Na Comissão da Covid, Queiroga promete vacinar a população adulta ainda este ano

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, previu que até o final do ano toda a população brasileira acima de 18 anos estará vacinada contra o novo coronavírus. Ele fez um balanço do trabalho da pasta contra a pandemia, em reunião da Comissão Temporária Covid-19 (CTCOVID) nesta segunda-feira (21). as informações são da Agência Senado.

– Pelo ritmo que a nossa campanha vem adquirindo no último mês, já é possível antever que toda a população vacinável, ou seja, acima de 18 anos, pode ser imunizada com uma dose até o mês de setembro, e que tenhamos toda ela vacinada até o final do ano de 2021. Consideramos, dentro das condições da carência de vacinas do mundo, uma meta bastante razoável – afirmou o ministro.

Queiroga negou informação, veiculada na imprensa, de que haveria a intenção de retirar a CoronaVac do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em razão de uma suposta eficácia menor da vacina chinesa em idosos.

– Não há nenhum tipo de mudança de estratégia do Ministério da Saúde em relação a esse imunizante. Temos tratado de maneira muito fluida com o dr. Dimas Covas [diretor do Instituto Butantan], fizemos reuniões com o embaixador da China. O que há é que ela não tem ainda o registro definitivo da Anvisa. Isso não se deve a nenhum tipo de ação do ministério. Como esse assunto é de grande interesse, há uma série de comentários nas mídias, mas o fato é que essa vacina tem sido útil. Essa é a posição oficial do Ministério da Saúde até que exista algum dado científico que faça com que tenhamos uma posição diversa.

Na reunião, Queiroga anunciou a chegada nesta terça (22), no aeroporto de Guarulhos (SP), do primeiro lote de 1,5 milhão de vacinas da Janssen, que imunizam em dose única. Será o quarto tipo utilizado no Brasil, depois das vacinas CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer.

O ministro também prometeu o aumento da testagem da população, reconhecendo que até agora o Brasil “testou pouco”. A testagem em grande escala permite identificar casos assintomáticos e tomar medidas de isolamento, reduzindo a transmissão do vírus.

– A política do Ministério da Saúde tem dois pilares: os testes na atenção primária, dedicados aos pacientes sintomáticos; e os testes em ambientes de grande circulação, a exemplo de metrô, rodoviárias e aeroportos, para aqueles assintomáticos. Já distribuímos mais de 3 milhões de testes rápidos, e estamos em tratativas para aquisição de mais 10 milhões. Nosso objetivo é testar até 20 milhões todos os meses.

Queiroga lembrou que já foram adquiridos mais de 630 milhões de doses, das quais mais de 120 milhões já foram distribuídos. Segundo ele, já existe capacidade para ministrar 2,4 milhões de vacinas diárias, “desde que tenhamos doses suficientes”. Citou ainda estudos que estão monitorando a prevalência das diversas variantes do vírus e as ações da pasta para habilitar um número maior de leitos hospitalares e distribuir kits de intubação e oxigênio.

Investigação

Os senadores Marcos do Val (Podemos-ES), Espiridião Amin (PP-SC) e Soraya Thronicke (PSL-MS) prestaram solidariedade ao ministro, lamentando que a CPI da Pandemia o tenha colocado sob a condição de investigado.

– A história vai classificar este pecado de submeter o ministro da Saúde, em pleno exercício da sua missão, à condição de investigado, como quinta-colunismo – disse Amin, usando expressão associada à sabotagem.

O ministro agradeceu o apoio dos senadores.

– Estou fazendo minha parte: ajudar o Brasil a superar essa crise sanitária. Nunca ninguém me deu uma oportunidade como essa que o presidente Bolsonaro me deu. Nunca pensei que fosse fácil. Seremos vitoriosos contra o nosso único inimigo, que é o vírus.

Saúde animal

O senador Wellington Fagundes (PL-MT) saudou a inclusão em pauta, na sessão desta terça (22), do PL 1.343/2021, de sua autoria, que permite a fabricação de vacinas contra a covid-19 em unidades de saúde animal, atendidas as condições de segurança. O texto já foi aprovado em primeira votação no Senado e na Câmara dos Deputados. O relator é o senador Izalci Lucas (PSDB-DF). O ministro elogiou o projeto e lembrou que em maio esteve em Cravinhos (SP) com o senador, visitando uma unidade que poderá vir a produzir vacinas, uma vez sancionado o texto.

Grávidas

Os senadores Confúcio Moura (MDB-RO), presidente da comissão, e Flávio Arns (Podemos-PR) expressaram preocupação com o grande número de grávidas internadas com Covid. O ministro lembrou que a ocorrência de um “evento adverso” levou à suspensão do uso da vacina AstraZeneca em gestantes, retardando a imunização desse subgrupo. Queiroga disse que a melhora na distribuição da vacina da Pfizer vai permitir imunizar mais rapidamente as grávidas:

– Essa questão das gestantes é um tema muito sensível, até porque envolve duas pessoas, a mãe e o feto. O Brasil, nesta segunda onda, estava com um número elevado de óbitos em gestantes. As gestantes com comorbidades estão sendo imunizadas com a Pfizer e a Coronavac. Os estados e municípios têm dado preferência ao emprego da vacina Pfizer, que, após modificações regulatórias, teve o problema da cadeia de frio parcialmente resolvido [a vacina da Pfizer precisa ser armazenada em temperatura inferior às demais], o que permite seu uso mais capilarizado por todo o Brasil.

