MS afirma que contratou mais de 560 milhões de doses de vacina em reunião com prefeitos

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Compra de vacinas, grupos prioritários e aplicação da segunda dose. Esses foram alguns dos assuntos levantados durante o encontro do Conectar (Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras) com o Ministério da Saúde.

O consórcio é presidido pelo prefeito Gean Loureiro (DEM) de Florianópolis e a reunião ocorreu por meio de videoconferência nesta segunda-feira (19).

No início do encontro, Loureiro apresentou as ações do consórcio ao secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Otávio da Cruz. Em seguida, elencou os principais questionamentos do grupo à pasta: previsão para regulamentação das vacinas, apoio do governo federal na compra das doses e a posição da Plano Nacional de Imunização sobre a aquisição de vacinas por recursos próprios dos municípios.

Durante o encontro, o secretário apresentou o cronograma de compra e entrega das vacinas com os laboratórios em que os contratos já foram assinados pelo Governo Federal. Além disso, ele citou sobre o atraso na aprovação de imunizantes, como a Sputinik e a Covaxin, pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Ele também disse que o Brasil deve receber um milhão de doses da Pfeizer no fim de abril.

‘O principal desafio para o Ministério hoje é tentar antecipar as doses. Quando mais a gente tiver para o primeiro semestre, será mais interessante. Nós já contratamos mais de 560 milhões de doses e a expectativa é receber todas elas ainda em 2021’, disse o secretário.

Além disso, outro ponto levantado pelo secretário, foi o questionamento junto aos laboratórios sobre a eficácia das vacinas contra as variantes. Inclusive, a situação deve ser inclusa no contrato, para que as empresas comprovem a eficácia antes da aquisição das doses.

Sobre os questionamentos em relação a compra das vacinas por parte dos municípios, Cruz disse que o Ministério irá apoiar com a logística de distribuição e retirada das licenças necessárias. Já em relação a aquisição direta, o secretário disse que passou a demanda para a pasta e que o caso ainda está em discussão pelo PNI.

O medo dos prefeitos é de que, com a compra, os municípios não recebam as vacinas disponibilizadas pelo Ministério, como uma espécie de ‘punição’.

‘O risco por parte do Ministério da Saúde de requisitar eventuais vacinas que sejam entregues, eu acredito que seja nulo. A atual gestão não faria isso’, disse Cruz.

Ainda durante o encontro, alguns dos participantes levantaram outros questionamentos como a inclusão de profissionais de limpeza, educação e do transporte urbano no grupo prioritário de imunização. Outro pedido, foi de até quando os municípios devem segurar a segunda dose para aqueles que não apareceram para receber a vacina.

Essas situações, segundo Cruz, também serão levadas para serem discutidas pelo Ministério da Saúde e devem ser respondidas até o fim da semana.

‘O secretário respondeu tudo aquilo que tinha de informação de maneira imediata e tem um compromisso para nos responder as demais, para que possamos tomar uma decisão e, assim, encaminhar uma eventual aquisição de vacinas por parte do consórcio’, salientou Gean ao fim do encontro.

No encontro, Loureiro afirmou que uma nova reunião será realizada pelo consórcio com o Fundo Soberano Russo para discutir a aquisição da Sputinik V na quarta-feira (21).

Na ocasião, o fundo deverá apresentar o cronograma definitivo para aquisição das doses.

‘Nós vamos seguir o modelo que o Ministério vem fazendo da análise do contrato, exigindo que, se não cumprir o cronograma, se rescinde o contrato. Também será pedido a obrigatoriedade da eficácia das vacinas contra as variantes’, afirma.

O objetivo do Consórcio Conectar é oferecer suporte aos municípios caso o PNI (Programa Nacional de Imunização) não supra a demanda nacional. A ação reúne mais de 2,6 mil cidades interessadas em adquirir vacinas, medicamentos e insumos de saúde.

Loureiro, foi eleito o presidente do Conectar no dia 29 de março. Ao seu lado, outros 17 prefeitos compõem a diretoria da autarquia.

Os recursos para compra de vacinas pelo consórcio poderão ser de três formas: por meio dos municípios consorciados, de aporte de recursos federais e de doações nacionais e internacionais de fundações, instituições e empresas.

O consórcio também pode receber doações de insumos, vacinas, medicamentos e tudo que é necessário para o enfrentamento da Covid-19.

