Perdas de vacina podem ser reduzidas com sensores

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Do total de 5,130 milhões doses de vacinas contra a Covid-19 que Minas Gerais recebeu do Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), até o momento, 5.148 foram enviadas por municípios mineiros de volta para o governo federal e estão em análise por terem sofrido algum tipo de ameaça de inutilização em função de variações de temperatura no armazenamento. Deste total, 391 já foram analisadas e realmente não poderão mais ser utilizadas. As demais 4.757 aguardam a classificação.

De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde, são estimadas perdas operacionais de doses em até 5%. Mas, diante do contexto em que menos de 5% da população brasileira foi imunizada com as duas doses e o País bate recordes diários de mortes pela doença, que já chega a 375 mil vítimas em todo o Brasil, qualquer gota perdida do imunizante pode resultar em mais vidas perdidas.

Os números da vacinação em Minas são da Secretaria de Estado de Saúde, que atribui a conferência sobre a validade das vacinas ao Ministério da Saúde e aguarda retorno do sobre as doses em análise.

Uma rápida busca pelos noticiários e é possível identificar números alarmantes: em Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro, por exemplo, 1.600 doses foram perdidas; em Presidente Olegário, no Alto Paranaíba, os números chegam a mil; em Igarapé, na RMBH, foram mais de 200 doses perdidas e, em Betim, também na RMBH, 120.

E a solução para amenizar as perdas pode estar mais próxima do que se imagina, mais precisamente no Vale da Eletrônica, em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas. É que a Fractum, empresa especializada em soluções de comunicações sem fio, desenvolveu uma rede de sensores que emite alerta quando ocorre alguma modificação nas câmaras frias ou na temperatura de resfriadores ou quaisquer equipamentos do tipo. Com isso, é possível ganhar tempo para fazer a correção do problema e evitar perdas de doses de vacinas ou medicamentos que necessitem de refrigeração.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais explica que as vacinas autorizadas para uso emergencial no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e disponibilizadas para a Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19 devem ser acondicionadas na temperatura de +2ºC a +8ºC.

‘Para garantir a potência das vacinas Covid-19 é necessário mantê-las em condições adequadas de conservação, com temperatura controlada, e em conformidade com as orientações do fabricante e aprovação pela Anvisa. A exposição acumulada da vacina a temperaturas fora das preconizadas, ou diretamente à luz, em qualquer etapa da cadeia, gera uma perda de potência que não pode ser restaurada’, disse por nota.

Ainda conforme a Pasta, as vacinas devem ser acondicionadas em temperatura de +2ºC a +8ºC nas câmaras refrigeradas e em caso de caixa térmica, deve-se obedecer às recomendações já definidas no Manual de Normas e Procedimentos para vacinação. Especificamente a vacina Sinovac/Butantan contém adjuvante de alumínio e quando exposta à temperatura inferior à 0°C pode ter perda de potência em caráter permanente.

‘No Estado, as doses são armazenadas na Central Estadual da Rede de Frio, onde há o monitoramento contínuo da temperatura para a garantia da conservação e eficácia da vacina. Em seguida são separados os quantitativos para cada Unidade Regional de Saúde (URS), conforme a estimativa populacional dos municípios’.

Tecnologia para preservar vacinas

De acordo com o diretor da da Fractum, André Rasminio Vasconcelos Leite, a solução desenvolvida pela empresa muito antes da chegada da pandemia ao País, se trata de uma rede de sensores sem fio que permite monitorar a temperatura de medicamentos ou vacinas desde a saída do laboratório até o paciente.

Para isso é colocado um sensor dentro da caixa, freezer ou geladeira, que envia a temperatura para o servidor na nuvem e cria um relatório de acompanhamento, inclusive em casos de deslocamentos. ‘Caso no trajeto ou armazenamento a temperatura saia fora do que é especificado, o responsável recebe um alerta visual e sonoro sobre os riscos para qualidade e segurança para que tome alguma providência’, explicou.

A empresa comercializa os sensores desde 2015 e atende clientes públicos e privados para o acompanhamento de diversos medicamentos, vacinas e bancos de sangue. Leite ressalta que o equipamento pode ser muito útil para a rede pública que ainda é deficitária em equipamentos modernos e onde, normalmente, há o maior volume de perdas por variação de temperaturas.

Já no caso da vacina contra a Covid-19, segundo ele, já há parcerias com algumas empresas de logística que estão fazendo o transporte dos imunizantes.

Saindo dos grandes centros, há um relaxamento quanto ao controle de temperatura de medicamentos e vacinas | Crédito: Marcelo Camargo Agência Brasil

Transporte de medicamentos em xeque no País

Especialista em fiscalização e inspeção de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Felipe Augusto Gomes Sales disse, ontem, que farmacêuticas e transportadoras precisam investir mais recursos em tecnologia para garantir que os remédios cheguem a todo o território brasileiro sem perder a eficácia.

