Dimebras quer ser hub regional de distribuição de medicamentos

Dimebras quer crescer 20% e ser hub regional de distribuição de medicamentos

 

Com 45 anos de atuação no mercado de distribuição de medicamentos o Grupo Dimebras acaba de inaugurar seu sexto CD – o primeiro em Santa Catarina, situado na Região Metropolitana de Florianópolis. O novo investimento é parte da meta da atacadista de crescer 20% em receita no ano e se consolidar como um hub de distribuição de medicamentos na Região Sul.

“O complexo vai dar sustentação às mais recentes parcerias que firmamos com importantes indústrias farmacêuticas neste primeiro trimestre, como EMS, Geolab, Natulab e Neo Química. Também queremos reforçar nossa presença no segmento de cuidados pessoais, por meio de um acordo com a CCM Fraldas”, afirma o diretor executivo Rodrigo Bevilacqua. Filiada à Abradilan, a distribuidora atende majoritariamente farmácias independentes e associativistas.

Entrega em 24 horas e novas tecnologias

Com capacidade para movimentar 200 mil unidades por dia, um dos destaques do novo CD é a distribuição de mercadorias em até 24 horas, em qualquer ponto do estado de Santa Catarina. “Agora temos mais eficiência nos serviços e agilidade nas entregas a serviço das mais de 100 indústrias que compõem nosso portfólio”, acrescenta.

Além do centro de distribuição da matriz em Cascavel (PR), a atacadista opera no Centro-Oeste, com dois complexos em Cuiabá (MT) e dois em Campo Grande (MS). No Centro-Oeste, os galpões atendem tanto a Dimebras como a Alfamed – empresa do grupo que gerencia a logística da Prati-Donaduzzi e da EMS –, e a BR2 Saúde Atacadista, que atua no segmento de não-medicamentos, produtos para saúde e suplementos alimentares no Mato Grosso do Sul.

“As novas tecnologias também dinamizam o processo de entregas, a exemplo do aplicativo próprio disponível no Play Store, com ofertas personalizadas”, complementa.

Capacitação para gestores de farmácia

Outra frente da Dimebras é a capacitação dos gestores de farmácia. Em maio, a Dimebras realiza a primeira rodada do Sprint Farma, evento de capacitação com conteúdo de gestão para proprietários ou gerentes de farmácias, em parceria com o Instituto Bulla. O treinamento percorrerá as cidades de Cascavel, Curitiba, Londrina e Maringá, no Paraná; e Chapecó, Criciúma, Florianópolis e Joinville, em Santa Catarina. Em cada localidade, a distribuidora atenderá em média 60 farmácias.

“Trata-se de um curso presencial de oito horas, com módulos voltados à precificação, indicador de performance, atração de clientes e análise financeira, que ajudam a divulgar nossa marca e consolidar a parceria com os clientes. Contribui ainda para prover ao gestor ferramentas que assegurem mais rentabilidade e estofo para competir com as grandes redes”, finaliza Bevilacqua.

DIMEBRAS

Estados de atuação: MS, MT, PR e SC
Farmácias atendidas: 8 mil
Colaboradores: 350
Centros de distribuição: 2 no Mato Grosso, 2 no Mato Grosso do Sul, 1 em Santa Catarina e 1 no Paraná
Número de SKUs: Cerca de 5 mil

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Supermercados lideram projeto de marketplace do varejo

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marketplace do varejo

O setor de supermercados dá exemplo para outros segmentos e iniciou o processo de formação de um marketplace do varejo. A iniciativa tem a liderança da Abras, já foi aprovada em assembleia e prevê até a criação de um banco digital e um fundo imobiliário.

O projeto tem potencial para beneficiar os 90 mil PDVs associados à entidade, que concentram mais de R$ 550 bilhões em vendas e detêm 7,5% do PIB nacional. A Abras já vem apresentando a ideia em roadshows para investidores e projeta movimentar R$ 8 bilhões em um primeiro momento. German Quiroga, executivo com passagem pelas Americanas, entrará como sócio minoritário da plataforma.