Fonte: Notícias do Dia

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Entenda por que a vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 é segura

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Vacina

Os laboratórios farmacêuticos conquistaram na pandemia do novo coronavírus um papel de destaque pela corrida para oNas últimas semanas, a investigação sobre casos de coágulos sanguíneos causados pela vacina de Oxford/AstraZeneca tem levantado dúvidas na população sobre a segurança que ela oferece. Nesta segunda-feira (19/4), o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, reconheceu que foi detectada uma resistência entre os moradores do DF em relação à aplicação do imunizante nos postos de vacinação.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, vêm garantindo que a fórmula é segura e o evento adverso – formação de coágulos, bastante raro. Até aqui, a taxa é de um caso relatado a cada 1 milhão de doses da vacina contra Covid-19 aplicadas. Além disso, os coágulos nem sempre são fatais e podem ser solucionados com tratamento.

Outro argumento usado para dirimir eventuais inseguranças é que o risco de ser contaminado pelo coronavírus e falecer em decorrência da Covid-19 é bem maior do que o de morrer por causa de um coágulo. De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, a chance de apresentar um coágulo sanguíneo que cause trombose venosa cerebral (TVC) é de oito a 10 vezes maior depois de ter Covid-19 do que após tomar vacina.

O efeito adverso, entretanto, está sendo incluído na bula da fórmula na maioria dos países, e as autoridades de saúde têm alertado para que as pessoas vacinadas estejam atentas para sintomas relacionados à formação de coágulos nos 20 primeiros dias após a imunização. Caso o paciente sinta falta de ar, dor no peito, inchaço nas pernas, dor abdominal persistente, sintomas neurológicos (dor de cabeça forte e visão borrada) ou apresente pequenos pontos de sangue debaixo da pele na região onde a vacina foi aplicada deve procurar atenção médica urgente.

A formação de coágulos sanguíneos não é algo incomum, e pode acontecer em pessoas com problemas de coagulação ou que passem muito tempo sentadas, por exemplo. Pessoas acima do peso, que têm mais de 60 anos de idade, gestantes e fumantes estão entre as mais vulneráveis à trombose venosa profunda, termo técnico que designa a condição. Outros fatores de risco para a formação de coágulos incluem uso de pílula anticoncepcional, câncer, insuficiência cardíaca, varizes e desidratação.

Os coágulos mais comuns aparecem nos braços ou nas pernas. Os mais graves se localizam no cérebro e no abdômen. O risco seria o desprendimento do trombo e sua queda na circulação sanguínea, o que poderia provocar uma embolia pulmonar ou um AVC (acidente vascular cerebral).

Em entrevista recente ao Metrópoles, o cirurgião vascular e endovascular do Hospital Santa Lúcia, Alexandre Giovanini, defendeu o imunizante: ‘O risco de trombose venosa associada à vacinação é mínimo, e a população não deve temer ser vacinada por esse motivo. O prejuízo que o coronavírus pode provocar para as pessoas, com insuficiência pulmonar e renal, internação prolongada, com risco de morte e sequelas neurológicas, é muito maior do que o risco de tomar uma vacina e ter uma trombose, que tem tratamento e, na grande maioria dos casos, se manifesta em casos leves’.

Fonte: Metrópoles

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/

Startups aceleram a digitalização da beleza e cuidado no Brasil

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O Brasil é o quarto maior mercado de higiene e beleza do mundo, segundo dados da Euromonitor International. E no último ano, o aumento no consumo impulsionado principalmente pelo segmento de cuidados com a pele, mostrou uma explosão de novos negócios e o crescimento das marcas consolidados no mercado nacional. O país hoje representa metade do setor de cosméticos na América Latina e mesmo durante a crise do coronavírus, os resultados de vendas da categoria foram positivos em 2020.

Uma pesquisa da Nielsen, mostrou que os consumidores de cosméticos estão se tornando mais exigente. Exemplo disso são os produtos cruelty free (produzidos sem testes em animais) e com ingredientes naturais, que apresentam um ritmo de crescimento acima dos produtos tradicionais. A relação com o cuidado também mudou. Bem-estar, saúde e qualidade de vida ganharam maior prioridade diante da aparência externa.

