O IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, revisou para cima a projeção para o PIB deste ano. Agora os economistas do instituto calculam que a economia brasileira deve crescer 4,8% em comparação com o ano passado, e não mais 3%, como havia sido divulgado na última projeção
. A melhora se deve à recuperação significativa da economia desde o terceiro trimestre de 2020, além de uma previsão otimista para os próximos meses, com o avanço da vacinação contra a covid-19, o ambiente externo mais favorável e a redução das incertezas fiscais no curto prazo. Somente no segundo trimestre deste ano, o crescimento em comparação com o mesmo período do ano passado deve ser de 12,6%. Já a previsão para o ano que vem foi revisada para baixo, explicou o diretor de políticas e estudos macroeconômicos do Ipea, José Ronaldo de Castro Souza Jr.
Mas os especialistas do IPEA ressaltam que dois fatores são essenciais para que essa previsão se cumpra: o controle da pandemia no Brasil por meio de vacinação e a manutenção de um cenário relativamente estável para a política fiscal.
O instituto também divulgou nesta terça-feira uma revisão das suas projeções de alta dos preços. Na análise do IPEA, o índice de preços ao consumidor amplo, que é o indicador oficial da inflação, divulgado pelo IBGE, deve terminar o ano com alta de 5,9%, acima da taxa de 5,3% prevista anteriormente.
A energia elétrica faz parte dos itens que tem os preços controlados por contratos ou órgãos públicos, assim como os combustíveis e medicamentos. E são justamente esses itens que devem terminar o ano com a maior taxa de inflação, revista de 8,4 para 9,7%.
Já a previsão de alta para os produtos de maior peso no consumo das famílias, que são os alimentos, foi mantida em 5%. Apesar das altas expressivas deste ano, o IPCA deve desacelerar no ano que vem, encerrando 2022 com avanço de 3,9%.
Fonte: Agência Brasil
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