Piracanjuba anuncia compra da Natulact

Compra da Natulact
Com foco em produção de queijos e derivados, unidade fica em Sergipe / Foto: Divulgação

O Grupo Piracanjuba anuncia a compra da Natulact, indústria de queijos e derivados situada em Nossa Senhora da Glória (SE). A aquisição foi motivada pelo interesse da companhia em ampliar sua cobertura de atuação nacional. Pesaram na decisão fatores como a sinergia entre as empresas e a posição geográfica estratégica da indústria, que está localizada em uma das maiores bacias leiteiras do Nordeste.

“Será nossa primeira fábrica na região, o que nos tornará muito mais competitivos”, destaca o presidente Luiz Claudio Lorenzo. A unidade se soma às outras sete mantidas pela fabricante, localizadas no Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país.

A Natulact está instalada a cerca de 115 quilômetros da capital Aracaju, em um município com pouco mais de 40 mil habitantes. O foco inicial será a manutenção do portfólio da marca, que inclui entre outros produtos a produção de soro de leite em pó. “Para o futuro, a expectativa é ampliar continuamente o portfólio e a capacidade produtiva da planta”, garante.

Cade ainda precisa aprovar compra da Natulact 

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ainda precisa aprovar a negociação. O objetivo da Piracanjuba é manter os 260 empregos diretos gerados pela fábrica da Natulact, assim como continuar trabalhando com os fornecedores atuais, que serão visitados individualmente.

Neste primeiro momento, a unidade seguirá produzindo a marca Natulact e, gradualmente, começará a aplicar a marca Piracanjuba. “Nosso intuito é que essa transição ocorra da forma mais harmônica possível para todos os colaboradores, fornecedores e comunidade”, finaliza.

Grupo completa 70 anos 

Fundado em 1955, o Grupo Piracanjuba completa 70 anos neste ano. Como parte das comemorações, a empresa anunciou seus planos para o futuro no último mês de fevereiro. Eles envolvem o foco em nutrição, além de mudanças na identidade visual da companhia.

Brasil se tornou berço de inovação da L’Oréal, explica presidente

Inovação da L’Oréal
Fórmulas inéditas e novas tecnologias são diferenciais oferecidos pela empresa – Foto: Divulgação

Alexis Perakis-Valat, presidente global da divisão de consumo da L’Oréal, afirmou que diferentes inovações da companhia, agora presentes em seus produtos mundialmente, foram desenvolvidas no Brasil.

O Rio de Janeiro, por exemplo, abriga dois grandes centros de pesquisa da empresa, nas ilhas de Bom Jesus e do Fundão. Os laboratórios empregam mais de 150 pesquisadores, focados no atendimento da vasta variedade de cabelos e tons de peles presentes no país, fato muito raro de ocorrer em outras nações.

“A ciência sempre esteve no coração da L’Oréal. É por isso, por exemplo, que temos grandes laboratórios no Rio com muitas pessoas, porque nossa empresa tem raízes na ciência”, afirma o executivo ao ser perguntado sobre a autodescrição da empresa como uma beauty tech.

Outros fatores que fazem com que o Brasil se destaque no mercado de beleza e cosméticos incluem seu volume de negócios, que o configura como o quarto maior país no segmento, e o elevado nível de exigência da população, especialmente com os produtos utilizados em tratamentos capilares.

Desempenho do produto no Brasil é parâmetro essencial

“Como estamos ganhando no Brasil e os brasileiros são os mais exigentes em cuidados com o cabelo, levamos isso para o mundo todo. Uma inovação como o ácido hialurônico em xampu nasceu aqui, mas agora temos na Europa, nos EUA e na China”, explica Perakis-Valat.

A introdução da substância nos xampus marcou a primeira vez no mercado global em que um ingrediente utilizado no cuidado com a pele foi aplicado em linhas dedicadas ao cabelo.

