EMS faz novo pedido para suspender patente de anticoagulante

XARELTO 15MG

A farmacêutica EMS entrou com pedido de liminar na Justiça para que a patente do anticoagulante Rivaroxabana, comercializada pela Bayer sob a marca Xarelto, seja suspensa. As informações são do jornal O Globo.

Segundo a reportagem, esta não é a primeira vez que a EMS tenta derrubar a patente deste medicamento. Em novembro do ano passado, quando a Bayer ganhou uma extensão da validade da patente com base no artigo 40 da Lei de Propriedade Industrial, a empresa entrou com pedido na 25ª Vara Federal do Rio de Janeiro, mas não obteve sucesso.

O novo pedido foi feito no dia 9 de abril, dois dias depois do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF) conceder liminar a favor da inconstitucionalidade do artigo 40, nos autos da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 5529, que teve seu julgamento suspenso.
Como os anticoagulantes têm sido usados no tratamento para combater a Covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluiu o Rivaroxabana em uma lista de substâncias que precisam de autorização prévia para serem exportadas.

Embora siga protegida nos EUA, a patente do Xarelto foi suspensa na índia em janeiro deste ano. Na Europa, foi dada autorização para a comercialização do genérico Rivaroxaban Accord em novembro passado.

Posicionamento da Bayer

A Bayer emitiu um comunicado oficial para rebater as afirmações acima. Confira:

Não há qualquer estudo publicado a respeito do uso da Rivaroxabana para o tratamento da COVID-19. Relacionar Rivaroxabana ao tratamento da doença é uma atitude irresponsável, que pode induzir a população a um uso do medicamento não aprovado pelo ANVISA, considerado que a Rivaroxabana é um medicamento amplamente presente na casa de milhares de brasileiros.

A Bayer reforça que a Rivaroxabana NÃO é aprovada pela ANVISA para o uso na profilaxia de eventos tromboembólicos em pacientes clínicos hospitalizados ou com doenças agudas, como os pacientes com a COVID-19, por exemplo. A ANVISA publicou nota técnica a esse respeito:

“No entanto, conforme constante na Nota Técnica nº 25/2020/SEI/GESEF/GGMED/DIRE2/ANVISA (1022828), os anticoagulantes orais rivaroxabana, edoxabana, apixabana, dabigratana, varfarina e fondaparinux não apresentam indicação terapêutica aprovada para o tratamento da COVID-19 e ainda não existem evidências da eficácia e segurança do seu uso no tratamento específico da COVID-19, além de não haver recomendação de uso constante na literatura.”

Além disso, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Associação Médica Brasileira (AMB), publicaram uma carta aberta, em 16 de abril de 2021, que reforça a não-utilização de anticoagulantes de uso oral em casos de Covid-19, conforme documento enviado em conjunto com esse esclarecimento. O uso responsável de seus produtos é uma prioridade para a Bayer, portanto a empresa não recomenda ou apoia sua utilização em indicações não aprovadas e que contrariem as recomendações da ANVISA e outros importantes atores sanitários.

Ao contrário do que o texto afirma, apesar de a ANVISA ter incluído a Rivaroxabana no passado como um produto que deveria ter autorização prévia de exportação, na RDC 395/2020 houve a exclusão da mesma, apontando de modo muito claro que a Rivaroxabana não é indicada em tratamentos da Covid-19. A lista atualizada consta na RDC 485/2021, sem qualquer menção à Rivaroxabana.

Além disso, em relação à questão das patentes mencionadas no texto, é fundamental esclarecer que:

  • A patente de composto para a Rivaroxabana não foi suspensa na Índia; ela apenas expirou em dezembro de 2020, conforme determina a legislação em vigor no país.
  • Na maioria dos países europeus, o ingrediente farmaceuticamente ativo do Xarelto ainda goza de proteção patentária, ao contrário do que sugere a matéria. A legislação europeia, assim como a brasileira, permite que outras empresas obtenham perante as autoridades sanitárias registro de comercialização de medicamentos genéricos. Entretanto, a obtenção de registro de comercialização não implica em autorização para lançamento de um produto genérico, sendo necessário aguardar a expiração dos direitos de exclusividade relativos ao produto de referência inovador. Não há genéricos da Rivaroxabana no mercado europeu. Nenhuma empresa está autorizada a lançar genéricos ou similares de Rivaroxabana na maioria dos países europeus pelo menos até 2023.