Além disso, há um fenômeno interessante acontecendo nas redes sociais, que é a formação de comunidade relevante para o mercado de beleza, pautadas principalmente pela isenção de opinião e o uso de novos canais para trocas entre consumidores. Não é à toa que as gigantes da beleza de todo o mundo estão correndo para se tornarem beauty techs – empresas de base tecnológica voltadas para esse setor. O processo tem a ver com o protagonismo que a tecnologia e a inovação ganharam entre os consumidores brasileiros.

Por outro lado, a digitalização e a maior atenção aos cosméticos e o aumento nas buscas verificadas na plataforma de tendências do Google, ainda mostram muitas dúvidas básicas sobre o que usar, quando usar e como usar. E muitas vezes, as respostas são mascaradas por opiniões ou anúncios, dificultando o consumidor entender o aspecto funcional do que está consumindo. Nesse ponto, a tecnologia traz diversos possibilidades. Aplicativos que avaliam a pele são um deles.

Foi pensando nesse contexto que o aplicativo Beautly nasceu. O propósito do negócio é se tornar um lugar seguro para encontrar informações, comparar diversos aspectos funcionais e receber recomendações de produtos ou rotinas personalizadas de acordo com um perfil e histórico de cuidados de beleza. A startup funciona como um Buscapé dos cosméticos. Além de ser um agregador de produtos com mais de 10 mil produtos nacionais e importados em seu banco de dados, prometem oferecer recomendações inteligentes para as necessidades de cada pessoa utilizando a tecnologia para transformar o cuidado mais acessível.

Fonte: Metrópoles

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Comissão da Câmara discute parecer sobre liberação do plantio de maconha no país

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O parecer sobre a possibilidade de liberar o cultivo da maconha não só para uso medicinal, mas também para fins industriais e comerciais – como produção de cosméticos, suplementos alimentares, objetos veterinários, etc. – será apresentado nesta terça-feira (20), em comissão especial da Câmara dos Deputados que discute o tema. O projeto de lei (PL 399/2015), inicialmente tratava apenas da extração de substâncias da planta para medicamentos, mas o substitutivo de lei do deputado Luciano Ducci (PSB), apresentado em setembro de 2020, ampliou as possibilidades, o que tem sido visto como uma brecha para facilitar o uso recreativo da planta. No Brasil, a Anvisa liberou o registro e a venda de produtos à base de maconha, mas o plantio ainda é proibido.

À época, em entrevista para a Gazeta do Povo, Ducci defendeu o cultivo da planta no Brasil, e falou em um mercado de US$ 166 bilhões. “[O cultivo da Cannabis] poderia ser um mercado novo para o país. O Brasil é muito forte no setor agrícola. Tem potência para disputar mercado com os EUA, China, de forma muito tranquila”, disse Ducci.

Já o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Marcos Montes, afirmou que tanto ele como a ministra Tereza Cristina não veem interesse no PL 399/15 do ponto de vista do agronegócio. Para ele, o agronegócio do país não se beneficiaria de forma relevante com o plantio da cannabis e seria “muito grave a possibilidade de desvio de finalidade para o uso da cannabis como substância ilícita”. A bancada ruralista no Congresso, no entanto, tende a apoiar a proposta, com vista nos lucros.

O que o uso medicinal da maconha e da cloroquina têm em comum e por que você deveria se preocupar

Fonte: Gazeta do Povo

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/16/quinta-turma-aponta-competencia-da-anvisa-e-nega-salvo-conduto-para-plantio-e-producao-de-oleo-de-maconha/

Gerente da Anvisa conta como foi análise emergencial das vacinas contra Covid

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Anvisa – O gerente-geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, relatou, em entrevista à equipe do documentário “A Corrida das Vacinas”, toda a tensão de ter de analisar os pedidos de uso emergencial dos imunizantes contra a Covid-19, um processo extremamente técnico e complexo, porém esperado e acompanhado por milhões de brasileiros.

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“Quando chegaram os pedidos de uso emergencial, aí que foi o auge. A gente criou um grupo de Whatsapp e foi 24 horas por dia trocando informações. Um ia dormir, outro começava a falar de um dado, de outro, revisando. Foi bem tenso”, lembra o gerente. “São umas 17 pessoas. Mandavam mensagens toda hora, 3h da manhã”.

“Quando chegaram os pedidos de uso emergencial, aí que foi o auge. A gente criou um grupo de Whatsapp e foi 24 horas por dia trocando informações. Um ia dormir, outro começava a falar de um dado, de outro, revisando. Foi bem tenso”, lembra o gerente. “São umas 17 pessoas. Mandavam mensagens toda hora, 3h da manhã”.