“Por isso, uma das grandes prioridades dos nossos laboratórios é inventar o melhor produto de cuidados capilares para o mercado brasileiro. Essa é uma meta chave porque é como se costuma dizer: se você conseguir aqui, consegue em qualquer lugar”, adiciona.

A Elseve, por exemplo, é uma das marcas da companhia que mais se destaca no país. Alcançando a liderança do segmento recentemente, a linha dobrou sua participação no mercado nos últimos cinco anos mesmo sendo comercializada a um preço 50% acima do valor médio de seus concorrentes.

Brasil e México ainda foram responsáveis por metade do crescimento apresentado pela divisão de produtos de grande público, ou consumer products division, departamento que gerou 37% dos €43,48 bilhões (R$ 273,29 bilhões) arrecadados pela L’Oréal em 2024.

Projeto de inovação da L’Oréal tem IA assistente

Outra novidade divulgada pela empresa são as inteligências artificias que atuam como uma espécie de auxiliar no momento da venda. O Beauty Genius, por exemplo, foi lançado nos Estados Unidos e permite que a pessoa fale, escreva e faça perguntas como se tivesse um assistente de moda no bolso. A IA ainda é capaz de identificar a cor de pele e recomendar os produtos que mais se adequam a ela.

Exeltis promove gerente de vendas

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Exeltis, Rafael Diniz
Foto: Acervo pessoal

Ex-gerente nacional de vendas e trade marketing na Exeltis, Rafael Diniz foi promovido ao cargo de diretor comercial da farmacêutica especializada na saúde da mulher.

Seu currículo conta com uma graduação em administração de empresas, um MBA em marketing e vendas e especializações em gestão colaborativa e negociação. O executivo já passou por grandes players do setor, entre os quais Danone, Reckitt e Grupo DPSP.

Contato: rafael.diniz@exeltis.com

Superintendência do Cade veta compra da Purifarma por companhia holandesa

Compra da Purifarma
Atuantes no mercado de insumos para farmácias de manipulação, companhias concentram, somadas, mais de 20% do mercado / Foto: Freepik

A compra da Purifarma pela Fagron, da Holanda, foi impugnada pela Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). As informações são do O Globo. O órgão entendeu que haveria uma concentração excessiva no mercado de insumos para farmácias de manipulação, onde ambas as empresas atuam.

Somadas, as companhias detêm mais de 20% do segmento. Ao realizar a impugnação, o braço executivo da autarquia também recomendou ao tribunal do Cade que rejeitasse a movimentação.

Compra da Purifarma não é primeiro movimento da Fagron a alertar o Cade 

Essa não é a primeira vez que uma aquisição da Fagron desperta o interesse do Cade. Em 2019, o órgão só liberou a compra da All Chemistry do Brasil caso fosse celebrado um Acordo de Controle de Concentração (ACC), o que foi feito.

Tal acordo impedia que os holandeses realizassem novas aquisições de empresas do setor nos dois anos que sucederam o negócio. A época, a Anfarmag, associação que reúne as farmácias de manipulação brasileiras, também tinha manifestado sua preocupação e foi admitida como “terceira interessada” no processo.

Deputado sugere que Brasil invista no cultivo de cannabis

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cultivo de cannabis
Número de pacientes que utilizam algum tipo de tratamento à base de cannabis cresceu 56% em 2024 – Foto: Canva

O deputado estadual Carlos Minc, do PSB-RJ, reivindica que o governo brasileiro incentive o cultivo de cannabis no país, facilitando o tratamento de pacientes com fármacos à base da planta. As informações são da Folha de S. Paulo.

O político, autor da primeira lei do país autorizando a cannabis medicinal, reforça seu argumento ao abordar o crescimento registrado pelo segmento nos últimos anos e seu potencial para manutenção desse momento.

Segundo ele, o Brasil registrou no ano passado 672 mil pacientes de cannabis medicinal, um aumento de 56% em relação a 2023. O setor movimentou R$ 852 milhões em 2024. Hoje, 46,5% dos usuários brasileiros importam os produtos, 31,6% compram nas farmácias e 21,9% os acessam via associações.

