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O gestor de farmácias que escolheu o renascimento como lema

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gestor de farmácias

O dia 29 de julho tem um significado muito particular para o gestor de farmácias José Rodenilson da Fonseca Sá. A data em que perdeu a primogênita de oito anos marcou também a chegada do terceiro filho. Esse episódio de renascimento vem sendo um estímulo permanente para o empresário e executivo, capaz de encontrar a superação em cada desafio profissional.

Foi necessária uma longa jornada para o varejo farmacêutico entrar de vez na rotina de Rodenilson, personagem do segundo capítulo da seção Minha História. E como boa parte dos empreendedores que impulsionam esse setor, o convívio com a labuta começou cedo. Aos sete anos de idade, passou a atuar como mensageiro na antiga Telecomunicações do Amazonas. Trabalhava durante três meses do ano em sistema de rodízio com as crianças e adolescentes de Borba. cidade com pouco mais de 42 mil habitantes e a cerca de 200 km de Manaus.

Embora valorizasse o ofício de Rodenilson, seu pai, dono de uma das padarias mais disputadas do município, tinha planos mais ambiciosos. Queria um filho juiz, promotor ou médico. E convenceu o menino, então com 12 anos, a se mudar com o irmão para Manaus. Construiu uma casa para os dois adolescentes e financiou os estudos em um colégio particular de ponta.

Antes de gestor de farmácias, comerciante de sucesso

Apesar da imensa gratidão, Rodenilson sentia que a vocação para o comércio falaria mais alto e decidiu regressar à Borba, aos 20 anos. Casou no mesmo período com Adriana Cavalcanti e ganhou do pai outra casa com direito a um espaço anexo, onde montou seu primeiro negócio – o comércio de estivas, como é conhecida a venda de gêneros alimentícios negociados por atacado.

“Mas as dificuldades para tocar o negócio e sustentar a vida a dois eram evidentes”, admite. O primeiro renascimento chegou. Percebendo sua insatisfação, o sogro o presenteou com um galpão ao lado de uma escola. Foi a deixa para o jovem empreendedor erguer uma lanchonete. Em cinco meses contratou um auxiliar e o segundo foi recrutado no primeiro ano. Com clientela cativa, criou também um bar de drinques especiais, até vir o segundo renascimento.

Em 1992, sua primeira filha veio ao mundo com sérios problemas de imunodeficiência. Sem estrutura hospitalar no Amazonas para um tratamento médico permanente e de alta complexidade, a esposa era obrigada a realizar constantes viagens para São Paulo. “Cada passagem aérea custava algo que equivaleria hoje a R$ 15 mil, sem contar os gastos com hospital, medicamentos e o desgaste emocional. E os nossos recursos financeiros estavam despejados no comércio”, conta.

De taxista a executivo em transportadora

Em 1995, a decisão foi vender tudo e se mudar para Manaus, onde tentaria uma carreira executiva. Mas por necessidade, teve de tentar a rotina de taxista. As economias estavam acabando até que um amigo o indicou para uma vaga na Viação Turin. Passou três meses em Campinas (SP) em período de experiência, acumulando conhecimentos para representar a transportadora na capital do Amazonas.

A missão era vender serviços de transporte aéreo para empresas locais, um desafio relativamente fácil para alguém que tinha o comércio como paixão e vocação. Tudo transcorria bem até o fim de 1998, quando uma disputa judicial com a Varig fez a companhia sair do mercado. Desempregado, foi trabalhar como promotor de vendas em uma drugstore. Mas apareceu o 29 de agosto de 2000 e o falecimento da filha o empurrou para outro renascimento.

Flexfarma

Apoio do irmão e a primeira farmácia

Sem chão, encontrou no irmão Roberto e na sua cidade natal o esteio para seguir adiante. Juntos, eles montaram uma pequena farmácia independente de 21 m² em Borba. O incansável Rodenilson bateu à porta da Prefeitura Municipal, com a qual firmou um convênio que beneficiava 1.500 servidores com acesso a medicamentos e outros produtos, em troca de desconto na folha.

A Drogaria Popular bombou e, apenas três anos depois, os sócios ganharam fôlego para abrir duas unidades em Manaus e mais um terreno em Borba – onde inaugurou uma loja de vanguarda de 180 m², que reunia farmácia e um departamento de conveniência com adega. “De quase R$ 30 mil em vendas mensais no início do projeto, passamos a faturar R$ 180 mil”, destaca o empresário, que regressou para Manaus.

A vida pessoal também surpreendia positivamente. Em 2008, contrariando a opinião de médicos, Adriana engravidou e deu à luz Adriano José, hoje com 14 anos. E em 2011, um novo dia 29 de agosto marcava o nascimento de Júlio César. “Por tudo que eu e minha esposa enfrentamos juntos, sempre achei que nada acontecia por acaso. Mas nessa data, passei a ter certeza e é essa fé que continua a me mover”, afirma.

gestor de farmácias

Com a prosperidade nos negócios, surgiu o momento de conciliar a rotina de dono com a de gestor de farmácia. E ao saber da estratégia do Grupo Tapajós de ampliar as operações da Flexfarma por meio do sistema de franquias, Rodenilson não hesitou e se credenciou para administrar uma das lojas da rede em Manaus, no último trimestre de 2021.

“Buscava um novo horizonte na carreira, o que me motivou a unir forças com a Tapajós e contribuir para aumentar o reconhecimento da marca Flexfarma”, justifica. Com média de ganhos mensais entre R$ 100 mil e R$ 110 mil, alcançou o pico de R$ 145 mil há dois meses. Nada mal para quem faz da superação um lema permanente.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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