A autorização de uso emergencial é uma ferramenta que não existia antes da pandemia. “Tudo precisou ser construído. Quando teve a decisão de transmitir a decisão da área técnica, uma apresentação exaustiva, falei ‘ninguém vai aguentar ver'”, conta. A decisão da Anvisa sobre as vacinas de Oxford e CoronaVac foi acompanhada por milhares de brasileiros ao vivo na TV.

Mendes explica a função da análise técnica da Anvisa e o motivo de não se poder simplesmente autorizar qualquer vacina para a qual se solicite distribuição no Brasil: “É aquela coisa: a pessoa sai de casa para tomar uma vacina. Ela sabe se realmente aquilo que tão aplicando nela é a vacina? Como se chegou à conclusão de que essa vacina vai funcionar? Alguém precisa fazer isso.”

“Desde a época em que começaram os pedidos de estudo aqui no Brasil eu vi que já ia ser uma questão bem complicada e tensa, por causa da sensibilidade que exigia. Aconteceu muito nas redes sociais, gente falando ‘libera’, ‘genocida’, ’10 dias equivalem a 10 mil mortes”, relembra.

“Desde a época em que começaram os pedidos de estudo aqui no Brasil eu vi que já ia ser uma questão bem complicada e tensa, por causa da sensibilidade que exigia. Aconteceu muito nas redes sociais, gente falando ‘libera’, ‘genocida’, ’10 dias equivalem a 10 mil mortes”, relembra.

Mas não só detratores do trabalho da Anvisa se manifestaram, conta o gerente. “Uma vez, uma senhora me parou e disse ‘Queria te agradecer. Foi Jesus que colocou você nesse lugar”, afirma. “A ioga e a meditação me ajudaram a entrar em contato comigo mesmo, uma quietude de poder lidar com essa pressão”, comenta Mendes, que desde 2003 trabalha na agência de vigilância sanitária na área de medicamentos e estudos clínicos.

“A Anvisa precisa verificar minuciosamente todo o processo dos testes clínicos. Desde as fases pré-clínicas até as fases de eficácia. É um trabalho meticuloso, extremamente técnico e que exige que a nossa agência seja soberana, que ela seja autônoma, que ela não sofra pressão política ou ideológica de qualquer tipo”, comenta Natalia Pasternak, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e presidente do Instituto Questão de Ciência.

‘A Corrida das Vacinas’

Em cinco episódios, dos quais dois já estão disponíveis gratuitamente no Globoplay, a equipe do documentário mostra, no Brasil e no mundo, bastidores dos desafios do desenvolvimento dos imunizantes e a guerra política envolvendo a maior esperança que temos para acabar com a pandemia.

A equipe liderada pelo repórter Álvaro Pereira Júnior vem trabalhando há mais de seis meses para fazer todo o documentário. ‘Você vai ver um político falando de um jeito que a gente não está acostumado a ver. Vai ver o cientista falando de um jeito que a gente não está acostumado a ver. Vai ver intimidade de personagens importantes do noticiário mostrados de uma outra maneira e as explicações científicas’, conta o jornalista.

O documentário mostra bastidores tensos de reuniões decisivas para a compra de vacinas.

Seguindo os protocolos mais rígidos e fazendo muitos exames, a equipe também viajou para Índia e Rússia para mostrar onde são fabricadas as vacinas de Oxford e Sputnik V.

‘Cada laboratório que a gente conseguiu entrar foram meses de negociação. Além disso, a gente teve que fazer PCR antes de ir, PCR lá e todo mundo de N95, o tempo inteiro, o máximo de distanciamento que a gente conseguia. Enfim, era um elemento a mais de dificuldade para a produção do documentário’, relata a chefe de produção, Clarissa Cavalcanti.

A série ouviu especialistas e elaborou ilustrações que explicam como cada vacina funciona para nos proteger.

“O que a vacina quer é enganar o sistema imune para ele pensar que está sendo atacado por um microorganismo, quando, na verdade, não tem nada lá. O Sars-Cov-2 é um vírus que vai entrar no nosso organismo pelas vias respiratórias’, explica Natália Pasternak.

