Eurofarma promove gerente

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Eurofarma, Tiago Freitas
Foto: Acervo pessoal

A farmacêutica brasileira multinacional Eurofarma anunciou a promoção de Tiago Freitas ao cargo de gerente global de estratégia de operações. O executivo está na empresa desde 2019 e atuava anteriormente como gerente de inteligência operacional.

Farmacêutico formado pela UFMG, cursou um MBA em gestão de qualidade e produtividade na Faculdade Oswaldo Cruz e pós-graduações em tecnologias da indústria farmacêutica na PUC-GO e administração e negócios na FIA Business School.

Contato: Tiago.freitas@eurofarma.com

Entenda se sua farmácia já realiza integração por APIs

INTEGRAÇÃO POR APISAPIs, Procfit, orientação empresarial
Foto: Freepik gerada com IA

Você sabia que a integração por APIs (sigla em inglês para interface de programação de aplicações) é um dos pilares da eficiência operacional das farmácias modernas? Mesmo que muitos gestores não percebam, elas já fazem parte do dia a dia, facilitando desde tarefas simples, como a emissão de cupons e notas fiscais de uma venda, até operações complexas, como reposição automática de estoques e integração com plataformas de e-commerce.

O Panorama Farmacêutico ouviu com exclusividade o gerente de desenvolvimento da Procfit, Renan Sales, para entender como essas integrações podem ser utilizadas e quais são os benefícios de contar com APIs na sua operação.

Segundo Sales, APIs possibilitam que sistemas se comuniquem de forma transparente e segura. E para que isso aconteça, não é necessário que os softwares façam parte de um mesmo pacote. “Essa integração possibilita que uma compra seja feita via e-commerce e a retirada na loja ou permite o direcionamento automático do pedido de reposição do produto para o centro de distribuição ou parceiro logístico”, exemplifica.

Mas sua presença não se limita a essas situações. As APIs permitem integrações com plataformas de Business Intelligence (BI), automatizando a coleta e análise de dados de vendas, estoque e comportamento do consumidor, o que permite tomadas de decisões mais estratégicas.

Integração por APIs dinamiza a operação 

Na opinião do gerente, a integração por APIs elimina o retrabalho manual e proporciona automação em diversos níveis e processos. “Por não ter mais a necessidade de inserir uma mesma informação em diferentes sistemas, o gestor ganha tempo e pode se dedicar a um olhar mais estratégico do negócio”, explica.

Dinamiza a rotina da farmácia, especialmente por reduzir a carga de trabalho sobre a equipe, minimiza erros, garantindo mais eficiência. As APIs também impactam diretamente o faturamento, realizando ajuste de preços de forma dinâmica, evitando a ruptura de estoque disparando pedidos de reposições automáticos e possibilitando serviços como prescrição eletrônica e programas de fidelidade automatizados, o que enriquece a experiência do cliente.

Outro benefício diz respeito à precificação. “Antigamente, o lojista realizava pesquisa de campo visitando a concorrência. Mas até chegar ao preço ideal, os estabelecimentos já tinham mudado suas políticas. Sistemas integrados trazem mais celeridade a esse processo”, afirma.

“A flexibilidade das APIs facilita a integração de novas tecnologias, tornando a farmácia mais preparada para o futuro. Investir nessas integrações é essencial para o PDV que busca ser competitivo em um mercado em constante evolução”, completa o especialista.

Logística reversa de medicamentos chega a novos municípios

LOGÍSTICA REVERSA DE MEDICAMENTOSFarmacon, orientação empresarial
Foto: Freepik

A logística reversa de medicamentos é prevista em lei desde 2010, mas a implantação do sistema teve início, gradualmente, em 2022. Agora, todos os municípios com mais de 50 mil habitantes devem adotar as boas práticas para o recolhimento de remédios vencidos ou em desuso.

“Em 2022, a medida abrangia capitais e cidades com mais 500 mil habitantes. Já em 2023, chegou também aos municípios com uma população de mais de 100 mil pessoas”, relembra Marcus Cordeiro, CEO da Farmacon.

Nesta matéria, o Panorama Farmacêutico explica as bases legais para a logística reversa de medicamentos, como o sistema funciona, como a farmácia deve implementá-la em suas rotinas e quais são as sanções em caso de não cumprimento.