Ministro da Ciência

Foi aprovado requerimento do senador Espiridião Amin solicitando sessão temática com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, para a discussão da produção de novas vacinas no Brasil, não apenas contra a covid, mas também contra dengue, zika e chicungunha.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Ministro da Saúde nega intenção de interromper uso da Coronavac

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, negou qualquer intenção do governo em interromper o uso da Coronavac no país. Em reunião da Comissão Temporária Covid-19 (CTCOVID) do Senado, nesta segunda-feira (21), ele refutou que a pasta estude retirar o imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

A notícia de que a Saúde encerraria o uso da Coronavac foi informada pelo jornal Correio Braziliense no fim de semana. Segundo a reportagem, estaria em estudo reforçar aquisições das vacinas AstraZeneca e Pfizer, e distribuir pelo PNI apenas as 100 milhões de doses contratadas da Coronavac. Ou seja, não firmar um novo contrato.

“Não há nenhum tipo de mudança de estratégia do Ministério da Saúde em relação a esse imunizante. Temos tratado de maneira muito fluida com o dr. Dimas Covas [diretor do Instituto Butantan], fizemos reuniões com o embaixador da China”, explicou Queiroga.

Por que o Ministério da Saúde estaria cogitando não firmar novo contrato

O governo estaria preocupado com a eficácia geral da Coronavac, sobretudo a taxa de eficiência em idosos, segundo o jornal Correio Braziliense. Estudos apontam uma eficácia global de 50,38% do imunizante, que pode chegar a 100% para evitar internações e mortes.

A vacina Coronavac produzida no Brasil previne até 97% das mortes de pessoas infectadas pela Covid-19 nos casos graves da doença. Os números são apontados pelo secretário de Serviços Integrados de Saúde do Supremo Tribunal Federal (STF), Wanderson de Oliveira, ex-secretário Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

O que mais teria preocupado Queiroga, contudo, é o estudo Vaccine Effectiveness in Brazil Against Covid-19, que apontou uma eficácia geral em torno de 28% para a população com mais de 80 anos. Esse teria sido o posicionamento decisivo para que o governo estudasse não comprar mais doses da Coronavac.

Na reunião Comissão Temporária Covid-19, Queiroga tranquilizou senadores e disse que “essa vacina tem sido muito útil”. “Essa é a posição oficial do Ministério da Saúde até que exista algum dado científico que faça com que tenhamos uma posição diversa”, declarou o ministro da Saúde.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que “não confirma a informação [de que não haverá mais contratações da Coronavac] e esclarece que mantém o cronograma atualizado semanalmente pela pasta”.

Queiroga já citou “dúvidas” sobre eficácia da Coronavac antes

Em outro momento, contudo, Queiroga colocou em dúvidas a eficácia sobre a Coronavac. Em depoimento na CPI da Covid, o ministro da Saúde disse que ainda pairavam “dúvidas” sobre a efetividade do imunizante.

“Sobre a vacina Coronavac pairam ainda dúvidas, que para mim não devem se confirmar, acerca da sua efetividade”, disse. O ministro falou em um contexto que respondia sobre o total de vacinas que o Brasil terá para o próximo ano e por que não havia exercido o direito de comprar 30 milhões de doses adicionais da Coronavac.

O ministro da Saúde explicou que o próprio Instituto Butantan dá preferências para a vacina Butanvac, desenvolvida em âmbito nacional. “Eu tratei com o doutor Dimas Covas, inclusive, coloquei essas duas opções para ele, e ele sinalizou com uma preferência para a Butanvac, até porque a Butanvac é uma vacina que não necessita nem do banco de células”, disse naquele dia.

Queiroga reforçou nesta segunda-feira ter um bom relacionamento com Covas e a Embaixada da China no Brasil. E ressaltou que a Butanvac não tem ainda o registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Isso não se deve a nenhum tipo de ação do ministério”, explicou.

Ao site UOL, Covas disse não ter sido notificado de qualquer decisão relacionada ao abandono da vacina Coronavac pelo Ministério da Saúde. “Isso é parte de um ataque combinado contra a vacina por parte dos negacionistas”, disse.

O que outros estudos apontam sobre a Coronavac

A Coronavac vem sendo alvo de diferentes estudos no Brasil e no mundo, com resultados satisfatórios na maioria. Os primeiros resultados de um estudo que vacinou 95% da população acima de 18 anos na cidade de Serrana (SP) mostrou que, ao atingir 75% da cobertura vacinal, a pandemia foi considerada controlada no município.

O estudo, feito com 27.160 pessoas, mostrou que houve redução de 80% dos casos sintomáticos da doença e de 86% nas hospitalizações por Covid-19, bem como uma queda de 95% nas mortes, mesmo quando São Paulo enfrentava picos de infecção da doença.