‘Hoje, isto não ocorre em todas as partes do País’, afirmou Sales durante um webinário sobre boas práticas de distribuição e armazenamento de medicamentos. Realizado pela Anvisa, o evento foi aberto à participação de representantes dos órgãos de vigilância sanitária estaduais e municipais, bem como de funcionários de produtores de remédios.

Para o inspetor sanitário, a Resolução de Diretoria Colegiada nº 430 (RDC 430), em vigor desde o mês passado, veio ‘preencher um vazio no marco regulatório’ do setor, estabelecendo requisitos de boas práticas de transporte, distribuição e armazenagem de remédios, de maneira que estas etapas sejam tratadas com o mesmo rigor usado para fiscalizar a produção de medicamentos. O que, segundo Sales, não acontecia.

‘Trabalhei na área farmacêutica e inspecionei distribuidoras Brasil afora. A gente observa que, saindo dos grandes centros, há um relaxamento [quanto ao] controle de temperatura, das especificações de produtos’, acrescentou Sales ao garantir já ter se deparado com produtos prontos para o consumo armazenados de forma inadequada.

‘Já vi a armazenagem feita a 42°C, em condições inadequadas. Inclusive em grandes distribuidoras’, comentou o inspetor sanitário ao elencar três desafios para toda a cadeia logística.

‘É preciso qualificar o transporte de medicamentos. Mapear as rotas de transporte e controlar e monitorar a temperatura e a umidade durante todo o trajeto a fim de evitar que estes produtos sejam entregues ao consumidor fora de suas especificações’, disse Sales, destacando a questão do transporte aéreo.

‘Temos um problema sério com a questão do avião, que é muito usado, mas sobre o qual não há uma regulamentação específica. Há um altíssimo risco de perda da qualidade do produto quando ele é colocado em uma condição aberta, por muito tempo’, comentou Sales, admitindo a necessidade de uma regulamentação específica para o transporte de cargas de medicamentos.

‘Sabemos das dimensões do nosso País, da complexidade de se distribuir medicamentos ou qualquer produto, e cada elo [da cadeia logística] tem sua responsabilidade’, acrescentou o inspetor, assinalando que a observância das boas práticas é fundamental para a indústria farmacêutica.

‘Não adianta fabricar algo com alto padrão de qualidade, garantir que o insumo [matéria-prima] utilizado venha de fornecedores qualificados e, após esta etapa, perder o controle’, concluiu Sales.

A Agência Brasil tentou ouvir a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), entidade que representa o setor produtivo no Brasil, mas ainda não obteve resposta. Consultada sobre as declarações do inspetor sanitário, a Anvisa também ainda não se pronunciou. (ABr)

Fonte: Diário do Comércio MG

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/20/interfarma-defende-seguranca-das-vacinas-contra-covid-19-e-reforca-importancia-da-imunizacao-2/

Inspetor da Anvisa fala sobre qualidade de transporte de medicamentos

Especialista em fiscalização e inspeção de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Felipe Augusto Gomes Sales disse, nesta segunda-feira (19), que farmacêuticas e transportadoras precisam investir mais recursos em tecnologia para garantir que os remédios cheguem a todo o território brasileiro sem perder a eficácia. As informações são da Agência Brasil.

‘Hoje, isto não ocorre em todas as partes do país’, afirmou Sales durante um webinário sobre boas práticas de distribuição e armazenamento de medicamentos. Realizado pela Anvisa, o evento foi aberto à participação de representantes dos órgãos de vigilância sanitária estaduais e municipais, bem como de funcionários de produtores de remédios.

Para o inspetor sanitário, a Resolução de Diretoria Colegiada nº 430 (RDC 430), em vigor desde o mês passado, veio ‘preencher um vazio no marco regulatório’ do setor, estabelecendo requisitos de boas práticas de transporte, distribuição e armazenagem de remédios, de maneira que estas etapas sejam tratadas com o mesmo rigor usado para fiscalizar a produção de medicamentos. O que, segundo Sales, não acontecia.

‘Trabalhei na área farmacêutica e inspecionei distribuidoras Brasil afora. A gente observa que, saindo dos grandes centros, há um relaxamento [quanto ao] controle de temperatura, das especificações de produtos’, acrescentou Sales ao garantir já ter se deparado com produtos prontos para o consumo armazenados de forma inadequada.

‘Já vi a armazenagem feita a 42°C, em condições inadequadas. Inclusive em grandes distribuidoras’, comentou o inspetor sanitário ao elencar três desafios para toda a cadeia logística.

