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Indústria inteligente

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A evolução de processos passa por toda a trajetória industrial. Desde as primeiras máquinas, passando por suas respectivas melhorias, a otimização do trabalho sempre esteve como prioridade. Conceito que ganha cada vez mais espaço em âmbito mundial e local, a indústria 4.0, também chamada de “quarta revolução industrial”, trabalha com conceitos que mesclam tanto as tecnologias mais modernas com uma gestão inteligente das informações geradas no cotidiano.

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Um dos primeiros passos para uma indústria se adequar ao novo momento é o enxugamento dos processos, avalia Gleison Ribeiro, consultor industrial do Senai/CE. “Após enxugar e otimizar processos, a coleta de dados é um passo básico e primordial dentro do processo de transformação digital. Sem dados não se consegue avançar para as próximas etapas da transformação, que são: visibilidade e transparência, capacidade produtiva e flexibilidade e adaptabilidade de sistemas ciber-físicos.” Para Alexandre Lira, analista de políticas públicas do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), uma das vantagens dos processos da indústria 4.0 é a redução de investimento em equipamentos como hardwares para armazenamentos em larga escala, uma vez que é possível adquirir espaço na nuvem.

Em relação ao Ceará, o analista visualiza que são as grandes empresas – por conta da maior possibilidade de investimento financeiro – que estão realizando uma adequação às tecnologias da indústria 4.0. “É preciso conscientizar as médias empresas a adotarem essas tecnologias que vão facilitar muito seu ambiente de trabalho. Hoje, seria irracional você não ter seus funcionários conectados a um sistema. A consequência disso é melhora de produção, principalmente para aqueles que podem se adaptar.” Com capacidade produtiva de um milhão de pares de sapatos por dia e com exportação para mais de 100 países, a Grendene, que possui fábricas em municípios cearenses como Sobral e Fortaleza, utiliza de práticas como análise de dados e inteligência artificial para otimizar os processos.

Por conta disso, surgiram demandas de cargos para estudar essas informações. “Antes, precisava contratar alguém que sabia Excel. Agora precisa do cargo de analista de dados. O Excel já está pronto, agora precisa de alguém que analise uma coluna com mil linhas. Outra é analista de TI (tecnologia da informação). Temos um grupo que trabalha com TI e também tecnologia de automação”, comenta Rossi. O gestor também comenta que foi possível absorver formandos de cursos da região, como Engenharia Elétrica. No caso da formação dos funcionários, os próprios técnicos da empresa são responsáveis por ministrar cursos voltados para o público interno, além de receberem também a visita de fornecedores parceiros, explica Rossi. De acordo com Cláudia Buhamra, professora de Marketing e titular da Universidade Federal do Ceará (UFC), um dos principais aspectos da indústria 4.0, o gerenciamento de dados, ainda precisa receber mais estímulo no Estado.

Uma das causas, explica, é o custo envolvido para essa aplicação. “Em segundo lugar pela própria cultura. Existem alguns segmentos de mercado que têm uma cultura muito passiva, de esperar o cliente vir, de esperar os movimentos do mercado e não criar esses movimentos no mercado.” Cláudia também destaca que essas informações não são exclusivas de grandes empresas, e que negócios menores se beneficiam ao saber lidar com tais dados. Um dos setores que já avança nesse aspecto, conta, é o varejo, com o uso de aplicativos que disponibilizam sugestões e listas personalizadas para cada cliente. Na M. Dias Branco, empresa de massas e biscoitos, ocorreu a capacitação dos funcionários para se adequarem aos processos da indústria 4.0, explica Sidney Leite, diretor técnico e de operações da empresa. “Quando se fala em indústria 4.0 e o futuro da tecnologia aplicada em processos produtivos, é fundamental deixar claro que estamos falando do presente. Essa realidade é deparada por estruturas fabris de diversos segmentos, inclusive na M. Dias Branco.

Na companhia, estamos controlando os ativos com inteligência artificial. Nós monitoramos os equipamentos para as manutenções preditivas, utilizando a inteligência, entre outros processos.” Clique na imagem para abrir a galeria Eficiência A necessidade por informações mais assertivas em relação aos produtos fabricados foi o que levou a Biomátika, empresa do segmento de cosméticos, a adotar procedimentos da indústria 4.0. Em parceria com a Fiec, foi implantado um sistema de análise da linha de produção, com o uso de sensores que contabilizam as unidades dos produtos e tempo de cada processo. Também foi elaborada uma ficha de avaliação acerca de quantas pessoas são necessárias para realizar cada projeto, além de uma gestão visual pelo uso de dashboards em monitores instalados na linha de produção, além de tablets em que os operadores observam o status de cada produto.

“Não gerou novos cargos, mas conseguimos realocar mão de obra, obtendo maior produtividade. A implantação do sistema requereu a capacitação dos colaboradores, com treinamento de forma que todos conhecessem e entendessem o sistema e tivessem condição de alimentá-lo da forma devida”, explica Paulino Yamagishi, gerente industrial da empresa. Outro benefício foi que, com a chegada de informações mais instantâneas, tornou-se possível analisar em tempo real qualquer problema da linha de produção, como parada súbita. Utilizado desde junho de 2019, o sistema ainda está passando por melhorias, com mais produtos sendo incluídos dentro da base de dados com o passar do tempo. o que é? A indústria 4.0 é a mais recente revolução nos processos industriais.

Une aspectos de melhora do trabalho humano com as possibilidades do mundo virtual, com o uso de dados e processos inteligentes para otimizar a gestão cotidiana. Quais elementos estão ligados a indústria 4.0? Tecnologias como Internet das Coisas, Big Data, uso inteligente dos dados, virtualização de processos, modernização da gestão, inteligência artificial, impressão em 3D, entre outras. Quais profissões irão se beneficiar desse momento? Cargos ligados à Tecnologia da Informação (TI), que saibam realizar uma leitura efetiva dos dados, tendem a se desenvolver, com foco também em computação na nuvem, assim como cargos ligados à robótica. Há algum risco atrelado à ampliação do uso de dados? As empresas deverão se focar ainda mais em desenvolver uma arquitetura de segurança que garanta que os dados dos clientes ou dos próprios sistemas estejam fora de risco.

Fonte: O Povo Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/02/05/edital-oferece-r-10-milhoes-para-apoiar-ate-100-projetos-de-inteligencia-artificial/

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