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Investimentos da Cimed em expansão somam R$ 3,5 bi

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investimentos da Cimed
Divulgação Cimed

Os investimentos da Cimed em expansão somarão R$ 3,5 bilhões nos próximos cinco anos, sendo R$ 2 bi em aumento da capacidade produtiva e R$ 1,5 bilhão em estratégias de marketing. Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente João Adibe ressaltou que a prioridade da farmacêutica é a categoria de bens de consumo e não hesitou ao declarar a meta de ser a “Procter & Gamble brasileira”.

A companhia estipulou a meta ambiciosa de chegar a R$ 5 bilhões de faturamento em 2025 e encerrar 2029 na casa dos R$ 10 bi. Em 2023, a receita líquida totalizou R$ 2,25 bilhões, o que representou um incremento de 15,9% na comparação com o ano anterior.

Em cinco anos, a Cimed projeta dobrar a capacidade de produção para 100 milhões de unidades ao mês. Hoje o patamar chega a 50 milhões nas duas plantas baseadas em Pouso Alegre (MG). Desse volume, 60% abrange medicamentos genéricos e os outros 40% correspondem a bens de consumo, incluindo carros-chefes como a linha Lavitan e os hidratantes labiais da Carmed.

A instalação de uma terceira fábrica já está em estudo e a tendência é que o complexo seja erguido nas regiões Norte ou Nordeste. Outros R$ 200 milhões também estão reservados para a implementação de ferramentas de Inteligência artificial e softwares de gestão de vendas da Salesforce.

O portfólio atual de 600 produtos continua a ganhar reforços. Nesta semana, a Cimed ampliou a linha Carmed em parceria com a Fini, após gerar R$ 1 bilhão de receita para as farmácias com essa coleção desde o ano passado. A tentativa de comprar a Jequiti, fabricante de cosméticos do grupo Silvio Santos, foi descartada, mas Adibe revela que continua em busca de novas oportunidades de aquisição.

Apesar dos planos, uma das estratégias que estava na mesa não faz mais parte dos planos. A empresa deixou claro que não apostará suas fichas em vendas diretas. “Meu foco é entregar ao varejo”, enfatizou. A Cimed atende atualmente 90 mil pontos de venda, por meio de 27 centros de distribuição em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.

Investimentos da Cimed assemelham-se a movimento da Hypera

O Valor Econômico ouviu especialistas para interpretar os investimentos da Cimed e a intenção de ser uma das líderes em produtos de consumo. E os analistas entendem que a estratégia reproduz a tentativa da então Hypermarcas de renovar o portfólio. A empresa voltou atrás e, já como Hypera Pharma, manteve seu foco em medicamentos.

Mas no caso da Cimed, o plano pode dar certo. “É um caminho bastante válido que as farmacêuticas brasileiras podem adotar, testado fora do país e que já deu certo”, comenta Mauricio Franca, sócio da LEK Consulting. “A Cimed tem uma das maiores capilaridades de atendimento ao varejo farmacêutico no Brasil, então vai criando produtos que, no fundo, entram em uma máquina de logística e vendas que já funciona”, diz Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail.

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