Cultivo de cannabis tem diversos pontos positivos

“Com imenso potencial agrícola e tecnologia de cultivo por meio das associações, deixamos de gerar emprego e renda pelo obscurantismo que trava a produção nacional”, afirma Minc, ex-ministro do Meio Ambiente no segundo governo Lula.

Softwares podem lapidar gestão de processos

GESTÃO DE PROCESSOSProcfit, orientação empresarial, varejo farmacêutico
Foto: Freepik

A gestão de processos é uma etapa primordial para o sucesso das operações da farmácia. Na área de recursos humanos, por exemplo, mesmo com a grande rotatividade da equipe – característica comum no segmento – a manutenção de procedimentos bem estabelecidos garante sinergia entre os colaboradores e os resultados esperados pela alta direção.

Para fazer com que esses processos sejam respeitados e divulgados, a tecnologia assume papel de protagonismo. E o setor é um dos que vive uma transformação mais acentuada nesse contexto. “Antes, as farmácias usavam muito papel e parte considerável das informações se perdia no caminho, com ausência de controle sobre o cumprimento do fluxo de trabalho”, ressalta Filipe Costa, coordenador de desenvolvimento da Procfit.

Gestão de processos apoiada em tecnologia

Para exemplificar os ganhos do uso de tecnologias como o Cosmos Pro para a gestão de projetos, Costa lembra de um caso em que atuou. “Um cliente nosso nos procurou para ajudar a dinamizar o registro de desvios de conduta dos colaboradores”, conta.

Segundo o especialista, esse era um trâmite burocrático e que surtia pouco resultado. “Anteriormente, o gerente precisava preencher um formulário que levava até duas semanas para chegar ao centro administrativo da rede. Só então a área de RH iria analisar a necessidade de advertência. Quando voltava o feedback ao colaborador, ele nem lembrava mais o que tinha feito de errado. E para completar, não havia nenhum histórico para controlar eventuais reincidências”, afirma.

“Concebemos um formulário digital que, ao ser preenchido, disparava automaticamente uma notificação solicitando a análise do RH. Algo que levava mais de duas semanas passou a ser feito no mesmo dia”, completa.

Especialista alerta para o bom uso da tecnologia

Mas os softwares, por si só, não fazem milagre. “A automatização acelera os ganhos, mas também as perdas, caso o procedimento não seja o mais correto”, alerta. Por isso, Costa aconselha que o gestor faça um raio-X de sua operação antes de modernizá-la.

“A empresa precisa começar por mapear os processos vigentes. Se isso não for feito, qualquer melhoria não passará de uma ‘tentativa e erro’. Como o mercado farma é muito competitivo, errar custa caro. Por isso, quanto mais detalhado for esse mapeamento, mais eficientes serão os resultados”, finaliza.

Hub de saúde da Indiana chega a mais de 80 cidades

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Hub de saúde da Indiana
Varejista está se consolidando como ponto de atenção básica em saúde / Foto: Divulgação

O hub de saúde da Indiana tem se mostrado uma ação vital para o estabelecimento da rede de farmácias como um ponto de atenção primária à saúde. Presente nos estados da Bahia, Espirito Santo e Minas Gerais, o IndiClinic já atende em cerca de 80 municípios.

Criado em 2017, o serviço soma mais de 165 salas especializadas. Desse total, 70 oferecem vacinação, com 70% da demanda voltada para o público infantil.

Além de todos os imunizantes oferecidos pelo sistema privado, a varejista também disponibiliza 12 testes laboratoriais rápidos, como os de triagem para dengue, Covid-19, influenza e diabetes. Os clientes também têm acesso a check-ups de colesterol, hemoglobina glicada e pressão arterial, programas de controle de peso, cessação do tabagismo e revisão medicamentosa.

