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IPCA-15 acumula alta de 3,68% na RMBH

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A prévia da inflação na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por mais um mês, avançou. Em maio, frente a abril, foi registrada alta de 0,49%. Com o resultado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) já acumula alta de 3,68% no ano na RMBH. Nos últimos 12 meses, o índice disparou para 8,04%. Em maio, o indicador foi puxado, principalmente, pela alta em medicamentos e energia elétrica. Os dados foram divulgados, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento mostra ainda que o índice para a RMBH foi o quinto maior resultado mensal entre as onze áreas pesquisadas. Já a variação acumulada em doze meses (de 8,04% na RMBH) foi o quarto maior resultado entre as áreas de abrangência da pesquisa.

De acordo com o coordenador da pesquisa IPCA do IBGE Minas, Venâncio Otávio Araújo da Mata, em maio, a alta sobre abril, 0,49%, teve como principais impulsos a elevação dos preços de medicamentos e da energia elétrica.

‘No mês de maio, o que impulsionou a inflação foram os remédios – produtos farmacêuticos – com alta de 3,53%. Também contribuiu para a alta a energia elétrica residencial, que ficou 1,82% mais cara em função da mudança de bandeira tarifária, passando da amarela em abril para a vermelha em maio’, explicou.

Neste mês, na RMBH, sete grupos apresentaram variações positivas, com destaque para o grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que apresentou elevação de 1,48%. Alta também em Artigos de Residência (1,39%), Habitação (1,06%), Vestuário (1,06%), Despesas Pessoais (0,42%), Educação (0,16%) e Alimentação e Bebidas (0,14%). No período, apenas dois grupos apresentaram deflação: Comunicação (-0,02%) e Transportes (-0,26%).

Segundo os dados do IBGE, a alta no grupo de Saúde e Cuidados Pessoais (1,48%) impactou o índice geral de maio em 0,21 pontos percentuais. O resultado foi influenciado principalmente pela alta nos preços dos produtos farmacêuticos (3,53%), com o reajuste nos medicamentos a partir de 1º de abril, autorizado pela Anvisa.

Dentre as elevações, destaque para os aumentos nos preços dos remédios dermatológicos (5,59%), oftalmológicos (4,81%), antialérgicos e broncodilatadores (4,74%), hormonais (4,61%), anti-inflamatórios e antireumáticos (4,56%), anti-infecciosos e antibióticos (4,45%) e gastroprotetores (4,40%). Os perfumes também apresentaram uma alta de 3,60% e impactaram o índice em 0,03 p.p.

No grupo de Artigos de Residência, com alta de 1,39%, destacam-se os aumentos do televisor (5,60%) e do item mobiliários (1,62%), com impactos de 0,03 p.p. e 0,02 p.p., respectivamente. Em Habitação (1,06%), o maior impacto individual do índice (0,08 p.p.) veio da energia elétrica residencial (1,82%), por conta da mudança de bandeira tarifária amarela para vermelha patamar 1 em maio. Ainda dentro deste grupo, o IBGE destaca os aumentos do gás de botijão (1,08%) e do aluguel residencial (1,06%), com impactos de 0,02 p.p. e 0,04 p.p., respectivamente.

Em Alimentação e Bebidas (0,14%), o resultado foi provocado principalmente pelo tomate (18,16%) e pelas carnes (2,5%). Olhando as quedas, os destaques foram o mamão (26,93%) e, de forma geral, as frutas (11,58%). No grupo de Transportes (0,26%), foram registradas quedas das passagens aéreas (35,00%) e do transporte por aplicativo (18,89%). Por outro lado, houve aumento da gasolina (1,15%).

Indicador dispara em 12 meses

Com o novo aumento do IPCA-15 em maio, a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) está com a inflação elevada nos últimos 12 meses, com o índice em 8,04%.

Para comparação, o resultado do IPCA-15 mostra que o índice acumulado nos últimos 12 meses na RMBH ultrapassa a meta estipulada para o País pelo Banco Central. Para 2021, a meta da inflação é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, ou seja, podendo variar entre 5,25% e 2,25%.