‘É preciso qualificar o transporte de medicamentos. Mapear as rotas de transporte e controlar e monitorar a temperatura e a umidade durante todo o trajeto a fim de evitar que estes produtos sejam entregues ao consumidor fora de suas especificações’, disse Sales, destacando a questão do transporte aéreo.

‘Temos um problema sério com a questão do avião, que é muito usado, mas sobre o qual não há uma regulamentação específica. Há um altíssimo risco de perda da qualidade do produto quando ele é colocado em uma condição aberta, por muito tempo’, comentou Sales, admitindo a necessidade de uma regulamentação específica para o transporte de cargas de medicamentos.

‘Sabemos das dimensões do nosso país, da complexidade de se distribuir medicamentos ou qualquer produto, e cada elo [da cadeia logística] tem sua responsabilidade’, acrescentou o inspetor, assinalando que a observância das boas práticas é fundamental para a indústria farmacêutica.

‘Não adianta fabricar algo com alto padrão de qualidade, garantir que o insumo [matéria-prima] utilizado venha de fornecedores qualificados e, após esta etapa, perder o controle’, concluiu Sales.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/11/seis-em-cada-dez-leitores-defendem-lockdown-nacional/

Butantan só entrega CoronaVac em maio

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CoronaVac  – Ainda refém da importação de insumos para a produção de vacinas contra a covid-19 em território nacional, o Brasil está sob risco de uma nova desaceleração no ritmo de vacinação dos brasileiros. Ontem, o principal fabricante do fármaco contra a covid-19, o Instituto Butantan, entregou ontem 700 mil doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde. O próximo repasse está previsto para 13 dias, após o processamento de 3 mil litros de insumos que chegaram da China nesta segunda-feira. O Butantan prevê a entrega de 5 milhões de doses em 3 de maio. Até lá, caberá à Fundação Oswaldo Cruz abastecer o Programa Nacional de Imunização.

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O lote de 700 mil unidades da CoronaVac entregue pelo Butantan é o último repasse previsto para abril, em razão dos atrasos na chegada da matéria-prima proveniente da China. Com o repasse de ontem, o Butantan totaliza 41,4 milhões de doses disponibilizadas ao governo federal. No contrato firmado com o Ministério da Saúde estava prevista a entrega de 46 milhões de unidades até o fim de abril, mas questões burocráticas atrasaram a chegada do insumo farmacêutico ativo (IFA). Por conseguinte, as 4,6 milhões de doses faltantes somente estarão disponíveis em maio.

“De fato, houve atraso (no recebimento do IFA) de mais de 10 dias. A burocracia é uma dificuldade, e nós estamos trabalhando no sentido de vencer isso. Existe uma demanda muito grande de vacinas do mundo todo a partir da China, e isso tem redundado nesses atrasos. Estamos fazendo todo esforço para acelerar a produção (…) para que essas vacinas sejam entregues o mais rapidamente possível. A partir do dia 3 de maio, nós voltamos a entregar vacinas”, confirmou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, em coletiva de imprensa.

O governador de São Paulo, João Doria, reconheceu o atraso e voltou a ressaltar a necessidade da chegada de outros imunizantes. “A partir do dia 3 de maio, com os insumos que chegaram hoje (ontem), nós estaremos entregando a vacina do Butantan para o Ministério da Saúde. Portanto, temos aí três dias de atraso. Esperamos também que não só a AstraZeneca, com a Fiocruz, como também outras vacinas adquiridas e prometidas pelo governo federal possam ser entregues para a vacinação dos brasileiros “, disse.

A maior parte das vacinas aplicadas nos brasileiros até o momento é do instituto paulista. “De cada 10 brasileiros que tomam a vacina no braço, oito tomam a vacina do Butantan”, ressaltou Doria. Para as próximas semanas, por enquanto, o instituto só tem garantido a produção de mais 5 milhões de vacinas a partir do IFA recebido ontem. Um outro lote de 3 mil litros de insumo também aguarda autorização para ser importado da China.

Com essa pausa nas entregas feita pelo Butantan, a Fiocruz é quem vai sustentar um ritmo de vacinação com a entrega de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca ao longo desta e da próxima semana. A produção de abril e maio está garantida com os lotes de IFA recebidos até o momento. Com isso, novas 4,7 milhões de unidades serão disponibilizadas ao PNI ainda nesta semana. A entrega será parcelada: uma parte das doses será enviada amanhã, a outra, na sexta. Na próxima semana, a Fiocruz disponibiliza a maior quantidade de vacinas do mês de abril: 6,7 milhões de doses.

Reação à AstraZenecaAlém da escassez de vacinas, motivo para a lentidão no processo de imunização dos brasileiros, os gestores lidam com uma desconfiança em relação ao fármaco produzido pela Fiocruz. De acordo com o governo do Distrito Federal, idosos deixaram de vacinar por medo da vacina da AstraZeneca. “Hoje temos duas vacinas disponíveis aqui no DF, Coronavac e AstraZeneca. Na última remessa, veio quase que integralmente de Astrazeneca, e percebemos que parte da população tem resistência de tomar essa vacina”, disse o secretário da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha, ontem, durante coletiva de imprensa.

