Crise hídrica e variante Delta ameaçam retomada econômica, apontam especialistas

0

Um estudo inédito feito por pesquisadores brasileiros destaca dois fatores que podem ameaçar a economia brasileira ao longo dos próximos meses: a crise hídrica e a variante Delta do novo coronavírus. O levantamento detalha três possíveis cenários econômicos no país para o segundo semestre deste ano e os primeiros seis meses de 2022. A pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira (03) por especialistas econômicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) com a consultoria IDados.

A primeira projeção mostra um cenário ‘pessimista’, no qual a economia do Brasil sofrerá com problemas energéticos proveniente da escassez hídrica e uma disseminação acentuada da variante Delta da Covid-19. Nesse contexto, os pesquisadores acreditam que o país deve fechar o ano com um crescimento de 3,4%, mas pode retroceder 0,4% no primeiro semestre de 2022, caso os problemas sejam acentuados.

“Alguns fatores de risco podem comprometer a continuidade dessa retomada do mercado de trabalho nos próximos meses. Entre os fatores de risco, estão: o quadro de racionamento energético, que poderá promover níveis de inflação e de juros ainda mais elevados,  gerando um nível de atividade e emprego mais fraco para o final de 2021 e no ano de 2022. E as ameaças de uma terceira onda de Covid-19 em meio ao avanço da variante Delta pelo país, o que gera maior incerteza dos agentes econômicos, dados os riscos de adoção de novas medidas de restrições sanitárias”, destaca um trecho da pesquisa.

Já a projeção moderada aponta para um processo de normalização do mercado de trabalho ainda no final de 2021, com o avanço da vacinação contra o novo coronavírus. Segundo o estudo, a hipótese vislumbra o “retorno das pessoas à População Economicamente Ativa (PEA) a partir do quarto trimestre do ano”, acarretando num crescimento de 5,2% no indicador econômico em 2021. Para o primeiro semestre de 2022, os pesquisadores acreditam em uma alta de 2%.

Por fim, a projeção otimista leva em consideração um crescimento “expressivo” dos setores de serviço e comércio, gerado por um consumo “exacerbado” das famílias brasileiras. Com essa expectativa, os especialistas preveem uma alta de 5,9% na economia ainda este ano, somado com um crescimento de 4,2% nos primeiros seis meses de 2022.

O professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Joelson Sampaio concorda que uma nova onda de Covid-19 pode ameaçar a recuperação econômica, mas entende que a crise hídrica é o principal problema para a economia brasileira.

“A crise energética é a pior ameaça para o Brasil atualmente. Nós avançamos na vacinação contra o novo coronavírus. A nova onda da doença traz uma ameaça, mas o problema mais relevante para o país é crise hídrica. A recuperação econômica pode sofrer impactos negativos com a escassez de energia com uma restrição da atividade econômica”, afirma.

Fonte: CNN

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/crise-hidrica-tera-forte-impacto-na-inflacao-avalia-bc/

Covid-19: programa de vacinação brasileiro recebe elogios da OMS

0

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez elogios ao programa de vacinação contra a Covid-19 brasileiro durante reunião com ministros da Saúde do G20. Após a abertura do evento, realizada neste domingo (5), em Roma, na Itália, o diretor da OMS participou de reunião com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Durante o encontro, o diretor da OMS destacou que o Brasil atravessa uma fase de transição, de país importador de vacinas a exportador dos imunizantes com a utilização de três plataformas tecnológicas, incluindo a tecnologia de vírus inativado, de vetor viral recombinante e de RNA mensageiro (mRNA).

O Brasil conta com duas instituições públicas que atuam na fabricação de vacinas contra a Covid-19 a partir de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) estrangeiro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, e o Instituto Butantan, em São Paulo.

Segundo o Ministério da Saúde, o acordo de transferência de tecnologia assinado pela Fiocruz permitirá a produção das doses com IFA fabricado no Brasil. A Fiocruz já deu início à fabricação do primeiro lote, ainda na etapa de pré-validação, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).

A farmacêutica brasileira Eurofarma e a americana Pfizer firmaram um acordo para que o imunizante RNA mensageiro possa ser produzido no país.