O coordenador da pesquisa IPCA do IBGE Minas, Venâncio Otávio Araújo da Mata, explica que a desvalorização do real frente ao dólar estimulou as exportações de alimentos, reduzindo a oferta no mercado interno e contribuindo para o aumento dos preços.

‘No acumulado dos últimos 12 meses, a alta se deve ao real desvalorizado frente ao dólar, o que fez com que alguns produtos do grupo de alimentação e bebidas fossem mais exportados. Isso causou uma falta de produto no mercado interno. Podemos observar isso nas carnes, no óleo de soja e no arroz, que tiveram aumentos consideráveis’.

Ainda segundo Da Mata, o grupo de alimentos e bebidas tem grande peso na formação do IPCA e nos últimos 12 meses avançou 12,90%. No período, o preço do arroz subiu 51,66%, do feijão, 8,76%, do óleo de soja, 81,81%, e as carnes tiveram alta de 40,42%.

Outro produto com alta e peso relevante, a gasolina, que tem os preços atrelados ao dólar e à cotação do barril de petróleo, teve o valor reajustado em 41,03% nos últimos 12 meses.

País registra maior taxa para o mês em 5 anos

São Paulo – A prévia da inflação brasileira apresentou novo arrefecimento em maio, mas ainda assim registrou a maior taxa para o mês em cinco anos e a alta acumulada em 12 meses disparou bem acima do teto da meta oficial, mantendo as atenções sobre a trajetória dos preços no País.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) passou a subir em maio 0,44%, de alta de 0,60% em abril, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a leitura mais elevada para o mês desde 2016, quando o índice atingiu 0,86%.

Enquanto isso, a taxa acumulada em 12 meses até maio disparou a 7,27%, acima dos 6,17% vistos no mês anterior, refletindo a saída do cálculo de dados fracos vistos no ano passado. É o maior nível desde novembro de 2016, quando o IPCA-15 em 12 meses foi a 7,64%.

Assim, a leitura vai ainda mais acima do teto da meta do governo para este ano, de 5,25% – o centro do objetivo é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

Os resultados, entretanto, ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters, de alta de 0,55% na comparação mensal e de 7,39% em 12 meses.

O IPCA-15 de maio teve como destaque a alta de 2,31% da energia elétrica, levando o grupo Habitação a subir 0,79% de 0,45% no mês anterior, depois da adoção da bandeira tarifária vermelha no mês.

Também se destacou no grupo o 12º mês consecutivo de avanço do gás de botijão, de 1,45%, embora abaixo da taxa de 2,49% no mês anterior.

O grupo Saúde e cuidados pessoais também acelerou a alta a 1,23% de 0,44% em abril, influenciado pela alta de 2,98% nos preços dos produtos farmacêuticos com o reajuste de 10,08% nos medicamentos a partir de 1º de abril.

Houve aumentos nos remédios antialérgicos e broncodilatadores (5,16%), dermatológicos (4,63%), anti-infecciosos e antibióticos (4,43%) e hormonais (4,22%).

Os preços de Alimentação e bebidas subiram 0,48% com impacto do avanço de 0,50% da alimentação no domicílio em maio. Os destaques foram as carnes (1,77%) e o tomate (7,24%).

O único grupo a apresentar deflação em maio foi Transportes, de 0,23%, devido à queda de 28,85% nos preços das passagens aéreas.

A trajetória da inflação no Brasil tem sido acompanhada com cautela. O Banco Central já elevou a taxa básica de juros a 3,5% desde março ante a mínima histórica de 2,0%, em meio ao aumento persistente da inflação corrente e das expectativas para a inflação de 2022.

A pesquisa Focus mais recente realizada pelo BC com uma centena de economistas mostra que a expectativa para a alta do IPCA neste ano é de 5,24% e para 2022 chega a 3,67%. (Reuters)

Fonte: Diário do Comércio MG

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/28/ipca-acumulado-em-12-meses-acelera-para-617/

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