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‘Fake news’ causam rejeição a vacina da AstraZeneca no DF, diz secretário

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O secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, afirmou, nesta segunda-feira (19), que há pessoas se recusando a tomar a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca. “Tivemos muitas fake news divulgadas através das redes sociais”, disse em entrevista coletiva.

Também conhecida como Covishield, a vacina da AstraZeneca/Oxford apresenta 100% de eficácia contra casos graves e aqueles que exigem hospitalização. O intervalo entre as doses, que é considerado mais prolongado em relação às demais, tem se mostrado o mais recomendado em estudos recentes, e os efeitos adversos são menores (saiba mais abaixo).

A segunda dose do imunizante deve ser tomada em um intervalo de 90 dias – na capital, este reforço começa na próxima quinta-feira (22). Segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), a partir de agora, só vão tomar a dose final aqueles que receberam a primeira dose no Distrito Federal.

Para comprovar a condição, será necessário apresentar o cartão de vacina indicando que a primeira etapa foi aplicada em um dos postos da capital. Na semana passada, a SES-DF afirmou que cerca de 2 mil pessoas que tomaram a dose inicial em outros estados completaram a imunização no DF.

Escolha por vacinas

Na campanha de vacinação, o público-alvo recebe a dose da vacina que está disponível em estoque naquele ponto de imunização em que está sendo atendido. Apesar de não terem a opção de escolher, Osnei Okumoto afirma que há pessoas que optam por “aguardar” a de preferência.

“Estive nos postos e muitas pessoas perguntavam qual era a vacina. A pessoa desistia de receber a vacina e ia embora dizendo que ia aguardar a chegada de outras doses”, afirma.

“Estive nos postos e muitas pessoas perguntavam qual era a vacina. A pessoa desistia de receber a vacina e ia embora dizendo que ia aguardar a chegada de outras doses”, afirma.

A SES-DF esperava vacinar cerca de 40 mil pessoas no último fim de semana, quantitativo estimado da população com 64 e 65 anos, incluídas no grupo prioritário na última sexta-feira (16). No entanto, só 22,7 mil pessoas foram atendidas.

Eficácia da vacina

Para diminuir a resistência, a Secretaria de Saúde planeja conscientizar a população sobre a eficação da Covishield. Uma pesquisa publicada pela Universidade de Oxford e a AstraZeneca, no final de março, mostra que a vacina tem 100% de eficácia contra casos graves e contra aqueles que exigem hospitalização.

Já quanto aos casos sintomáticos da doença de forma geral, os testes do imunizante realizados em 32.449 voluntários nos Estados Unidos, no Chile e no Peru mostraram eficácia de 79%. Entre participantes com mais de 85 anos, foi ainda maior, de 80%.

Os dados significam que, nos testes, a vacina conseguiu reduzir a maioria dos casos sintomáticos que ocorreriam se as pessoas não tivessem sido vacinadas.

O mínimo de eficácia exigido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de 50% de eficácia. A CoronaVac apresenta 50,7%.

Intervalo de aplicação

A segunda dose AstraZeneca/Oxford deve ser tomada 90 dias após a primeira. Esse intervalo foi definido após estudos apontarem que a eficácia é maior após um período mais longo.

Já a CoronaVac deve ser reforçada de 14 a 28 dias. Entretanto, uma recente pesquisa mostrou que, em um intervalo mais longo, o imunizante apresenta resultados melhores. Se aplicada em 21 dias, a eficácia aumenta de 50,7% para 62,3%.

Reações à vacina

Os efeitos colaterais à imunização contra a Covid-19 apareceram em apenas 0,2% dos imunizados no DF. De acordo com a Secretaria de Saúde, há uma quantidade menor de reações às vacinas da AstraZeneca/Oxford em relação à CoronaVac.

Dos 1.495 casos dos efeitos adversos, uma minoria (33%) foram de casos da Covishield. Estão entre os sintomas identificados dor de cabeça, dor muscular, febre, reação local (vermelhidão ou dor no local de aplicação da vacina) e diarreia. Nos casos de reação por CoronaVac, os sintomas foram os mesmos.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/oms-se-reunira-na-terca-para-analisar-seguranca-da-vacina-astrazeneca/

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