O secretário de Saúde Osnei Okumoto indicou que, até o momento, o DF registrou apenas 1.445 efeitos adversos às vacinas, sendo 500 de AstraZeneca. No início do mês de abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluiu “possíveis ocorrências tromboembólicas com trombocitopenia” no item “Advertência e Precauções” da bula da vacina de Oxford/Astrazeneca.

Segundo a Anvisa, no Brasil, até o momento, foram registrados 47 casos suspeitos de eventos adversos tromboembólicos com pessoas imunizadas com a vacina de Oxford/AstraZeneca, no entanto, a Anvisa esclarece que, até o momento, não foi possível estabelecer uma relação direta e de causalidade entre esses casos com o uso do imunizante.

A Fiocruz publicou nota no próprio site reforçando que o risco de trombose pela infecção por covid-19 é maior do que por vacinas. “Um estudo estudo de pesquisadores da Universidade de Oxford indica que o risco de ocorrer trombose venosa cerebral em pessoas com covid-19 é consideravelmente maior do que nas que receberam vacinas baseadas na tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), como os imunizantes da Pfizer, Moderna e Oxford/AstraZeneca, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)”, disse a entidade.

Teste com imunizante

Em busca de novas vacinas para combater o novo coronavírus, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a realização de um novo ensaio clínico de imunizante contra a covid-19 no Brasil. Os testes em humanos da vacina da empresa Sichuan Clover Biopharmaceuticals, sediada na China, serão realizados no país com 12.100 voluntários, a partir de 18 anos de idade, distribuídos entre Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.

O imunizante testado também funciona no sistema de duas doses, como a maioria dos já utilizados no mundo. Cada voluntário receberá duas aplicações, com intervalo de 22 dias entre elas. A empresa realizará no Brasil estudos de fase 2 e 3, nos quais são avaliadas a segurança da vacina, imunogenicidade e eficácia do imunizante. Segundo a Anvisa, o início dos testes em seres humanos depende de dois fatores.

Um deles é a aprovação no Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), órgão do Ministério da Saúde responsável pela avaliação ética de pesquisas clínicas. Outro fator que determina o início dos testes é a organização interna dos pesquisadores para o recrutamento dos voluntários. “O prazo para início do estudo clínico após a aprovação ética e regulatória é definido pelo patrocinador dos teste”, informa a Anvisa.

Ao todo, 22 mil voluntários partiparão dos estudos da vacina da Sichuan Clover, que ocorrem em outros países como China, Bélgica e África do Sul. Para autorizar a realização dos testes em brasileiros, a agência reguladora analisou dados de etapas anteriores do desenvolvimento da vacina, incluindo estudos não clínicos in vitro e em animais. “Os resultados obtidos até o momento demonstraram um perfil de segurança aceitável das vacinas candidatas”, diz a nota da agência.

Esse é o sexto estudo de vacina contra a covid-19 autorizado pela Anvisa. Já foram realizados testes da vacina de Oxford/AstraZeneca, da CoronaVac, da vacina Comirnaty, da Pfizer, do imunizante da Janssen-Cilag e, mais recentemente, do imunizante desenvolvido pela empresa canadense Medicago R&D. Todas as vacinas, tirando a da Medicago, já foram compradas pelo governo federal, uma vez que a Anvisa também autorizou o uso emergencial ou concedeu o registro aos imunizantes após os testes de fase 2 e 3. (MEC)

Fonte: Correio Braziliense

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/

Venda de medicamentos de manipulação cresce 8% no 1º trimestre

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Manipulacao

Dados da Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) apontam um aumento de 8% nas vendas em farmácias de manipulação no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado.

“As farmácias de manipulação estão atentas a este momento crítico de pandemia. Inclusive, é uma de nossas atribuições: prover para a sociedade, além de formulações individualizadas, aquilo que esteja, eventualmente, em falta no mercado convencional. Então, cumprimos o papel estratégico de oferecer à população medicamentos para todo o tipo de doenças”, conta Marco Fiaschetti, farmacêutico e diretor executivo da entidade.

De forma geral, os parâmetros refletem aumento de vendas de medicamentos e produtos complementares, incluindo álcool em gel e vitaminas para aumento da imunidade. Entre maio e julho de 2020, os números indicaram uma elevação da venda de produtos manipulados, com índices que variam entre 20% e mais de 50% do volume de comercialização.