Logística reversa de medicamentos protege o meio ambiente e a saúde pública

A logística reversa de medicamentos foi criada para garantir ao consumidor uma opção correta de descarte para remédios que não estão mais sendo utilizados ou superaram sua data de validade. Por meio da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e do Decreto 10.388/2020, o poder público garante que o ciclo de vida desse gênero de produtos se encerre da forma mais segura possível.

Como oferecer esse serviço na minha farmácia?

Com a obrigatoriedade de implementação do sistema, um maior número de farmácias terá que se adaptar ao programa. “O primeiro ponto é instalar recipientes apropriados e visíveis para a coleta dos medicamentos. Cabe também ao varejista armazenar temporariamente esses resíduos”, explica.

Os demais passos da logística reversa envolvem outros players do canal farma. “Os distribuidores recolhem os remédios descartados na farmácia, armazenam temporariamente e levam até o ponto de incineração ou descarte. Essa parte final, apesar de realizada pelo parceiro logístico, deve ser custeada pela indústria”, afirma o especialista.

E se eu não me adaptar?

O Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão de Resíduos Sólidos (SINIR) é o responsável por monitorar a logística reversa de medicamentos. Ele exige relatórios periódicos sobre o volume de remédios recolhidos. Caso a farmácia não esteja totalmente de acordo com a legislação, ela está sujeita a sofrer sanções. “A Lei de Crimes Ambientais (9.605/1998) prevê multas e outras penalidades administrativas para quem descumprir as normas da logística reversa”, destaca o CEO.

Grandes redes já recolhem 250 toneladas

O descarte correto de medicamentos por meio das redes associadas à Abrafarma atingiu um novo recorde. Apenas nos seis primeiros meses deste ano, 250 toneladas de resíduos foram recolhidos pelas farmácias.

Implementado em dezembro de 2020, o sistema de logística reversa nunca havia recolhido um montante tão significativo de remédios em desuso, vencidos e suas embalagens em um único semestre. A média mensal de 41,7 toneladas já é superior à de 2023 em 17%. Em todo ano passado, a iniciativa destinou 427 toneladas para a incineração.

“Com a logística reversa, farmácias e drogarias se tornam parceiras na proteção do meio ambiente, além de cumprirem uma legislação que busca garantir uma gestão mais segura e responsável dos resíduos farmacêuticos no Brasil”, completa.

RD Saúde tem recurso rejeitado em caso de adicional de insalubridade

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Adicional de insalubridade
Foto: Freepik

A RD Saúde teve seu exame de recurso rejeitado em caso de adicional de insalubridade nas farmácias da rede para profissionais que atuavam aplicando testes de Covid-19.

O pedido foi analisado pela 5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que entendeu que os profissionais estavam expostos a agentes biológicos e, por isso, têm direito ao acréscimo no salário.

Questão sobre adicional de insalubridade nas farmácias começou em 2021 

A RD Saúde foi acionada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em julho de 2021, durante o auge da pandemia. Segundo apurações do órgão, em Belém (PA), algumas unidades da rede de farmácias chegavam a aplicar 40 testes de Covid-19 por dia.

Segundo as provas dos autos, em 2020, a quantidade de testes por farmacêutico ficou entre 17 e 112 e, em 2021, esse número cresceu para entre 22 e 130 na unidade avaliada.

O ministério também apontou que farmacêuticas grávidas seguiram ministrando o exame durante a gestação. Na visão do MPT, a coleta do material biológico utilizado para o diagnóstico se enquadra nas normas do MTE para o adicional por insalubridade.

Em sua defesa, a varejista afirmou que oferecia todos os equipamentos de proteção exigidos para mitigar o risco de contaminação. Inicialmente, o laudo pericial concordou com a alegação e o juízo de primeiro grau julgou a ação improcedente.

Só que o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA-AP) decidiu reformar a sentença. Na visão do TRT, como a aplicação de injetáveis também faz parte do rol de atividades desses profissionais e exige um contato direto, há risco de contaminação, o que configura direito ao adicional em grau médio.

Apesar da companhia manter sua defesa, o ministro Breno Medeiros apontou que a insalubridade se aplica a “trabalhos e operações em contato permanente com paciente ou com material infecto contagiante”. Para ele, apesar de o texto não citar nominalmente as farmácias, o TST já equiparou esses casos aos de injetáveis, configurando o direito a insalubridade. Por fim, de forma unânime, o TRT também afirmou que a utilização de EPIs não garante a neutralização dos agentes insalubres.