Como funcionará o marketplace do varejo supermercadista?

Os supermercadistas atuarão como vendedores no marketplace e terão acesso aos serviços de distribuição, um braço financeiro e outro imobiliário. Entre as cadeias associadas, 100 redes manifestaram interesse de ingressar na plataforma.

Outra possibilidade é a concepção de uma plataforma educacional e um hub de inovação. As companhias manteriam seus negócios independentes, mas compartilhariam estruturas e serviços em comum no marketplace.

“A união é uma resposta ao ritmo forte de mudanças que passamos após a pandemia. A ideia é criar uma estrutura integrada que permeie várias atividades, como logística e produtos financeiros, reduzindo custos”, enfatizou Rodrigo Segurado, vice-presidente de ativos setorias da Abras, em entrevista ao Valor Econômico.

Por ritmo forte de mudanças, entenda-se avanço da concorrência, motivada por players como Amazon, que até pouco tempo atrás não se enquadravam na lista de competidores.

Marketplace no varejo farmacêutico

Nas farmácias e drogarias, a possibilidade de um marketplace do varejo setorial parece distante da realidade, mas o setor vem se destacando nas vendas por esse modelo de negócio. O varejo farmacêutico está à frente de setores tradicionais na cesta de compras do consumidor de marketplaces, entre as quais os de brinquedos e pet shops, segundo pesquisa da consultoria Driven CX, com apoio das empresas de tecnologia Conecta LáMind Miners e Stibo Systems.

O levantamento reuniu mais de 3,5 mil consumidores e indicou que o varejo farmacêutico já ocupa a sexta posição nas intenções de compras nessas plataformas.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

 

 

Justiça impõe remédio de alto custo contra dermatite no SUS

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Remédio de alto custo

A Justiça acaba de obrigar o SUS a fornecer um remédio de alto custo contra a dermatite atópica grave. O preço do medicamento gira em torno de R$ 12 mil.

A decisão é do juiz Eduardo Ruivo Nicolau, da Vara da Fazenda Pública do Foro de Praia Grande, que concedeu tutela provisória de urgência e determinou que as Fazendas Públicas de seu município e do estado de São Paulo passem a disponibilizar o Dupilumabe, remédio de alto custo de fabricação da Sanofi e com nome comercial de Dupixent.

O remédio de alto custo é vendido por até R$ 12.099,14. A caixa vem com duas seringas de uso único, contendo 300 mg de Dupilumabe cada. Recebeu aprovação da Anvisa em 2020, não apenas para o tratamento de dermatite atópica, como também no combate a casos de asma e rinossinusite crônica com pólipo nasal. No entanto, ainda não faz parte do rol de medicamentos do SUS.

Remédio de alto custo garantido em até 30 dias

A ação que levou à decisão judicial partiu de uma assistente de logística de 25 anos, que alegou não ter condições financeiras para adquirir o medicamento. O juiz determinou o fornecimento do remédio de alto custo em até 30 dias, com dosagens de 300 mg, até o julgamento definitivo ou uma determinação contrária da Justiça. “O tratamento pode ser prorrogado e a quantidade variável a cada receita apresentada trimestralmente, conforme o estado da paciente”, citou o magistrado.

De acordo com a dermatologista que atende a assistente de logística, a paciente apresenta processo inflamatório crônico da pele há mais de 18 anos, o que inclui coceiras intensas, infecções cutâneas e lesões pelo corpo. Ela já recorreu a tratamentos com corticóides, mas que não surtiram efeito. A dermatologista prescreveu, inicialmente, duas seringas de Dupixent, de uma só vez, e uma seringa a cada 15 dias de modo contínuo.

