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Infância sofre de múltiplas privações

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A infância e adolescência no Brasil é vítima de muitos males, que vão além da pobreza material. Seis em cada dez menores de 17 anos estão privados de um ou mais direitos, como educação, informação, água, saneamento, moradia e proteção contra o trabalho infantil, de acordo com estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), apresentado ontem, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015. Ou seja, nada menos de 18 milhões de meninas e meninos – 34,3% do total – são afetados diretamente pela pobreza monetária, vivem com menos de R$ 346 per capita por mês na zona urbana e R$ 269 na zona rural.

Além da falta de recursos financeiros…

Ainda segundo o Unicef, dessas crianças e adolescentes atingidos pela privação de direitos, seis milhões, o equivalente a 11,2%, estão prejudicados somente pela falta de renda de suas famílias. Já os outros 12 milhões, ou 23,1%, além de viverem com renda insuficiente, têm um ou mais direitos negados. Mas os problemas não param aí: a eles, somam-se outros 14 milhões de meninas e meninos que não são monetariamente pobres, mas têm um ou mais direitos negados. Juntos, os dois grupos representam 61% das crianças e adolescentes do país.

…direitos fundamentais negados

“Para entender a pobreza, é preciso ir além da renda e analisar se meninas e meninos têm seus direitos fundamentais garantidos”, disse a representante do Unicef no Brasil, Florence Bauer, no estudo, conforme relato da Agência Brasil. “Incluir a privação de direitos como uma das faces da pobreza não é comum nas análises tradicionais sobre o tema, mas é essencial para dar destaque a problemas graves que afetam meninas e meninos e colocam em risco seu bem-estar”. Eis aí mais um desafio para o governo eleito nas urnas em outubro próximo.

Não à mão de obra infantil

Cerca de 69% dos consumidores entendem que as empresas e as instâncias de governo são corresponsáveis pela não utilização de mão de obra infantil. O dado está em pesquisa sobre o olhar do consumidor acerca do papel das companhias no combate ao trabalho infantil, que será divulgado pela Fundação Abrinq no CONARH 2018, congresso sobre RH e gestão de pessoas que acontece nesta semana em São Paulo. “Há crescente preocupação do consumidor com o compromisso social das empresas”, afirma Denise Cesário, gerente executiva da Fundação Abrinq.

Algo precisa ser feito

Após saraivada de críticas, envolvimento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e suspensão pelo Supremo Tribunal Federal, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realiza em 4 de setembro nova audiência pública para definir novas regras para cobrança de coparticipação e de franquia em planos de saúde. “Os modelos dos planos de saúde não acompanham as novas estruturas do mercado, o setor ainda é muito conservador, por isso algo tem de ser feito, e direito”, diz o médico e sócio-diretor das healthtechs B2Saúde e Carelink, Francisco Vignoli.

Fonte: DCI

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