Os dados gerais de dezembro, em comparação com os meses anteriores, demonstraram aumento superior a 50% do volume de produtos comercializados em 2,8% das farmácias de manipulação; crescimento de 20% a 50% foram registrados em 11,2% dos estabelecimentos; e houve crescimento de até 20% para 45,8% das empresas. Os números de elevação da demanda representam, no total, a resposta de cerca de 60% dos entrevistados, que afirmaram que o período foi de alta nas vendas das fórmulas.

Ainda segundo Fiaschetti, os farmacêuticos do segmento magistral estão sendo demandados por instituições de saúde para o fornecimento de formulações. “As farmácias de manipulação atendem pacientes acamados e entubados. Há um atendimento direto à nossa população e, obviamente, disponibilizamos aos profissionais médicos uma ampla possibilidade de medicamentos e formulações, além das demais instituições do país para que, conjuntamente, possamos enfrentar os difíceis dias que estamos enfrentando”, ressalta.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Brasil terá novo ensaio clínico de vacina contra a Covid-19

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A Anvisa aprovou nesta sexta-feira (16/04), um novo ensaio clínico de vacina contra Covid-19. A vacina candidata (SCB-2019) é uma proteína recombinante de fusão de trímero da espícula (S) do SARS-CoV-2 co-administrada com um adjuvante CpG 1018/Alum, em duas doses com intervalo de 22 dias entre as doses. O desenvolvimento clínico está sendo patrocinado pela empresa  Clover Biopharmaceuticals, sediada na China. As informações são da Agência Brasil.

O ensaio clínico aprovado é de fase 2/3 (CLO-SCB-2019-003), duplo-cego, randomizado, controlado por placebo, para avaliar a eficácia, imunogenicidade e segurança da vacina recombinante da subunidade da proteína S trimérica do SARS-CoV-2 (SCB-2019) com o adjuvante CpG 1018/Alum para prevenção da COVID-19 mediada pelo SARS-CoV-2 em participantes a partir de 18 anos de idade ou mais.

Planeja-se incluir até 22 mil voluntários distribuídos entre países da América Latina, além da África do Sul, Bélgica, China, Espanha, Polônia e Reino Unido. No Brasil, planeja-se incluir 12.100 voluntários, distribuídos entre Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.

Autorização

Para esta autorização, a Anvisa analisou os dados das etapas anteriores de desenvolvimento dos produtos, incluindo estudos não clínicos in vitro e em animais, bem como dados preliminares de estudos clínicos em andamento. Os resultados obtidos até o momento demonstraram um perfil de segurança aceitável das vacinas candidatas.

Este é o sexto estudo de vacina contra o novo coronavírus autorizado pela Anvisa. No dia 2 de junho de 2020, a Agência autorizou o ensaio clínico da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a empresa Astrazeneca, em 3 de julho a vacina da Sinovac Research & Development Co Ltd, e parceria com o Instituto Butantan, em 21 de julho a vacina da Pfizer, em 18 de agosto a vacina da Janssen e em 8 de abril a vacina da Medicago R&D Inc.

Priorização de análise

Para a aprovação do ensaio clínico, a Anvisa realizou reuniões com a equipe da Sichuan Clover Biopharmaceuticals, Inc, a fim de alinhar todos os requisitos técnicos necessários para os testes.

Desde o reconhecimento de calamidade pública no Brasil em virtude da pandemia do novo coronavírus, a Agência tem adotado estratégias para dar celeridade às análises e às decisões sobre qualquer demanda que tenha como objetivo o enfrentamento da Covid-19.

Uma dessas estratégias foi a criação de um comitê de avaliação de estudos clínicos, registros e mudanças pós-registros de medicamentos para prevenção ou tratamento da doença. O grupo também atua em ações para reduzir o risco de desabastecimento de medicamentos com impacto para a saúde pública devido à pandemia.

O que são ensaios clínicos

Os ensaios clínicos são os estudos de um novo medicamento realizados em seres humanos. A fase clínica serve para validar a relação de eficácia e segurança do medicamento e para validar novas indicações terapêuticas.

Dentro desse ensaio, existem três fases (I, II, III), onde são colhidas informações sobre atividade, funcionamento e segurança para que o produto possa ser liberado ao mercado e ser usado em pacientes junto com o tratamento padrão da pesquisa.

Para realização de qualquer pesquisa clínica envolvendo seres humanos, é obrigatória a aprovação dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) e/ou da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

A anuência de pesquisa clínica pela Anvisa se aplica somente às pesquisas clínicas que têm a finalidade de registro e pós-registro de medicamentos, por solicitações de empresas patrocinadoras ou de seus representantes.

O prazo para início do estudo clínico após a aprovação ética e regulatória é definido pelo patrocinador do estudo. Veja os ensaios clínicos de Covid-19 autorizados pela Agência.