Atualmente, a empresa também conduz uma ampla campanha de vacinação contra a gripe. A aplicação do imunizante quadrivalente contra influenza em todas as unidades ocorre graças a parcerias estratégicas com grandes indústrias, que asseguram o abastecimento.

“Hoje, a farmácia é um espaço de cuidado contínuo. O paciente pode passar por triagens, exames e programas de adesão ao tratamento, o que amplia o papel do farmacêutico e fortalece o vínculo com o sistema de saúde. Não se trata apenas de entregar medicamentos, mas de acompanhar a jornada do paciente e contribuir para sua qualidade de vida”, afirma a coordenadora de serviços farmacêuticos, Natália Peixoto.

Hub de saúde da Indiana também oferece telemedicina e medicamentos de especialidades 

Fora os serviços tradicionais, a Farmácia Indiana também incluiu no portfólio do IndiClinic consultas por telemedicina e acesso a medicamentos de alta complexidade, como oncológicos, imunobiológicos, tratamentos para doenças raras, fertilização assistida e hormônio do crescimento. Toda essa oferta está respaldada pela Lei nº 13.021/2014 e também pelas resoluções da Anvisa 197/17 e 786/23.

Rede também leva projeto para as ruas 

Além das estruturas clínicas fixas, a rede de farmácias promove ações itinerantes e campanhas regulares de prevenção, como o projeto Café com Saúde. Realizado bimestralmente, o evento – assim como os demais do calendário – oferece exames de glicemia e aferição da pressão arterial de forma gratuita nas mais de 265 lojas da varejista.

Teste inédito chegou em outubro 

No último mês de outubro, o IndiClinic passou a disponibilizar um teste inédito no Brasil em suas 165 salas de assistência farmacêutica. O exame rápido de eletrocardiograma passou a poder ser realizado por pacientes em qualquer uma das unidades da rede.

A implementação foi fruto de uma parceria com a ONROM Healthcare Brasil, player do setor de dispositivos médicos. A adição do serviço tem livre inspiração no modelo de orientação clínica adotado por países como Canadá, Estados Unidos e Inglaterra.

Aprenda a analisar os custos dos concorrentes

CUSTOS DOS CONCORRENTESConcorrência, Concorrentes
Foto: Canva

Em um mercado cada vez mais disputado, com o peso dos desafios macroeconômicos, a análise estratégica dos custos dos concorrentes pode ser a chave para a sobrevivência e o sucesso dos negócios. Para especialistas, o controle rigoroso das operações deixou de ser uma opção e se tornou uma necessidade de saúde financeira para as empresas.

“Ao mapear os custos dos rivais, as empresas não apenas otimizam seus próprios gastos e margens de lucro, mas também desvendam oportunidades de mercado antes ocultas”, explica Welington Rocha, diretor-presidente da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI).

O país ocupa a 62ª posição entre 67 países analisados no Ranking Mundial de Competitividade IMD divulgado pela Fundação Dom Cabral, fato que traz um olhar de atenção para as companhias sobre como melhorar a produtividade financeira.

Na prática, é necessário seguir algumas etapas que antecedem este mapeamento, que não consiste em uma atividade simples. Pesquisas, cálculos e paciência são mandatórios. “Primeiramente é preciso entender que a análise da concorrência não envolve apenas as companhias que disputam o mesmo mercado e mantém portfólio similar, mas também todos os fornecedores e demais atores envolvidos no seu ecossistema de atuação”, afirma Rocha.

Mapeamento dos custos dos concorrentes 

A análise dos custos dos concorrente deve ser encarada como um processo contínuo e apresenta cinco premissas básicas.