O atual estágio clínico da paciente também vem estimulando um quadro de ansiedade e depressão, já que ela evita ao máximo sair de casa por medo de uma nova crise e por sentir vergonha de sua aparência física.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

OMS monitora casos de hepatite aguda grave de origem desconhecida

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A Organização Mundial da Saúde anunciou, nesta sexta-feira (15/4), que monitora casos de hepatite aguda grave de origem desconhecida em crianças na Europa.

De acordo com a entidade, até o dia 8 de abril, foram notificados 74 casos no Reino Unido, sendo dez deles na Escócia.

Há relatos também de três casos confirmados na Espanha e ao menos seis, em investigação, na Irlanda.

De acordo com a OMS, é “muito provável” que mais casos da doença sejam diagnosticados nos próximos dias.

Exames laboratoriais descartaram a possibilidade de a doença ser provocada pelos vírus já conhecidos de hepatite: A, B, C, E e D (quando aplicável).

Sintomas da hepatite aguda grave

Os sintomas da doença incluem elevada taxa de enzimas hepáticas, vômito, diarreia e dores abdominais.

No Reino Unido, a doença foi detectada em crianças de 1 a 10 anos. Seis pacientes passaram por transplante de fígado. Até o momento, não há relato de mortes em decorrência da doença.

A OMS informa ainda que há relatos de “vários casos” da nova doença em crianças infectadas pelo novo coronavírus e/ou adenovírus, embora o papel desses vírus na patogênese (mecanismo pelo qual a doença se desenvolve) ainda não esteja claro.

“A OMS está monitorando de perto a situação com outros estados membros e o Reino Unido e parceiros para casos com perfis semelhantes”, diz nota da OMS que pede aos membros da organização para estarem atentos e reportarem casos semelhantes.

Fonte: Jornal Correio Braziliense – DF

Remédio é o quarto item mais parcelado pelos consumidores brasileiros

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Remédio é o quarto item mais parcelado pelos consumidores brasileiros. Com aumento de 10,89% autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, vinculada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o índice supera a inflação de 2021, o IPCA, que fechou em 10,06%.

A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor divulgou a pesquisa Aspectos do Endividamento para avaliar a realidade econômica após dois anos de pandemia, inflação, desemprego e suas consequências às famílias brasileiras.

A especialista da Proteste Mariana Rinaldi ressalta a rotina de parcelamento para tentar manter as necessidades nas residências. “As pessoas vêm fazendo o uso cada vez mais frequente do cartão de crédito para parcelar a compra de itens essenciais, que precisam ser comprados em períodos de tempo muito curtos, como é o caso dos medicamentos e alimentos.

No caso dos remédios, 39% dos nossos entrevistados afirmaram que parcelam as compras de farmácia”, destaca. A inflação global acelerou após o início da pandemia da Covid-19. No Brasil, o IPCA de março deste ano fechou em 1,62%, o maior índice dos últimos 28 anos, alavancado pelos aumentos nos combustíveis e alimentos.

Nos últimos 12 meses, a inflação acumula 11,30%, o percentual mais elevado desde outubro de 2003. A inflação corrói o poder de compra pelo não reajuste compatível nos salários e leva ao crescimento do endividamento das famílias brasileiras.

Os segmentos mais parcelados pelos consumidores são: alimentação e supermercado, 65%; eletrodomésticos, 54%; eletrônicos, 49%; medicamentos e farmácia, 39%; e vestimenta, 36%. Entretanto os remédios são indispensáveis na rotina de milhões brasileiros. Por isso, Rinaldi orienta como mantê-los sem comprometer ainda mais a renda: “Sempre fazer uma boa pesquisa de preços, comparando diferentes estabelecimentos, antes de decidir a compra.

Outra recomendação é dar preferência ao uso de medicamentos genéricos, desde que o médico concorde e prescreva. Vale a pena também se cadastrar em programas de farmácias populares, que oferecem medicamentos a preços bem mais baixos, além de distribuir medicamentos gratuitamente.