No encontro, o diretor-geral da OMS apresentou ao ministro Queiroga o panorama de discussões acerca de um projeto de instrumento internacional sobre pandemias, que deve contar com o apoio brasileiro.

Fonte: CNN

Brasil tem 257 mortes por Covid em 24 horas

0

O Brasil registrou neste domingo (5) 257 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, com o total de óbitos chegando a 583.570 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias ficou em 606 – a mais baixa desde 7 de dezembro (quando foram registrados 603 óbitos). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de –21% e aponta tendência de queda.

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h deste domingo. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

  • Segunda (30): 671
  • Terça (31): 671
  • Quarta (1º): 643
  • Quinta (2): 628
  • Sexta (3): 622
  • Sábado (4): 609
  • Domingo (5): 606

 

Em 31 de julho o Brasil voltou a registrar média móvel de mortes abaixo de 1 mil, após um período de 191 dias seguidos com valores superiores. De 17 de março até 10 de maio, foram 55 dias seguidos com essa média móvel acima de 2 mil. No pior momento desse período, a média chegou ao recorde de 3.125, no dia 12 de abril.

Cidade de São Paulo vai priorizar vacina da Pfizer como dose de reforço

0

A vacina da Pfizer deverá ser prioridade na aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19 na cidade de São Paulo, a partir de 15 de setembro, quando o Ministério da Saúde enviar as doses, afirmou o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, durante entrevista à CNN Brasil.

“Utilizaremos, a partir de amanhã, as doses que estiverem disponíveis nas nossas unidades, basicamente a PfizerAstraZeneca e Coronavac. A partir do dia 15, quando o ministério disponibilizar as doses da Pfizer, a gente deve priorizar a Pfizer como terceira dose”, disse Aparecido.

A partir de segunda-feira, 6, a capital paulista começa a vacinar idosos acima de 90 anos com a terceira dose. Além disso, será iniciada a vacinação de adolescentes de 12 a 14 anos, sem comorbidades.

Fonte: Liberal 

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/covid-19-pfizer-entrega-mais-1-milhao-de-vacinas-ao-brasil-e-chega-a-10-milhoes-em-6-dias/

Liminar é confirmada e paciente pode plantar cannabis em casa

0

Com base no direito à saúde, a 4ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Tribunal de Justiça do Paraná autorizou uma mulher com fibromialgia a cultivar cannabis em sua casa, para uso medicinal.

A permissão já havia sido concedida no último mês de julho por meio de liminar. Agora, a decisão foi confirmada pelo colegiado. A autora poderá cultivar e extrair o óleo da planta em casa sem sofrer apreensões policiais ou sanções penais.

A fibromialgia é uma síndrome reumatológica que causa dor e fraqueza muscular generalizada. Após tentativas frustradas de tratamento com diversos medicamentos, houve recomendação médica para o uso da cannabis.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação da planta, mas a paciente afirmou que não teria condições de arcar com o alto custo. Representada pelo advogado Murilo Meneguello Nicolau, ela pediu salvo-conduto para o cultivo.

Fundamentação

O juiz relator Ademar Sternaldt ressaltou que as ‘propriedades terapêuticas do canabidiol vêm sendo exaustivamente comprovadas nos últimos anos’.

Ele também lembrou que a Anvisa já aprovou o uso de cannabis em certos medicamentos e reduziu a burocracia para a importação excepcional, mas ainda não regulamentou o cultivo domiciliar. ‘Referida lacuna na regulamentação acaba se tornando um obstáculo’, indicou.

De acordo com o magistrado, ‘não se pode obstar o tratamento que se mostrou mais eficiente para amenizar sofrimento físico e psicológico da paciente, ante a supremacia do interesse à vida’.

Sternaldt ainda destacou que a melhora do quadro da paciente a partir do tratamento com canabidiol reduz as chances de ela precisar de atendimento no SUS, o que sobrecarregaria ainda mais a saúde pública.

Por fim, ele citou decisões semelhantes do próprio TJ-PR, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região e do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. O processo tramita sob segredo de Justiça.