Fases da pesquisa clínica de vacinas

Durante a fase I, pequenos grupos de indivíduos, normalmente adultos saudáveis, são avaliados para verificação da segurança e determinação do tipo de resposta imune provocada pela vacina. Nessa fase também podem ser realizados estudos de desafio, a fim de selecionar os melhores projetos de vacina para seguirem à fase seguinte.
Na fase II, há a inclusão de um maior número de indivíduos e a vacina já é administrada a indivíduos representativos da população-alvo da vacina (bebês, crianças, adolescentes, adultos, idosos ou imunocomprometidos). Nessa fase é avaliada a segurança da vacina, imunogenicidade, posologia e modo de administração.

Na fase III, a vacina é administrada a uma grande quantidade de indivíduos, normalmente milhares de pessoas, para que seja demonstrada a sua eficácia e segurança, ou seja, que a vacina é capaz de proteger os indivíduos com o mínimo possível de reações adversas.

O início dos testes em seres humanos dependerá de dois fatores: aprovação no Conep, órgão do Ministério da Saúde responsável pela avaliação ética de pesquisas clínicas, e da própria organização interna dos pesquisadores para recrutamento dos voluntários. A Anvisa não define esta data.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Anvisa aprova uso emergencial de anticorpos contra a Covid-19

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A Anvisa aprovou nesta terça-feira (20) a autorização de uso emergencial do REGN-COV2, coquetel formado pelos anticorpos monoclonais casirivimabe e imdevimab, administrados em conjunto, no tratamento da Covid-19. A indicação dos medicamentos é para quadros leves e moderados da doença, em adultos e pacientes pediátricos (12 anos ou mais) com infeção por Sars-CoV-2 confirmada por laboratório, e que possuem alto risco de progredir para formas graves da doença. Isso inclui pacientes com 65 anos ou mais ou que têm certas condições médicas crônicas. É importante destacar que esses anticorpos não previnem a doença.

Os anticorpos só serão administrados em ambiente hospitalar. No entanto, a Agência esclarece que o casirivimabe e o imdevimabe não estão autorizados para uso em pacientes hospitalizados (internados) devido à Covid-19 ou que necessitam de oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica em seus tratamentos. De acordo com dados do estudo clínico, os anticorpos não demonstraram benefício em pacientes internados, podendo até estar associados a desfechos clínicos piores quando usados.

O casirivimabe e o imdevimabe devem ser administrados juntos por infusão intravenosa (IV). Os possíveis efeitos colaterais incluem anafilaxia (reação alérgica aguda), febre, calafrios, urticária, coceira e rubor. De acordo com a Anvisa, a segurança e a eficácia dos anticorpos continuam a ser avaliadas por meio de estudos que estão em andamento.

O REGN-COV2 já está aprovado nos Estados Unidos, Suíça e Canadá e recentemente teve seu uso recomendado pela EMA, agência que regula medicamentos na União Europeia.

O coquetel é desenvolvido pela empresa americana Regeneron e no Brasil será comercializado pela Roche. Estudos clínicos de fase 3 mostraram que o medicamento reduz em cerca de 70% o risco de hospitalização ou morte pela Covid-19.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Droga Raia chega à marca de mil lojas

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Droga Raia

A Droga Raia abre nesta terça-feira, dia 20, a sua milésima loja. São Carlos, no interior de São Paulo, foi a cidade escolhida para abrigar a unidade. A inauguração consolida a estratégia de expansão da marca e também é um resgate histórico das origens da empresa, já que foi em Araraquara, outra cidade do interior paulista, que a rede iniciou suas atividades com a primeira loja em 1905.

“A milésima unidade reforça a nossa conexão com o interior. Queremos proporcionar à população de todo o Brasil, seja nas capitais ou fora dos grandes centros, atendimento e serviços de excelência que contribuam com a promoção da saúde e do bem-estar. Essa premissa faz parte do nosso compromisso de cuidado integral. Alcançar a marca da milésima loja no interior, em um momento tão delicado como o que o País vem enfrentando, é muito significativo e reforça a importância do nosso papel social. Mais do que um espaço destinado ao tratamento de enfermidades, as farmácias vêm se tornando um ambiente voltado aos cuidados e à preservação da saúde da população”, afirma Marcilio Pousada, presidente da RaiaDrogasil.

Para marcar o momento, a Droga Raia estruturou uma campanha que irá beneficiar a Santa Casa de São Carlos. A partir do dia 12 de abril, na venda de cada produto da linha Nutrigood, a Droga Raia irá doar R$ 1 para a instituição. Em iniciativa similar no Instagram, a marca irá promover a ação “1.000 likes para cuidar das pessoas”, em que haverá um post especial no mês de abril e a cada like no post corresponde a doação de R$ 1 para o mesmo hospital.