No Uruguai, a Coronavac foi capaz de reduzir em 97% a mortalidade por Covid-19, segundo estudo preliminar feito pelo Ministério da Saúde daquele país e divulgado. Os dados mostram ainda que o imunizante da Pfizer também teve alta proteção contra as mortes, ainda que em patamar inferior ao da Coronavac, de 80%.

No Chile, o Ministério da Saúde daquele país atualizou os dados de um estudo sobre a Coronavac e identificou uma eficácia de 86% para prevenir morte, não 80%, como divulgado anteriormente. O estudo foi feito com 10 milhões de pessoas entre 2 de fevereiro e 1º de maio. A eficácia na prevenção de casos sintomáticos é de 65,3%. Na prevenção de hospitalizações, é de 87%.

Fonte: Gazeta do Povo

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É #FAKE que imunizados com vacina mRNA não poderão viajar de avião

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Circulam nas redes sociais mensagens que dizem que imunizados com a vacina mRNA não poderão viajar de avião devido ao risco de apresentarem coágulos sanguíneos. É #FAKE.

Agências estatais e as companhias aéreas não discutem nenhuma restrição a viagens de pessoas que receberam a vacina mRNA, como a da Pfizer. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) declaram que não há qualquer discussão neste sentido em âmbito nacional.

A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), que representa cerca de 290 companhias aéreas, compreendendo 82% do tráfego aéreo global, afirma que nenhuma companhia aérea hoje considera recusar passageiros vacinados devido ao risco de coágulo sanguíneo. “Defendemos que as pessoas vacinadas devem ter liberdade para viajar sem restrições”, diz a nota.

A associação tem um grupo de aconselhamento médico que analisa questões de saúde e viagens aéreas e esclarece que esse não é um assunto em sua agenda. “Não há reuniões entre companhias aéreas sobre o tema”, diz.

A IATA afirma que também não tem conhecimento de qualquer sugestão na literatura médica de que o fenômeno particular do coágulo sanguíneo, conhecido como Trombocitopenia Imune Trombótica Induzida por Vacina ou VITT, que foi designado como um efeito colateral raro de um ou possivelmente dois tipos de vacinas contra Covid, teve qualquer impacto nas viagens aéreas.

O coágulo sanguíneo induzido por vacina é diferente dos coágulos na perna e no pulmão que podem estar associados à imobilidade, em particular após cirurgia, lesão, repouso na cama ou, às vezes, ficar sentado por muito tempo durante a viagem.

Além da imobilidade, existem muitos fatores de risco, incluindo gravidez, anticoncepcionais orais, certos tipos de câncer, excesso de peso, veias varicosas e distúrbios subjacentes do sistema de coagulação. Os casos que ocorrem em associação com viagens de longa distância (aéreas, ferroviárias ou rodoviárias) geralmente têm fatores de risco pré-existentes como esses, e aqueles que são conhecidos como suscetíveis podem receber medicamentos prescritos para reduzir seu risco.

O virologista Eduardo Flores, da Universidade Federal de Santa Maria, explica que, dentre as vacinas já aprovadas para uso, apenas a Pfizer e a Moderna são baseadas em mRNA. Ele diz que não há nenhuma suspeita de que apresentem risco de coágulo. E explica que o vetor adenovírus usado na vacina Oxford/Astrazeneca foi implicado na ocorrência dos coágulos, mas destaca que essa ocorrência é muito rara, talvez numa frequência parecida com a da população não vacinada. “As agências europeias já liberaram para uso, pelo risco ínfimo que apresenta, ou seja, próximo do risco de qualquer pessoa”, diz.

Pesquisadores da Universidade de Oxford constataram que o risco de desenvolver um tipo raro de coágulo é de 8 a 10 vezes maior depois de ter a Covid-19 do que depois de receber uma vacina contra a doença. Além disso, o risco de ter o coágulo depois da Covid é cerca de 100 vezes maior do que entre a população em geral.

O boato tem circulado em outros idiomas e já foi checado por agências internacionais como a AP e a PolitiFact.

Fonte: G1

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Covid-19: Pfizer entrega 528 mil doses da vacina ao Brasil nesta terça-feira

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A Pfizer entrega ao Brasil nesta terça-feira (22) mais 528.840 doses da vacina contra Covid-19, na primeira das três remessas previstas nesta semana. O avião que decola de Miami (EUA) com os imunizantes tem previsão de pousar no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), por volta das 20h30.

Além da entrega desta terça, a farmacêutica anunciou outras duas remessas nesta quinta (24) e domingo (27), com 936 mil doses em cada dia, totalizando 2,4 milhões em três voos.

Até o momento, 14 lotes com vacinas da empresa americana chegaram ao país, totalizando 10,7 milhões das 200 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela Pfizer/BioNTech contratadas pelo governo federal. A farmacêutica diz que vai cumprir o cronograma de entrega total até o final de 2021.