Fonte: Sertão 24 horas

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/cannabis-medicinal-devolveu-minha-vontade-de-viver-apos-fibromialgia/

Dia do Oficial da Farmácia: saiba quais medicamentos com cannabis estão nas prateleiras

Hoje, 05 de setembro é celebrado o Dia do Oficial da Farmácia. Foi escolhida esta data por ser o mesmo dia em que aconteceu a primeira convenção dos oficiais de farmácia, em setembro de 1953, na Biblioteca Municipal de São Paulo. Este profissional é diferente do farmacêutico – pessoa formada em Farmácia -, mas possui tanta importância quanto, pois ocupa a função de responsável técnico em drogarias, local onde se comercializa medicamentos e produtos farmacêuticos, diferente das farmácias, que podem fazer a realização de fórmulas.

Para comemorar esta data, separamos alguns medicamentos que possuem cannabis em sua fórmula e já são comercializados nas drogarias brasileiras. Saiba quais são eles:

1 – Mevatyl

O Mevatyl foi o primeiro medicamento à base de cannabis aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para venda no Brasil. A aprovação aconteceu em janeiro de 2017. O medicamento é um spray indicado para quem sofre de espasticidade – uma rigidez em determinadas partes do corpo – causada pela Esclerose Múltipla . Em sua composição, há dois componentes da cannabis, tanto o THC quanto o CBD. A embalagem tem três frascos de 10 ml e pode custar até R$ 3.000.

2 – Canabidiol 200mg/ml da Prati-Donaduzzi

Este também foi um medicamento pioneiro no Brasil, pois foi o primeiro produto nacional a receber autorização e, até o momento, ainda é o único brasileiro à venda nas prateleiras. A aprovação da Prati-Donaduzzi aconteceu em abril de 2020. O produto é comercializado em um frasco de 30 ml com concentração de 200 mg/ml de canabidiol (CBD). Apesar de ser produzido nacionalmente, o custo dele ainda é bastante alto, principalmente quando comparado com o Mevatyl que é importado. Nas prateleiras das drogarias, ele custa em média R$ 2.500.

Em fevereiro de 2021, a empresa farmacêutica foi autorizada pela Anvisa a comercializar duas novas concentrações do canabidiol: 20 mg/ml e 50 mg/ml, comercializados por R$ 300 e R$ 700, respectivamente. Apesar dos valores ainda quase que inacessiveis, a boa notícia é que já existe uma iniciativa do Ministério da Saúde para fornecer este medicamento através do SUS (Sistema Único de Saúde).

Em resumo, os medicamentos aprovados pela Anvisa e comercializados nas drogarias nacionais ainda estão muito longe da realidade brasileira. Por isso, muitas pessoas optam por comprar de associações ou até mesmo importar. De qualquer forma, fica a nossa homenagem aos profissionais das farmácias e drogarias.

Fonte:  

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/falta-de-investimento-e-experiencia-travam-tecnologia-em-farmacias/

Butantan minimiza suspensão de doses da Coronavac e pede cautela

0

Após o anúncio de que 12 milhões de doses da vacina Coronavac foram interditadas pela Anvisa por terem sido envazadas em uma unidade não inspecionada pelas autoridades sanitárias nacionais, o Instituto Butantan, que é o responsável pela fabricação e importação o imunizante no Brasil, se pronunciou sobre o caso. Através de nota, o Butantan alegou que a qualidade das doses foi atestada pelo próprio instituto e que o envasamento na unidade foi comunicado a Anvisa.

Veja também: CoronaVac: por que a Anvisa suspendeu lotes, onde já foram aplicados?

‘O Butantan esclarece que a medida da Anvisa não deve causar alarmismo. Foi encaminhado à Anvisa há 15 dias toda a documentação necessária para a certificação do processo de produção em que foram feitas essas doses. Por isso, tem convicção que ela será concedida em breve. Caso necessário, pode complementar a solicitação com mais dados, inclusive da Sinovac, caso a agência julgue necessário’, diz o comunicado.

Siga nosso Instagram

Segundo o instituto, houve uma mudança em uma das etapas do processo de formulação da vacina, que pode ocorrer no decorrer da fabricação. Os lotes liberados já foram encaminhados ao Ministério da Saúde. Metade das doses que fazem parte do lote de 12 milhões de imunizantes formuladas no site fabril da zona oeste de SP, ainda aguardam a liberação da Anvisa.