Além disso, os primeiros mil clientes que fizerem compras acima de R$ 50 na modalidade Entrega de Vizinhança, serão presenteados com uma ecobag exclusiva da Droga Raia. Para isso, o pedido deve ser feito pelo telefone diretamente na loja 1.000 da rede (com limite de até 300 metros de distância). Os produtos serão entregues a pé por um atendente da própria farmácia, sem custo adicional.

A nova loja da Droga Raia em São Carlos está localizada na Rua Miguel Petroni, 2327, no bairro Jardim Bandeirante, possui área de vendas de 234 m² e estacionamento para 14 carros. O horário de funcionamento é das 7h às 23h. A unidade conta com serviços e conveniências como o Entrega de Vizinhança e o Compre e Retire, em que o cliente compra pelo site da Droga Raia e retira na loja, com rapidez e segurança.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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EMS faz novo pedido para suspender patente de anticoagulante

XARELTO 15MG

A farmacêutica EMS entrou com pedido de liminar na Justiça para que a patente do anticoagulante Rivaroxabana, comercializada pela Bayer sob a marca Xarelto, seja suspensa. As informações são do jornal O Globo.

Segundo a reportagem, esta não é a primeira vez que a EMS tenta derrubar a patente deste medicamento. Em novembro do ano passado, quando a Bayer ganhou uma extensão da validade da patente com base no artigo 40 da Lei de Propriedade Industrial, a empresa entrou com pedido na 25ª Vara Federal do Rio de Janeiro, mas não obteve sucesso.

O novo pedido foi feito no dia 9 de abril, dois dias depois do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF) conceder liminar a favor da inconstitucionalidade do artigo 40, nos autos da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 5529, que teve seu julgamento suspenso.
Como os anticoagulantes têm sido usados no tratamento para combater a Covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluiu o Rivaroxabana em uma lista de substâncias que precisam de autorização prévia para serem exportadas.

Embora siga protegida nos EUA, a patente do Xarelto foi suspensa na índia em janeiro deste ano. Na Europa, foi dada autorização para a comercialização do genérico Rivaroxaban Accord em novembro passado.

Posicionamento da Bayer

A Bayer emitiu um comunicado oficial para rebater as afirmações acima. Confira:

Não há qualquer estudo publicado a respeito do uso da Rivaroxabana para o tratamento da COVID-19. Relacionar Rivaroxabana ao tratamento da doença é uma atitude irresponsável, que pode induzir a população a um uso do medicamento não aprovado pelo ANVISA, considerado que a Rivaroxabana é um medicamento amplamente presente na casa de milhares de brasileiros.

A Bayer reforça que a Rivaroxabana NÃO é aprovada pela ANVISA para o uso na profilaxia de eventos tromboembólicos em pacientes clínicos hospitalizados ou com doenças agudas, como os pacientes com a COVID-19, por exemplo. A ANVISA publicou nota técnica a esse respeito:

“No entanto, conforme constante na Nota Técnica nº 25/2020/SEI/GESEF/GGMED/DIRE2/ANVISA (1022828), os anticoagulantes orais rivaroxabana, edoxabana, apixabana, dabigratana, varfarina e fondaparinux não apresentam indicação terapêutica aprovada para o tratamento da COVID-19 e ainda não existem evidências da eficácia e segurança do seu uso no tratamento específico da COVID-19, além de não haver recomendação de uso constante na literatura.”

Além disso, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Associação Médica Brasileira (AMB), publicaram uma carta aberta, em 16 de abril de 2021, que reforça a não-utilização de anticoagulantes de uso oral em casos de Covid-19, conforme documento enviado em conjunto com esse esclarecimento. O uso responsável de seus produtos é uma prioridade para a Bayer, portanto a empresa não recomenda ou apoia sua utilização em indicações não aprovadas e que contrariem as recomendações da ANVISA e outros importantes atores sanitários.

Ao contrário do que o texto afirma, apesar de a ANVISA ter incluído a Rivaroxabana no passado como um produto que deveria ter autorização prévia de exportação, na RDC 395/2020 houve a exclusão da mesma, apontando de modo muito claro que a Rivaroxabana não é indicada em tratamentos da Covid-19. A lista atualizada consta na RDC 485/2021, sem qualquer menção à Rivaroxabana.

Além disso, em relação à questão das patentes mencionadas no texto, é fundamental esclarecer que:

  • A patente de composto para a Rivaroxabana não foi suspensa na Índia; ela apenas expirou em dezembro de 2020, conforme determina a legislação em vigor no país.
  • Na maioria dos países europeus, o ingrediente farmaceuticamente ativo do Xarelto ainda goza de proteção patentária, ao contrário do que sugere a matéria. A legislação europeia, assim como a brasileira, permite que outras empresas obtenham perante as autoridades sanitárias registro de comercialização de medicamentos genéricos. Entretanto, a obtenção de registro de comercialização não implica em autorização para lançamento de um produto genérico, sendo necessário aguardar a expiração dos direitos de exclusividade relativos ao produto de referência inovador. Não há genéricos da Rivaroxabana no mercado europeu. Nenhuma empresa está autorizada a lançar genéricos ou similares de Rivaroxabana na maioria dos países europeus pelo menos até 2023.

