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Há 50 anos, foi feito o primeiro transplante de coração humano no Brasil

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Não foi somente o turbilhão político aqui e alhures que marcou o ano de 1968. Há quase 50 anos, no dia 26 de maio de 1968, o professor Euryclides Zerbini (1912-1993), foto ao lado, cirurgião cardíaco, fez o primeiro transplante de coração humano no Brasil. Foi realizado apenas cinco meses depois do primeiro do mundo, feito pelo sul-africano Christiaan Barnard. De lá para cá, a técnica do transplante do órgão pouco foi alterada. Aliás, a diferença mais importante não está na cirurgia. Mas na descoberta de remédios imunossupressores, usados para diminuir a rejeição do órgão, que não estavam disponíveis naquela época. Após os primeiros transplantes do órgão no Brasil no final dos anos de 1960 e início de 1970, houve um retardo para a retomada, que se deu só na década de 1980, por causa da disponibilização dos imunossupressores.

Segundo o cirurgião Alexandre Siciliano, do Instituto Nacional do Coração e chefe de transplante do Pró-Cardíaco, foram realizados 89 transplantes de coração no Rio só em 2017. No Brasil, há 282 pessoas esperando na fila para realizar a cirurgia no país.

Aqui, a repórter Ana Cláudia Guimarães costura uma entrevista com o cirurgião Alexandre Siciliano.

Qual é a importância do feito do professor Zerbini na história da medicina brasileira?
O legado do professor Zerbini extrapola a comunidade científica. Ele tocou a comunidade leiga. O que ele fez, transformou o mundo.

Qual é a expectativa de vida de quem faz a cirurgia?
O gráfico da sobrevida no país mostra que 60% das pessoas que transplantaram o coração, oito anos após a cirurgia, continuam vivas. No Incor, há pacientes com mais de 30 anos de cirurgia.
Qual é o maior problema enfrentado hoje no Rio?
Um dos maiores é a segurança. Em geral, as equipes são mobilizadas durante a madrugada, e os hospitais ficam longe do INC.
Por que o número ainda é aquém do desejado?
No Rio, por exemplo, o programa não está dentro das universidades, diminuindo as possibilidades de médicos novos enxergarem a cirurgia como um caminho a ser tomado.

 

Fonte: O Globo

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