Outra recomendação é se cadastrar em programas de fidelidade, que são oferecidos tanto pelas redes e drogarias, como pelos fabricantes, pelas farmacêuticas que produzem os medicamentos.

Para isso, basta conversar com o balconista e solicitar cadastro na própria farmácia. E, por último, finalmente, vale sempre a pena consultar a rede de saúde, o SUS, que distribui também diversos medicamentos de forma gratuita e acessível a todos os brasileiros”.

Fonte: Portal Jovem Pan – SP

Criação de imposto nos moldes da CPMF volta ao debate público

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A criação de um imposto nos moldes da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), voltou ao debate público.

O Instituto Unidos Brasil (IUB), grupo formado por 300 empresas incluindo Riachuelo, Carrefour e Grupo Iguatemi, entregou a parlamentares, na semana que passou, três Propostas de Emenda à Constituição (PECs) voltadas à área econômica, sendo uma delas a criação de um “microimposto” sobre as transações para financiar a desoneração da folha de pagamentos.

Desta vez, a discussão ocorre no contexto de uma reforma tributária que tramita no Congresso e sofre resistência de setores econômicos, como o de serviços. Não há, contudo, consenso entre especialistas se esse tipo de tributação seria benéfica à economia. Da mesma forma, não há expectativa de que mudanças tributárias ocorram em ano eleitoral.

“(A proposta) Elimina um dos tributos mais nocivos do Brasil, que é a tributação sobre salário em um país com 40 milhões de desempregados, subempregados e na economia informal”, diz o ex-secretário especial da Receita Federal e professor da FGV, Marcos Cintra.

“(A nova CPMF) Daria mais solidez ao financiamento da Previdência, e a desoneração da folha reequilibraria os efeitos de deslocamento da carga tributária. Nisso, todo mundo concorda, o grande problema é como desonerar”, completa.

A expectativa é de que a alíquota do microimposto gire em torno de 0,5%, mas ela seria definida por lei complementar, após a aprovação da proposta. Apesar de pequena, por incidir sobre grande parte das transações financeiras, seu potencial de arrecadação é grande o suficiente para cobrir o rombo causado pela desoneração da folha.

Segundo Cintra, o microimposto possui diferenças fundamentais em relação à CPMF. A primeira é que ele não vai ser instituído para aumentar a carga tributária, mas para substituir uma fonte de arrecadação existente.

“A CPMF também incidia sobre uma base fundamentalmente de cheques e movimentação de contas bancárias. No mundo digital, com Pix (sistema de pagamento instantâneo), com moedas digitais, essa base é muito mais ampla, e o potencial de arrecadação (do microimposto) é mais elevado”, afirma.

Sonegação

Outra vantagem do tributo é poder chegar a setores da economia que não geram receita à União atualmente. O economista estima que 30% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro está nessa situação, formado pela economia informal, sonegação, crime organizado e elisão fiscal.

“O crime, por exemplo, com contrabando de armas, drogas, roubos de carga e o trabalho das milícias que controlam comunidades inteiras, não é alcançado por imposto nenhum. A única forma de alcançar esse segmento é com um imposto sobre pagamentos”, aponta o especialista.

A CPMF esteve em vigor entre 1997 e 2007. Após o fim da tributação, o governo Dilma Rousseff (PT) sugeriu a volta de um imposto nesses moldes em 2011 e, novamente, em 2015, após grave crise econômica.

Em 2020, o governo Jair Bolsonaro (PL) também admitiu estudar a criação de um imposto sobre transações financeiras. Sempre que o assunto vem à tona, porém, há grande resistência por parte do setor econômico.

De acordo com o especialista em contas públicas Murilo Viana, “agora, tem um contexto político para eles estarem resgatando essa questão”. Ele lembra estar “havendo muita discussão sobre reforma tributária, as PECs 45 e 110”.