  • Identificar os concorrentes e quais deles deseja analisar
  • Definir os dados e as informações necessárias
  • Definir as fontes e as formas de coletar os dados e as informações
  • Proceder a coleta dos dados e das informações
  • Realizar a classificação, compilação, análise e interpretação dos dados e informações

Rocha também destaca que há ações que podem ser obtidas sobre os concorrentes de interesse, analisando os dados quantitativos e qualitativos. “As referências de indicadores não monetários incluem informações sobre a estrutura operacional, como a capacidade de produção, o número de níveis hierárquicos, a diversidade de produtos, fornecedores, clientes e máquinas”, ressalta.

Já os dados monetários abrangem investimentos em marketing, preservação ambiental e programas de qualidade, depreciação acumulada, gastos com reparos, treinamento e desenvolvimento (T&D), custos de comercialização e produção e a composição do capital, incluindo recursos próprios e de terceiros. “A análise conjunta desses números permite uma visão completa da saúde financeira e da estratégia operacional da concorrência”, acrescenta.

Uma tarefa importante é treinar os colaboradores da empresa sobre possíveis fontes de dados e informações que podem ser obtidos legalmente e dentro da ética empresarial. Algumas já estão dentro da própria companhia, a exemplo da força de vendas, atendimento ao cliente, operadores de distribuição, publicidade, compras, pesquisa e desenvolvimento.

Formato de cálculos

Buscando simplificar o processo e aumentar a compreensão quanto ao tema, o executivo mostrou um exemplo de conta:

  • Considerando vendas de R$ 800 no ano 1 e R$ 1 mil no ano 2
  • Custo dos produtos vendidos de R$ 700 no ano 1 e R$ 820 no ano 2

A – Estimativa dos custos variáveis do concorrente

Nesse exemplo, pode-se estimar que os custos de produção variáveis do concorrente representam, aproximadamente, 60% das suas vendas.

B – Estimativa dos custos fixos do concorrente

Conhecendo-se a proporção aproximada de custos variáveis sobre as vendas, chega-se à estimativa de despesas fixos:

Custos fixos = custo dos produtos vendidos – custos variáveis
Custos fixos = R$ 820 – (R$ 1 mil × 60%)
Custos fixos X1 = R$ 120

C – Estimativa do ponto de equilíbrio do concorrente

Ao projetar os valores dos custos fixos e variáveis, pode-se chegar ao ponto de equilíbrio, que nesse caso corresponde a cerca de R$ 300:

Ponto de Equilíbrio = custos fixos / %margem de contribuição
Margem de contribuição % = (Vendas – custos variáveis) / Vendas
Ponto de equilíbrio = R$ 120 / (1.000 – R$ 600) / 1.000)
Ponto de equilíbrio = R$ 120 / 0,4
Ponto de equilíbrio = R$ 300

Ou seja, para evitar prejuízo, esse concorrente precisa gerar uma receita de R$ 300 por período. Para manter o exemplo bem simples, não foi considerado o custo do capital empregado na atividade.

“A análise de gastos da concorrência emerge como um instrumento estratégico, permitindo que as organizações não apenas alcancem, mas também sustentem e ampliem sua vantagem competitiva”, finaliza o executivo.

Maiores farmacêuticas do Brasil em 2024

Maiores industrias farmaceuticas do Brasil
Foto: Canva

A análise das maiores farmacêuticas do Brasil em 2024, considerando fabricantes de medicamentos e bens de consumo, revela uma concentração do faturamento na mão de poucos laboratórios. Das 411 companhias do setor em atuação no país, 20 são responsáveis por 63% das vendas em farmácias e somam R$ 144,8 bilhões de receita. O faturamento total foi de R$ 229 bilhões.

Somente três farmacêuticas movimentam cifras superiores a R$ 10 bilhões e representam 27% do volume de negócios. O Grupo NC, detentor da EMS, sustenta a primeira colocação. No entanto, a vice-líder Eurofarma começa a aparecer no retrovisor, após ultrapassar a Hypera Pharma e registrar crescimento de 22%.

As 20 maiores farmacêuticas do Brasil em 2024
(vendas para farmácias em bilhões de R$)

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Fonte: Close-Up International

Quais indústrias mais faturam com venda de medicamentos?