O Butantan minimizou os riscos de sanitários alegados pela agência. ‘A vacina do Butantan é o imunizante mais seguro à disposição do Programa Nacional de Imunizações (PNI), por causa da sua plataforma de vírus inativado’, afirma na nota.

Na Paraíba

O Ministério da Saúde notificou a Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB) na noite de ontem (4) e pediu a interdição cautelar de dois lotes da vacina envasados que chegaram a Paraíba. A pasta, por sua vez, informou que já notificou os municípios sobre a suspensão da aplicação desse imunizante de acordo com as recomendações da agência e do Ministério da Saúde.

A orientação é que as cidades que receberam os lotes citados, suspendam a utilização dos mesmos e que mantenham as doses reservadas, conservando em temperatura entre 2ºC e 8º C até nova orientação do órgão federal.

De acordo com a secretaria, dos lotes que sofreram interdição cautelar pela Anvisa, dois chegaram à Paraíba: o L202106038 (01 dose) recebido no mês de julho e o 202107101H (02 doses), recebido no mês de setembro. A SES distribuiu um total de 13.220 doses.

Fonte: Paraiba.com.br

Anvisa e Butatan discutem dose de reforço

0

Um dos temas do encontro foram os dados e estudos sobre a dose de reforço ou terceira dose. O objetivo é acompanhar todos os dados, tanto aqueles que fazem parte das pesquisas diretas conduzidas para a CoronaVac, como dados de outras publicações que possam contribuir para a avaliação sobre a necessidade de uma dose de reforço da vacina.

Veja também: Teresina não aplicou vacina Covid do lote suspenso pela Anvisa

Para que a Anvisa decida a terceira dose/reforço usando a vacina Coronavac, há necessidade de apresentação de estudos e dados que sustentem essa indicação e posologia. Esses dados não foram apresentados pelo Instituto Butantan.

Siga nosso Instagram

A Anvisa tem realizado reuniões com os laboratórios envolvidos no desenvolvimento de vacinas e medicamentos para o enfrentamento da Covid-19. O objetivo é acompanhar e orientar sobre os produtos em desenvolvimento e também sobre o monitoramento e a complementação de dados para aquelas vacinas que já estão em uso emergencial.

Dose de reforço

A decisão de recomendar uma dose de reforço é complexa e requer, além dos dados clínicos e epidemiológicos, uma consideração dos aspectos estratégicos e programáticos nacionais, conforme alerta a Organização Mundial da Saúde.

Essa decisão da dose de reforço deve considerar os indicativos de eficácia e segurança para o uso de cada vacina, seja com uma dose de reforço utilizando um esquema homólogo (mesma vacina) ou heterólogo (vacina com tecnologia diferente), a depender dos estudos disponíveis.

Dados de imunogenicidade

Durante a aprovação do uso emergencial da vacina CoronaVac no Brasil, o Instituto Butantan assinou um Termo de Compromisso para apresentação de dados que não foram enviados com o pedido de uso emergencial. Até o momento o Instituto não apresentou esses dados para a Anvisa.

A imunogenicidade é a capacidade, por exemplo, de uma vacina incentivar o organismo a produzir anticorpos contra o agente causador da doença.

Autorização de vacinas

Não há, no momento, pedido para registro definitivo da vacina CoronaVac na Anvisa. O imunizante conta com autorização para uso emergencial. Esta concessão foi inicialmente regulada pela Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa – RDC nº 444, de 10 de dezembro de 2020, e atualizada pela RDC 475, de 10 de março de 2021.

Desde o início, a Anvisa trouxe a previsão, em ambas as normas, de que, na hipótese de reconhecimento pelo Ministério da Saúde de não mais se configurar a situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional declarada pela Portaria nº 188/GM/MS, de 3 de fevereiro de 2020, a autorização para uso emergencial será automaticamente suspensa até que o laboratório apresente à Agência o pedido de registro do produto.

Além disso, também ficou estabelecido que, findo o prazo concedido para uso emergencial, o produto ficará obrigado ao registro, sob pena de apreensão determinada pela Anvisa.