O setor de serviços acusa que, com os projetos, haveria grande majoração de carga sobre o setor, e diminuição no setor industrial. “Eles avaliam que seria melhor arcar com esse novo imposto e ter a desoneração do que manter a folha com custo elevado e ainda cair no guarda-chuva da PEC 110.”

Alívio

Por ser muito intensivo em mão de obra, o setor de serviços é fortemente impactado pelos tributos sobre a folha de pagamento. Dessa forma, a desoneração seria um alívio, e há maior aceitação a um imposto sobre as transações.

Por outro lado, por ser cumulativo, esse tipo de tributação teria grande impacto sobre as indústrias, principalmente as que possuem cadeias produtivas longas.

Para Murilo Viana, porém, esse tipo de imposto traz grandes desvantagens para a economia. “É uma alíquota pequena entre aspas, mas vai incidir tantas vezes que vai gerar um volume muito grande de arrecadação.

Isso desestimula o mercado de crédito, de capitais, que o Brasil já tem dificuldade de desenvolver. Ele é muito cumulativo, e tiraria também a competitividade do produto brasileiro lá fora, já que estaria embarcado no produto a ser vendido”, afirma.

Já o professor e especialista em Direito Tributário André Félix acredita que os benefícios da desoneração da folha fazem valer a pena a criação do microimposto. “Existe muita sonegação e muita gente não é registrada formalmente por conta da tributação.

Desonerando a folha, com certeza, vai impulsionar a economia e mais pessoas vão ser devidamente registradas. Além disso, o custo de uma nova CPMF não seria tão pesado assim.”

Para o especialista, contudo, nem essa nem as outras PECs que sugerem reformas tributárias vão para frente neste ano. “Está tendo discussão porque isso dá visibilidade, mas essas mudanças não vão ser aprovadas neste ano.

Reforma tributária se discute e se aprova no primeiro ano do governo, quando você acabou de ser eleito e conta com o apoio da população. Passou do primeiro ano, já fica difícil”, avalia.

Fonte: Jornal Correio Braziliense – DF

Ministério da Saúde pede que Anvisa estenda por um ano uso emergencial de vacinas contra Covid-19

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O Ministério da Saúde pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que estenda por um ano a autorização de uso emergencial de vacinas e medicamentos contra Covid-19. A pasta pede que o prazo seja contado a partir do momento em que for revogado o Estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), que está sob avaliação no governo. O ministério deixa claro que o prazo poderá ser ainda maior caso a pasta julgue necessário.

Em um ofício enviado na quinta-feira à Anvisa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pede ainda que além de manter a validade das autorizações por um ano, permita a entrada e avaliação de novos pedidos no mesmo período. A pasta também pede que neste prazo sejam mantidas as regulamentações que facilitam importação de insumos necessários ao enfrentamento da Covid-19. O caso foi revelado pelo “Valor” e confirmado pelo GLOBO.

Na quinta-feira, o colunista Lauro Jardim revelou que o ministro da Saúde fará um pronunciamento no domingo para anunciar o início do fim da emergência em saúde. Com o anúncio, a pasta flexibilizará novas medidas que estavam atreladas à vigência da Espin. O pedido da pasta à Anvisa é uma maneira de adequar as regras relacionadas ao estado de emergência a um novo momento no qual ele deixe de existir.

“Ademais, com base nas lições aprendidas durante a pandemia, o atual cenário epidemiológico aponta favoravelmente para ações de flexibilização nas regras impostas, bem como um possível fim da situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional – ESPIN, declarada por meio da Portaria GM/MS nº 188, de 03 de fevereiro de 2020″, argumenta a pasta no ofício ao qual O GLOBO teve acesso.

A pasta afirma ainda que a flexibilização deve ocorrer de forma cautelosa acompanhada de análise dos impactos e riscos gerados pela medida.

