Por meio do programa Mais Inovação, o investimento do BNDES na Biolab será de R$ 240 milhões. O aporte prevê um fortalecimento na fabricação de genéricos da farmacêutica, além do uso de moléculas pouco exploradas pelo mercado.
Com o financiamento, o laboratório focará no desenvolvimento de tratamentos para diabetes e hipertensão. Já na área de medicamentos inovadores, vale destaque uma opção de terapia para a disfunção erétil, com base em uma substância presente no veneno da aranha armadeira.
Além desses objetivos, a companhia também utilizará os fundos para realizar inovações incrementais em medicamentos já existentes, visando uma maior eficiência e segurança nos tratamentos.
“Apenas no primeiro semestre de 2024, o BNDES aprovou R$ 2 bilhões em crédito para o setor, o maior valor da série histórica, iniciada em 1995”, comenta Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.
“Essa é uma oportunidade de mostrar o alto valor tecnológico que a indústria brasileira é capaz de oferecer, contribuindo para aumentar nossa autossuficiência e competitividade no cenário mundial”, completa o sócio e membro do conselho administrativo da Biolab, Cleiton de Castro Marques.
Investimento do BNDES na Biolab é só parte de aporte bilionário
O recente investimento do BNDES na Biolab é só parte de uma estratégia muito maior do banco para fortalecer a indústria farmacêutica nacional. Em agosto, a instituição financeira anunciou o montante até então recorde de R$ 1,39 bi para o setor.
O anúncio foi realizado durante solenidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin. Na época, o banco já havia destinado R$ 500 milhões para EMS, o mesmo valor para a Eurofarma e R$ 390 milhões para o Aché. Segundo Mercandante, a projeção é de que as farmacêuticas brasileiras passem a ofertar genéricos inéditos para o país.