Fonte: Jornal Desafio

Programa busca startups com soluções de bioeconomia para Amazônia

0

Apoiar empreendedores e pesquisadores na criação ou desenvolvimento de pequenos negócios que atuem de forma sustentável e inovadora, com uso de insumos da biodiversidade da região Amazônica. Esse é o propósito do Programa Inova Amazônia, lançado pelo Sebrae durante a Campus Party 2021, e que está com inscrições abertas até o próximo dia 5 de setembro. As ações do Inova Amazônia – Edição Pará – contam com parcerias com o governo do estado paraense, do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá e apoio da União Europeia. As propostas podem ser feitas por pessoas físicas ou pessoas jurídicas, no caso micro e pequenas empresas que faturam anualmente até R$ 4,8 milhões.

‘Esse é um programa de aceleração com uma temática bem específica: bieconomia’, comenta a analista de Inovação do Sebrae, Valéria Schneider. ‘O que nós queremos é atrair aqueles empresários, potenciais empreendedores ou ainda pesquisadores de qualquer parte do país que tenham uma ideia de negócio inovadora na temática da bioeconomia. Estamos falando de qualquer setor econômico que use de maneira sustentável, insumos, ativos naturais da biodiversidade da Amazônia e que faça a transformação desses insumos em um produto ou serviço de alto valor agregado, sem destruir a floresta’, acrescenta Valéria.

Nessa edição do Inova Amazônia, o Sebrae está recebendo propostas de qualquer parte do país e qualquer setor econômico da bieconomia como: alimentos e bebidas, fitoterápicos e nutracêuticos, construção, higiene, perfumaria e cosméticos, bioenergia, farmacêutico, farmoquímicos, ainda setores relacionados com logística e tecnologia da informação aplicada à bioeconomia.

Os projetos selecionados passarão por um período de pré-aceleração online, com duração de dois meses, onde os empreendedores ou pesquisadores terão a possibilidade de montar seu projeto de empreendimento. A segunda fase é o momento da aceleração, com duração de seis meses. Nesse momento, os participantes receberão uma intensa programação de conteúdos, mentorias, eventos de conexão com o mercado e com investidores. Além disso, nessa fase de aceleração, haverá uma bolsa de apoio ao empreendedor no valor de R$ 36 mil para que ela ou ele possam se dedicar integralmente ao programa. Por fim, a terceira fase é o momento de apoio à internacionalização onde os participantes terão acesso a conteúdos e orientação sobre como expandir o negócio para mercados fora do país.

Produtos comercializados pela rede Origens Brasil. Foto: Luiz Cunha

Segundo Valéria Schneider, os planos do Sebrae são de expandir o Inova Amazônia para outros estados dessa região. ‘A previsão é que tenhamos novos editais para a Região e, a partir do ano que vem, lancemos a mesma estratégia pra outros biomas: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal; sempre respeitando os ativos naturais da biodiversidade de cada bioma, fazendo com que esses recursos naturais sejam capazes de gerar riqueza, mas de uma maneira sustentável e prezando pela conservação dos biomas’, conclui.

Sustentabilidade

A empresa Ekilibre Amazônia é um exemplo do que um negócio pensado em bases sustentáveis pode fazer pelo meio ambiente e pela população nativa da região. Criada em 2011, por Kairós Kanavarro, a Ekilibre tem sede na cidade paraense de Alter do Chão. O empreendimento é voltado à fabricação artesanal de cosméticos e produtos de higiene pessoal, utilizando como matéria prima bioativos (ervas, raízes, frutas e frutos) utilizados há gerações pelas comunidades ribeirinhas e povos indígenas.

A empresa produz 28 diferentes itens voltados à higiene pessoal, cabelos, rosto e corpo; elaborados com produtos originais da Amazônia, zero sintéticos e livres de conservantes. Entre os mais procurados estão: serum facial de açaí, creme facial noturno, desodorante sem alumínio e pó dental de jambú.

O Empresário destaca que 80% das matérias-primas são adquiridas de cooperativas da bacia amazônica, comunidades ribeirinhas e indígenas. Onze agrupamentos distribuídos nos estados Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia e Acre estão inseridos na cadeia produtiva da empresa. Segundo Kairós, o negócio beneficia diretamente cerca de 40 famílias entre ribeirinhos, indígenas e assentados.