” Logo, ainda que a Portaria GM/MS nº 188/2020 seja revogada, há necessidade de manutenção e algumas estratégias regulatórias, baseada no princípio da precaução e na necessidade das medidas de transição que permitam o atendimento ao interesse da saúde pública”, explica o documento.

Atualmente, a autorização emergencial de vacinas e medicamentos está diretamente relaciona à vigência do estado de emergência em saúde pública. O Ministério da Saúde tem mantido conversas com a Anvisa para adequar a regulamentação vigente a uma possível derrubada da Espin.

Além desta questão, a pasta pede à Anvisa que também estenda por um ano a autorização para que farmácias realizem testes rápidos para detecção da Covid-19 e que Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) continuem com permissão para realizar análises para diagnóstico da doença.

Por fim, o ministério pede que a Anvisa aponte outras regras que estejam relacionadas à emergência em saúde pública para que haja adequação necessária.

Fonte: Jornal O Globo – RJ

Cientistas acreditam ter descoberto causa da esclerose múltipla

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Quase três milhões de pessoas em todo o mundo têm esclerose múltipla (EM). Alguns cientistas acreditam ter descoberto a causa desta doença incurável. Eles acreditam que se trata de um vírus que quase todos nós podemos pegar.

Mas o que isso significa para o tratamento e prevenção da EM?

Nossos cérebros são como uma “orquestra” de atividade elétrica. Bilhões de “indivíduos”, os neurônios, produzem sinais elétricos precisos. Quando eles se juntam, a sinfonia resultante é quem somos, nossos pensamentos, nossas emoções, nosso controle sobre o corpo e como experimentamos o mundo ao nosso redor.

Mas na esclerose múltipla, há um sabotador em ação. Nosso próprio sistema imunológico se volta contra os neurônios e eles não conseguem mais tocar em sintonia. O resultado pode ser devastador.

O que leva o sistema imunológico a agir assim tem sido um mistério longo e muito debatido, mas estudos publicados este ano apontaram convincentemente para o vírus Epstein-Barr (EBV).

“É uma evidência muito, muito forte de que esse vírus provavelmente é a causa da esclerose múltipla”, disse o professor Gavin Giovannoni, da Universidade Queen Mary de Londres, à BBC.

Trabalho de detetive

O vírus Epstein-Barr é tão comum que quase todos nós podemos esperar pegá-lo ao longo de nossas vidas. A maioria de nós nem vai notar, mas o vírus é famoso pela “doença do beijo”, que também é conhecida como febre glandular ou mononucleose.

O EBV está na lista de suspeitos de esclerose múltipla há décadas, mas é difícil obter provas definitivas porque o vírus é muito comum e a esclerose múltipla é rara.

A prova crucial veio dos militares dos EUA, que coletam amostras de sangue de soldados a cada dois anos. As amostras são mantidas nos freezers do Repositório de Soro do Departamento de Defesa e acabaram se revelando uma mina de ouro para pesquisadores.

Uma equipe da Universidade Harvard analisou amostras de 10 milhões de pessoas para estabelecer a conexão entre o EBV e a esclerose múltipla.

O estudo, publicado na revista Science, encontrou 955 pessoas que foram diagnosticadas com esclerose múltipla e, usando as amostras regulares de sangue, conseguiram traçar o curso da doença.

“Indivíduos que não foram infectados com o vírus Epstein-Barr praticamente nunca desenvolvem esclerose múltipla”, diz Alberto Ascherio, de Harvard.

“É somente após a infecção pelo vírus Epstein-Barr que o risco de esclerose múltipla aumenta em mais de 30 vezes.”

A equipe verificou outras infecções, como o citomegalovírus, mas apenas o EBV teve uma conexão clara com a doença neurodegenerativa.

Alguns soldados pegaram o vírus. Sinais de lesão no cérebro — chamado polipeptídeo de luz de neurofilamento, que é essencialmente o resíduo de células cerebrais danificadas — começaram a aparecer no sangue. Eles foram diagnosticados com EM cerca de cinco anos após a infecção.