Pfizer entrega ao Brasil 842 mil doses da vacina pelo consórcio Covax Facility

Anvisa autoriza vacina da Pfizer contra Covid-19 para adolescentes a partir dos 12 anos

Em pronunciamento na TV, Bolsonaro promete vacina para toda a população até o fim do ano

Nova regra de armazenamento da Pfizer permite que todos municípios recebam a vacina

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A logística de entrega das doses ao governo federal conta com segurança da Polícia Federal. Equipes acompanham o desembarque em Viracopos e escoltam o transporte rodoviário das doses até o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP). Veja como funciona no vídeo abaixo.

As entregas

A Pfizer utilizou o Aeroporto de Viracopos para todas as entregas ao Brasil até agora. A primeira remessa teve 1 milhão de doses e foi recebida pelo país em 29 de abril, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Remessas entregues

29/04: 1 milhão de doses

05/05: 628.290 mil doses

12/05: 628.290 mil doses

19/05: 629.460 mil doses

26/05: 629.460 mil doses

01/06: 936 mil doses

02/06: 936 mil doses

03/06: 527.670 mil doses

08/06: 526.500 mil doses

09/06: 936 mil doses

10/06: 936 mil doses

15/06: 530 mil doses

16/06: 936 mil doses

17/06: 936 mil doses

22/06: 528.840 doses

29/04: 1 milhão de doses

05/05: 628.290 mil doses

12/05: 628.290 mil doses

19/05: 629.460 mil doses

26/05: 629.460 mil doses

01/06: 936 mil doses

02/06: 936 mil doses

03/06: 527.670 mil doses

08/06: 526.500 mil doses

09/06: 936 mil doses

10/06: 936 mil doses

15/06: 530 mil doses

16/06: 936 mil doses

17/06: 936 mil doses

22/06: 528.840 doses

Armazenamento

No fim de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou novas condições de conservação e armazenamento para a vacina da Pfizer, que agora pode ser mantida em temperatura controlada entre 2ºC e 8ºC por até 31 dias. A orientação anterior era de cinco dias.

Antes da liberação dos frascos para a vacinação, as doses da Pfizer precisavam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Tais condições não permitiam que a vacina fosse enviada para municípios distantes mais que 2h30 da capital do estado.

Histórico

A vacina da Pfizer/BioNTech foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal. Ainda no ano passado, três ofertas formais para venda de 70 milhões de doses foram feitas pela empresa e ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.

Pfizer alertou: doses reservadas ao Brasil iriam para outros países se não houvesse resposta

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Também em dezembro, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, descartou a compra da vacina por causa da exigência de armazenamento em baixas temperaturas.

A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro deste ano.

O imunizante pode ser aplicado em pessoas a partir de 12 anos de idade, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas. A vacina é a única que pode ser aplicadas em menores de 18 anos no Brasil.

Inicialmente a autorização da Anvisa permitia o uso a partir de 16 anos. Mas o órgão autorizou a mudança na bula da vacina no país. Entretanto, ainda não há perspectivas de vacinação dessa faixa etária no Brasil.

A ampliação da idade em adolescentes foi aprovada depois de a Pfizer apresentar estudos que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela agência.

Fonte: G1

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Cientistas derrubam as fake news mais comuns do momento sobre vacinas

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Desde que a ciência produziu a primeira vacina contra a Covid, especialistas têm se esforçado para derrubar todas as mentiras e invencionices absurdas que circulam em redes sociais sobre os imunizantes. O objetivo de quem inventa e quem espalha esses absurdos é criar pânico. É apostar no caos e atrapalhar o trabalho de combate à pandemia. O Jornal Nacional vai eliminar agora algumas das fake news mais comuns do momento no Brasil.

É uma epidemia à parte a da desinformação. A OMS deu até nome para o ato de espalhar informações falsas com um simples toque dos dedos: infodemia. E, com a vacinação, esse mal atingiu o pico dos absurdos.

Para analisar as últimas fake news que andam circulando pela internet, o Jornal Nacional consultou três especialistas que sabem muito do assunto: a microbiologista Natalia Pasternak; o virologista da Federal do Rio de Janeiro Rômulo Neris; e o professor de Física do Corpo Humano da Universidade de São Paulo Adriano Alencar.

A primeira pergunta: Tem protocolo que determina o braço – direito ou esquerdo – para tomar a vacina?

Pasternak: De jeito nenhum. Tanto faz o braço da aplicação

Neris: O que realmente importa durante uma vacinação é a rota da vacina. Então, a gente tem vacinas que são intramusculares – como algumas, as vacinas de coronavírus, subcutânea, vacinas que são orais, iguais da pólio que a gente tomava quando era criança.

Pasternak: São vacinas intramusculares. Não interessa se é o músculo do braço direito ou do esquerdo. A eficácia é absolutamente a mesma. Não tem como ser diferente.

Repórter: A vacina só protege quando dá reação?

Neris: Nada a ver. Isso é uma fake news bizarríssima. Eu também ouvi falar.

Pasternak: Tem gente que não tem nada. Tem que gente que tem uma febre. Isso é absolutamente pessoal e não é um preditivo para saber se a vacina pegou ou não. Nem isso, nem teste de anticorpo.

Neris: Algumas pessoas têm mais ou menos reação por uma série de fatores. Desde genéticos até condições da pessoa no dia, e isso não tem nada a ver com o fato da vacina funcionar ou não.