Reiteramos nosso compromisso com a segurança dos pacientes e com a saúde pública. Mais do que nunca, as informações baseadas em dados científicos devem orientar a sociedade em um momento de emergência sanitária como o que estamos vivendo, e não pode haver qualquer espaço para especulações e informações falsas que impactem a saúde e o bem-estar das pessoas.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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‘Outros remédios podem ser usados na intubação, mas não são o ideal’, diz médico

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Um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios aponta que pode faltar medicamento para intubação de pacientes com Covid-19 em 33% dos municípios consultados. O chamado “kit intubação” reúne três classes de remédios.

“Você precisa ter um relaxamento muscular, que é obtido através dos chamados neuromusculares. É um procedimento doloroso, então você precisa de analgésicos muito potentes, muitos derivados da morfina, que são chamados opioides. E, também, você não vai fazer este procedimento todo com a pessoa consciente. Você tem que dar um sedativo”, explica o diretor de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), Luis Antonio Diego.

O médico e diretor da SBA ressalta que é possível, sim, fazer substituições, mesmo que elas não sejam o ideal.

“Na intubação propriamente dita você usa três categorias de medicamento. Uns dos bloqueadores musculares mais usados são os que a gente chama de rocurônio e succinilcolina. E existem outros que também podem ser usados, talvez não da maneira ideal, mas podem ser utilizados.”

O especialista explica que à medida que os pacientes internados permanecem mais tempo na Unidade de Terapia Intensiva, o correto é fazer um revezamento dos remédios.

“Para um paciente na UTI, que vai ficar um tempo determinado e, muitas vezes, longo, você tem que fazer rodízio destes medicamentos porque eles vão tendo tolerância, vão atuando negativamente em algum órgão específico. Então, tem que ter opções.”

No entanto, com a escassez destes insumos, novos protocolos estão sendo feitos a fim de orientar os profissionais em como agir dentro dos hospitais.

“Nós tentamos avaliar dentro da SBA, com os nossos associados, para poder monitorar e orientar qual medicamento que pode ser utilizado numa determinada ocasião. Nós temos todos estes protocolos. (…) As sociedades, em conjunto, fizeram tutoriais”, diz.

“Cada hospital compra um determinado medicamento destas três classes para fazer a intubação, e a equipe está habituada àquele remédio. Quando há desabastecimento, você tem que ter outro que faz o mesmo efeito, só que de outra maneira e com outras propriedades. É como se, de repente, você precisa fazer um doce, precisa usar açúcar e faltou o açúcar refinado, mas você pode ter um açúcar cristal e demerara. Então, você tem que adequar o seu protocolo”, compara.

Fonte:  Portal CNN Brasil

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Uece e Fiocruz estudam desenvolvimento de remédio contra a Covid-19 a partir de lhamas

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A Universidade Estadual do Ceará (Uece), iniciou, em parceria com a Fiocruz, estudo para desenvolver um medicamento contra a Covid-19 a partir de anticorpos de lhamas. O animal é resistente a variações de temperaturas e tem propriedades eficientes para reconhecer antígenos.

Pesquisa é financiada pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e pela Fiocruz. Estudo tem participação do Haras Claro e outras instituições no Ceará.

Com uma maior possibilidade de utilizar fragmentos de anticorpos do que humanos, o camelídeos (lhamas, alpacas e dromedários) se mostraram favoráveis para auxiliarem no tratamento do novo coronavírus.