Drogaria São Paulo também foi condenada 

A Drogaria São Paulo também teve que indenizar uma funcionária que aplicava testes de Covid-19 no início deste ano. A rede de farmácias recebeu o veredicto da 6ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região.

Cremer amplia portfólio da marca Piquitucho

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Piquitucho
Foto: Divulgação

A Cremer, pertencente ao ecossistema da Viveo, anunciou o lançamento de dois novos produtos para sua marca Piquituchos. A nova linha de algodões e curativos é apenas um retrato do compromisso da empresa em oferecer produtos de alta qualidade a preços competitivos.

Os novos algodões são hipoalergênicos e proporcionam segurança e conforto para todos os tipos de pele. Por conta da tecnologia exclusiva Waterjet, após um jato de água sobre o algodão, as fibras se unem trazendo mais resiliência e absorção tornando-o extremamente macio.

Já os curativos, desenvolvidos com tecnologia altamente respirável, foram feitos para garantir mais conforto e proteção para pequenos cortes e ferimentos, oferecendo tranquilidade, segurança e proteção para os usuários. O produto é totalmente isento de látex, trazendo uma redução significativa de riscos de alergia e irritações na pele.

Ambos os produtos são altamente recomendados para as peles mais sensíveis. “A marca Piquitucho está em constante evolução, sempre em busca de inovação. Nossa linha se destaca pela suavidade e durabilidade excepcional”, comenta Renan Hervelha, diretor da BU de varejo da Viveo.

Distribuição: A Falcon é a responsável pela distribuição, mas a Ontex também atua com outras distribuidoras.
Direitos de investimento: Bruno Fausto – bruno.fausto@ontex.com.br

Novo CD da Mundial Logistics mira expansão em healthcare

NOVO CD DA MUNDIAL LOGISTICSMundial Logistics,  logística farmacêutica, operador logístico
O CEO Eduardo Leonel e o fundador Fernando Passos | Fotos: Ana Claudia Nagao/ Panorama Farmacêutico

O novo CD da Mundial Logistics Group conta com uma área de 40 mil m² e representa a aposta da empresa para ganhar corpo na divisão de healthcare. Apesar de as operações terem sido iniciadas em julho, a companhia inaugurou oficialmente o complexo no último dia 3, em evento para cerca de 80 convidados, incluindo parceiros comerciais.

A Mundial é a única em seu segmento a contar com um empreendimento próprio para distribuição e armazenagem, após injetar R$ 30 milhões no CD. As instalações ocupam um complexo logístico de 147 mil m², localizado a 5 km do Aeroporto de Guarulhos e a 3 km das rodovias Presidente Dutra e Ayrton Senna, em sociedade com a construtora Cyrela.

O CD reúne espaços projetados para atender às demandas de setores como os de saúde e a indústria farmacêutica, oferecendo 50 mil posições-pallets e ampliando em 60% a capacidade atual das operações. Conta ainda com inovações em quesitos como torre de controle, inteligência artificial (IA) e automação.

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CD reúne 50 mil posições-pallets e recebeu investimentos de R$ 30 milhões

Atualmente, o mercado farmacêutico representa 36% da sua receita anual. “A inauguração simultânea da nova sede e do novo CD é apenas o começo de uma jornada promissora para modernizarmos a logística brasileira e fazer nossos clientes venderem mais”, afirma o CEO Eduardo Leonel. O executivo assumiu o comando da empresa em junho, substituindo o fundador Fernando Passos, que passa a presidir o Conselho Administrativo.

Benefícios do novo CD da Mundial Logistics para a indústria farmacêutica

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Mercado farmacêutico já responde por 36% da receita anual do grupo

O novo CD da Mundial Logistics disponibiliza produtos acabados, amostras grátis e materiais promocionais para indústrias farmacêuticas em 30 mil metros quadrados de armazém. “Fornecemos um serviço completo, que vai desde a armazenagem de medicamentos, dispositivos médicos, cosméticos e vacinas até a entrega final desses produtos, garantindo eficiência e segurança em todas as etapas”, ressalta Leonel.