Pasternak: Não vão causar efeito colateral em todo mundo e isso não é sinal se elas funcionam ou não. O que diz se elas funcionam são os testes clínicos.

Tem uma mensagem que é muito absurda, mas o Jornal Nacional perguntou mesmo assim.

Repórter: É verdade que quem toma a vacina fica magnetizado?

Alencar: Não, não é possível uma coisa dessa. Mesmo que você tivesse material, que você colocasse materiais ferromagnéticos, materiais magnetizáveis, injetasse materiais magnetizáveis, mesmo assim, isso não seria capaz de gerar um ímã dentro do nosso corpo. Além disso, as vacinas não contêm materiais metálicos.

Neris: Muito possivelmente o que a gente está vendo é só um fenômeno de objetos grudando na superfície de pessoas que são mais gordurosas.

E tem outras mensagens na mesma linha circulando nas redes sociais. São uma mistura de teorias da conspiração com ficção científica, mas, se não forem esclarecidas, pode ter gente perdendo a chance de tomar uma das atitudes preventivas contra a Covid: se vacinar.

Por isso, o Jornal Nacional também ouviu a resposta dos cientistas para outra questão.

Repórter: Vacinados são capazes de receber e emitir comunicação via wi-fi ou bluetooth?

Pasternak: É uma mentira deslavada. Não faz nenhum sentido. Um completo absurdo pensar que alguém pode ficar conectado via bluetooth após ser vacinado. Passa do nível de todos os absurdos que a gente já viu circulando por aí.

Neris: Isso é muito teoria da conspiração de filme B de ficção cientifica. Isso não acontece simplesmente porque a gente já sabe hoje em dia que a melhor maneira que gente ter sinal, de transmitir sinal de Bluetooth de internet é através do nosso aparelho celular.

Alencar: Não tem como você colocar uma antena tão pequena que passasse por uma seringa de agulha. Porque antenas são coisas macroscópicas que não passariam por uma seringa de injeção. Você tem um objeto de um centímetro, um centímetro, um milímetro são coisas grandes, então isso não tem como passar uma seringa de uma agulha de uma injeção.

Repórter: E, por fim, o que fazer com mensagens falsas

Alencar: Estamos vivendo um retrocesso incrível. O que a gente pode imaginar é quase que voltando ao período da Idade Média, onde existia um grupo dominante criticando os cientistas e inclusive com a Inquisição de cientistas. Então, isso é revoltante do ponto de vista científico ter que estar vindo a público defender a ciência.

Neris: Fake news são ruins em qualquer aspecto fazendo parte de qualquer espectro. Mas fake news de saúde têm o risco adicional porque elas têm o potencial de matar a curto, médio e longo prazo.

Pasternak: Essas mensagens falsas, que vão sendo propagadas por WhatsApp, pelas mídias sociais, elas precisam ser checadas. Para isso, a gente tem diversas agências de checagem, mais o trabalho da mídia tradicional que precisa ser propagado. Não repasse a mensagem. Repasse a reportagem que desmentiu e que explicou que aquilo não é verdade.

Um desses serviços de checagem ao qual a Natalia Pasternak se refere é o Fato ou Fake, do Grupo Globo. Clara Velasco faz parte dessa equipe que checa as notícias falsas que circulam pela internet. Nesta segunda-feira (21), o serviço desmentiu uma informação sobre vacina e viagem.

A mensagem que está circulando bastante nas redes sociais diz que pessoas que receberam vacinas de RNA mensageiro, como a da Pfizer, não poderão viajar de avião por causa do risco de coágulo sanguíneo. Mas isso não é verdade, é #fake.

‘Nós falamos com diversas agências estatais, como a Anvisa e a Anac, e elas afirmaram que não existe nenhuma restrição para quem recebeu esse tipo de vacina. A Associação Internacional de Transportes Aéreos, que representa aproximadamente 290 companhias aéreas de todo o mundo, também disse que nenhuma empresa considera tomar essa medida. E nós falamos também com o virologista Eduardo Flores, da Universidade Federal de Santa Maria, e ele falou que não há nenhuma suspeita de que as vacinas de RNA mensageiro já aprovadas para uso tenham risco de coágulo. E é assim que funciona a nossa apuração. Nós pegamos o conteúdo dessas mensagens que circulam nas redes sociais e consultamos órgãos públicos e associações para saber se a informação faz sentido. E sempre falamos também com especialistas e estudiosos da área para que eles possam nos dizer, através de evidências científicas, o porquê aquela mensagem não é verdadeira. Então, nossas apurações são sempre baseadas na ciência e em fatos’, explicou Clara Velasco.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/fake-news-divulgam-venda-de-vacinas-no-varejo-e-em-distribuidoras/

Prestes a completar 2 meses, CPI da Covid foca investigação em ‘gabinete paralelo’

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A nova semana de depoimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado Federal, terá a participação de dois aliados do presidente Jair Bolsonaro – Osmar Terra e Filipe Martins. Os dois são apontados como integrantes de suposto “gabinete paralelo” de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).