O documentário — que tem roteiro de Anna Bernardoni, Nancy Dutra e Gabriel Mitani — acompanhou também a ansiedade vivida pelos voluntários dos testes quando a eficácia das vacinas era apenas uma possibilidade. E a angústia do isolamento seguida da alegria vivida pelos primeiros que receberem a vacina após a constatação de sua eficácia.

Fonte: G1

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‘Fake news’ causam rejeição a vacina da AstraZeneca no DF, diz secretário

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O secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, afirmou, nesta segunda-feira (19), que há pessoas se recusando a tomar a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca. “Tivemos muitas fake news divulgadas através das redes sociais”, disse em entrevista coletiva.

Também conhecida como Covishield, a vacina da AstraZeneca/Oxford apresenta 100% de eficácia contra casos graves e aqueles que exigem hospitalização. O intervalo entre as doses, que é considerado mais prolongado em relação às demais, tem se mostrado o mais recomendado em estudos recentes, e os efeitos adversos são menores (saiba mais abaixo).

A segunda dose do imunizante deve ser tomada em um intervalo de 90 dias – na capital, este reforço começa na próxima quinta-feira (22). Segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), a partir de agora, só vão tomar a dose final aqueles que receberam a primeira dose no Distrito Federal.

Para comprovar a condição, será necessário apresentar o cartão de vacina indicando que a primeira etapa foi aplicada em um dos postos da capital. Na semana passada, a SES-DF afirmou que cerca de 2 mil pessoas que tomaram a dose inicial em outros estados completaram a imunização no DF.

Escolha por vacinas

Na campanha de vacinação, o público-alvo recebe a dose da vacina que está disponível em estoque naquele ponto de imunização em que está sendo atendido. Apesar de não terem a opção de escolher, Osnei Okumoto afirma que há pessoas que optam por “aguardar” a de preferência.

“Estive nos postos e muitas pessoas perguntavam qual era a vacina. A pessoa desistia de receber a vacina e ia embora dizendo que ia aguardar a chegada de outras doses”, afirma.

“Estive nos postos e muitas pessoas perguntavam qual era a vacina. A pessoa desistia de receber a vacina e ia embora dizendo que ia aguardar a chegada de outras doses”, afirma.

A SES-DF esperava vacinar cerca de 40 mil pessoas no último fim de semana, quantitativo estimado da população com 64 e 65 anos, incluídas no grupo prioritário na última sexta-feira (16). No entanto, só 22,7 mil pessoas foram atendidas.

Eficácia da vacina

Para diminuir a resistência, a Secretaria de Saúde planeja conscientizar a população sobre a eficação da Covishield. Uma pesquisa publicada pela Universidade de Oxford e a AstraZeneca, no final de março, mostra que a vacina tem 100% de eficácia contra casos graves e contra aqueles que exigem hospitalização.

Já quanto aos casos sintomáticos da doença de forma geral, os testes do imunizante realizados em 32.449 voluntários nos Estados Unidos, no Chile e no Peru mostraram eficácia de 79%. Entre participantes com mais de 85 anos, foi ainda maior, de 80%.

Os dados significam que, nos testes, a vacina conseguiu reduzir a maioria dos casos sintomáticos que ocorreriam se as pessoas não tivessem sido vacinadas.

O mínimo de eficácia exigido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de 50% de eficácia. A CoronaVac apresenta 50,7%.

Intervalo de aplicação

A segunda dose AstraZeneca/Oxford deve ser tomada 90 dias após a primeira. Esse intervalo foi definido após estudos apontarem que a eficácia é maior após um período mais longo.

Já a CoronaVac deve ser reforçada de 14 a 28 dias. Entretanto, uma recente pesquisa mostrou que, em um intervalo mais longo, o imunizante apresenta resultados melhores. Se aplicada em 21 dias, a eficácia aumenta de 50,7% para 62,3%.

Reações à vacina

Os efeitos colaterais à imunização contra a Covid-19 apareceram em apenas 0,2% dos imunizados no DF. De acordo com a Secretaria de Saúde, há uma quantidade menor de reações às vacinas da AstraZeneca/Oxford em relação à CoronaVac.

Dos 1.495 casos dos efeitos adversos, uma minoria (33%) foram de casos da Covishield. Estão entre os sintomas identificados dor de cabeça, dor muscular, febre, reação local (vermelhidão ou dor no local de aplicação da vacina) e diarreia. Nos casos de reação por CoronaVac, os sintomas foram os mesmos.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/oms-se-reunira-na-terca-para-analisar-seguranca-da-vacina-astrazeneca/

STF libera compra de vacina russa contra Covid-19 pelo Ceará, caso Anvisa não autorize até o fim de abril

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O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), publicou uma decisão que determina a autorização da compra da vacina russa contra Covid-19 (Sputnik V) pelo estado do Ceará, caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não autorize a aquisição até 29 de abril.