Outro braço da companhia é o Conecta Farma, que proporciona uma distribuição eficiente, alcançando diversos pontos de contato, desde médicos até os PDVs. “Por meio de parcerias estratégicas com marcas líderes do setor, como Aché, Alcon e Bayer, a divisão Mundial Healthcare fortalece sua posição como um parceiro confiável e inovador para todas as necessidades logísticas do setor de saúde”, finaliza o CEO.

Impulsionando marcas a venderem mais

A empresa também se especializou na gestão de materiais promocionais e na criação de soluções personalizadas de comunicação dos produtos, atendendo às necessidades das equipes de vendas e trade marketing da indústria.

Preço é fator decisivo para o público sênior nas farmácias

CONSUMIDOR 50+ NAS FARMÁCIIASConsumidor 50+, varejo, farmácias, orientação empresarial
Foto: Canva

Os produtos e serviços voltados para o público sênior nas farmácias estão mudando a dinâmica do varejo e mereceram estudos exclusivos que mapeiam os hábitos desse público. A expectativa é de que o número de idosos no Brasil dobre nos próximos 30 anos, o que amplia a importância de entender o perfil desse cliente.

O levantamento do Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (Ifepec), em parceria com o Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia (NEIT) da Unicamp, revelou novos insights sobre as rotinas de compra do público sênior. Para isso, foram entrevistados 2.200 consumidores e 300 cuidadores de idosos de todas as regiões do Brasil.

De acordo com a pesquisa, o critério mais importante para 91% dos entrevistados ao escolher uma farmácia é o preço dos produtos. Isso demonstra a sensibilidade em relação aos custos, especialmente considerando que muitos têm a aposentadoria como a principal fonte de renda. O estudo indica que 36,9% dos consumidores acima de 50 anos dependem da aposentadoria, enquanto 21,1% ainda estão envolvidos em atividades informais remuneradas e 19,3% são empregados do setor privado.

Essa preocupação com o preço é compreensível, dado que 67,7% dos entrevistados afirmam pagar por seus próprios medicamentos, enquanto 28,1% dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) ou do Programa Farmácia Popular para ter acesso aos remédios.

As despesas com medicamentos tornam-se ainda mais relevantes, já que 73,3% dessa população lida com pelo menos uma doença crônica, como hipertensão (54,1%), diabetes (24,2%) ou colesterol alto (19,3%).

Fidelidade prevalece entre o público sênior nas farmácias

Apesar de 85,8% do público sênior nas farmácias afirmar que pesquisa preços em outros pontos de venda, a fidelidade aos estabelecimentos preferidos manteve-se forte. A pesquisa indicou que 61,4% dos consumidores compram medicamentos quase sempre na mesma farmácia, enquanto 30% compram sempre no mesmo local.

Além do preço, outros critérios também influenciam a escolha da farmácia. Cerca de 60,1% dos entrevistados consideram a localização um fator importante, seguido por disponibilidade de estoque (54,4%), estacionamento (52,9%), participação no programa Farmácia Popular (43,6%) e a qualidade do atendimento (39,2%).

A ascensão do digital

Em relação aos hábitos de consumo, o estudo mostra que, embora a maioria dos consumidores (86,6%) ainda prefira realizar suas compras presencialmente, vem ocorrendo uma ligeira migração para o ambiente digital. Cerca de 17,5% dos entrevistados mencionaram utilizar o WhatsApp para realizar pedidos e 8,7% recorreram a aplicativos de farmácias.

“Os dados deixam claro que o público 50+ representa uma fatia significativa e estratégica do mercado farmacêutico no Brasil. Com uma população em envelhecimento e uma demanda crescente por medicamentos e serviços de saúde, as farmácias precisam estar cada vez mais preparadas para atender às necessidades desse grupo”, avalia Edison Tamascia, presidente da Febrafar.

Qual o horário de compra do consumidor 50+

Um levantamento da Bnex, que mapeou os horários de compra por idade, revelou uma prevalência nas vendas entre 10 e 11h da manhã e um pico às 18h entre os consumidores de 50 a 59 anos. Já nas faixas de 60 anos ou mais, o pico de compra ocorre às 10h. A participação das vendas nesse horário aumenta conforme cresce a faixa etária dos clientes.

“Isso demonstra a importância de se aplicar uma inteligência de mercado para instalar um novo PDV. Ele deve estar localizado no sentido de volta do trabalho, no caso da população mais jovem; e próximo das residências dos mais idosos”, explica Eduardo Donoso, especialista em marketing da Bnex.