Maria José de Freitas, mãe e sócia de Kairós no empreendimento, conta que o papel do Sebrae foi muito importante na trajetória da empresa. Ela comenta que além do Sebraetec, eles fizeram diversos outros cursos do Sebrae e contaram com uma consultoria que está dando suporte para o próximo passo importante que a empresa deve dar: incrementar a concessão de franquias em todo o território nacional. Além disso, a Ekilibre já registrou pedidos de empresários que estão interessados em levar os produtos da marca a países como França, Estados Unidos, Austrália, Itália, Portugal e China.

Certificação

A Biozer da Amazônia é uma startup amazonense que também tem se destacado nacional e internacionalmente no segmento da bioeconomia. Especializada no desenvolvimento de produtos 100% naturais, veganos e de base florestal amazônica, a empresa aposta na sustentabilidade socioambiental. O empresário Danniel Pinheiro explica que uma das missões da empresa é mostrar a importância do extrativismo local. ‘As comunidades de caboclos e ribeirinhos que fornecem toda nossa matéria prima, são o elo entre a Floresta e a indústria. Nós temos uma ação muito forte junto a essas populações, com treinamento e melhoria dos insumos e entregamos aos nossos clientes um produto com rastreabilidade. Esse trabalho se reverte em benefício de aproximadamente 2 mil pessoas de comunidades tradicionais’, comenta Danniel.

Foto: Camila Neves da Silva | CC 4.0

O empresário destaca que a empresa se tornou uma referência no Amazonas graças às certificações obtidas. As duas plantas fabris da Biozer foram as primeiras do estado a ter o atestado de boas práticas de fabricação da Anvisa e hoje conta com certificações internacionais, como a Halal (para países islâmicos) e a certificação francesa, referência no mercado europeu. Os produtos da empresa já estão em países como Chile, Israel, Canadá, Austrália e EUA.

A Biozer desenvolve uma série de produtos voltados aos mercados de fitoterápicos, cosméticos e suplementos alimentares, desenvolvidos a partir do açaí, copaíba, guaraná, cupuaçu, óleos essenciais da Amazônia, entre outras matérias primas. Até o final de 2022, a empresa espera colocar oito novos produtos no mercado.

Fonte: Amazônia 360°

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/programa-busca-150-startups-inovadoras-para-aceleracao/

CoronaVac: por que a Anvisa suspendeu lotes, onde já foram aplicados?

0

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou no sábado (4) que suspendeu a distribuição e a aplicação de pelo menos 25 lotes da vacina CoronaVac envasados em uma fábrica na China ainda não certificada pela agência reguladora brasileira para o serviço. (leia mais abaixo)

Veja também: CPI da Covid quer saber se governo e CBF negociaram liberação de argentinos

Secretarias de Saúde de pelo menos 13 estados e do Distrito Federal disseram que receberam vacinas desses lotes e já distribuíram aos municípios. Quatro desses estados confirmaram, inclusive, que parte delas foi aplicada. (leia mais abaixo)

Siga nosso Instagram

Confira abaixo as principais perguntas e respostas sobre as causas e consequências da suspensão, além das providências que a medida vai acarretar. (leia mais abaixo)

1. Por que a Anvisa suspendeu lotes da CoronaVac?

A suspensão ocorreu porque o Instituto Butantan informou à Anvisa na sexta-feira (3) que a farmacêutica chinesa Sinovac enviou para o Brasil doses da CoronaVac envasadas em uma de suas fábricas ainda não inspecionada e aprovada pela agência reguladora brasileira. (leia mais abaixo)

2. Quantas doses compõem os lotes suspensos?

De acordo com a Anvisa, a Sinovac enviou ao menos 25 lotes com um total de 12.113.934 doses da CoronaVac envasadas na fábrica não aprovada pelo órgão.