Segundo Carla Celedônio, pesquisadora em Saúde Pública da Fiocruz Ceará, as propriedades do anticorpo “são melhoradas em laboratório para viabilizar a formulação de um medicamento. Esses insumos podem ser usados tanto para a terapêutica como para o diagnóstico da doença”.

Pesquisa

O estudo já teve início em Rondônia e agora segue seu curso no Ceará. Na Uece, a pesquisa é viabilizada por meio da Faculdade de Veterinária (Favet).

“Os anticorpos das lhamas são mais reativos ao Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19 e a partir da coleta do sangue desses animais, produzimos os nanocorpos que estão sendo utilizados na pesquisa e no desenvolvimento de um medicamento contra a doença. As expectativas são muito promissoras”, pontua Dárcio Ítalo Teixeira, vice-reitor da Uece e medico-veterinário.

Os trabalhos serão conduzidos na Plataforma de Anticorpos e Nanocorpos localizada na sede da Fiocruz Ceará.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste – CE

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Vacinação com a Johnson & Johnson deve ser retomada nos EUA em breve, diz Fauci

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A aplicação da vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson, interrompida nos Estados Unidos, deve ser retomada em breve, talvez com algumas “restrições”, disse o consultor médico da Casa Branca, Anthony Fauci, neste domingo(18), embora a decisão deva ser divulgada até sexta-feira.

“Acho que não iremos além da sexta-feira com a extensão dessa pausa”, disse o Dr. Fauci na ABC, referindo-se ao grupo de especialistas que deve se reunir em breve para avaliar a possível relação entre o imunizante e a formação de coágulos de sangue.

“Acho que (a vacinação) será retomada, talvez com restrições. Não tenho certeza de quais serão, se serão vinculadas à idade ou ao sexo, ou se será simplesmente acompanhada de um aviso”, acrescentou.

Washington suspendeu na terça-feira o uso da vacina criada pelo laboratório americano para investigar os seis casos de mulheres – uma delas morreu – que desenvolveram graves coágulos sanguíneos associados a baixos níveis de plaquetas após receberem a injeção.

Os membros do grupo de especialistas, reunidos pela primeira vez na quarta-feira a pedido do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), principal agência de saúde pública do país, disseram que precisariam de mais tempo antes de decidir sobre uma possível restrição da vacina.

Destacando que não queria “antecipar” as decisões deste grupo, o Dr. Fauci lembrou que os casos graves de coágulos sanguíneos foram “extremamente raros” e que a pausa na administração da vacina foi decidida para “examinar a situação e certificar-se de que temos todas as informações possíveis”.

Fonte: Portal Revista Isto É Dinheiro

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Após pedido de fiscalização do MP, Vigilância Sanitária autua e interdita uma sala de testagem e uma farmácia em Santa Maria

Fiscais identificaram aglomeração na Farmácia e ausência de tempo hábil para higienização adequada do ambiente

Após novo pedido de fiscalização do Ministério Público do Rio Grande do Sul para fins de acompanhamento de recomendação exarada no início da pandemia quanto à adequação de estabelecimentos farmacêuticos aos cuidados sanitários de enfrentamento da Pandemia, em especial, observância à vedação de aglomerações, a Vigilância Sanitária de Santa Maria autuou e interditou uma farmácia e uma sala de testagem de outro estabelecimento por descumprimento de exigências regulamentares.

A determinação para os locais farmacêuticos, que estão na linha de frente no combate à pandemia de coronavírus, é ter responsabilidade crucial para a proteção à saúde da população. Apesar disso, os fiscais identificaram elementos de prova de aglomeração na Farmácia, ausência de tempo hábil para higienização adequada do ambiente pré e pós-atendimento ao cliente e descumprimento de normas técnicas referentes aos procedimentos para testagem de Covid-19.

A recomendação foi feita pela promotora de Justiça Giani Pohlmann Saad, que solicitou essa nova rodada de fiscalização em março deste ano para a proteção da comunidade e não contágio da doença.

Na peça, a promotora ressalta que “toda a atenção na fiscalização das atividades quanto ao cumprimento das regras sanitárias de enfrentamento à Pandemia Covid-19 são muito importantes, inclusive pelo caráter pedagógico e preventivo que promovem”.