O grupo extra-oficial seria responsável por passar orientações ao presidente em sentido contrário às orientações da ciência no enfrentamento à pandemia.

A CPI também quer obter maiores informações sobre a negociação da vacina Covaxin, produzida pela Índia. Depoimento feito ao Ministério Público Federal aponta possível favorecimento para compra do imunizante indiano – apesar do preço mais alto e de prazo mais longo para entrega.

A articulação era a única medida por empresa – a Precisa Medicamentos. Por conta disso, Emerson Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, foi chamado a depor na comissão.

Atuação do gabinete paralelo

Dois depoimentos agendados para esta semana devem aprofundar a investigação da CPI da Covid sobre o suposto “gabinete paralelo” do governo federal.

Nesta terça-feira (22), o colegiado espera ouvir o ex-ministro e deputado federal Osmar Terra (MDB-RS). A participação dele no grupo extra-oficial foi citado pela primeira vez no depoimento do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta à CPI.

Na ocasião, Mandetta afirmou que ‘outras pessoas’ buscavam desautorizar orientações do Ministério da Saúde a Jair Bolsonaro. Entre eles, o ex-ministro da Cidadania. Terra fez diversas declarações públicas minimizando a pandemia de Covid-19, inclusive defendendo a imunidade de rebanho.

Além disso, o assessor internacional da Presidência da República, Filipe Martins, deve ser ouvido nesta quinta-feira (24). Entre os motivos para o depoimento, senadores querem explicações sobre a participação de Martins em reunião com a farmacêutica Pfizer.

Em depoimento à CPI, o CEO da empresa na América Latina, Carlos Murillo, disse que representantes da Pfizer tiveram encontro com o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten, do qual também participaram o vereador Carlos Bolsonaro e Filipe Martins.

Investigação contra Bolsonaro

Em paralelo à investigação sobre o gabinete paralelo, um grupo de juristas estuda os crimes que podem ser imputados ao presidente e outras autoridades por ações e omissões no combate à pandemia de Covid-19.

A análise vem sendo realizada desde o dia 11 de junho e deve integrar o debate sobre se a comissão tem o poder de investigar o presidente da República.

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) indicou ter a intenção de colocar Bolsonaro na lista de investigados – o documento já contém 14 nomes e foi divulgado na última sexta-feira (18).

Ele ponderou, no entanto, a necessidade de averiguar se há competência para isso. “Se pudermos investigar, se a competência nos permitir, vamos investigar, sim”, disse.

Pressões ‘anormais’ para compra da Covaxin

Na nova fase da investigação, senadores também querem apurar suspeitas de favorecimento dado pelo governo federal a alguns laboratórios, na aquisição de hidroxicloroquina e da vacina Covaxin.

O imunizante desenvolvido pela indiana Bharat Biotech foi o único que teve negociação mediada por empresa – a Precisa Medicamentos. Nesta quarta (22), o sócio da Precisa, Francisco Emerson Maximiano, deve comparecer à CPI para depor. Ele teve o sigilo quebrado na semana passada.

Após ter acesso à depoimento prestado ao Ministério Público Federal (MPF), senadores planejam ampliar a investigação para o ex-coordenador-geral de Aquisições de Insumos Estratégicos para Saúde do Ministério da Saúde, Lial Marinho.

No depoimento ao MPF, servidor do Ministério da Saúde afirmou que sofreu pressões “anormais” para superar entraves à autorização do imunizante na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em março, a Anvisa havia negado autorização de importação da Covaxin – que acabou sendo aprovada no início de junho. O MPF do Distrito Federal investiga irregularidades no contrato entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde.

Com base no depoimento, senadores pediram a quebra dos sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário de Lial Marinho. O requerimento deve ser apreciado nesta terça-feira.

Os senadores apontam que a quebra de sigilo de Marinho também pode apontar possíveis beneficiados na insistência quanto ao “tratamento precoce” – de eficácia ainda não comprovada contra a Covid-19.

O objetivo é investigar quem pode ter lucrado com essa insistência do governo em “receitar” cloroquina, por exemplo.

Interrupção dos trabalhos

Com a aproximação do recesso parlamentar do Congresso Nacional, Renan Calheiros se manifestou contra a paralisação dos trabalhos da CPI da Covid durante este período.

“Seria um erro brutal, não é comum se interromper um processo de investigação, sobretudo com a gravidade desse processo, dessa Comissão Parlamentar de Inquérito”.

Renan Calheiros

Relator da CPI de Covid

O Congresso suspende suas atividades entre 18 e 31 de julho. Para haver o recesso de julho, é necessário que o Congresso aprove o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO).

O senador disse acreditar que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), não vai tomar “uma decisão absurda como essa” e que “ninguém de bom grado aceitará uma paralisação” dos trabalhos. “Isso vai diretamente impactar com relação à conclusão dos nossos trabalhos no prazo”, disse.

Fonte: Diário do Nordeste Online

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Anvisa divulga orientação de como notificar eventos adversos

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Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou nesta segunda-feira (21) uma orientação de como notificar um evento adverso de vacina ou de medicamento. A agência explica que não é preciso ser profissional de saúde. “Qualquer cidadão pode realizar a notificação por meio de um sistema eletrônico específico para essa finalidade: o VigiMed”, informou, por meio de nota.