Ascherio diz que o estudo é a “primeira” evidência convincente de que o EBV causa a doença. Ele disse que é “bastante comum” que os vírus infectem muitas pessoas, mas só causem complicações graves em algumas. Por exemplo, no mundo antes das vacinas, “praticamente todas as crianças” pegavam poliomielite, mas uma em 400 desenvolvia paralisia.

Mas como ter certeza?

Para provar definitivamente que o vírus tem um papel crítico na doença é necessário realizar um estudo capaz de impedir que as pessoas peguem EBV — e ver se isso previne a esclerose múltipla.

Por ora há pesquisas em andamento que desvendam o que o vírus faz dentro do corpo.

Se nos concentrarmos em um único neurônio — um mero instrumento na orquestra do cérebro — ele é revestido por uma camada gordurosa de isolamento chamada bainha de mielina. É essa camada de gordura que permite que os sinais elétricos atinjam os neurônios a velocidades de 100 metros por segundo. Mas na esclerose múltipla, o sistema imunológico ataca a mielina, interrompe as mensagens elétricas e danifica o neurônio.

Dependendo de qual parte do cérebro ou da medula espinhal é afetada, a esclerose múltipla pode levar a dormência, visão turva, dificuldade para andar, fala arrastada e problemas de memória ou emoções.

O professor Bill Robinson, imunologista da Universidade de Stanford, na Califórnia, era um cético do EBV até alguns anos atrás. “Eu não levava isso a sério, todo mundo tem EBV, então não há como realmente isso ser a causa da EM”.

Agora ele está completamente convencido desta ligação. Ele acha que poderá ser capaz de juntar os pontos entre o vírus e a bainha de mielina.

Seu estudo, publicado na revista Nature, mostrou que a bainha de mielina sofre de identidade equivocada e é atacada por uma parte confusa do sistema imunológico que pensa estar combatendo o EBV.

Sua equipe estava analisando as células B, que são a parte do sistema imunológico que fabrica anticorpos para procurar vírus e outras ameaças. Esses anticorpos aderem ao invasor e sinalizam ao resto do sistema imunológico para atacar.

Em pacientes com EM, eles descobriram que anticorpos projetados para atacar parte do vírus (uma proteína chamada EBNA1) também podem se ligar a uma proteína humana no cérebro (chamada GlialCAM).

Esse caso de identidade equivocada, no nível molecular, é conhecido cientificamente como reação cruzada.

“[O vírus] está induzindo uma reatividade cruzada entre uma proteína viral que também se parece com uma proteína da bainha de mielina, o que resulta em danos que causam os sintomas da EM”, afirma o professor Robinson.

Claramente, isso não acontece com todos que estão infectados com EBV. E outros fatores podem desempenhar algum papel na doença: ser do sexo feminino, ter algum trauma de infância e possuir baixos níveis de vitamina D (por nascer em um lugar com pouca luz solar) aumentam o risco da EM.

Existem formas de prevenção da esclerose múltipla?

Uma imagem mais clara da causa da esclerose múltipla dá uma ideia melhor de como tratá-la ou até preveni-la.

Uma grande visão é repetir o sucesso do combate ao papilomavírus humano (HPV) causador de câncer. Infecções com HPV podem aumentar o risco de câncer, incluindo aqueles no colo do útero, pênis e boca. Mas um programa de vacinação infantil teve um impacto tão profundo sobre os cânceres que a velha rotina de exames regulares talvez não seja mais necessária.

Existem várias empresas já trabalhando em uma vacina contra o EBV, incluindo a Moderna, que está usando a mesma tecnologia usada para desenvolver a vacina contra a covid. No entanto, as vacinas precisarão fazer com que o sistema imunológico não produza os mesmos anticorpos nocivos da esclerose múltipla.