Reiteramos nosso compromisso com a segurança dos pacientes e com a saúde pública. Mais do que nunca, as informações baseadas em dados científicos devem orientar a sociedade em um momento de emergência sanitária como o que estamos vivendo, e não pode haver qualquer espaço para especulações e informações falsas que impactem a saúde e o bem-estar das pessoas.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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‘Outros remédios podem ser usados na intubação, mas não são o ideal’, diz médico

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Um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios aponta que pode faltar medicamento para intubação de pacientes com Covid-19 em 33% dos municípios consultados. O chamado “kit intubação” reúne três classes de remédios.

“Você precisa ter um relaxamento muscular, que é obtido através dos chamados neuromusculares. É um procedimento doloroso, então você precisa de analgésicos muito potentes, muitos derivados da morfina, que são chamados opioides. E, também, você não vai fazer este procedimento todo com a pessoa consciente. Você tem que dar um sedativo”, explica o diretor de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), Luis Antonio Diego.

O médico e diretor da SBA ressalta que é possível, sim, fazer substituições, mesmo que elas não sejam o ideal.

“Na intubação propriamente dita você usa três categorias de medicamento. Uns dos bloqueadores musculares mais usados são os que a gente chama de rocurônio e succinilcolina. E existem outros que também podem ser usados, talvez não da maneira ideal, mas podem ser utilizados.”

O especialista explica que à medida que os pacientes internados permanecem mais tempo na Unidade de Terapia Intensiva, o correto é fazer um revezamento dos remédios.

“Para um paciente na UTI, que vai ficar um tempo determinado e, muitas vezes, longo, você tem que fazer rodízio destes medicamentos porque eles vão tendo tolerância, vão atuando negativamente em algum órgão específico. Então, tem que ter opções.”

No entanto, com a escassez destes insumos, novos protocolos estão sendo feitos a fim de orientar os profissionais em como agir dentro dos hospitais.

“Nós tentamos avaliar dentro da SBA, com os nossos associados, para poder monitorar e orientar qual medicamento que pode ser utilizado numa determinada ocasião. Nós temos todos estes protocolos. (…) As sociedades, em conjunto, fizeram tutoriais”, diz.

“Cada hospital compra um determinado medicamento destas três classes para fazer a intubação, e a equipe está habituada àquele remédio. Quando há desabastecimento, você tem que ter outro que faz o mesmo efeito, só que de outra maneira e com outras propriedades. É como se, de repente, você precisa fazer um doce, precisa usar açúcar e faltou o açúcar refinado, mas você pode ter um açúcar cristal e demerara. Então, você tem que adequar o seu protocolo”, compara.

Fonte:  Portal CNN Brasil

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Uece e Fiocruz estudam desenvolvimento de remédio contra a Covid-19 a partir de lhamas

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A Universidade Estadual do Ceará (Uece), iniciou, em parceria com a Fiocruz, estudo para desenvolver um medicamento contra a Covid-19 a partir de anticorpos de lhamas. O animal é resistente a variações de temperaturas e tem propriedades eficientes para reconhecer antígenos.

Pesquisa é financiada pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e pela Fiocruz. Estudo tem participação do Haras Claro e outras instituições no Ceará.

Com uma maior possibilidade de utilizar fragmentos de anticorpos do que humanos, o camelídeos (lhamas, alpacas e dromedários) se mostraram favoráveis para auxiliarem no tratamento do novo coronavírus.

Segundo Carla Celedônio, pesquisadora em Saúde Pública da Fiocruz Ceará, as propriedades do anticorpo “são melhoradas em laboratório para viabilizar a formulação de um medicamento. Esses insumos podem ser usados tanto para a terapêutica como para o diagnóstico da doença”.

Pesquisa

O estudo já teve início em Rondônia e agora segue seu curso no Ceará. Na Uece, a pesquisa é viabilizada por meio da Faculdade de Veterinária (Favet).

“Os anticorpos das lhamas são mais reativos ao Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19 e a partir da coleta do sangue desses animais, produzimos os nanocorpos que estão sendo utilizados na pesquisa e no desenvolvimento de um medicamento contra a doença. As expectativas são muito promissoras”, pontua Dárcio Ítalo Teixeira, vice-reitor da Uece e medico-veterinário.

Os trabalhos serão conduzidos na Plataforma de Anticorpos e Nanocorpos localizada na sede da Fiocruz Ceará.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste – CE

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