Anvisa ressalta que o sistema é utilizado desde 2018 no lugar do Notivisa. Segundo a agência, o programa é “intuitivo, tem navegação rápida e oferece orientações sobre o preenchimento dos campos obrigatórios”. “Além disso, a transmissão das notificações está harmonizada internacionalmente. Em outras palavras: as informações do Brasil podem fazer parte do banco de dados da OMS e ganhar escala global”, acrescenta.

Número de Notificações

Desde a implementação desse sistema, houve um crescimento no número de notificações realizadas diretamente pelos cidadãos, passando de 64,7 por milhão de habitantes, em 2018, para 120,7 por milhão de habitantes, em 2020, de acordo com a Anvisa.

“É importante observar que a qualidade dos dados inseridos no VigiMed é fundamental para subsidiar a análise pelas equipes técnicas especializadas da Anvisa“, ressalta.

Para realizar a notificação, é preciso identificar o produto e informar o fabricante e o número do lote. “Não é preciso ter certeza de que o medicamento é a causa da reação. A suspeita já é suficiente. A ideia é manter o monitoramento de modo a garantir que os benefícios do uso de medicamentos e vacinas sejam maiores que os riscos por eles causados”, finaliza a agência.

Fonte: Correio do Povo

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Servidor relatou pressão dentro da Saúde para importação da Covaxin

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Documentos enviados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, no Senado, mostram que um servidor do Ministério da Saúde relatou ao Ministério Público Federal (MPF) ‘pressões anormais, através de mensagens de texto, e-mails, telefonemas, pedidos de reuniões’ para resolver entraves em relação à importação da vacina Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech, no Brasil representada pela Precisa Medicamentos.

As informações estão em requerimento do vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), de transferência dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de Alex Lial Marinho, ex-coordenador-geral de Logística de Insumos Estratégicos para Saúde, exonerado no último dia 8. No requerimento, Randolfe pontua que Marinho ‘é nome importante no episódio de contratação da vacina indiana Covaxin e na omissão do governo em relação à negociação com Pfizer’.

‘Conforme documentação recebida pela CPI, o coordenador-geral de aquisições de insumos estratégicos para a Saúde atuou fortemente para que seus funcionários superassem, de qualquer forma, os entraves junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que impediam a entrada da vacina Covaxin, em território nacional. Em depoimento recebido por esta CPI, um servidor informa sobre pressões anormais através de mensagens de texto, e-mails, telefonemas, pedidos de reuniões, tendo sido procurado inclusive fora de seu horário de expediente em sábados e domingos. Informa que essa atuação não foi feita em relação a outras vacinas, o que corrobora com diversos depoimentos ouvidos anteriormente nesta comissão’, pontua.

Segundo informações de Randolfe, o servidor em questão informou que ‘o alto escalão do Ministério da Saúde, tal qual a Secretaria Executiva, a sua própria coordenação, dentre outros setores pediam que fosse encontrada a ‘exceção da exceção’ (palavras do servidor) junto à Anvisa, para que os entraves fossem superados’.

Randolfe ressalta que a informação ‘coincide com a atuação do Ministério das Relações Exteriores e do próprio presidente da República que, em carta enviada ao primeiro-ministro da Índia, comunica que a Covaxin havia sido selecionada para o PNI (Programa Nacional de Imunização)’. A carta em questão foi enviada por Jair Bolsonaro em janeiro deste ano, quando, como pontuado pelo senador, os testes clínicos de fase 3 da vacina ainda não haviam sido concluídos na Índia.

Os senadores querem apurar na CPI os motivos pelos quais havia um movimento muito positivo por parte do governo federal em relação à Covaxin, enquanto as negociações para outros imunizantes, como a CoronaVac, do Instituto Butantan com a chinesa Sinovac, e a Pfizer, sofriam tantos entraves.

No dia 31 de março, a Diretoria Colegiada da Anvisa, composta por cinco diretores, negou autorização excepcional e temporária para importação e distribuição da Covaxin. Na justificativa, a agência apontou inconsistência na documentação, com lacunas importantes para garantir que a eficácia, segurança e qualidade da vacina, tal como descrita no estudo clínico, possam ser cumpridas. A decisão se deu um dia depois que a Anvisa negou a certificação de boas práticas de fabricação à empresa – documento necessário para a obtenção do registro de remédios e imunizantes no Brasil, mas que não impediria a importação excepcional da Coxaxin.

Segundo Randolfe Rodrigues, no mesmo dia Alex Marinho ‘realizou uma reunião na Coordenação-Geral de Aquisições de Insumos Estratégicos para Saúde com a alta gestão do Ministério da Saúde para pedir resolução da situação, entrar em contato com a empresa, pressionar pelos documentos para que a questão fosse sanada’.

‘É curiosa a atuação do governo federal para a compra desse imunizante em detrimentos de outros que já se encontravam em estado mais avançado para aquisição. A narrativa colocada no presente requerimento coincide com outras já apresentadas e segue uma linha de investigação que merece ser aprofundada. Razões pelas quais roga-se aos nobres pares apoio para aprovação do presente requerimento’, pontuou o senador.