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O estado já assinou termo de compra de um lote de 5,8 milhões da Sputnik V.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/

Câmara de Santa Maria aprova lei que autoriza distribuição de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid

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A Câmara de Vereadores de Santa Maria, na Região Central do estado, aprovou nesta segunda-feira (19) uma lei que autoriza a Secretaria Municipal de Saúde a distribuir um kit com medicamentos para tratamento da Covid-19. Não há, contudo, comprovação de que os remédios funcionem como tratamento precoce à doença.

A proposição foi aprovada em 18 de março por 14 votos a favor e seis contrários e encaminhada para sanção do prefeito Jorge Pozzobom. Porém, como ele não sancionou, o projeto retornou ao Legislativo.

“A redação do projeto, como foi encaminhado, estava em desacordo com as legislações e as normativas estaduais e federais. Esse foi o parecer jurídico da PGM, orientando, assim, a não sanção do projeto”, explica a prefeitura.

Conforme a Câmara, a Lei Orgânica do Município estabelece que, se a lei não for promulgada dentro de 48 horas pelo prefeito, passado o prazo de 15 dias da aprovação do projeto, o presidente da Câmara a promulga em igual prazo.

“A Prefeitura de Santa Maria, por meio da Secretaria de Saúde, reforça à população que disponibiliza os medicamentos conforme regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS) e que respeita a conduta médico-paciente, ou seja, a legislação promulgada não altera a sistemática já adotada pelo Município e está de acordo com o que já vem sendo feito”, diz, em nota, a prefeitura.

Entre os medicamentos do chamado “kit Covid” estão antivirais, vitaminas e antiparasitários. A lei permite que os medicamentos sejam disponibilizados de forma gratuita na rede SUS do município enquanto perdurar a declaração de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No entanto, a própria OMS desencoraja o uso desses remédios como prevenção ao coronavírus.

Entre os vereadores contrários à proposta está Admar Pozzobom (PSDB), que considera o projeto inócuo, já que os medicamentos estão disponíveis nas farmácias municipais.

“Respeito a autonomia de cada profissional da medicina receitar o que entender necessário e respeito também a autonomia do paciente de tomar ou não o que lhe for sugerido e prescrito pelo médico, mas discordo do uso de assunto tão sério visando ganho político”, afirmou.

O projeto foi proposto pelo vereador Tubias Callil (MDB) e usa como justificativa um manifesto assinado por 267 médicos a favor do uso dessas substâncias. O acesso, entretanto, fica condicionado a receita médica.

“O que se busca é, após o diagnóstico positivo, que se permita de forma rápida e menos custosa possível, que a pessoa tenha o direito de lançar mão do tratamento precoce, se assim entender, buscando uma evolução mais favorável da doença ainda nos primeiros dias, após os primeiros sintomas”, diz a justificativa do texto, sem apresentar os textos científicos que fundamentam a ideia de “tratamento precoce”.

O G1 e a RBS TV tentam contato com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e com o Ministério Público Federal (MPF), mas, até a publicação desta reportagem, não havia obtido retorno.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/20/maior-lote-de-medicamentos-do-kit-intubacao-sera-repassado-nesta-terca-a-60-hospitais-do-rs/

Medicamentos apresentam diferença de preço de até 477% na RMR

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Uma pesquisa do Procon-PE na Região Metropolitana do Recife, realizada no início deste mês, identificou medicamentos com diferenças de valores de até 477%. Foram analisados 25 tipos de medicamentos, na sua forma genérica e na apresentação de marca.

Os fiscais do órgão de defesa do consumidor passaram por 12 farmácias dos municípios de Recife, Olinda e Camaragibe. O levantamento mostra que, entre os produtos de marca e os genéricos, a diferença percentual é grande.

O medicamento com maior diferença entre preços foi o paracetamol, chegando a 477% de diferença. O analgésico pode ser comprado em sua forma genérica nos valores de R$ 1,58 e R$ 9,12. Já com o nome de marca, o percentual de diferença foi menor (33,57%) podendo chegar de 19,87 até R$ 26,54.

