardiologista e geriatra Dr. Juliano Burckhardt, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e da American Heart Association e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

Logo, parar de fumar é uma excelente maneira de melhorar a saúde cardíaca. “Apenas 20 minutos depois de parar, sua pressão arterial e frequência cardíaca diminuem. Em 2 a 3 semanas, seu fluxo sanguíneo começa a melhorar. Depois de um ano sem cigarros, você tem metade da probabilidade de sofrer com alguma doença cardíaca do que quando fumava. Depois de 5 anos, o risco é quase o mesmo do que de alguém que nunca acendeu um cigarro”, afirma o médico.

Circulação: 

A circulação é uma das estruturas que mais sofre com o tabagismo. “O cigarro pode causar problemas circulatórios como arteriosclerose e tromboangeite obliterante, distúrbio que afeta as extremidades do corpo. Em ambos os casos, há riscos de ter de amputar os membros, como pernas, pés e mãos”, explica a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

Além disso, a nicotina está ligada à diminuição da espessura dos vasos sanguíneos e o monóxido de carbono reduz a concentração de oxigênio no sangue. “Todo esse processo pode causar complicações para o normal funcionamento dos vasos, que ficam mais susceptíveis ao entupimento, podendo levar a processos de trombose, principalmente quando há fatores de risco envolvidos.”

Processo de recuperação e cicatrização: O tabagismo também é extremamente prejudicial, por exemplo, para aqueles que se submeteram ou ainda vão passar por procedimentos estéticos e cirurgias “Existe uma maior incidência de complicações cirúrgicas em pacientes tabagistas devido à vasoconstrição causada pelo cigarro, incluindo trombose pulmonar, infecção, hematoma, necrose de tecidos e problemas com qualidade de cicatriz”, explica a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Isaps (International Society of Aesthetic Plastic Surgery).

“Alguns estudos apontam um aumento de até quatro vezes o número de complicações e intercorrências em decorrência do tabagismo, tanto no aparelho respiratório como risco de necroses e dificuldade de cicatrização da área operada”, completa.

Nutrição: 

O hábito de fumar é capaz de influenciar até mesmo nos aspectos nutricionais do organismo. “Por atuar no sistema nervoso central, o cigarro causa uma diminuição do apetite, pois afeta a atividade de neurotransmissores que são responsáveis pelo controle da fome, além de alterar o paladar e o olfato, reduzindo o gosto e o aroma dos alimentos”, diz a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). “Além disso, o cigarro promove um efeito termogênico, acelerando o metabolismo, o que leva ao emagrecimento e reduz a oxigenação dos tecidos do organismo, que causa envelhecimento precoce e acelerado”, finaliza.

Fonte: ParanaShop

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