Os gastos com medicamentos no mundo devem atingir as impressionantes cifras de US$ 2,3 trilhões (R$ 11,6 tri) até 2028, segundo estudo da IQVIA.
A utilização de remédios em escala global cresceu 14% nos últimos cinco anos e espera-se um aumento adicional de 12% até 2028.
“O crescimento contínuo das despesas é impulsionado por um aumento no volume de medicamentos, o que mostra que mais pacientes estão tendo acesso a novas terapias e com melhores resultados clínicos”, afirmou Murray Aitken, vice-presidente sênior e diretor executivo do Instituto IQVIA para Ciência de Dados Humanos, em relatório divulgado pela consultoria.
Segundo o executivo, os sistemas de saúde globais demonstraram uma resiliência notável face à pandemia, à inflação global e a conflitos regionais, e avançaram na adoção de novas terapias.
Áreas terapêuticas que mais demandam gastos com medicamentos
A procura por remédios oncológicos inovadores tende a elevar os gastos com medicamentos para cerca de US$ 440 bilhões (R$ 2,2 trilhões) até 2028, mais que o dobro do patamar atual. Isso acontece à medida que se identifica utilização mais ampla e prolongada de terapias. E 100 novos fármacos dessa área são esperados para os próximos cinco anos.
Outra febre do momento são os remédios contra obesidade, cuja alta estimada chega a 27%. Os atuais US$ 24 bilhões (R$ 121 bi) devem saltar para US$ 74 bi (R$ 378 bi).
Espera-se ainda que novas terapias em doenças neurológicas raras, Alzheimer e enxaqueca impulsionem o aumento dos gastos em neurologia.