Fonte: Portal CAMAGUÃ

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Atraso do novo rol dos planos preocupa especialistas

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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou o novo rol de procedimentos de cobertura obrigatória dos planos de saúde com um número recorde. Ao todo, foram incluídas 61 novas tecnologias, sendo 46 relativas a medicamentos especiais. Mas apesar da ampliação do acesso, especialistas veem com apreensão a burocracia do órgão e seus impactos diretos para a adesão de pacientes ao tratamento.

O rol passou a contemplar 24 medicamentos orais contra diversos tipos de câncer, entre eles o de mama, renal, mieloma e melanoma. Conta ainda cm 21 remédios para doenças como asma, esclerose múltipla e psoríase. No entanto, sob a alegação da pandemia, a ANS demorou três anos e dois meses para oficializar as novas incorporações. Nesta segunda-feira, dia 19, inclusive, termina o prazo para participar da Consulta Pública nº 84, que propõe reduzir de 24 para 18 meses a frequência de atualização.

“Devemos reconhecer as dificuldades impostas pela pandemia, a análise criteriosa que o processo e a maior transparência nas discussões sobre esse rol. Mas é fato que o atraso representa um prejuízo frente à rápida evolução tecnológica nos setores farmacêutico e de saúde”, avalia Dr. João Paulo Reis Neto, diretor-presidente da Capesesp – Caixa de Previdência e Assistência dos Servidores da Fundação Nacional de Saúde.

O dirigente também entende que o maior intervalo do rol traz impactos financeiros para as operadoras. “À primeira vista, o acréscimo de um volume expressivo de drogas e tecnologias pode ser benéfico. Mas no momento em que a lista de atualizações se acumula, pode aumentar os gaps entre as operadoras e acarretar muitas diferenças nas coberturas, pois algumas empresas já ofereciam procedimentos além do rol obrigatório e outras tendem a ficar defasadas”, observa. Outro fator preocupante é o risco de aumento da judicialização, pois há tecnologias disponibilizadas há muito tempo no país, mas que não constavam do rol.

Mais esperança x transparência nos critérios

A atualização traz mais esperança para quem depende de tratamentos para doenças crônicas e de alta complexidade, na visão de Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia – ONG voltada para qualidade de vida de pacientes com câncer e seus familiares. Ela lembra, porém, que muitos tratamentos ficaram de fora. “Defendemos o tempo máximo de seis meses, prazo que a própria Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) vem estabelecimento para a análise de seus dossiês”, argumenta. Holtz defende ainda uma transparência ainda maior, em especial quanto aos critérios de inclusão ou não das terapias.

A indústria farmacêutica também vislumbra oportunidades de melhoria nos debates sobre o rol dos planos de saúde. “Obviamente estamos falando de uma ANS jovem, cujos processos vêm registrando grande evolução desde 2006. Mas é fundamental repensar os prazos para impedir lacunas no atendimento, possibilitar a priorização de novas tecnologias, garantir mais previsibilidade ao setor e incrementar o leque de alternativas para os médicos prescreverem”, pontua Valéria Clemente, diretora de Acesso, Value Strategy & Pricing da MSD no Brasil.

A executiva defende ainda uma maior mobilização setorial em torno do tema. “Somos todos agentes do sistema”, conclui.

Hypera Pharma compra participação na Consulta Remédios

Hypera Pharma compra participação na Consulta RemédiosEm mais um passo para buscar a liderança na indústria farmacêutica nacional, a Hypera Pharma anunciou a compra de participação minoritária na Consulta Remédios, com aquisição de 22,5% do capital social. O acordo foi oficializado em comunicado enviado pela companhia ao mercado na última sexta-feira, dia 16.