O Procon-PE pesquisa medicamentos para tratar: controle da hipertensão arterial; controle do diabetes; analgésicos; náuseas e vômitos; rinite alérgica; anti-helmíntico; anti-inflamatório; bronco dilatador; excesso de gases e infecções bacterianas. ‘Nessa pesquisa também trouxemos remédios de combate a depressão e tratamento da insônia. Durante a pandemia alguns consumidores pediram para que esses fármacos fossem acrescentados na pesquisa’, explica o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.

Dentre os medicamentos de combate a depressão e tratamento da insônia, o Hemitartarato de Zolpidem apresentou uma diferença de valores de até 123,20% em sua forma genérica, podendo ser encontrado tanto por R$ 15,99 quanto por R$ 35,69 nas cidades investigadas.

O consumidor pode ter acesso a pesquisa no site do Procon. Lá, estão disponíveis todos os medicamentos e farmácias investigadas, assim como os preços encontrados.

Fonte:  

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/20/maior-lote-de-medicamentos-do-kit-intubacao-sera-repassado-nesta-terca-a-60-hospitais-do-rs/

Perdas de vacina podem ser reduzidas com sensores

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Do total de 5,130 milhões doses de vacinas contra a Covid-19 que Minas Gerais recebeu do Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), até o momento, 5.148 foram enviadas por municípios mineiros de volta para o governo federal e estão em análise por terem sofrido algum tipo de ameaça de inutilização em função de variações de temperatura no armazenamento. Deste total, 391 já foram analisadas e realmente não poderão mais ser utilizadas. As demais 4.757 aguardam a classificação.

De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde, são estimadas perdas operacionais de doses em até 5%. Mas, diante do contexto em que menos de 5% da população brasileira foi imunizada com as duas doses e o País bate recordes diários de mortes pela doença, que já chega a 375 mil vítimas em todo o Brasil, qualquer gota perdida do imunizante pode resultar em mais vidas perdidas.

Os números da vacinação em Minas são da Secretaria de Estado de Saúde, que atribui a conferência sobre a validade das vacinas ao Ministério da Saúde e aguarda retorno do sobre as doses em análise.

Uma rápida busca pelos noticiários e é possível identificar números alarmantes: em Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro, por exemplo, 1.600 doses foram perdidas; em Presidente Olegário, no Alto Paranaíba, os números chegam a mil; em Igarapé, na RMBH, foram mais de 200 doses perdidas e, em Betim, também na RMBH, 120.

E a solução para amenizar as perdas pode estar mais próxima do que se imagina, mais precisamente no Vale da Eletrônica, em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas. É que a Fractum, empresa especializada em soluções de comunicações sem fio, desenvolveu uma rede de sensores que emite alerta quando ocorre alguma modificação nas câmaras frias ou na temperatura de resfriadores ou quaisquer equipamentos do tipo. Com isso, é possível ganhar tempo para fazer a correção do problema e evitar perdas de doses de vacinas ou medicamentos que necessitem de refrigeração.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais explica que as vacinas autorizadas para uso emergencial no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e disponibilizadas para a Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19 devem ser acondicionadas na temperatura de +2ºC a +8ºC.

‘Para garantir a potência das vacinas Covid-19 é necessário mantê-las em condições adequadas de conservação, com temperatura controlada, e em conformidade com as orientações do fabricante e aprovação pela Anvisa. A exposição acumulada da vacina a temperaturas fora das preconizadas, ou diretamente à luz, em qualquer etapa da cadeia, gera uma perda de potência que não pode ser restaurada’, disse por nota.

Ainda conforme a Pasta, as vacinas devem ser acondicionadas em temperatura de +2ºC a +8ºC nas câmaras refrigeradas e em caso de caixa térmica, deve-se obedecer às recomendações já definidas no Manual de Normas e Procedimentos para vacinação. Especificamente a vacina Sinovac/Butantan contém adjuvante de alumínio e quando exposta à temperatura inferior à 0°C pode ter perda de potência em caráter permanente.

‘No Estado, as doses são armazenadas na Central Estadual da Rede de Frio, onde há o monitoramento contínuo da temperatura para a garantia da conservação e eficácia da vacina. Em seguida são separados os quantitativos para cada Unidade Regional de Saúde (URS), conforme a estimativa populacional dos municípios’.