Intermediadora

Na mira dos trabalhos também está a Precisa Medicamentos, responsável por intermediar a compra e conduzir os trâmites necessários para viabilizar a Covaxin ao Programa Nacional de Imunização (PNI). Os senadores querem saber se há ilicitude envolvendo a empresa, que, diferente das demais farmacêuticas que atuam na produção e finalização das vacinas, não tem esse papel de confeccionar doses.

Questionada pela reportagem, a Precisa não respondeu se o início das tratativas partiu de um interesse do próprio governo federal ou da farmacêutica, mas garantiu que “jamais promoveu qualquer tipo de pressão e não contou com vantagens durante esse processo”. “Em todas as ocasiões, seguiu de forma ética e transparente todos os processos burocráticos e exigências do Ministério da Saúde e da Anvisa para viabilizar a importação da vacina Covaxin para o Brasil”.

A empresa também afirmou que o contato com o servidor que relatou pressão para a conclusão das compras e importação das doses “foi de ordem técnica, para a confirmação de recebimento de documentação, seguindo o protocolo do ministério”. Os esclarecimentos devem ser feitos, também, à CPI, pelo sócio da empresa, Francisco Maximiano, convocado para depor nesta quarta-feira (23). Ele também teve o sigilo telefônico quebrado pelos senadores.

O Correio também questionou ao Ministério da Saúde sobre as pressões relatadas pelo servidor e pediu um posicionamento à pasta, que não respondeu até a ultima atualização.

Fonte: Correio Braziliense Online

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Governo diz à CPI da Covid que não gravou reunião com farmacêuticas em 2020

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A Presidência da República, por meio da Casa Civil, disse à CPI da Covid não ter o registro em vídeo ou em áudio de uma reunião com representantes da indústria farmacêutica. O encontro ocorreu em 20 de abril de 2020.

A resposta foi enviada à comissão devido a um requerimento protocolado pelo senador Humberto Costa (PT-PE). No pedido, ele argumenta que ‘a aquisição, distribuição ou indução ao uso dos medicamentos – tais como a cloroquina, a hidroxicloroquina e a ivermectina – que compõem com outros medicamentos o chamado ‘kit-covid’ e a terapêutica do ‘tratamento precoce’, eleita pelo Governo Federal como política pública para enfrentamento da Covid-19, por diretriz do Presidente Jair Bolsonaro, revela inadequado investimento de recursos públicos em medida sanitária desprovida de respaldo científico’.

Participaram do encontro, conforme o requerimento: ‘Sr. Braga Netto, então Ministro-chefe; Sérgio Pereira, Secretário-Executivo; Marcelo Dias Varella, Subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais; Priscilla Pimentel, Chefe de Gabinete; e representantes da indústria farmacêutica – Sra. Elizabeth de Carvalhães, Presidente-Executiva da Interfarma; Sr. Reginaldo Arcuri, Presidente-Executivo do Grupo Farmabrasil; Sra. Telma Salles, Presidente-Executiva da Progenéricos; Sr. Henrique Tada, Presidente-Executivo da Alanac; Sr. Nelson Mussolini, Presidente Executivo da Sindusfarma‘.

O ofício encaminhado pela Casa Civil à comissão comunica, entretanto, ‘que a reunião, em videoconferência, ocorrida na Casa Civil no dia 20 de abril de 2020, das 11h10 às 11h31, objeto do requerimento n. 742/2021, não foi gravada’.

Fonte: Carta Capital Online

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Mercado financeiro eleva para 5% a expansão do PIB

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Com base em consultas a instituições financeiras, o Banco Central elevou de 4,85% para 5% a projeção de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, para 2021. As informações são da Agência Brasil.

As estimativas constam do boletim Focus de hoje (21), divulgado semanalmente pelo BC, com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para 2023 e 2024, o mercado financeiro a projeção é de expansão do PIB em 2,50%.

Para 2022, houve um recuo na expectativa, com um crescimento anual menor do que o projetado há uma semana. A projeção caiu de 2,2% para 2,1%.

Inflação

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,82% para 5,90%. Para 2022, a estimativa de inflação se manteve em 3,78%. Tanto para 2023 como para 2024, a previsão para o índice se mantém em 3,25%.

A estimativa para 2021 supera o limite da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

O centro da meta de inflação para 2022 é 3,50% e para 2023, 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos.

Taxa de juros

O principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação é a taxa básica de juros (Selic), que é fixada pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A previsão das instituições financeiras para a Selic em 2021 registrou alta, passando dos 6,25% previstos há uma semana para 6,50%, conforme o boletim Focus desta semana. O mesmo índice é esperado para 2022, 2023 e 2024.

Câmbio

Com relação ao valor do dólar, a expectativa do mercado para o valor da moeda norte-americana está menor do que a registrada na semana passada, passando de R$ 5,18 para R$ 5,10. Para os três anos seguintes, a projeção é estável, em R$ 5,20 para 2022; em R$ 5,10 para 2023 e em R$ 5 para 2024.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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