Outros 17 lotes com 9 milhões de doses compradas pelo Brasil, também envasadas no local não inspecionado, seguem na China em tramitação de envio e liberação para o Brasil. (leia mais abaixo)

3. Quais são os lotes suspensos já distribuídos?

De acordo com a Anvisa, os lotes suspensos ja? distribui?dos são:

IB: 202107101H, 202107102H, 202107103H, 202107104H, 202108108H, 202108109H, 202108110H, 202108111H, 202108112H, 202108113H, 202108114H, 202108115H, 202108116H e L202106038.

SES/SP: J202106025, J202106029, J202106030, J202106031, J202106032, J202106033, H202106042, H202106043, H202106044, J202106039, L202106048. (leia mais abaixo)

4. As vacinas ainda não distribuídas serão descartadas?

Ainda não. A Anvisa suspendeu a distribuição e aplicação das doses produzidas na fábrica não certificada pelo prazo de 90 dias.

Neste período, a agência vai avaliar o trabalho da fábrica para entender se a qualidade, a segurança e a eficácia das vacinas enviadas podem estar comprometidas. (leia mais abaixo)

“Não cabia outra decisão a não ser promover a interdição cautelar. Interdição cautelar é preventiva de qualquer eventual problema. Nesse meio tempo, uma vez instalada a interdição, prosseguem as tratativas, os diálogos com o instituto para que os documentos necessários sejam apresentados”, disse Antônio Barra Torres, diretor da Anvisa. (leia mais abaixo)

‘Ninguém interdita um lote vacinal tão grande sem motivo’, diz diretor-presidente da Anvisa

5. Quais estados aplicaram as vacinas dos lotes agora suspensos?

Rio Grande do Norte, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo disseram que parte das doses foi aplicada na população.

O Rio Grande do Norte informou que recebeu um lote, distribuiu as doses aos 167 municípios e aplicou 21 doses.

A Paraíba não informou quantas pessoas foram vacinadas com doses suspensas, mas informou que são dos lotes L202106038 e 202107101H.

O estado de São Paulo disse que aplicou 4 milhões de doses da CoronaVac que pertencem aos lotes suspensos, mas não informou quais são eles.

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou que 1.206 pessoas foram vacinadas com doses da CoronaVac de um dos lotes suspensos.

Outros 9 estados e o Distrito Federal confirmaram que receberam vacinas dos lotes suspensos, sem informar se houve aplicação. Entre eles estão Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Acre, Roraima, Mato Grosso, Sergipe e Pernambuco. (leia mais abaixo)

6. Qual é a orientação para os estados e municípios?

Anvisa orientou os estados e municípios a não usarem as vacinas dos lotes suspensos.

Já as secretarias estaduais de saúde disseram que estão entrando em contato com os municípios para indicar a suspensão da aplicação das doses. (leia mais abaixo)

7. Se tomei uma dose do lote suspenso, estou em risco?

Segundo a chefe de assuntos regulatórios e de qualidade do Instituto Butantan, as vacinas envasadas na fábrica não certificada não oferecem riscos à população. Ela explicou que as doses passaram pelo processo de controle de qualidade do Butantan. (leia mais abaixo)

“Todos esses lotes que vêm da China, que vêm da Sinovac para o Butantan, são analisados pelo nosso time de qualidade, não só documentalmente, mas, também, a gente analisa o produto, e a gente não teve nenhum indício de problema de qualidade”, disse Patrícia Meneguello, do Butantan. (leia mais abaixo)

Em nota, o Instituto Butantan destacou que “a medida da Anvisa não deve causar alarmismo”, que foi o próprio instituto que fez o alerta por “extrema precaução”, que inclusive já havia feito o pedido há 15 dias para que a agência certificasse a fábrica em questão, e que “convida a cúpula da Anvisa para voltar a conhecer as instalações das fábricas da Sinovac” na China. (leia mais abaixo)

8. Se tomei uma dose do lote suspenso precisarei de outra?

Ainda não se sabe.

De acordo com o diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres, quem tomou uma dose do lote suspenso “são pessoas que serão observadas e, obviamente, qualquer necessidade de ajuste vacinal para o futuro, ele será feito”. Barra Torres disse que as pessoas serão “monitoradas” pela agência, pelo Ministério da Saúde e pelas vigilâncias locais, mas não explicou de que modo o trabalho será feito.

Fonte: Campos 24 Horas