Além disso, demonstra a importância da comunicação no momento certo para o cliente certo. “Como a população mais idosa tende a utilizar produtos diferentes do cliente mais jovem, percebe-se que o momento ideal para ofertar produtos como medicamentos de uso contínuo e fraldas geriátricas, por exemplo, seria o período da manhã”, finaliza o executivo.

Caso de propina na indústria farmacêutica: procurador pede arquivamento

propina na indústria farmacêutica
Foto: Pedro França/Agência Senado

O inquérito que investiga um suposto caso de propina na indústria farmacêutica, e envolve os senadores emedebistas Eduardo Braga e Renan Calheiros, além do ex-senador Romero Jucá deve ser arquivado, de acordo com a recomendação do procurador-geral da República, Paulo Gonet. As informações são do Estadão.

A conclusão de Gonet diverge da Polícia Federal que, como noticiado pelo Panorama Farmacêutico no final de setembro, decidiu indiciar os políticos por favorecer interesses da então Hypermarcas (hoje, Hypera Pharma) no Congresso Nacional.

O procurador entende que, apesar de apresentarem transações atípicas dos senadores, os relatórios de inteligência financeira elaborados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) não estabelecem uma conexão entre as movimentações e o contexto de suposto recebimento das propinas.

Ainda de acordo com Gonet as informações coletadas durante o inquérito se restringem a registros de ligações e comunicações eletrônicas, sem menção aos ilícitos objetos da apuração. “Não há evidências que demonstrem que os parlamentares foram destinatários finais das vantagens ilícitas”, afirma.

“A hipótese criminal, no que concerne à autoria delitiva dos parlamentares, é informada somente pelas declarações dos colaboradores, sem corroboração nos demais elementos informativos coligidos ao apuratório, mesmo após a execução de exaustivas medidas cautelares destinadas a angariar novas evidências”, complementa o procurador.

Investigação de propina na indústria farmacêutica é baseada em delação

Iniciada seis anos atrás, durante o auge da Operação Lava Jato, a investigação foi aberta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e atribuiu aos políticos os crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Impulsionado principalmente pela delação de Nelson Mello, ex-diretor de relações institucionais do Grupo Hypermarcas, o inquérito, na visão do procurador, falhou em apresentar provas concretas.

EMS recruta gerente

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EMS, Ana Paula Meilan
Foto: Acervo Pessoal

Ana Paula Meilan é a nova gerente de produto pleno da EMS, farmacêutica pertencente ao Grupo NC. A executiva conta com mais de 10 anos de experiência no canal farma e assume o cargo após uma passagem de quase quatro anos pela Germed, onde exercia a mesma função.

Formada em marketing pela USP, seu currículo conta com um MBA em gestão com ênfase em indústria farmacêutica, na Fundação Instituto de Administração (FIA), e quase sete anos de atuação no Aché, onde foi analista de marketing de produtos e inteligência de mercado.

Contato: ana.meilan@ems.com.br

Pedidos de extensão de patente cresceram 23% em um ano

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Extensão de patente
Foto: Freepik

De setembro de 2023 até setembro deste ano, o número de pedidos de extensão de patente na Justiça brasileira cresceu 23%, segundo um levantamento do Grupo FarmaBrasil. As informações são da Veja.

De acordo com a entidade, tramitam atualmente 63 processos movidos por farmacêuticas estrangeiras que desejam manter a exclusividade de seus medicamentos por mais de 20 anos.

“Essa tentativa gera efeitos negativos para a sociedade e impacta diretamente o orçamento do SUS”, aponta o presidente executivo, Reginaldo Arcuri. “É um movimento que traz insegurança jurídica para as empresas brasileiras e retarda a produção de medicamentos mais baratos e eficazes”, completa.

Extensão de patente gera prejuízo bilionário 

De acordo com o Grupo FarmaBrasil, 90% das doenças prevalentes no país podem ser tratadas com medicamentos genéricos. Esses remédios que, por lei, devem ser pelo menos 35% mais baratos, chegam a ter um preço até 60% inferior.

Segundo um estudo da UFRJ, as ações para extensão de patente trazem um prejuízo estimado em mais de R$ 1 bilhão ao Sistema Único de Saúde (SUS). Isso porque, na inexistência de genéricos mais acessíveis, o poder público se vê obrigado a adquirir terapias mais custosas.