Tecnologia para preservar vacinas

De acordo com o diretor da da Fractum, André Rasminio Vasconcelos Leite, a solução desenvolvida pela empresa muito antes da chegada da pandemia ao País, se trata de uma rede de sensores sem fio que permite monitorar a temperatura de medicamentos ou vacinas desde a saída do laboratório até o paciente.

Para isso é colocado um sensor dentro da caixa, freezer ou geladeira, que envia a temperatura para o servidor na nuvem e cria um relatório de acompanhamento, inclusive em casos de deslocamentos. ‘Caso no trajeto ou armazenamento a temperatura saia fora do que é especificado, o responsável recebe um alerta visual e sonoro sobre os riscos para qualidade e segurança para que tome alguma providência’, explicou.

A empresa comercializa os sensores desde 2015 e atende clientes públicos e privados para o acompanhamento de diversos medicamentos, vacinas e bancos de sangue. Leite ressalta que o equipamento pode ser muito útil para a rede pública que ainda é deficitária em equipamentos modernos e onde, normalmente, há o maior volume de perdas por variação de temperaturas.

Já no caso da vacina contra a Covid-19, segundo ele, já há parcerias com algumas empresas de logística que estão fazendo o transporte dos imunizantes.

Saindo dos grandes centros, há um relaxamento quanto ao controle de temperatura de medicamentos e vacinas | Crédito: Marcelo Camargo Agência Brasil

Transporte de medicamentos em xeque no País

Especialista em fiscalização e inspeção de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Felipe Augusto Gomes Sales disse, ontem, que farmacêuticas e transportadoras precisam investir mais recursos em tecnologia para garantir que os remédios cheguem a todo o território brasileiro sem perder a eficácia.

‘Hoje, isto não ocorre em todas as partes do País’, afirmou Sales durante um webinário sobre boas práticas de distribuição e armazenamento de medicamentos. Realizado pela Anvisa, o evento foi aberto à participação de representantes dos órgãos de vigilância sanitária estaduais e municipais, bem como de funcionários de produtores de remédios.

Para o inspetor sanitário, a Resolução de Diretoria Colegiada nº 430 (RDC 430), em vigor desde o mês passado, veio ‘preencher um vazio no marco regulatório’ do setor, estabelecendo requisitos de boas práticas de transporte, distribuição e armazenagem de remédios, de maneira que estas etapas sejam tratadas com o mesmo rigor usado para fiscalizar a produção de medicamentos. O que, segundo Sales, não acontecia.

‘Trabalhei na área farmacêutica e inspecionei distribuidoras Brasil afora. A gente observa que, saindo dos grandes centros, há um relaxamento [quanto ao] controle de temperatura, das especificações de produtos’, acrescentou Sales ao garantir já ter se deparado com produtos prontos para o consumo armazenados de forma inadequada.

‘Já vi a armazenagem feita a 42°C, em condições inadequadas. Inclusive em grandes distribuidoras’, comentou o inspetor sanitário ao elencar três desafios para toda a cadeia logística.

‘É preciso qualificar o transporte de medicamentos. Mapear as rotas de transporte e controlar e monitorar a temperatura e a umidade durante todo o trajeto a fim de evitar que estes produtos sejam entregues ao consumidor fora de suas especificações’, disse Sales, destacando a questão do transporte aéreo.

‘Temos um problema sério com a questão do avião, que é muito usado, mas sobre o qual não há uma regulamentação específica. Há um altíssimo risco de perda da qualidade do produto quando ele é colocado em uma condição aberta, por muito tempo’, comentou Sales, admitindo a necessidade de uma regulamentação específica para o transporte de cargas de medicamentos.

‘Sabemos das dimensões do nosso País, da complexidade de se distribuir medicamentos ou qualquer produto, e cada elo [da cadeia logística] tem sua responsabilidade’, acrescentou o inspetor, assinalando que a observância das boas práticas é fundamental para a indústria farmacêutica.

‘Não adianta fabricar algo com alto padrão de qualidade, garantir que o insumo [matéria-prima] utilizado venha de fornecedores qualificados e, após esta etapa, perder o controle’, concluiu Sales.

A Agência Brasil tentou ouvir a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), entidade que representa o setor produtivo no Brasil, mas ainda não obteve resposta. Consultada sobre as declarações do inspetor sanitário, a Anvisa também ainda não se pronunciou. (ABr)

Fonte: Diário do Comércio MG

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