A transação prevê a possibilidade de aumento desse percentual. Fundada em Curitiba (PR) no ano 2000, com presença em todas as regiões do país e mais de 3,8 mil farmácias cadastradas, a Consulta Remédios é considerada a principal plataforma de acesso e consulta de informações sobre medicamentos no Brasil. Atrai cerca de 1 milhão de visitantes únicos diariamente, o que credencia o portal como o quinto maior do mundo em audiência.

O negócio representou o segundo investimento do Hypera Ventures, programa de corporate venture capital da indústria farmacêutica que nasceu no fim de 2019. O objetivo é incentivar startups e empresas inovadoras ligadas ao setor de saúde que possuem sinergia com as operações da Hypera Pharma.

A iniciativa contempla um aporte total de até R$ 200 milhões. Os recursos para cada empresa poderão variar de R$ 1 milhão a R$ 20 milhões e são originários do próprio caixa da indústria farmacêutica.

A Hypera Pharma afirmou no comunicado que “esse movimento está alinhado ao objetivo estratégico da companhia de acelerar seus investimentos em tecnologia e plataformas digitais para se aproximar cada vez mais de seus consumidores finais, entendendo seus hábitos de consumo com o objetivo de impulsionar as vendas e promover saúde de qualidade à população brasileira”.

Com R$ 6,2 bilhões de faturamento em 2020, a Hypera Pharma saltou duas posições no ranking da indústria farmacêutica brasileira ao ultrapassar Eurofarma e Sanofi. Agora, o alvo é a EMS. Em três anos, a companhia projeta investimentos de até R$ 350 milhões para chegar ao primeiro lugar.

Repercussão

“Comparativos de preços e informações técnicas baseadas nas bulas originais dos fabricantes representam uma fonte de pesquisa muito valiosa, que contribuem para nortear novas estratégias para fabricação e comercialização de novos medicamentos. E a aquisição representa um primeiro movimento da indústria farmacêutica validando esse modelo de negócio”, avalia Wilton Torres, fundador da Farmaindex

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Covid-19: Vacina russa pode vir a ser produzida em Sintra

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O Presidente da câmara de Cascais fez de intermediário para que viesse para Portugal uma licença de produção da Sputnik V. António Costa não acha má ideia, mas lembra que a vacina ainda não foi aprovada pela EMA, segundo avança o jornal Público.

Veja também: Jornal austríaco diz que AstraZeneca pode ter vacina contra variante da Covid até fim de 2021

Portugal pode vir a produzir a médio prazo a vacina russa Sputnik V, ou pelo menos alguns componentes desta vacina, na zona de Sintra. O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, serviu de intermediário entre o Fundo de Investimento Directo Russo, que está a fazer a exploração comercial desta vacina contra a covid-19, e o Governo, chamando para esse triângulo a empresa Hikma, com sede na Terrugem, em Sintra desde o início dos anos 90 e que tem capital jordano.

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Fundada em 1978, na Jordânia, a Hikmam é um grupo farmacêutico multinacional focado no desenvolvimento, fabrico e comercialização de uma vasta gama de medicamentos genéricos e sob licença. Fábrica está situada na Terrugem, concelho de Sintra

Fonte: TV Sintra

População enfrenta falta de medicamentos nas unidades de saúde e Poupatempo

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Não bastasse a pandemia que se arrasta há mais de um ano, no ABC a população ainda sofre com a falta de medicamentos de uso contínuo para outras doenças. A escassez vai desde os mais comuns, como ácido acetilsalicílico, até remédios para quem sofre de hipertensão arterial, diabetes e depressão. O problema ocorre nas farmácias das prefeituras e até na de medicamentos de alto custo do governo do Estado.

Exemplo está na falta de insumos para diabéticos. Larissa Gabrielle Gonçalves, de 24 anos, foi diagnosticada em novembro de 2020 e, desde fevereiro, tem dificuldade de obter insulina de ação rápida, conhecida como Asparte, e agulhas para a caneta de aplicação, que possuem prazo de validade. ‘Fui pegar as insulinas em fevereiro e elas venciam em março. Eu uso as canetas de 4 a 5 vezes por dia e são distribuídas somente 31 agulhas por mês’, conta a jovem que retira os insumos no Hospital Estadual Mário Covas.

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Larissa também retira outros remédios no posto de saúde do Parque Novo Oratório, em Santo André, e relata que desde o começo do ano não consegue. ‘Vou no posto para retirar outras coisas, como lancetas, fitas, caixa de descarte e glicosímetros mas, sempre que vou até lá, saio de mãos vazias, preciso comprar em farmácias e gastar muito dinheiro’ reclama.

Rosangela Tavares retira os insumos para o filho diabético de 12 anos no Hospital Mário Covas e também notou que, nos últimos meses, as insulinas estão com as datas de validade muito próximas ao dia da retirada dos insumos. ‘Eles têm nos entregado medicamentos que vencem uma semana depois. Este tipo de insumos deve durar por meses e não só uma semana’, reclama.

Quem precisa retirar medicamentos em São Paulo por razões judiciais ou por conta do envio destes remédios e insumos, está preocupado. Uma moradora de Santo André, que preferiu não se identificar, retira insumos na Unidade de Saúde Tenente Pena, em São Paulo, e contou que um sensor para utilizar uma bomba que estabiliza a glicose está em falta. ‘Uso a bomba 24h e não tenho condições de comprar o sensor porque é muito caro e, ultimamente, não tenho conseguido o produto na unidade’, relata.

Falta comunicação

Em Santo André, há dois meses uma moradora (não quis se identificar) não consegue retirar o levotiroxina sódica na unidade de saúde da rua Campos Sales. A informação que recebe é que o medicamento, indicado para tratamento de problemas com a tireoide, está em falta em toda a rede e sem previsão de abastecimento. A munícipe reclama que a recomendação do posto é o paciente retornar outras vezes. Diz que telefonou duas vezes na unidade para tentar saber se o remédio chegou, porém a informação é que a farmácia não tem ramal para atender. ‘É um absurdo ouvir isso, além de ter de comprar o produto e o risco do coronavírus, o posto não utiliza sequer um aplicativo, como Whatsapp, para dar informação e evitar o deslocamento da população’, reclama.

Quase 40% da lista

Das sete cidades, apenas São Bernardo e São Caetano informaram que não registram falta de remédios nas farmácias. A situação mais grave é em Mauá, onde 37,5% da lista de 176 medicamentos fornecidos pelo município está em falta, desde os mais simples, como o ácido acetilsalicílico, até os indicados para controle da pressão arterial.

Em nota, Mauá informa que, em janeiro, a nova gestão se deparou com a falta de atas vigentes de medicamentos e insumos. ‘A administração investe esforços para dar andamento aos processos licitatórios, para abastecer a rede de saúde. Os processos de compras em órgãos públicos são regidos pelas leis 8.666/93 e 10.520/2002, cujos trâmites são burocráticos e lentos. De uma lista com 176 medicamentos faltam 37,50%. Do total, 18,75% são de uso contínuo, como ácido acetilsalicílico 100 mg; amitriptlina, cloridrato 25 mg; fluoxetina, cloridrato 20 mg; furosemida 40 mg; levotiroxina sódica; propanolol, cloridrato 40 m;, espironolactona 25 mg e hidroclorotiazida 25 mg. A Secretaria de Saúde tem atendimento telefônico, desta forma, sempre que o paciente solicita informações sobre a disponibilidade do item ele é avisado’, diz a nota.

Em Diadema, a falta é de neuroléptico, vitamina D, vitamina B1, antidiabético, diurético simples, antitérmico, antianêmico, antidiabético e diurético simples, sendo os dois últimos de uso contínuo. ‘Notificamos a empresa fornecedora em caso de atraso na entrega, entramos em contato com os fabricantes existentes no mercado para verificar se realmente a informação de falta de insumo procede e orientamos os pacientes a retirar no Programa da Farmácia Popular, aqueles itens cuja retirada no programa é feita de forma gratuita’, sustenta a administração em nota.

Ribeirão Pires também relata a falta de medicamentos de uso contínuo, como xarelto 20ml, para tratamento de trombose, e o leuprolerina, usado por pacientes com endometriose. ‘Vamos notificar os fornecedores que não têm fornecido os medicamentos, para que uma solução seja tomada. Em último caso, se a falta de medicamentos prosseguir, poderá ser realizada a interrupção do contrato e aberto um novo processo licitatório com uma nova empresa, que poderá fornecer e atender a demanda necessária’, diz a Prefeitura.

Santo André e Rio Grande da Serra, não responderam aos questionamentos do RD.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/18/fidelizar-clientes-e-a-prioridade-do-varejo-farmaceutico-no-ano/

Estado

As farmácias de alto custo do governo do Estado, que no ABC funcionam no Mário Covas e Poupatempo de São Bernardo, fornecem mais de 200 tipos de medicamentos. A reportagem indagou a Secretaria Estadual de Saúde sobre a lista de medicamentos faltantes, mas o órgão não informou. Apenas respondeu sobre os medicamentos Asparte e Basaglar, tipos de insulina usados para pacientes com diabetes. ‘Os medicamentos Asparte e Basaglar fazem parte da lista de medicamentos adquiridos pelo Ministério da Saúde, responsável pelo planejamento, compra e compartilhamento com os estados que, por sua vez, apenas redistribui para as farmácias, à medida que os lotes chegam. O Asparte foi enviado pelo órgão com a validade próxima do vencimento. As farmácias estão sendo contatadas para verificar a demanda e a possibilidade de consumo com segurança para os pacientes. O Estado aguarda também a aquisição do Basaglar pelo governo federal, que ainda não foi concluída e, assim, impactou a distribuição e assistência aos pacientes das Farmácias de Medicamentos Especializados’, respondeu.

Fonte: Reporter Diário

Jornal austríaco diz que AstraZeneca pode ter vacina contra variante da Covid até fim de 2021

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Uma versão da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 – modificada para combater uma variante sul-africana – pode estar pronta no final de 2021, disse uma funcionária da Astrazeneca na Áustria, Sarah Walters, em entrevista publicada neste domingo (18).

Sarah é gerente nacional da AstraZeneca na Áustria e disse ao jornal Kurier que os estudos, até agora, eram ‘pequenos demais para tirar conclusões’. Segundo ela, a ‘AstraZeneca e a Universidade de Oxford iniciaram modificações na vacina para combater a variante sul-africana, e esperamos que a [nova vacina] esteja pronta até o fim do ano, caso seja necessário.’

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O que sabemos sobre os casos de reinfecção da covid-19

De acordo com Walters, os desafios – principalmente o atraso na entrega das doses do imunizante da AstraZeneca para a União Europeia – acontecem porque a vacina demanda um ‘processo complexo’, juntamente com a demanda extremamente alta do mundo pelas doses de vacina.

Oxford/AstraZeneca: Anvisa pede que casos de coágulos sejam incluídos na bula da vacina

‘Tivemos que trabalhar sem ter estoque de reserva. Como resultado, não podiámos compensar os imprevistos’, disse a gerente. ‘Estamos confiantes de que cumpriremos nosso compromisso de entregar 300 milhões de doses à União Europeia neste ano’, completou.

A entrevista não abordou as investigações em andamento sobre a ligação entre o imunizante da AstraZeneca e os casos de coágulos. A União Europeia já admitiu que pode sim haver uma ligação entre os casos de trombose e a aplicação da vacina. Países como a Dinamarca suspenderam o uso do imunizante, e a Grã-Bretanha só aplica a doses em pessoas acima acima de 30 anos, e a Espanha em pessoas acima dos 60 anos – os casos de trombose são mais presentes em pessoas jovens.

Reguladores de medicamentos britânicos, a União Europeia e a Organização Mundial da Saúde, afirmaram que os benefícios do uso da vacina superam os riscos de coagulação rara.

Fonte: Rádio Metropolitana FM