Na avaliação das maiores farmacêuticas do Brasil em venda de medicamentos no ano passado, a concentração também é uma marca. As três líderes nesse quesito – Grupo NC, Eurofarma e Hypera – somam R$ 59,8 bilhões de faturamento, exatamente 1/3 da receita total de R$ 179,4 bilhões.

As 20 primeiras colocadas no ranking são as únicas que tiveram resultado superior a R$ 2 bilhões. Entre as que mais avançaram no ano passado, três foram as que mais se destacaram ao apresentarem crescimento acima de 20%. Foram elas a Novo Nordisk, capitaneada pelo Ozempic; a Eurofarma e a Sandoz.

Maiores farmacêuticas do Brasil em 2024 – medicamentos
(vendas para farmácias em bilhões de R$)

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Fonte: Close-Up International

Governo irá estudar medicamentos em supermercados

MEDICAMENTOS EM SUPERMERCADOS,Alckmin, medicamentos, supermercados, governo
Farmácias são contra projeto e alertam para riscos à saúde pública | Foto: Cadu Pinotti – Agência Brasil

A venda de medicamentos em supermercados será estudada pelo governo federal, segundo o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. As informações são do Poder 360.

A declaração foi dada durante a abertura do Apas Show, evento organizado pela Associação Paulista de Supermercados e que teve início na última segunda-feira, dia 12. “É um tema a ser debatido e discutido. Como é sem receita, não tem as limitações médicas. Mas é um assunto que o governo vai estudar”, declarou.

Alckmin, que também é médico, não levou em conta os riscos à saúde pública levantados pelas farmácias. Para o varejo farmacêutico, a medida pode impulsionar a automedicação e não irá baratear o preço dos remédios, como defende o canal alimentar.

PL dos medicamentos em supermercados tramita na Câmara dos Deputados

Atualmente na Câmara dos Deputados, o projeto de lei (PL) 1.774/19 sobre medicamentos em supermercados é de autoria do deputado federal Glaustin da Fokus, do Podemos-GO. O texto acrescenta o inciso 2º ao artigo 6º da Lei 5.991/73, para autorizar os supermercados e estabelecimentos similares a dispensarem medicamentos isentos de prescrição.

Farmácias são contra projeto 

Abrafarma e a Abcfarma uniram-se em torno de uma campanha para alertar sobre os riscos da venda de MIPs em supermercados. A iniciativa inclui um abaixo-assinado online para estimular a população a repudiar o Projeto de Lei (PL) 1774/19.

A mobilização conta com apoio dos conselhos de classe e sindicatos da categoria, além de instituições como Anvisa, Ministério da Saúde, CNS, CONASS, CONASEMS e Sociedade Brasileira de Toxicologia. “Vamos usar as redes sociais e também incentivar cada farmácia a afixar a arte da campanha na loja para conscientizar seus clientes. A hashtag Remédio tem lugar certo resume nossa preocupação”, explica Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma, que aglutina as 29 maiores redes do setor.

Segundo o executivo, medicamentos não podem se transformar em mercadorias e colocar em xeque a saúde da população. Além dos riscos à saúde pública, as entidades demonstram apreensão com os impactos econômicos da medida para o varejo farmacêutico independente, representado pela Abcfarma. O Brasil tem mais de 90 mil farmácias que cobrem 99% da população. Deste total, 53 mil são estabelecimentos de pequeno porte optantes pelo Simples.

“Esses pontos de venda comercializam uma série de produtos e ainda asseguram a oferta de serviços de vacinação e até curativos, nos 365 dias do ano. Geram empregos, recolhem impostos e são a base da economia em muitas localidades. Os medicamentos isentos de prescrição contribuem para essa sustentabilidade. Canibalizar a venda resultará em uma onda de fechamentos e perda de empregos. Quem realmente ganha com esse cenário?”, contesta Mena Barreto.