Descobrir se uma vacina pode prevenir a esclerose múltipla levará décadas de trabalho. Outra ambição é criar uma “vacina terapêutica” para pessoas que já têm EM.

Giovannoni disse que a vacina seria semelhante à usada contra o herpes zoster (ou zona), que é administrada a pessoas que já foram infectadas com o vírus da catapora.

“Mesmo que você já tenha o vírus, você está estimulando o sistema imunológico a criar uma resposta imune contra o vírus e controlando o próprio vírus”, diz.

Terapias que visam células B que foram infectadas com EBV — e drogas que atacam o próprio vírus — também estão sendo pesquisadas. Giovannoni diz que alguns estudos sugerem que medicamentos para o HIV reduzem o risco de contrair esclerose múltipla, o que pode ser um caminho a se seguir.

Mas ainda há grandes incertezas. Uma vez que você contrai o EBV, você fica com ele em seu corpo por toda a vida — pois ele se instala nessas células B produtoras de anticorpos.

Então, é a infecção inicial que coloca o sistema imunológico no caminho errado? Ou é a presença contínua do vírus afetando o sistema imunológico que leva à esclerose múltipla?

Os pesquisadores fizeram grandes avanços na compreensão das causas da esclerose múltipla, mas aproveitar esse conhecimento para mudar a vida das pessoas segue sendo um desafio.

Fonte: Jornal Correio Braziliense – DF

São Paulo tem primeiro dia sem mortes por covid-19

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A cidade de São Paulo teve em 2 de abril o primeiro dia sem mortes por covid-19 desde março de 2020. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o registro considera o tempo usual de atraso das notificações por mortes causadas pelo coronavírus, que é de até 15 dias.

Até o momento, também não houve mortes causadas pela doença no dia 4 de abril, que pode ser o segundo dia sem vítimas do vírus. A secretaria ressalva, no entanto, que pode haver modificação nos dados de forma retroativa, caso cheguem novas informações.

Vacinação

O secretário municipal da Saúde de São Paulo, Luiz Carlos Zamarco, atribui a redução nas mortes à vacinação. “São Paulo é a capital mundial da vacina e isso nos ajudou a chegar até aqui. A população paulistana aderiu e ultrapassou 100% de cobertura vacinal completa. O resultado pode ser visto nos índices de casos e, agora, de óbito zero”, disse.

Já foram aplicadas na capital paulista 30,4 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 11,7 milhões de primeira dose, 10,9 milhões de segunda dose e 353 mil de dose única. Também já foram usadas 6,8 milhões de primeira dose adicional e 602,4 mil de segunda dose adicional.

A cobertura vacinal para a população acima de 18 anos está em 110% para a primeira dose e 106% para a segunda dose. Há ainda 73,7% que receberam ao menos uma dose adicional.

Em adolescentes de 12 a 17 anos, 862,3% receberam a segunda dose da vacina, o que representa 102,2% dessa população. Em crianças de 5 a 11 anos, a cobertura vacinal é de 86,8% para a primeira dose e de 52,5% para a segunda dose.

Fonte: Jornal Correio Braziliense – DF

Ascensão na Pague Menos

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Pague Menos Roberta Schemes 2

São oito anos nas Farmácias Pague Menos e uma carreira em permanente ascensão. Baseada no Rio Grande do Sul, Roberta Schemes acaba de assumir a gerência regional de operações na área de e-commerce. Os canais de vendas digitais da rede encontram na Região Sul um mercado cativo, que respondeu por mais de 13% do volume de transações online no ano passado.

Tecnóloga em gestão de recursos humanos pela Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Fadergs), a executiva especializou-se em produtividade e administração de tempo na PUC-RS. Iniciou a trajetória na Pague Menos em maio de 2014, como líder de equipe, chegando ao seu primeiro cargo de gerência cinco anos depois.

Contato: robertaschemes@pmenos.com.br

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico