COMO É O TRABALHO DO FARMACÊUTICO INDUSTRIAL?

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O setor farmacêutico industrial é um dos mais promissores dentro da área da saúde. Diante desse cenário, os profissionais que trabalham nesse ambiente costumam ser bastante valorizados e requisitados, além de terem noção das suas responsabilidades e da sua importância dentro do mercado.

Ficou curioso em saber mais sobre essa profissão? Este artigo vai abordar as principais informações sobre o trabalho do farmacêutico industrial. Acompanhe a leitura e confira mais detalhes!

O crescimento favorável da indústria farmacêutica abriu espaço para que despontasse um novo ramo no mercado de trabalho. Trata-se da área farmacêutica industrial. O profissional que atua nessa área tem ficado muito valorizado no ramo da saúde.

De fato, o mercado de trabalho para esse profissional vem se tornando muito promissor, especialmente em alguns estados do Brasil que são conhecidos como verdadeiros polos industriais. Estamos falando de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, entre outros.

As atribuições do farmacêutico industrial vão muito além da mera administração, do controle de uma farmácia e das atividades industriais. A profissão também envolve a observação de normas e instruções diretas que são emitidas pela Vigilância Sanitária e pelo Conselho Regional de Farmácia. De toda forma, é essencial que o profissional esteja em constante aprendizado a fim de assegurar os melhores resultados no desempenho do seu trabalho.

Nesse sentido, a atuação do farmacêutico industrial envolve todas as fases da cadeia de produção de uma indústria, seja de forma direta ou indireta. Os setores mais comuns de trabalho dessa profissão são: cosmética, farmácia, alimentos e farmoquímica.

Entre as principais atividades que são desempenhadas por esse profissional, podemos citar:

gestão, controle e garantia da qualidade;
toxicologia ocupacional no ambiente de trabalho;
controle de qualidade microbiológica;
pesquisa de alimentos;
questões regulatórias;
engenharia industrial;
qualificação e validação;
supervisão da cadeia de produção;
farmacovigilância dos processos industriais;
controle e análise da documentação técnica;
pesquisa de substâncias e criação de novos compostos;
gestão de tarefas relacionadas ao setor de programação e controle de produção, ao registro de produtos e ao controle da qualidade;
análise e supervisão da qualidade e desenvolvimento de embalagens de produtos;
gestão de atividades relacionadas ao SAC;
gerenciamento do setor de validação de processos;
criação de um fluxograma de execução para processos de produção e controle de qualidade;
acompanhamento em etapas de auditoria sanitária.
A qualificação do farmacêutico industrial
A grande valorização do farmacêutico industrial se deve principalmente ao fato de sua alta qualificação dentro do mercado, fazendo com que esse trabalhador seja disputado por diversas empresas. Para isso, o profissional deve se formar no curso de graduação de Farmácia e se especializar na área farmacoindustrial, frequentando pós-graduação e cursos de gestão industrial farmacêutica e de controle de qualidade, por exemplo.

Até porque a área da Farmácia é ampla e apresenta muitas possibilidades. Trata-se de uma verdadeira ligação entre o campo da medicina e a sociedade, de uma forma geral. Além disso, é importante que o profissional tenha o conhecimento de outros idiomas, especialmente do inglês. A maioria das indústrias estabelece esse pré-requisito para os candidatos. Afinal, muitos livros estão escritos nessa língua.

Nesse sentido, o profissional desse ramo deve dominar conhecimentos aprofundados sobre composição farmacológica e química dos medicamentos, gestão industrial, ferramentas da qualidade, interações entre as substâncias, normas nacionais e internacionais de Boas Práticas de Fabricação, legislação sanitária do setor, quantidade de cada composto a ser utilizado no preparo de uma determinada medicação e assim por diante.

A importância do farmacêutico na indústria
O Brasil é considerado como uma verdadeira potência mundial quando o assunto é o desenvolvimento do mercado farmacêutico. O país é uma das principais nações que consomem medicamentos em todo o mundo, e essa tendência só deve aumentar nos próximos anos.

Quando se trata da indústria farmacêutica, esse profissional ganha ainda mais relevância. Afinal, ele é o maior responsável por manter o controle de qualidade dos processos medicamentosos e gerenciar as auditorias e inspeções obrigatórias por lei.

Assim, atua na análise e na elaboração de medicações, no controle de pureza, na qualidade e eficácia dos fármacos, na vigilância dos processos para evitar qualquer tipo de contaminação, nos programas de validação de procedimentos, na certificação de fornecedores, na participação em auditorias, na pesquisa de novos medicamentos e cosméticos, nas análises laboratoriais, na aprovação dos produtos finais que serão disponibilizados para o mercado, entre outras funções.

O mercado de trabalho para o farmacêutico industrial
O mercado de trabalho para o farmacêutico industrial é bastante amplo e promissor no Brasil e em todo o mundo. Esses profissionais costumam receber altos salários e apresentem boas chances de progressão na carreira dentro das empresas. Além disso, existem várias outras possibilidades de atuação, como no setor acadêmico e na área de pesquisas dentro do próprio ramo da indústria.

Essas boas oportunidades se devem principalmente ao fato de o setor industrial farmacêutico ser uma área relativamente nova e que demanda um grande número de profissionais. Mas, para que o cenário seja bem aproveitado, é necessário que o farmacêutico tenha uma boa qualificação técnica e que esteja bem preparado para atuar na área.

As dicas para se destacar na área farmacêutica industrial
Confira as principais medidas que o profissional deve colocar em prática para ter sucesso na carreira farmacêutica industrial.

Tenha o domínio do inglês
Como adiantamos, o inglês fluente é uma condição essencial para atuar na profissão. De fato, dominar um segundo ou até mesmo um terceiro idioma é uma forma de se destacar no setor farmacêutico industrial. Isso porque se trata de uma área que demanda a leitura de vários artigos científicos, bem como de normas e guias de harmonização que estão escritos na língua inglesa.

Tenha bons conhecimentos teóricos, específicos e regulatórios
A ANVISA fiscaliza e determina que as indústrias farmacêuticas estejam fielmente adaptadas às exigências sanitárias. Nesse sentido, o farmacêutico ganha especial destaque, afinal, é ele que vai desempenhar essa função. O trabalhador tem o papel de garantir a qualidade dos processos fabris, além da segurança e da eficácia dos medicamentos produzidos.

Tenha inteligência emocional
O profissional ainda precisa dominar as suas emoções. Ele deve ter capacidade de negociação e ser flexível. Além disso, as habilidades de proatividade, liderança e comunicação também são um diferencial para a carreira, pois proporcionarão que o trabalhador alcance altos cargos estratégicos dentro das empresas.

 

Como vimos, o farmacêutico industrial é um profissional que detém uma das carreiras mais concorridas e promissoras do mercado da saúde e da farmacologia. De fato, a edição de legislações nesse sentido aumentou a preocupação com a qualidade dos produtos industrializados e com o controle e a gestão da produtividade industrial.

Por fim, destacamos que também é importante valorizar o papel da rede de contatos na hora de ingressar na área. Afinal, quanto melhor a qualidade do seu networking, maiores são as chances de obter altos cargos dentro de uma organização.

Além do farmacêutico industrial, o enfermeiro é um profissional fundamental para promover o acesso da população à saúde pública e incentivar a prevenção de doenças e redução de mortes. Aproveite a visita ao blog e confira se o enfermeiro pode prescrever medicações e fazer consultas!

Fonte: Hipolabor

Cientistas criticam demora na aquisição de vacinas e apontam falta de campanhas

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CPI da Pandemia ouviu nesta na sexta-feira (11) os cientistas Natalia Pasternak e Claudio Maierovitch. A sessão foi aberta por volta das 9h45 e durou até às 17h55.

Durante a oitiva, os especialistas criticaram a demora da União para adquirir vacinas contra a Covid-19 e apontaram que a falta de campanhas por parte do governo federal prejudicou o país no combate à pandemia,

Estudos citados por Pasternak e Maierovitch na sessão apontam que a compra de imunizantes, isolamento social e campanhas de comunicação poderiam ter evitado quase 375 mil mortes no Brasil.

Os dois depoentes defenderam também que — mesmo com a gama de vacinados no país crescendo — o uso de máscara e a manutenção de outras medidas preventivas continua sendo essencial.

“Enquanto não tivermos uma quantidade enorme, uma proporção muto grande da população vacinada, temos que continuar tomando todos os cuidados, usando máscaras quando tivermos pessoas próximas ou em locais fechados”, afirmou Maierovitch.

Já Pasternak disse que os números da Covid-19 vão guiar o país para decidir quando  se deve relaxar as medidas preventivas.

“Nenhuma vacina é 100% e a eficácia dessas vacinas vai variar com a taxa de transmissão comunitária”, ressaltou. “Isso, em conjunto, vai nos levar a um momento onde a curva da doença vai decair e vai permitir, então, que a gente relaxe medidas de quarentena. Esse momento ainda não chegou. E quando temos o chefe da nação fingindo que esse momento chegou, isso confunde a população. E precisamos de uma população esclarecida.”

A participação dos cientistas na CPI atendeu a requerimentos dos senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Humberto Costa (PT-PE) e Marcos do Val (Podemos-ES) – este último, apenas no caso de Pasternak.

Os parlamentares citaram a trajetória pública e acadêmica nacional e internacional dos profissionais nas justificativas, afirmando que os cientistas teriam condições de esclarecer o país sobre a melhor forma de enfrentamento à pandemia de Covid-19.

Os cientistas Claudio Maierovitch e Natalia Pasternak apresentaram estimativas de mortes em decorrência por Covid-19 que poderiam ter sido evitadas caso o governo federal tivesse adquirido vacinas antes e adotado mais medidas de combate à pandemia.

Ao citar um estudo realizado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Maierovitch apontou que cerca de 90 mil óbitos poderiam ter sido evitados se os acordos com o Instituto Butantan e a farmacêutica Pfizer tivessem sido assinados antes.

Ainda segundo o cientista, se o Brasil tivesse tido “alguns períodos de confinamento” e “uma boa campanha de comunicação”, metade das 482.019 mortes que o país registra poderiam não ter ocorrido.

“Muito difícil falar em números. Caso tivessem sido fechados acordos precocemente, com o Butantan e com a Pfizer, teríamos evitado entorno de 80 a 90 mil mortes no país. Certamente se tivéssemos tido alguns períodos de confinamento, uma boa campanha de comunicação, nos teríamos um número de mortes muito menor. Não sei se alguém já fez essa estimativa de forma científica. Mas se formos pensar nestes números em forma de grandeza, dá para pensar em metade dessas mortes evitáveis”, afirmou.

Já Pasternak apresentou um levantamento realizado pelo epidemiologista Pedro Hallal, professor da Escola Superior de Educação Física da UFPel e coordenador do Epicovid-19, um dos maiores estudos sobre coronavírus no país. Segundo o estudo — publicado na revista científica The Lancet –, caso o Brasil estivesse na média mundial de controle da pandemia, três de quatro mortes poderiam ter sido evitadas.

“Ou seja, quando atingirmos 500 mil mortes, isso quer dizer que 375 mil poderiam ter sido evitadas com melhor controle da pandemia”, ressaltou a cientista.

Em resposta ao senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), Natalia Pasternak afirmou que medidas preventivas contra a Covid-19 precisam ser implementadas, de preferência, com uma campanha coordenada pelo governo federal e pelo Ministério da Saúde “para que estados e municípios tenha diretrizes claras de como proceder e possam proceder em conjunto”.

“Claro que é um grande desafio num nosso país como o nosso, com a desigualdade social tão grande como a nossa, falar em lockdown – parece hipocrisia (…) Precisamos garantir que esses poucos que tem esse privilégio, que não precisam sair e pegar transporte público, que fiquem nas suas casas e não fazendo festinhas”, afirmou.

Ela disse que, para isso, é fundamental a realização de campanhas de conscientização para as classes mais privilegiadas.

“E as pessoas que não podem [ficar em casa], temos que ampará-las, inclusive financeiramente, para que possam se proteger. E que, quando precisem se expor, tenham acesso a recursos de proteção”, completou.

Ela defendeu ainda a realização de lockdowns coordenador por região. “E não uma cidade aqui e outra ali, que são belos estudos de caso, mas que não terão efeito duradouro e prolongado na sociedade.”

Questionado sobre a possibilidade de uma terceira onda de casos de Covid-19, Claudio Maierovitch afirmou que é difícil falar em ondas no Brasil porque tivemos, na verdade, uma “escada” de infecções e mortes.

“A partir do momento que isso não se estabilizou, a tendência é termos patamares superiores. É como se lançássemos um foguete de uma altitude maior. Começamos em março do ano passado, do zero, e atingimos uma grande altitude na metade do ano passado. Recomeçamos em um patamar já superior no fim do ano passado e atingimos o triplo daquele pico anterior”, disse.

“Agora, se forem confirmadas as previsões de uma nova transmissão intensa – e há sinais importantes dados pela lotação dos hospitais em vários estados –, partimos de um patamar ainda mais alto e sem uma imunidade coletiva capaz de conter isso”, completou.

Ele disse, porém, que a esperança é que esse eventual aumento de infecções tenha uma letalidade um pouco inferior porque boa parte da população idosa já foi vacinada ou já tera sido vacinada nos próximos um ou dois meses.

O especialista afirmou ainda que essa pandemia serviu para revelar duas coisas importantes aos estudiosos da área: “primeiro, as consequências invisíveis de nosso trato com o ambiente – boa parte dos agentes infecciosos novos ou que tem dado problema para a população humana são decorrentes da invasão de ambiente em que esses organismos estavam preservados por razões econômicas”, disse.

“A segunda foi o despreparo. Todo o mundo, nos imaginávamos muito mais preparados. Sem dúvida, essa pandemia deve criar um movimento mundial de aperfeiçoamento da capacidade de detecção, identificação rápida e reação frente a pandemias.”

Para Natalia Pasternak, não houve uma ampla campanha de conscientização sobre a pandemia e posicionamentos de “figuras de autoridade” confundiram a população.

“Falta campanha. Não se conduz uma resposta à pandemia sem informação. E quando vemos figuras de autoridade que se comportam de maneira contrária à ciência, confunde as pessoas”, disse. Segundo ela, informações contrárias à ciência e a falta de campanhas informativas sobre o uso de máscara e medidas de enfrentamento à pandemia fizem as pessoas assumirem “comportamentos de risco”.

“A crença de que existe uma cura fácil, simples, barata, que bom que isso fosse verdade, ilude as pessoas, cria uma falsa sensação de segurança. E leva as pessoas a um comportamento de risco.”

Segundo Maierovitch, há banalização de mortes e a falta de comunicação clara sobre a doença contribui para isso. “Estamos vivendo uma catástrofe deste tamanho e vamos nos anestesiando para isso. Acredito que uma parte disso tem relação muito forte com a comunicação, como as mortes que têm sido banalizadas.”

Ao responder o relator da CPI, senador Renan Calheiros, Maierovitch afirmou que não há precedente na história sobre controle de epidemias sem a presença do Estado. Para ele, numa situação de crise como a enfrentada pelo Brasil a “necessidade de tomada de decisões é contínua” e não deve ser tratada por “amadores”.

“Queria trazer a lembrança que não existe precedente de controle de pandemia sem o Estado. Não existe na nossa história.  Queria trazer um exemplo (…) A necessidade de tomada de decisões é contínua. Isso exige um mecanismo de gestão que permita prosseguir, resolver problemas o tempo todo. Isso significava, por exemplo, um ministro acionar outro ministro, para, por exemplo, levar vacinas em um voo da FAB. Isso não é assunto para amador. Tem decisões que precisam ser tomadas imediatamente”, disse.

• Spray Nasal: ‘Visita brasileira surpreendeu pesquisadores israelenses’

Ao avaliar o spray nasal, em fase de desenvolvimento por pesquisadores de Israel, como um possível medicamento para Covid-19, Pasternak afirmou que a visita da comitiva brasileira ao país “surpreendeu até mesmo os pesquisadores israrelenses”. “É um remédio em fase inicial que não tinha tanto motivo para atrair tanto interesse de qualquer governo” completou.

Para Maierovitch, a troca de informações entre pesquisadores de diversos países é um procedimento normal, mas a ida presencial à Israel não era necessária.

“Uma coisa é troca de informações, estamos trocando informações o tempo todo. Quando eu vi a notícia da delegação visitar Israel, fiquei pensando o que eles vão olhar lá que precisa da presença física. Eu exercitei a minha imaginação e não consegui pensar em nada que exigisse a presença física. Mesmo que quem esteve lá, o que não parece ser o caso, fosse um grande especialista em pesquisa”, disse.

• Uso de máscara deve continuar até curva da Covid-19 cair

Questionados pelo vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues, sobre a possibilidade de pessoas vacinas ou que já tiveram Covid-19 deixarem de usar máscara – como defendido na véspera pelo presidente Jair Bolsonaro –, os dois especialista se mostraram contrário à essa possibilidade.

“O que sabemos até agora é que mesmo pessoas que tiveram infecção e pessoas vacinadas podem ter infecção, podem voltar a ficar doentes”, disse Claudio Maierovitch.

“Enquanto não tivermos uma quantidade enorme, uma proporção muto grande da população vacinada, temos que continuar tomando todos os cuidados, usando máscaras quando tivermos pessoas próximas ou em locais fechados”, defendeu.

Natalia Pasternak defendeu que o uso de máscara e a manutenção de outras medidas preventivas continua sendo essencial.

“Não é apenas o porcentual de vacinados. Os números da Covid que vão nos dizer quando relaxar as medidas preventivas. Nenhuma vacina é 100% e a eficácia dessas vacinas vai variar com a taxa de transmissão comunitária”, afirmou.

“Isso, em conjunto, vai nos levar a um momento onde a curva da doença vai decair e vai permitir, então, que a gente relaxe medidas de quarentena. Esse momento ainda não chegou. E quando temos o chefe da nação fingindo que esse momento chegou, isso confunde a população. E precisamos de uma população esclarecida.”

• ‘Kit Covid’ não tem nenhuma base científica que apoie seu uso

Perguntados sobre a combinação de medicamentos, distribuídos em vários locais do país em conjunto e chamados de “kit covid”, Natalia Pasternak destacou que falta base científica para apoiar o uso desses fármacos de forma conjunta.

“Hidroxicloroquina é um medicamento comum e muito bom para malária – e para algumas doenças autoimunies. Mas nunca foi testado em conjunto com outros medicamentos como a azitromicina, a invermectina, a annita, e outros componentes que aparecem e somem desse ‘Kit Covid'”, disse a especialista.

“Nesse kit tem uma série de medicamentos que nunca foram testados em conjunto, com interações medicamentosa. E, no caso da hidroxicloroquina, ela sozinha tem um teste de segurança, mas junto com azitromicina já não tem, sendo que são dois medicamentos que podem ter como efeito colateral o aumento de complicações cardíacas”, continuou.

“Esses medicamentos, em conjunto, podem ter interações medicamentosas nocivas para rins, figado e podem levar pessoas para fila de transplante, como tem acontecido com usuários desse kit.”

Claudio Maierovitch destacou outro aspecto importante que é o fato de o uso indiscriminado de medicamentos poder aumentar a resistência de bactérias a antimicrobianos.

“Um dos medicamentos frequentemente incluídos no kit covid é um antibiótico, chamado azitromicina. Isso, além do procendente, é em si um problema enorme para a saúde pública, em um desafio já colocado há tempos, mas particularmente no século 21, que é a resistência de bactérias a antimicrobianos”, disse o médico.

“Na medida que são distribuídos na forma de kits, teremos cada vez menos opções para tratar infecções bacterianas importantes”, completou.

“A azitromicina tem um lugar específico para uso na terapêutica médica (…) e vem sendo ‘queimada’ por um uso irresponsável para uma indicação que não lhe cabe.”

• Especialistas dizem que outros remédios também são ineficazes contra o novo coronavírus

Renan perguntou sobre a eficácia de outros medicamentos, além da cloroquina, para o enfrentamento da Covid-19 e citou como exemplos ivermectina, zinco e annita.

“Esses medicamentos não servem para Covid-19 de acordo com as evidências acumuladas até agora”, disse a microbiologista Natalia Pasternak.

“As novas evidências precisam ser robustas. Se elas aparecerem, a comunidade científica muda de ideia. Mas as evidências acumuladas até agora, de forma realmente robusta, mostram que esses medicamentos não são indicados para Covid-19.”

Não é tradicional que tenhamos redirecionamento de fármacos para doenças virais porque é realmente muito difícil obter antivirais que funcionem bem. Então, não é nenhuma surpresa que esses medicamentos não funcionem (…) Eles não reduzem carga viral, não reduzem inflamação, não reduzem tempo de hospitalização e não aumentam sobrevida.”

Já Claudio Maierovitch entregou ao senadores um texto de um colega, que foi consultor na OMS, sobre reaproveitamento de fármacos.

“Temos uma lista grande de fármacos, vários deles em fase experimental. Muitos deles já descartados. A maior parte em que se tentou o reposicionamento (…) ainda mostram eficácia muito abaixo do desejado, mas pode ser que surja alguma coisa.”

Maierovitch relembrou também um episódio recente sobre a autorização de uso da Fosfoetanolamina, chamada de “pílula do câncer”.

“Foi aprovado um projeto de lei de autoria do então deputado Jair Bolsonaro propondo a obrigação do governo em fornecer a fosfoetanolamina para [tratamento de] câncer. Não era sequer um medicamento, uma substância produzida em um laboratório da USP”, disse.

“E, depois, se provou realmente não ser um medicamento e a lei foi derrubata pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Trago esse exemplo porque não houve institucionalidade nas decisões baseadas em ciência.”

• Tradicionalmente, doenças virais se controlam com vacinas

Em sua primeira pergunta aos especialistas, o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL) perguntou qual seria a melhor maneira de combater uma doença viral, como o novo coronavírus.

Natália Pasternak foi direta: “Com vacina. Doenças virais são tradicionalmente, historicamente, combatidas com vacinas”, afirmou.

“Remédios antivirais são difíceis de obter, não são fáceis como antibióticos para infecções bacterianas, que temos uma gama enorme para escolher. Antivirais são difíceis de obter porque o vírus é um parasita intracelular e se aproveita do nosso mecanismo celular para se reproduzir. Temos alguns antivirais muito específicos no mercado, geralmente para uma doença – um que só serve para gripe, um que só serve para herpes”, detalhou.

“Temos vacina para sarampo, rubéola, caxumba, para febre amarela. Varíola, única doença erradicada até hoje, é causada por vírus. Mas nunca controlamos ou erradicamos uma doença com imunidade de rebanho. Controlamos com vacinas. Tivemos varíola por milhares de anos e ela não sumiu. Só sumiu com o processo de vacinação organizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que durou 10 anos”, completou

Já Claudio Maierovitch apontou que nenhum antiviral que funciona foi encontrado por acaso.

“Todos eles foram estudados com muito cuidados, com detalhes moleculares, microbiológicos, que permitem conhecer o mecanismo de replicação do vírus, como ele se relaciona com as células humanas, para desenhar moléculas capazes de interferir em cada um desses processos”, detalhou o especialista.

“Não temos no nosso arsenal nenhum que foi encontrado por acaso, que já servia para outra coisa e foi reaproveitado para combater vírus.”

• Não houve coordenação nacional da Pandemia, diz sanitarista

Ao comparar a forma como o Brasil enfrentou a pandemia de Covid-19 com a epidemia de zika vírus, em 2016, o sanitarista Claudio Maierovitch disse que não houve coordenação nacional no combate ao novo coronavírus.

“Uma estrutura de coordenação, não vimos acontecer neste período, senão para cassar responsabilidades do próprio Ministério da Saúde a medida que se constituíram grupos fora do ministério para cuidar da crise”, disse o especialista.

“Não tivemos, por exemplo, critérios homogêneos definidos para o Brasil inteiro de forma que ficou a cargo de cada estado e município definir seus próprios critérios [de enfrentamento]. Isso pode parecer democrático. Mas em uma pandemia isso deixa de ser democrático para produzir inequidades”, apontou.

“Não tivemos sequer um plano para aquisição dos imunobiológicos. Assistimos estarrecidos um desestímulo oficial para que um grande laboratório nacional assumisse a produção de vacinas”, completou, se referindo às recusas iniciais do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de comprar a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan.

“Certamente o cenário seria diferente se houvesse uma política oficial de busca por imunizantes e de acordos para a produção nacional. Certamente o Butantan poderia ter agido mais rápido e com mais pujança e uma produção mais relevante.”

• Estudo de 2020 colocou Brasil em último lugar na resposta de pandemias

Em sua fala inicial, o médico sanitarista e especialista em políticas públicas e gestão governamental Cláudio Maierovitch apresentou dados de dois estudos, um de 2019 e outro de 2020, que mostravam retratos contraditórios do Brasil no combate a doenças.

No primeiro, da Universidade Johns Hopkins, o país aparecia em 22º num índice chamado Índice Global de Segurança em Saúde, que avalia diferentes dimensões de preparação e da organização do país para responder possíveis ameaças à saúde pública.

No mesmo estudo, o Brasil era o 9º entre 195 países no quesito “resposta rápida ao alastramento de epidemias e mitigação” – os EUA ocupavam o primeiro lugar neste índice.

Já o outro estudo, realizado por pesquisadores australianos, situava o Brasil em último lugar em resposta a pandemia: 98º entre os 98 países estudados – os EUA estavam em 94º.

“Brasil e EUA estavam juntos num conjunto de países com lideranças negacionistas na definição apresentada pela Natalia Pasternak e que resistiram a imposição de medidas de contenção da pandemia”, disse Maierovitch.

“O que poderíamos ter tido, desde o início? Em primeiro lugar, a presença do estado com plano de contenção, antes de a epidemia entrar no Brasil”, afirmou. “Tínhamos experiência para fazer isso no nosso sistema de saúde.”

• Negacionismo da ciência causa mortes, diz especialista

Em sua conclusão sobre a questão do uso da cloroquina em pacientes com Covid-19, a microbiologista Natalia Pasternak afirmou que o Brasil está, pelo menos, seis meses atrasado em relação ao mundo, que já descartou o uso de cloroquina contra o novo coronavírus.

Isso é negacionismo, não é falta de informação. Negar a ciência e usar isso em políticas públicas não é falta de informação, é uma mentira. E no caso triste do Brasil, é uma mentira orquestrada pelo governo federal e pelo Ministério da Saúde. E essa mentira mata porque leva pessoas a comportamentos irracionais que não baseados em ciência.”, afirmou

“Isso não é só para cloroquina, é só um exemplo, mas serve para uso de máscaras, distanciamento social, compra de vacinas – que não foi feita em tempo para proteger nossa população. Esse negacionismo da ciência, perpetuado pelo próprio governo, mata.”

• Testes de cloroquina foram feitos fora de ordem por pressão política e popular

Ainda em sua avaliação sobre a possibilidade de a cloroquina ser usada no tratamento da Covid-19, Natalia Pasternak disse que os testes foram feitos fora a ordem devida (iniciando por estudos pré-clínicos e, depois, evoluindo para estudos de fase 1, 2 e 3) justamente por causa da pandemia e por causa da pressão popular e política muito grandes.

“Se tivessem feito na ordem, teria parado nos pré-clínicos. Por que a cloroquina não tem plausibilidade biológica e nunca funcionou nos testes em animais. Mas como existia uma pressão popular muito grande, foram feitos vários estudos”, afirmou.

Ela explicou que um estudo feito em março de 2020 em células de rins de macaco mostrou que o remédio bloqueava a entrada do vírus nessas células genéricas, onde existe um caminho biológico para ela atuar, “o que não se concretiza em células do trato respiratório”.

Ela também falou de um estudo clínico feito no ano passado com a cloroquina, de todas as maneiras possíveis: “Cobriu tudo e não funciona. Não funciona em células do trato respiratório, em macacos, em tratamento profilático. Testamos cloroquina em tudo e não funciona.”

• Cloroquina nunca teve plausabilidade biológica contra Covid-19

Ao exemplificar como se busca os fatos em questões de saúde pública e para testes de um medicamentos, Natalia Pasternak fez uma análise da cloroquina, “que ainda causa muita confusão no nosso país”.

“A primeira coisa que temos que ver é se existe plausabilidade biológica. Existe um mecanismo celular, biológico, que esse fármaco pode agir? Pode impedir a entrada na célula? Pode impedir a replicação do vírus? O que ele pode fazer?”, explicou.

“No caso da cloroquina, infelizmente, ela nunca teve plausabilidade biológica para funcionar. O caminho pelo qual ela bloqueia a entrada do vírus na célula só funciona in vitro, em tubo de ensaio. Nas células do trato respiratório, o caminho é outro. Então, ela já nunca poderia ter funcionado.”

Outro passo é examinar a probabilidade dela funcionar, ou seja, se o remédio já foi efetivo para outras doenças, para outras viroses.

“Não, nunca funcionou. A cloroquina já foi testada e falhou para várias doenças provocada por vírus, como zika, dengue, Chikungunya, o próprio Sars [causado por outro tipo de coronavírus], aids, ebola e nunca funcionou”, detalhou a microbiologista.

Ela destacou também que evidências anedóticas, como “meu vizinho e meu cunhado tomaram cloroquina e se curaram” não são evidências científicas, mas sim causos, histórias.

“E o plural de evidências anedóticas não é evidências científicas. É só um monte de evidências anedóticas. Não interessa quantas pessoas a gente conhece que usaram cloroquina e se curaram. Isso não se transforma em evidência científica. Isso precisa ser investigado porque correlação não é a mesma coisa que causa e efeito”, afirmou.

Pasternak explicou que correlações suscitam perguntas para serem investigadas, mas não uma resposta.

“Para ter uma resposta, precisamos saber uma relação de causa e efeito. Para isso, usamos estudos randomizados, controlados, duplo-cego e com grupo placebo. Esse é o tipo de estudo que consegue estabelecer uma relação de causa e feito. Correlação a gente vê em estudos observacionais, aqueles que olham para trás e observam o que já aconteceu.”

A especialista também exibiu um gráfico de curvas de casos de uma doença viral, com uma queda abruta. “Podem falar que essa queda é causada pelo “tratamento precoce”.

“Isso não é causa e efeito. É correlação. Qualquer coisa poderia estar naquela flechinha [que indica a queda de casos].”

• Ciência precisa e deve ser levada para toda a população

Em sua fala inicial, a microbiologista Natalia Pasternak afirmou que se a pandemia de Covid-19 trouxe algum benefício, foi “mostrar que ciência precisa e pode ser levada e compreendida por toda a população”.

“[Ciência] é vista por nós, cientistas, como um processo, um método, de investigação da realizada que pressupõe nossa capacidade de mudar de ideia diante de novas evidências, desde que elas sejam robustas, e da crítica de nossos pares.”

Ela ressaltou, porém, que a simples publicação de uma teoria em um periódico científico não a torna ciência – “ou, pelo menos, ciência de qualidade”.

“Também não é qualquer coisa dita por alguém de jaleco que tem phD depois do nome (…) e não é uma questão de opinião, uma questão do que eu exergo versus o que você enxerga. Não é uma visão do mundo.”

“Não é desrespeitar a opinião alheia, mas a ciência funciona buscando os fatos”, completou.

Quem são os depoentes
Natalia Pasternak é PhD com pós-doutorado em microbiologia na área de genética molecular de bactérias pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP (ICB-USP), além de ser diretora-presidente do Instituto Questão de Ciência.

Também é colunista do jornal O Globo, das revistas The Skeptic (Reino Unido) e Saúde e autora do livro Ciência no Cotidiano, além de ser a editora responsável pela revista Questão de Ciência.

Pesquisadora visitante do ICB-USP no Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas (LDV) e professora convidada na Fundação Getulio Vargas na área de administração pública, Natalia tornou-se membro, em 2020, do Committee for Skeptical Inquiry (EUA).

Claudio Maierovitch e Natalia Pasternak prestam depoimento à CPI da Pandemia
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil e CNN/Reprodução
Cláudio Maierovitch é médico sanitarista, especialista em políticas públicas e gestão governamental e mestre em medicina preventiva e social.

Também coordena o Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde da Fiocruz Brasília. Foi presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de 2003 a 2008 e diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde (entre 2011 e 2016).

Fonte: CNN

Abertas inscrições para vagas de eletricista, vendedor e outros cargos em Lafaiete

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Nesta segunda-feira, 14 de junho, o Sine Lafaiete está com 52 cargos recebendo inscrições enquanto houver limite de encaminhamento. Confira a lista abaixo.

Presencialmente, os candidatos precisam ir à Praça Barão de Queluz, número 138, centro, das 8h às 17h. Os serviços também são oferecidos pelo Sine de forma on-line, basta acessar o portal Emprega Brasil, do Ministério do Trabalho, ou aplicativo Sine Fácil. Dúvidas são resolvidas pelo telefone (31) 3769-2926.

5725862
AJUDANTE DE ELETRICISTA
VAGA PARA MORADORES DE LAFAIETE.

5754112
AJUDANTE DE ELETRICISTA
VAGA PARA MORADORES DE LAFAIETE.

5726307
AJUDANTE DE SERRALHEIRO
MORADORES DE LAFAIETE, CONGONHAS E OURO BRANCO.

5760132
ARMADOR DE FERRAGENS
VAGAS PARA CANDIDATOS DE LAFAIETE E CONGONHAS.

5756370
ATENDENTE AMBULANTE
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE, OURO BRANCO E CONGONHAS.

5745166
ATENDENTE DE FARMÁCIA
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE

5733683
AUXILIAR DE DEPARTAMENTO FISCAL
VAGA PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5733823
AUXILIAR DE DEPARTAMENTO DE PESSOAL
VAGA PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5758079
AUXILIAR DE LINHA DE PRODUÇÃO
VAGA PARA MORADORES DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5673630
BIOMÉDICO / FARMACÊUTICO BIOQUÍMICO
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5732935
BORRACHEIRO
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE, OURO BRANCO E CONGONHAS.

5707441
CALDEIREIRO
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5745256
CONFEITEIRO
TRABALHAR EM PIRANGA. TER DISPONIBILIDADE DE MORAR EM PIRANGA.

5747037
COORDENADOR COMERCIAL
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5733812
COORDENADOR DE DEPARTAMENTO FISCAL
VAGA PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5757932
CONSULTOR DE VENDAS
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5432150
COSTUREIRA
VAGA PARA CANDIDATOS DE LAFAIETE.

5754129
ELETRICISTA
VAGA PARA MORADORES DE LAFAIETE.

5717037
ELETRICISTA
REGIME INTERMITENTE
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE, CONGONHAS E OURO BRANCO.

5724568
ELETRICISTA DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5744275
ELETRICISTA DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
VAGAS PARA CANDIDATOS CONSELHEIRO LAFAIETE.

5750452
ESTOQUISTA ENTREGADOR
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5751921
INSTALADOR DE SOM E ACESSÓRIOS DE VEÍCULOS
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5758040
INSTRUTOR MANUTENÇÃO DE COMPUTADORES E CELULARES
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5752079
LABORATORISTA DE SOLOS
VAGA PARA MORADORES DE CONSELHEIRO LAFAIETE, SÃO BRÁS DO SUAÇUI (DEMAIS LOCALIDADES EMPRESA OFERECE ALOJAMENTO).

5635155
MEC NICO DE GUINDASTE
VAGAS PARA CANDIDATOS DE LAFAIETE, OURO BRANCO E CONGONHAS.

5674948
MEC NICO DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
VAGA PARA MORADORES DE LAFAIETE.

5746957
MEC NICO ELETRICISTA
VAGAS PARA CANDIDATOS DE LAFAIETE, OURO BRANCO E CONGONHAS.

5746898
MONTADOR DE MÓVEIS
VAGA PARA CANDIDATOS DE LAFAIETE.

5754557
MOTOFRETISTA
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE

5726595
OPERADOR DE EQUIPAMENTOS PESADOS E MÓVEIS
MORADORES DE LAFAIETE E REGIÃO.

5675877
OPERADOR DE EQUIPAMENTOS PESADOS E MÓVEIS OPERADOR DE RETROESCAVADEIRA
VAGA PARA MORADORES DE LAFAIETE E OURO BRANCO;

5635216
OPERADOR DE GUINDASTE
VAGAS PARA CANDIDATOS DE LAFAIETE,CONGONHAS E OURO BRANCO

5681317
OPERADOR DE PRODUÇÃO
VAGAS E TRANSPORTE PARA TRABALHADORES DE LAFAIETE.

5753815
PROMOTOR DE VENDAS
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5740472
REPARADOR DE ELETRODOMÉSTICOS
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5753842
SUPERVISOR DE VENDAS
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5688518
TAPECEIRO DE VEÍCULOS (MONTADOR DE VEÍCULOS)
VAGA PARA MORADORES DE LAFAIETE.

5752831
TÉCNICO ESPECIALIZADO EM FIBRA ÓTICA
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5755921
TÉCNICO DE PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE, OURO BRANCO E CONGONHAS.

5735591
TÉCNICO DE REDE EXTERNA
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5754719
TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
VAGAS PARA CANDIDATOS DE LAFAIETE, OURO BRANCO, CONGONHAS, SÃO BRÁS DO SUAÇUI, ENTRE RIO DE MINAS.

5743375
TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
VAGAS PARA CANDIDATOS DE LAFAIETE.

5757957
TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
TRANSPORTE PARA MORADORES DE LAFAIETE E OURO BRANCO.

5745660
TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
VAGA PARA MORADORES DE LAFAIETE.

5750401
VENDEDOR
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5738979
VENDEDOR
VAGA PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5756000
VENDEDOR EXTERNO
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5728977
ZELADOR
MORADORES DE LAFAIETE.

VAGA EXCLUSIVA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (PCD)

5752133
AUXILIAR ADMINISTRATIVO III
VAGA PARA MORADORES DE LAFAIETE.

5741870
AUXILIAR ADMINISTRATIVO
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE, OURO BRANCO E CONGONHAS.

5758018
AUXILIAR ADMINISTRATIVO
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

5754699
AUXILIAR DE MANUTENÇÃO DIESEL
VAGAS PARA CANDIDATOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE.

Fonte: Correio da Cidade

Inverno: reumatologista alerta para os desafios da estação

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O inverno costuma ser desafiador para alguns pacientes com doenças reumáticas. Em sua maioria, essas doenças afetam o aparelho locomotor, ou seja, ossos, articulações (“juntas”), cartilagens, músculos, tendões e ligamentos. A queda de temperatura pode causar contração e rigidez na musculatura e isso traz dor e desconforto para esses pacientes.

De acordo com o médico Murillo Dório, especialista da Cobra Reumatologia, essa rigidez, aliada à falta de exercícios físicos (que tem uma baixa comum nesta época do ano), à inflamação nas articulações e à sensação natural do frio, faz com que os pacientes acabem sofrendo com dores constantes no inverno.

Esse panorama não envolve apenas a sensação de dor, mas aumenta a possibilidade de automedicação, distúrbios psicológicos e, por vezes, até a diminuição da renda mensal, uma vez que a rotina normal de trabalho pode ser prejudicada.

Para que os portadores de doenças reumáticas já comecem a cuidar da sua saúde e reduzam ao máximo suas dores na época mais fria do ano, Murillo traz dicas essenciais:

– Atividade física: apesar da preguiça de levantar no frio, é necessário manter os exercícios, principalmente o alongamento. Assim os músculos ficam mais preparados para as mudanças climáticas.

– Aqueça: casacos, calças e sapatos adequados são essenciais, pois quanto mais frio sentir, mais intensa a dor ficará. Ainda, a recomendação é que os banhos sejam feitos com as janelas fechadas e os ambientes aquecidos.

– Evite a automedicação: siga as orientações do seu médico sobre os medicamentos que você pode tomar nos períodos de piora da dor e mantenha o uso regular dos medicamentos já prescritos para o tratamento da sua doença reumática.

Fonte: Bem Paraná

Pressão alta e pressão baixa: entenda as causas, sintomas e qual é mais grave

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Você já deve ter ouvido falar de uma pessoa que passou mal porque estava com a pressão alta ou baixa, certo? As duas condições estão relacionadas com a forma na qual o sangue é bombeado pelo coração para que, pelas artérias, chegue a todas as partes de nosso organismo. Então, algumas pessoas acabam sofrendo de hipertensão ou hipotensão, quando o fluxo é mais alto que o normal ou mais baixo que o normal.

As doenças, no entanto, são mais complexas do que parecem, e por isso conversamos com alguns cardiologistas para esclarecer algumas questões envolvendo a pressão alta e a pressão baixa, inclusive quando acometem pessoas mais velhas.

O Canaltech conversou com a Dra. Paola Smanio, cardiologista e gestora do Centro de Diagnóstico do Grupo Fleury, que explicou que a pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio. “Há uma certa resistência para que o sangue circule em nossos vasos sanguíneos, então o coração tem que fazer força/pressão para bombear o sangue e fazê-lo chegar em todos os lugares do nosso organismo. Quando essa força para que o sangue percorra a parede das artérias é grande, significa que a pressão está alta. E ao contrário, quando não há sangue suficiente, a pressão fica baixa”, esclarece a médica.

João Vicente, doutor em cardiologia e médico assistente na Unidade Clínica de Hipertensão do InCor da FMUSP, diz ainda que medidas internacionais e nacionais estipulam que os valores normais de pressão arterial sejam de no máximo 130 x 80. Agora, vamos entender de forma mais detalhada a diferença entre as duas doenças.

Pressão alta
Vicente explica que, ao longo do tempo, a força que é exercida pelo coração para que o sangue circule nas parede arteriais pode prejudicar o próprio órgão e toda a parte vascular. Smanio também fala sobre o assunto. “Quando o problema não é tratado pode lesar o que chamamos de órgãos-alvos: retina, artérias renais e o rim. Além disso, a pressão alta é um dos principais fatores de risco para infartos e causa de muitos casos de acidente vascular cerebral e AVC”, detalha a médica.

Vicente diz ainda que a pressão arterial elevada pode levar a sintomas como tonturas, palpitações, dor no peito e na nuca, e que os valores altos podem desencadear problemas mais graves, como angina, infarto agudo do miocárdio, arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca, acidente vascular isquêmico e/ou hemorrágico e aneurisma da aorta.

Pressão baixa
Na pressão baixa, os sintomas são tontura, náuseas, “moleza” e mal-estar, visão turva, falta de concentração, aceleração de batimentos cardíacos, entre outros. Pode ser causada, muitas vezes, pela desidratação ou por medicamentos que são usados em doses superiores, como diuréticos, por exemplo.

“Algumas alterações hormonais e anemias por falta de ácido fólico e vitamina B12 também causam pressão baixa. Apesar do mal-estar, ter a pressão baixa não é considerado algo grave, a não ser que venha acompanhada de alguma doença”, comenta Smanio.

Vicente também comenta sobre a pressão arterial fraca, dizendo que as pessoas que sofrem da doença podem tanto ser assintomáticas, quando apresentar sintomas além das tonturas, como a lipotímia, quando há a sensação de perda dos sentidos e da força muscular, ou até sincopes, quando o indivíduo “liga e desliga”, ou seja, cai de forma completamente inesperada, correndo risco de se machucar. Além disso, o médico diz que doenças como infarto agudo do miocárdio, arritmias cardíacas, embolia pulmonar, acidente vascular cerebral e aneurisma da aorta podem causar a pressão baixa, e até mesmo a desidratação extrema pode provocar o problema, principalmente em idosos.

É hereditário?
Paola Smanio conta que a hereditariedade tem, de fato, grande influência sobre a nossa pressão arterial, destacando os casos de hipertensão, mas que também existem outros fatores, como a idade. “Sabemos que entre pessoas idosas é comum que a pressão seja mais alta. Já entre jovens, quando ela aparece alterada é preciso investigar, pois pode se tratar de algum outro problema que está causando essa disfunção. Também encontramos o envolvimento de fatores étnicos, pois pessoas da raça negra têm pressão mais elevada, por exemplo”, exemplifica.

Níveis seguros
O Canaltech também conversou com o Dr. Fábio Gazelato, cardiologista e diretor médico da DaVita Serviços Médicos, que explicou detalhes sobre a pressão alta e pressão baixa, principalmente em relação aos níveis seguros de medição. “De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a Hipertensão Arterial Sitêmica (HAS) é caracterizada quando os valores pressóricos estão persistentemente elevados dentro de uma faixa sistólica acima de 140 mmHg ou o diastólico acima de 90 mmHg”, explica, dizendo ainda que a doença afeta cerca de 25% da população de centros urbanos.

Já a pressão baixa, a hipotensão, acontece quando há uma queda de 20 mmHg da pressão sistólica ou 10 mmHg da pressão diastólica quando a pessoa se levanta. Sendo assim, de acordo com o médico através de informações de estudos clínicos, “quanto mais próximo de valores sistólicos de 120 mmHg e 80 mmHg mais controlada estará a pressão quanto a sua doença de base”, completa.

Tratamentos
Ter pressão arterial alta é perigoso. Vicente conta que o primeiro passo para melhorar o problema é mudar o estilo de vida e controlar fatores como peso, sedentarismo, consumo de açúcar, colesterol, triglicerídios no sangue e tabagismo. “Ter uma dieta saudável, livre de gorduras e frituras, e ingerir alimentos com baixo teor de sal”, recomenda o profissional. “Nos casos em que a pressão não fique dentro da normalidade após estas medidas serem adotadas, a única forma de controle para a pressão arterial se normalizar é através do uso correto dos medicamentos, que devem ser prescritos pelo médico cardiologista”, completa.

No caso da hipotensão, Gazelato diz que a hidratação constante é essencial para aliviar os sintomas, além do uso de meias elásticas e prática de exercícios. Também há a recomendação de não se levantar rapidamente depois de um período de descanso. Caso nenhuma das prevenções amenize os sintomas, o uso de medicamentos pode ser receitado.

Pressão alta e idosos

A hipertensão arterial em idosos pode ser mais perigosa, como explica o geriatra Natan Chehter, membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. “Com a idade, existe tanto a perda da massa muscular das artérias, deixando a musculatura menos elástica, quanto fatores que ocorrem por anos de pressão alta, diabetes, colesterol e tabagismo”, explica o médico, justificando o enrijecimento das artérias, o que é chamado de aterosclerose.

Chehter completa que tanto a pressão alta quanto a pressão baixa trazem seus riscos, mas que a pressão baixa tem riscos a curto prazo, podendo causar quedas e acidentes, e mesmo os “tombos” mais simples podem acabar sendo mais perigosos quando acontecem com idosos, e em casos mais extremos podem levar ao AVC. Sendo assim, o maior cuidado deve ser com a hipertensão arterial, que precisa sempre ser acompanhada de profissionais.

Fonte: CanalTech

Dor de cabeça: tipos, cenários e sua presença entre os sintomas do pós-covid-19

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Dor de cabeça é um assunto comum, e não faltam motivos hoje em dia para usarmos este termo. Mas o fato é que todos devem estar atentos aos sinais que esta dor traz.

Com a chegada da pandemia, a dor de cabeça como em um quadro gripal é um dos sintomas relatados na covid-19, mas depois de o paciente estar livre da doença, esta dor tem aparecido entre as principais sequelas que os especialistas têm chamado de síndrome do pós-covid.

Atenção, tratamento adequado e diagnóstico precoce da situação são necessários nos casos em que a dor de cabeça não se limita apenas às preocupações do dia a dia, mas traz o risco de incapacitar o paciente para o trabalho e para a vida, pelo desconforto que perturba o paciente.

Quem fala com autoridade sobre o assunto é o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Funcional, Doutor em Neurociências, Dr. Wuilker Knoner Campos.

O médico neurocirurgião da clínica Neuron Dor em Florianópolis explica que se devem levar em consideração quatro cenários para a dor de cabeça. Atualmente, ele é o responsável técnico pela clínica Neuron Dor, e está à frente do projeto de ambulatório pós-covid, na Neurologia.

De acordo com Dr. Wuilker, tínhamos antes da pandemia uma incidência normal de cefaleias e enxaqueca na população em torno de 30% a 40%.

“Agora, com certeza, com a pandemia, essa incidência vai aumentar. Porque as consequências da doença, junto com outros problemas neurológicos e respiratórios, são o aumento dos mais variados tipos de dor de cabeça. São as cefaleias pós-covid-19.”

Quatro cenários para se observar quando há dor de cabeça
De acordo com Dr. Wuilker, que também é Doutorado em Neurociências pela UFSC, devem-se levar em consideração quatro cenários para a dor de cabeça.

Cenário 1: dor esporádica
“O primeiro cenário é a dor de cabeça que acontece de forma esporádica: após muito tempo de jejum, ou em decorrência de algum tipo de alimentação, estresse, após longos exercícios, comida ou bebida”, cita.

“Esta é uma dor de cabeça mais comum, fica identificado que é só esta dor, não tem outro sinal, e normalmente é frontal e latejante. Então esse tipo de dor de cabeça esporádica, e quando está relacionada ao estresse, também acaba afetando a parte cervical e posterior”, diz.

Neste caso, que é mais de conhecimento popular, o próprio paciente toma o analgésico que está acostumado, que já tem em casa. Porém, mesmo assim, o médico faz um alerta.

“É preciso observar. Se ela for a mais forte já sentida na vida, de forma súbita, já é um sinal de que não é um sintoma bom. Porque você nunca tem dor de cabeça, ou tem dor esporádica, e tem de repente a pior já sentida, e de forma súbita, isso pode chamar atenção para um evento vascular acontecendo”, orienta.

Então, para sintomas súbitos e fortes na cabeça, sempre é necessário lembrar-se de eventos vasculares, do tipo AVC hemorrágicos ou aneurisma cerebral, aí é a cabeça toda que dói, realmente.

“Para esses dois pontos eu chamaria atenção. Quando é aneurisma, súbito temos a dor de cabeça e na nuca, muito forte também. A grande característica deste tipo de dor de cabeça que levanta uma bandeira vermelha de alerta é justamente ser súbito, de repente e muito forte. Pode estar havendo um sangramento cerebral, e isso requer uma condução imediata para um pronto-atendimento, porque trata-se de uma emergência”, alerta o neurocirurgião.

Ainda neste primeiro cenário, há dor de cabeça relacionada a um grande esforço, por exemplo, pós-relação sexual, pós-orgásmica, ou no ato de defecar, que exija esforço físico. E esses esforços podem fazer romper vasos na cabeça e são sinais de alerta.

“E estamos falando de um quadro de diferenciar o que é uma situação habitual, e o que tem um sinal de alerta. Claro, uma dor de cabeça associada a qualquer outro sintoma neurológico, tipo uma paralisia do rosto, numa parte do corpo, sonolência excessiva, também são bandeiras vermelhas de que o paciente deve ser levado a um pronto-atendimento”, ressalta Dr. Wuilker.

“Então, qualquer coisa que passe de uma dor leve sem outros sinais de alerta, deve ser avaliado de forma mais imediata”, diz. Outra coisa é você tomar o remédio habitual e a dor aliviar, é sinal de que está seguindo o curso benigno. Não tendo as bandeiras vermelhas, a tendência é melhorar.

Se piorar, aí realmente deve-se procurar um serviço médico. Dr. Wuilker cita que deve-se observar situações de dor de cabeça esporádica. E fala da diferença entre a dor de cabeça e daquela que é maligna, do tipo que acende a bandeira vermelha ou ‘red flags’. São sinais de alerta.

Cenário 2: quando as dores de cabeça são recorrentes
Dor de cabeça recorrente exige tratamento – Foto: Reprodução/Pixabay
Outro cenário é a pessoa que tem dor de cabeça todo o dia. Pode ser a enxaqueca, mas teremos aí dezenas de tipos diferentes de dores de cabeça e enxaqueca é um tipo. “Os tipos que temos hoje são quando essa dor começa a ser recorrente, semanal, por exemplo. Mais de duas vezes no mês já é recorrente. Uma vez na semana, é sinal de alerta”, diz Dr. Wuilker.

Esta situação acaba já sendo um efeito colateral, ou seja, incapacidade funcional. A pessoa já não consegue mais ter o mesmo desempenho na sua atividade de trabalho, no seu lazer, no seu convívio de família. A dor de cabeça passa a ser uma doença, ou seja, uma disfunção cerebral que você deve tratar, porque está tendo prejuízo na qualidade de trabalho e de vida.

“É o que chamamos de cefaleia crônica diária. A grande característica é que dói a cabeça toda, em aperto, normalmente na região frontal, o pescoço também dói, tem a tensão do dia a dia. Geralmente é mais no fim do dia, depois da ‘batalha’ do dia, posições erradas, estresse do trabalho, etc”, diz o médico da Neuron Dor.

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Terceiro cenário: cefaleia do abuso de analgésicos
“Você está tomando analgésicos para melhorar e está piorando a dor de cabeça. O uso diário ou abuso de analgésicos faz com que você cada vez tenha de tomar mais para poder conter a dor de cabeça. E aí você faz com que o corpo entre num ciclo vicioso de cada vez mais necessitar de analgésicos porque aquela dose não adianta mais hoje. Então precisa aumentar. Semana que vem, a mesma dose não adianta mais. Tem gente que toma, 10, 20 comprimidos por dia para dor de cabeça, sabendo que, na verdade isso está fazendo mal”, revela o especialista.

A cefaléia crônica é uma dilatação dos vasos e isso destende, aumenta a pressão do crânio, e acaba dando essa dor. Pode ser congênito, hereditário, etc. Esse tipo por abuso de analgésico vai merecer um tratamento especial, será necessária uma medicação específica.

Outro tipo de dor de cabeça mais comum é a enxaqueca. É de um lado só e vem acompanhado de outros sintomas, que geralmente não estão na cefaleia crônica, como fotofobia (irritação com a luz), fonofobia (irritação com barulho), a pessoa precisa ficar num lugar fechado, escuro. Ela costuma não ceder com analgésico e durar mais de um dia.

Às vezes têm pacientes que entram em estados enxaquecosos, a pessoa entra numa enxaqueca e perdura até por uma semana, pode causar crise convulsiva, síndrome confusional aguda, sai da órbita, fica como se estivesse com agitação psicomotora e é levado na emergência como se tivesse com abuso de droga.

“E a pessoa na verdade está tendo uma enxaqueca que tira ela do ar. A enxaqueca pode provocar até uma paralisia num lado do corpo. Compromete a função motora, mas normalmente é reversível”, explica o médico da Neuron Dor.

Todo o estado enxaquecoso ou cefaleia crônica tem uma pré-disposição a ter AVC isquêmico no futuro. Sobre o tratamento das cefaleias e enxaquecas, começa mapeando os principais causadores, geralmente relacionados com alimentos: chocolate, queijos, condimentos, temperos industrializados, amendoim, bebida alcoólica, podem ser o estopim. Grandes períodos de jejum também. Então há essa abordagem educacional alimentar.

A abordagem medicamentosa, normalmente tem dois tipos de remédio. Um que é chamado de preventivo, ou seja, o paciente vai ter de tomar todos os dias, para que faça a modulação da dor e diminua a intensidade, até que consiga zerar essa dor.

E se mesmo assim, ocorrer uma crise, será utilizado um medicamento ‘abortivo’, ou seja, que vai abortar a crise e são medicamentos mais fortes do que os analgésicos comuns e servem para abortar as crises. Além disso, existe a acupuntura, técnicas de relaxamento, massoterapia, que podem ajudar.

Quarto cenário: cefaleia pós-covid-19

Quem já teve Covid-19 poderá ter como sequelas variados tipos de dor de cabeça – Foto: Reprodução/Pixabay
O quarto cenário, segundo Dr. Wuilker Campos, é o do pós-covid. Inicialmente, o paciente que tem covid-19 relata como uma dor de cabeça de um quadro gripal. Dói a cabeça toda, pulsa, como um quadro viral.

Saíram da infecção, algumas pessoas podem ter adquirido uma cefaleia crônica, ou seja, a bagunça que o vírus faz quando entra no Sistema Nervoso Central é a anosmia, ou perda do olfato e paladar, ou seja, o vírus entrou no SNC, e tanto o vírus quanto a informação que ele traz, devido a essa enxurrada inflamatória de células produzidas pelo próprio organismo na luta contra o vírus durante a Covid-19.

Explica Dr. Wuilker que podem acontecer três coisas em relação à dor de cabeça no pós-covid:

“Primeira, nada. Segunda, o paciente já tem uma dor de cabeça e pode piorar, necessitando de ajuste de medicação, e a terceira é aquela pessoa que não tinha nada e começou agora a ter enxaqueca, cefaleia, ou seja, ela nunca teve nada e agora tem uma doença crônica.”

“Essa é uma das ‘heranças’ que a pandemia está deixando para as pessoas. Que é justamente a dor de cabeça diária. E o tratamento segue a mesma linha dos tipos existentes. Define-se com qual tipo a pessoa ficou e a partir disso, orientamos medicamentos ou terapias”, relata o especialista.

Incidência de dores de cabeça tende a aumentar

“Vai ter de ser feita uma releitura da dor de cabeça porque vai aumentar a incidência”, opina o médico, que está à frente do projeto de ambulatório pós-covid, na neurologia da clínica Neuron Dor.

“O sintoma que eu mais vejo como ‘herança’ da pandemia é a cefaleia. Depois, alguma alteração de humor, como depressão e ansiedade, e insônia. São os grandes legados ruins que a infecção tem causado”, avalia.

“Normalmente, tratamos cerca de dois meses, a pessoa alivia e consegue sair da dor de cabeça. Mas quanto mais precoce o tratamento, maior a chance de não cronificar. Mas se demora, abusa de remédio, contribui para a cronificação da dor de cabeça. Acha que vai passar e às vezes pode ficar para sempre e inclusive, pode se tornar incapacitante. Dor de cabeça incapacita no convívio, no humor, relacionamentos, qualidade de vida, ou seja, há um risco de a pessoa morrer em vida devido às dificuldades de viver com a dor de cabeça”, alerta o médico.

Sobre a Neuron Dor

No Hospital-Dia são realizadas consultas, exames, tratamentos, cirurgias e acompanhamento de pacientes, prioritariamente ambulatoriais de baixa complexidade, utilizando alta tecnologia para internações de no máximo 12 horas. O Centro de Tratamento de Dor Crônica Neuron Dor conta ainda com acesso para ambulâncias, sala de cirurgia e apartamentos com leitos para recuperação de pós-cirúrgico.

A clínica, em sua estrutura, também oferece consultas de encaixe rápido, sala de pequenos procedimentos e curativos, estimulação magnética transcraniana, e atendimentos em psiquiatria, psicologia, fisioterapia, acupuntura, neurologia, neurocirurgia, coluna vertebral, medicina da dor e dor oncológica.

A Neuron Dor aposta também na educação do paciente e na formação de profissionais de saúde, bem como em pesquisa através de parceiras com instituições de renome.

Fonte: ND Mais

Pesquisa investiga relação entre anticoncepcionais e câncer de mama

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Ao comparar como diferentes progestágenos – um dos principais componentes dos anticoncepcionais – afetam o tecido mamário de mulheres, pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça, concluíram que algumas dessas substâncias podem estimular a proliferação de câncer de mama mais do que outras. Publicado pelo periódico EMBO Molecular Medicine nesta quinta-feira (27), o estudo lista três progestágenos que deveriam ser evitados pelo público: desogestrel (DSG), gestodeno (GSN) e levonorgestrel (LNG).

Os progestágenos (ou “progestinas”) são derivados sintéticos da progesterona – hormônio sexual que, nas mulheres, desempenha um papel-chave em processos biológicos como o ciclo menstrualgravidez e desenvolvimento fetal. No estudo, pesquisadores investigaram como células epiteliais de mama humanas normais (HBECs, na sigla em inglês) reagem aos efeitos da exposição prolongada de seis progestinas amplamente usadas em anticoncepcionais mundo afora: desogestrel (DSG), gestodeno (GSN), levonorgestrel (LNG), acetato de clormadinona (CMA), acetato de ciproterona (CPA) e drospirenona (DSP).

Para isso, eles desenvolveram o que chamaram de glândulas mamárias de camundongo “humanizadas”: nos dutos de leite de roedores, foram enxertadas amostras de HBECs extraídas de mulheres que haviam realizado a cirurgia de mamoplastia redutora. Isso, segundo os especialistas, garantiu que fosse estabelecido um modelo pré-clínico relevante para a investigação.

Ao final da pesquisa, a equipe dividiu as progestinas em duas categorias: aquelas com atividades anti-androgênicas (CMA, CPA e DSP) e as androgênicas (DSG, GSN e LNG) – termo que se refere às substâncias que estimulam o desenvolvimento de características masculinas, como pêlos e massa muscular. Os resultados surpreenderam o grupo: enquanto essas últimas induziram a expressão de uma proteína que desempenha um papel importante na proliferação celular no epitélio mamário – a Rankl –, as anti-androgências não o fizeram.

“Ficamos surpresos ao descobrir que alguns deles [progestágenos] estimulam a proliferação celular na mama, enquanto outros não”, comenta Cathrin Brisken, pesquisadora da Escola de Ciências e Vida da EPFL e líder do estudo, em comunicado. De acordo com Fabio De Martino, ainda, especialista em câncer que também participou do estudo, a exposição de células mamárias humanas a progestágenos androgênicos por períodos prolongados causou “hiperproliferação e mudanças nas células que estão associadas a lesões pré-malignas precoces”.

O estudo sugere que, ao evitar contraceptivos hormonais com propriedades androgênicas – como o GSN, DSG e LNG, sendo este último um fármaco presente na chamada “pílula do dia seguinte” –, as mulheres podem reduzir o risco relativo de desenvolver câncer de mama. A pesquisa aponta, ainda, três opções que se mostraram “mais seguras” durante os testes – isto é, os anti-androgênicos: CMA, CPA e DSP.

Os pesquisadores recomendam que estudos clínicos sejam realizados para apoiar (ou refutar) as hipóteses levantadas pela investigação – que fez uso de modelos ex vivo e de xenoenxerto –, mas afirmam que os resultados abrem novas oportunidades para a prevenção do câncer de mama, uma vez que podem auxiliar não só decisões individuais, como políticas públicas em torno dos anticoncepcionais. “Pode ser possível prevenir o câncer de mama associado à contracepção, fazendo escolhas mais informadas, levando em consideração a composição molecular de um contraceptivo”, argumenta Brisken.

Fonte: Revista Galileu

Covid-19: consumir álcool ou aspirina, o que não se deve fazer depois de ser vacinado

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Há determinados comportamentos que se deve evitar ter depois de receber a vacina contra a Covid-19. Consumir bebidas alcoólicas em excesso e medicar-se com paracetamol ou aspirina são alguns deles.

A aspirina é um dos medicamentos recomendados para aliviar os efeitos secundários das vacinas. No entanto, uma parte da população passou a tomá-la como forma de prevenir coágulos sanguíneos que algumas vacinas podem causar, uma vez que há estudos científicos que sugerem que o ácido acetilsalicílico previne tromboses ou AVC’s.

No entanto, Fernando Simón, diretor do Centro de Emergências do ministério da Saúde de Espanha, explicou ao jornal ‘El Economista’ que não acredita que seja necessário tomar o medicamento, podendo até ser prejudicial.

+ Aceleradora de assessores – Banco cria série para formar profissionais que mais estão em falta no segmento.

“Acho que tomar ácido acetilsalicílico não vai mudar substancialmente nenhum risco para ninguém. A aspirina, como qualquer outro fármaco, tem efeitos colaterais”, afirmou.

Quanto ao paracetamol, a Sociedade Espanhola de Medicina Familiar e Comunitária elaborou uma diretriz, na qual afirma que não é necessário recomendar sistematicamente o uso de paracetamol para prevenir possíveis efeitos secundários da vacina.

Segundo o órgão, o correto será tomar paracetamol após a vacinação somente se forem verificadas reações adversas. De outra forma, o fármaco não é recomendado, pois não tem qualquer utilidade.

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Por último, quanto ao álcool, Sheena Cruickshank, professora e imunologista da Universidade de Manchester, explicou que quando uma pessoa consome bebidas alcoólicas na noite anterior ou alguns dias depois de ser vacinada, o sistema imunológico não funciona totalmente, o que pode prejudicar o objetivo final da vacinação.

Conclusão também a que chegou Ronx Ikharia, especialista em medicina de emergência. Também a Sociedade Espanhola de Imunologia lembra que o consumo de álcool e drogas tem um efeito imunossupressor.

Assim, a recomendação sobre o álcool é de um alerta: é uma substância que, quando consumida em excesso, afeta o sistema imunológico, responsável por gerar defesas contra o vírus Covid-19.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Máscaras contra a Covid-19: guia mostra os melhores tipos e as combinações mais eficientes

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Máscaras protegem quem usa e a comunidade ao redor, conforme estudos e alertas unânimes dos cientistas. As orientações vão na contramão da proposta do presidente Jair Bolsonaro de tornar não obrigatório o uso de máscaras por pessoas vacinadas ou que já tiveram a Covid-19.
Nesta reportagem, especialistas analisam as melhores opções de máscaras disponíveis. Em 8 tópicos, entenda abaixo o essencial sobre:
Máscaras PFF2 (ou N95)
Máscaras elastoméricas
Máscaras com válvula
Máscaras cirúrgicas ou de procedimentos
Máscaras de pano
Máscaras KN95
Máscaras de outros tipos
Máscaras para crianças

Veja em detalhes:
1) Máscaras PFF2 (ou N95)

Enfermeira usa máscara do tipo PFF2 e outros equipamentos de proteção individual (EPIs) em Madri, na Espanha, no dia 3 de fevereiro. — Foto: Juan Medina/Reuters
A PFF2 é uma máscara descartável, mas que na pandemia tem sido reutilizada em ambientes não hospitalares. Elas são capazes de filtrar partículas muito pequenas contendo o coronavírus. A sigla PFF significa “peça facial filtrante”. Veja mais detalhes sobre as PFF2.

Nos Estados Unidos, elas são conhecidas sob o nome de N95. No Brasil, você não verá esta sigla na embalagem de uma PFF2, mas elas são equivalentes.
Em termos de proteção, a PFF2 é, para a população em geral, a melhor opção para evitar o contágio pelo coronavírus. Isso porque ela alia os fatores filtragem + vedação da forma mais eficiente: tem alta capacidade de filtragem e, se ajustada corretamente, não deixa folgas no rosto pelas quais o vírus pode entrar.
Veja, no vídeo abaixo, como usar corretamente as máscaras deste tipo:

–:–/–:–

O que devemos saber sobre as máscaras PFF2/ N95
As PFF2 requerem relativamente poucos cuidados de uso – é preciso checar se o ajuste está correto, deixar a máscara “descansando” por alguns dias antes de reutilizar e, na hora de usar de novo, verificar se está em boas condições – sem rasgos ou com os elásticos frouxos, por exemplo.
Se você não se adaptar aos elásticos na cabeça, também há opções de PFF2 certificadas com elásticos nas orelhas. Em termos de preço, as PFF2 também são vantajosas: elas custam, em média, de R$ 2 a R$ 10 a unidade. Uma busca online, em lojas de equipamentos de proteção individual (EPIs) ou de materiais de construção pode ajudar a achar ofertas.

Em farmácias, elas costumam ser mais caras. Alguns revendedores também têm praticado preços bem acima da média, como R$ 60, R$ 70 ou até mais altos.
Há perfis em redes sociais e sites voltados a fazer levantamentos periódicos de marcas, preços e dicas de ajustes para cada tipo de rosto. Há levantamento de preços até por estado e com informações sobre as marcas.

2) Máscaras elastoméricas

Profissional de saúde usa máscara elastomérica para cuidar de paciente com Covid-19 no Hospital Royal Papworth, em Cambridge, na Inglaterra, em maio de 2020. — Foto: Neil Hall/Pool via Reuters
A máscara elastomérica é o modelo que a profissional de saúde está usando na foto acima. Ela pode ser semifacial (quando cobre o nariz e a boca) ou inteira (cobre também os olhos). Normalmente é feita de materiais como silicone e/ou borracha. No Brasil, esse tipo de máscara costuma ter uma válvula de exalação (veja detalhes sobre as válvulas no tópico 3).

Entre as principais vantagens da elastomérica em relação a outros tipos de máscara – inclusive as PFF2 – estão a melhor vedação, a possibilidade de reutilização por mais tempo e o potencial de filtragem maior. A médio e longo prazo, elas também saem mais baratas.

O professor de computação Pedro Fernandes, que mantém uma página na internet sobre máscaras, destaca que as elastoméricas são leves. Além disso, na avaliação dele, elas se ajustam melhor ao rosto, são mais confortáveis e fáceis de respirar do que as PFF2.
“Os elásticos [das elastoméricas] são mais fortes, o silicone se amolda ao rosto, enquanto que, na PFF2, você tem que ficar testando qual modelo fica bem em você”, compara Fernandes.

Modelos de máscaras elastoméricas — Foto: Reprodução
Com a pandemia, alguns especialistas e órgãos internacionais têm recomendado as elastoméricas também para profissionais de saúde – principalmente em contextos em que há falta de máscaras do tipo PFF2/N95, como nos Estados Unidos e no Canadá.
Mas, nesses países, já existem elastoméricas disponíveis sem válvulas de exalação; modelos desse tipo ainda não estão regulamentados no Brasil.
Justamente por terem a válvula de expiração, elas não são recomendadas para uso em serviços de saúde, nem de forma geral, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa):

“As máscaras com válvula de expiração não são indicadas para uso na assistência à saúde durante a pandemia e nem para controle de fonte (incluindo na comunidade), pois ela permite a saída do ar expirado pelo seu usuário que, caso esteja infectado, poderá contaminar outras pessoas próximas e o ambiente”, disse a agência em resposta ao G1 sobre o uso de máscaras com válvula.

Padre Julio Lancelotti usando máscara elastomérica enquanto distribui comida em São Paulo no dia 21 de abril. — Foto: Reprodução/Twitter @pejulio
Originalmente, a intenção era que as elastoméricas fossem usadas em ambientes industriais ou de minas. Nesses lugares, é importante proteger quem usa das substâncias que estão no ambiente, mas a proteção de outras pessoas do ar expirado pelo usuário da máscara não é necessária.
Além da questão da válvula, a elastomérica também requer alguns cuidados de higienização adicionais – que as PFF2 não têm – e a troca do cartucho de filtragem periodicamente.
Outro ponto é que elas são grandes e cortam o campo de visão de quem está usando, avalia Raquel Wahl, psicóloga clínica de Campo Grande (MS) que começou a vender PFF2 durante a pandemia.
“E o óculos não encaixa direito. Então eu acabo usando para coisas muito específicas, quando me sinto um pouco mais exposta. Mas, para outras situações, eu uso PFF bem vedada, que dá na mesma”, diz Wahl.

3) Máscaras com válvula

Enfermeira usa máscara com válvula em UTI de pacientes com Covid-19 em Atenas, na Grécia, no dia 29 de abril. — Foto: Giorgos Moutafis/Reuters
Nas PFF2 valvuladas, a pessoa que usa está protegida de forma similar à que estaria se usasse uma PFF2 sem válvula (o ar não entra pela válvula). Se ajustada corretamente – assim como as PFF2 sem válvula – a valvulada fornece boa proteção, porque tem os mesmos índices de filtragem das não valvuladas.
O problema é que, como a válvula é de exalação, ela serve para facilitar a saída de ar. Nessa saída, se a pessoa que está usando a máscara estiver com o coronavírus, ela pode expelir partículas virais, ainda que em pequena quantidade, e infectar outras.

Conforme visto na pergunta 2, a Anvisa NÃO recomenda o uso de máscaras com válvula nem por profissionais de saúde, nem de forma geral.
O uso de máscaras com válvula na pandemia só é permitido por profissionais de saúde de forma excepcional, quando houver escassez das máscaras não valvuladas. Mesmo assim, a exceção não se aplica a centros cirúrgicos, conforme uma nota técnica de fevereiro de 2020 da agência:
“No cenário atual da pandemia e em situações de escassez, em que só tenha disponível este modelo de máscara com válvula expiratória no serviço de saúde, recomenda-se o uso concomitante de um protetor facial, como forma de mitigação para o controle de fonte. Porém, a exceção a esta medida de mitigação é o Centro Cirúrgico, onde estas máscaras NÃO devem ser utilizadas, por aumentar o risco de exposição da ferida cirúrgica às gotículas expelidas pelos profissionais e assim podem aumentar o risco de infecção de sítio cirúrgico.”

Na avaliação da cientista Melissa Markoski professora de biossegurança da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), as máscaras valvuladas devem ser, no geral, evitadas.
Uma possível exceção é durante atividade física feita distante de outras pessoas. Isso porque a válvula da máscara facilita a expiração do ar – torna mais fácil respirar durante esforço físico intenso.
“Se a pessoa tem uma máscara valvulada e vai correr, em um ambiente em que não vai entrar em contato com outras pessoas, aí, tudo bem, porque está facilitando a sua exalação de ar”, explica. “Longe de outras pessoas, [em que] que não corre risco de contaminar”.

A cientista Beatriz Klimeck, doutoranda em Saúde Coletiva na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), faz ponderação semelhante.
“Se você está procurando uma máscara melhor e falando para as pessoas que a solução da pandemia envolve uma máscara melhor, eu não entendo que uma máscara valvulada resolve esse problema”, pontua Klimeck, uma das responsáveis pela página “Qual Máscara?” na rede social Twitter.

Foto mostra profissional de saúde usando roupas protetoras e máscara com válvula na pandemia de Covid-19 no dia 24 de novembro de 2020 em Kiev, na Ucrânia. — Foto: Gleb Garanich/Reuters
Um estudo de simulação feito pelo NIOSH, nos Estados Unidos, com 13 modelos de máscaras valvuladas (N95 ou N99), apontou que, mesmo que deixassem passar mais da metade das partículas emitidas pelo usuário simulado (até 55%), as N95 ou N99 com válvula ainda conseguiam conter as partículas melhor, de forma geral, do que as máscaras cirúrgicas, de procedimentos ou de pano, que não tinham certificação.

No Brasil, as máscaras com válvula estão proibidas pela Anvisa em aviões e aeroportos desde 26 de março.
4) Máscaras cirúrgicas ou de procedimentos

Médico de emergência em Madri, na Espanha, coloca máscara contra o coronavírus no dia 2 de março. — Foto: Juan Medina/Reuters
Depois das PFF2 – com ou sem válvulas – as máscaras cirúrgicas e/ou de procedimentos são as mais eficientes na filtragem de partículas. Isso porque elas são feitas de tecido não tecido (TNT) – que podem ser de vários tipos e ter várias camadas.
Em um estudo, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) viram que, depois das PFF2 – que tiveram 98% de eficiência de filtragem de partículas –, as máscaras cirúrgicas e de procedimentos tiveram eficiência de 87% a 91% na filtragem, conforme a quantidade de camadas. Quanto maior a quantidade de camadas, maior foi a eficiência.
Embora tenham a seu favor a eficiência de filtragem, o problema das máscaras cirúrgicas e de procedimentos costuma ser a vedação – elas acabam deixando folgas no rosto.
Para mitigar o problema da vedação dessas máscaras, existem algumas opções:
escolher máscaras que têm um clipe nasal – pedaço de arame ou plástico que ajuda a ajustar a máscara ao nariz e evitar folgas;
combiná-las com máscaras de pano (veja pergunta abaixo);
dar um nó nos elásticos da máscara, para ajustá-la mais rente ao rosto (mas preste atenção, pois isso pode acabar criando, também, uma folga):
ajustá-las ao rosto com uma “cinta de máscara”.

Imagens de exemplo do CDC mostram como reduzir as folgas (que aparecem na figura A) na máscara de procedimentos (figura C) e como combiná-las (na figura B) para diminuir a chance de contágio pelo coronavírus. — Foto: Reprodução/CDC
5) Máscaras de pano

O estudo da USP que testou a eficiência de filtragem das PFF2 e das cirúrgicas (veja pergunta 4) também constatou que as máscaras de pano, de forma geral, tinham baixíssima eficiência de filtragem:
Algodão: as máscaras de algodão tiveram, no geral, 40% de eficiência de filtragem – o que significa que 60% das partículas conseguiam passar pela máscara. Algumas máscaras testadas filtravam apenas 20% das partículas; outras alcançavam 60%. Essa diferença ocorreu por causa de diferenças na grossura, malha e outras propriedades do tecido.
Um detalhe é que, no caso das máscaras de algodão, adicionar uma segunda camada ajudou a aumentar a eficiência de filtragem, mas uma terceira camada não mudou significativamente essa eficiência.
Espuma de poliuretano laminado: tiveram, no geral, 25% de eficiência de filtragem (75% das partículas passavam pela máscara).
Mistura de 70% poliéster e 30% resina: no geral, tiveram apenas 12% de eficiência de filtragem (88% das partículas passavam pela máscara).

Além disso, os pesquisadores da USP também pontuaram a necessidade de um clipe nasal na máscara, independentemente do material. Isso porque o clipe ajuda a aumentar a vedação; sem ele, a pessoa acaba respirando o ar não filtrado pelas folgas entre o nariz e o rosto.

A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que as máscaras tenham, no mínimo, 70% de eficiência de filtragem.
Os outros materiais que não alcançaram esse percentual mínimo nos testes da USP foram o papelão, com 69%, e a microfibra, com 51%.
Outros materiais, como o neoprene e misturas de tecidos, tiveram alta eficiência (78% e 83%, respectivamente), mas, em compensação, acabavam dificultando a respiração.
No início de fevereiro, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) anunciou que usar duas máscaras – uma de procedimentos médicos e uma de pano por cima– poderia bloquear até 96% das partículas que carregavam o coronavírus se ambas as pessoas em uma situação usassem essa combinação.
No caso de apenas uma delas usar as duas máscaras, a pessoa que está usando tem a exposição reduzida em 83%. Ou seja: uma forma de aumentar a baixa proteção oferecida pelas máscaras de pano é combiná-las com as máscaras cirúrgicas ou de procedimento.
6) Máscaras KN95

Em tese, as KN95 são o equivalente chinês das PFF2 brasileiras e das N95 dos EUA. Existe ao menos uma marca que, de fato, tem uma KN95 certificada no Brasil (veja nas fotos abaixo).

Exemplo de KN95 certificada com elásticos nas orelhas. — Foto: Arquivo pessoal/Raquel Wahl

O G1 consultou o CA 44.582 no “consultaca” e a certificação estava válida, com vencimento em 2 de setembro de 2025, até a última atualização desta reportagem. É possível buscar máscaras para compras online também pelo número do CA.
Note na foto abaixo que, no modelo certificado, a parte de dentro é cinza, e não branca:

Parte de dentro de modelo certificado de KN95. — Foto: Arquivo pessoal/Cecília Morais
O problema, entretanto, é que muitas KN95 são falsificadas, importadas sem certificação ou não são testadas.
Em maio de 2020, a Anvisa listou 51 marcas de máscaras do tipo KN95, importadas da China, que não conseguiram comprovar uma eficiência de filtragem mínima. Veja na tabela abaixo:
Máscaras do tipo N95 com filtragem ineficiente

Fabricante
Modelo do Respirador
País de Fabricação
Allmed
KN95 Particulate Respirator LP220002
China
Bei Bei (Dong Shan) Protective Supplies Co., LTD
B707
China
Changsha JNEYL Medical Equipment Co., Ltd
JN-9501
China
Chengde Technology Co.
KN95 (PM 2.5) Protective Mask
China
China Nano Technology Co., Ltd
ZN6005 ZN8005
China
Creative Concepts Manufacturing Ltd
02669, 02676, KN95
China
CTT CO. Ltd.
KN95
China
Dongguan Huagang Communication Technology C. Ltd
KN95-A; KN95-B
China
Dongguan Leihuo Medical Device Co., LTD
CPFM-100, CPFM-101, LH-KN95
China
Dongguan Xianda Medical Equipment Co., Ltd
KN95
China
Fujian Pageone Garment Co., Ltd
KN95
China
Fujian Yongtai Sanlian Garment Co., Ltd.
N95
China
Guangzhou Aiyinmei Co., LTD
A&F KN95
China
Guangdong Fei Fan MStar Technology Ltd.
KN95
China
Guangzhou Improve Medical Instruments Co., LTD
PPDS N95 Respirator and Surgical Mask Model No. PPDS Ear Hook M
China
Guangdong Nuokang Medical Technology Co., Ltd.
KN95
China
Guangzhou Sunjoy Auto Supplies Co., LTD
Earhook folding type K1-K100 Headband folding type K1-K100
China
Guangdong ZhiZhen Biological Medicine Co., LTD
KN95
China
Henan Fengzhihuang Industrial Co., Ltd
HF/KN95-3
China
Huizhou Huinuo Technology Co., LTD
HV-N White 9501A, HV-N White 9501B
China
Huizhou Jiahe Cubic Technology Co., LTD
KN95
China
Huizhou Lexuslance Technology Co. Ltd
LK-003
China
Improve Medical (Hunan) Co. Ltd.
PPDS Strap Headband M PPDS Ear Hook M
China
Jiangsu Weichuangli New Materials Co., Ltd.
WCL-0075
China
Jiangsu Yimao Filter Media Co., Ltd
9570K
China
Jiangxi Hornet Industrial Co. Ltd.
S-KN95
China
Jinhua Jiadaifu Medical Supplies Co. Ltd
KN95 FFP2
China
Jinan Vhold Co., LTD
VH-95
China
Juntech (Jiaxing) Healthcare Materials Co. Ltd
KN95
China
Lanshan Shendun Technology Co.
SD-KN95-01, SD-KN95-02, SD-KN95- C01, SDKN95-C02
China
Panzhihua Gangcheng Group Yasheng Industrial Co., Ltd.
KN95
China
Qingdao Orphila Medical Technology Co. LTD.
OM-KN95-FFP2
China
Qingyuan Leite Technology Development Co.
GV-0095A, GVHKN95
China
Raxwell Industrial Technology (Shanghai) Co., Ltd.
RX9501
China
Shandong Daddy’s Choice Health Science and Technology Co., Ltd
Purism KN95
China
Shandong Shengquan New Material Co., Ltd
SNN70370B (Willow leaf form valveless)
China
Shanghai Yunqing Industrial Co.,Ltd.
YQD95 KN95
China
Shauguan Taijie Protection Technology Co. Ltd.
KN95
China
Shenzhen Horb Technology Corp., Ltd
1.7.02.02.0001
China
Shenzhen Missadola Technology Co., Ltd, dba 1AK Medical Supplies
2626-1 KN95
China
Tianjin Benmo Medical Equipment Co., Ltd.
KN95
China
Weini Technology Development Co., Ltd
KN95 958, KN95 951
China
Yiwu Henghao household products Co., Ltd
HH-KN95-001
China
Yiwu Yifan Knitting Co. Ltd
KN95
China
Zhangzhou Easepal Industrial Corp.
MASK-104
China
Zhejiang Baiyi Intelligent Garment Co LTD
KN95
China
Zhejiang Shengtai Baby Products Co Ltd
KN95
China
Zhende Medical Co., LTD
N9501F
China
Zhengzhou Ripe Medical Technology Co., LTD
Disposable Protective Mask KN95
China
Zhengzhou Wanshenshan Healthcare PPE Co., Ltd.
KN95
China
ZhongKang protective equipment technology (Guangzhou) Co., Ltd
ZK601
China
Fonte: Anvisa

O site “consultaca” permite consultar se o certificado de aprovação de uma máscara PFF2 está válido. Normalmente, elas têm uma certificação (simbolizada pela sigla “CA”) emitida pelo Ministério da Economia, mas, na pandemia, a obrigatoriedade do CA está suspensa.
7) Máscaras a evitar

Que tenham material como tricô, crochê, poliuretano, poliéster, microfibra, papelão e similares. Esses materiais deixam buracos por onde o vírus pode entrar ou não têm capacidade de filtragem suficiente (veja pergunta 5). Verifique a composição do material da máscara antes de comprar.
De vinil, transparentes ou do tipo M85;
Que não bloqueiem a luz (significa que tem buracos por onde o vírus pode entrar);
Que deixem folgas no rosto;
Que não cubram de forma adequada o nariz e a boca (por serem pequenas ou curtas demais);
Que tenham apenas uma camada (seja de tecido ou de procedimentos/cirúrgica);
Polainas de pescoço (veja vídeo abaixo).

–:–/–:–

VÍDEO: Comparativo de máscaras, segundo estudo publicado na ‘Science’
Faça o teste: se você consegue apagar uma vela com a sua máscara, ela não está adequada. Veja os tipos proibidos pela Anvisa em aviões e aeroportos.
8) E as crianças?

Crianças checam a temperatura em um robô em uma demonstração em uma escola primária em Madri, no dia 4 de setembro, em meio à pandemia da Covid-19. — Foto: Paul White/AP

Na época da publicação da primeira reportagem do G1 sobre as PFF2, não havia, ainda, máscaras desse tipo para crianças. Isso porque elas são um equipamento de proteção individual (EPIs), para trabalho, e, portanto, certificadas pelo Ministério da Economia (antigo Ministério do Trabalho e Emprego).
Agora, ao menos duas marcas nacionais já lançaram máscaras do tipo PFF2 específicas para crianças, segundo o G1 apurou.
A única diferença em relação aos modelos para adultos é que elas não têm a certificação de aprovação (CA). Segundo ambas as marcas, as PFF2 infantis são feitas do mesmo material que as de adulto, conforme as normas técnicas da Anvisa e do Ministério do Trabalho/Economia.

Fonte: G1

Ozonioterapia ajuda na recuperação de pacientes com Covid-19 em Teresina

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O portal piauihoje.com está com uma nova colunista. Trata-se da fisioterapeuta e doutora em Saúde Coletiva, Mariana Sanchez. Mariana também é Mestre em Ergonomia (UNESP), coordenadora do curso de graduação de Fisioterapia da faculdade Estácio, docente dos cursos de pós-graduação em Saúde em habilitação em Ozoniotrapia, membro da Câmara Técnica do Conselho Federal de Fisioterapia e proprietária da Clínica Mariana Sanchez Fisioterapia Integrativa.

coluna de saúde de Mariana Sanchez é um espaço para divulgar o trabalho dos profissionais da área, ampliar as possibilidades de tratamento que existem e falar de saúde de uma maneira simples, transmitindo a informação para a população com uma linguagem compreensível. A coluna também traz uma reflexão sobre a ciência nos dias de hoje.

O Piauihoje.com conversou com a fisioterapeuta, que vem desenvolvendo um importante trabalho nos pacientes que adquiriam Covid-19 em Teresina. Apesar de ainda ser pouco reconhecida, a terapia complementar de ozonioterapia traz uma melhora significativa no quadro dos pacientes acometidos pela Covid-19. Mariana explicou um pouco sobre a técnica.

“O tratamento da ozonioterapia é feito com o gás ozônio que entra no corpo do paciente por diversas vias, dependendo da necessidade de cada paciente. O gás pode ser aplicado direto nas articulações, pode ser aplicado via retal ou misturando com o sangue e retransfundir o sangue ozonizado. É uma terapia muito segura, que existe desde a primeira Guerra Mundial. É muito desenvolvida em países como a Alemanha, Rússia, China, Cuba”, explica a fisioterapeuta.

Segundo Mariana Sanchez, o ozônio tem propriedades que atua em diversas vias do corpo. Ela vem sendo uma terapia complementar muito positiva aos pacientes com Covid, fazendo com que eles diminuam a infamação, negativem o vírus mais rapidamente e melhora a oxigenação. Também ajuda a reduzir a fadiga e a febre. O tratamento complementar da Covid depende da fase em que o paciente está. Em média, o tratamento é de 5 a 15 dias para esses pacientes.

“Aqui em Teresina, a ozonioterapia ainda é pouco reconhecida, na verdade em todo Brasil. A gente vem desenvolvendo um trabalho grande, mostrando esse reconhecimento através de pesquisas, divulgação. Hoje, a ozonioterapia é liberada pelos Conselhos de Fisioterapia, Biomedicina, Enfermagem e Farmácia. A gente está trabalhando para melhor reconhecimento dessa terapêutica que é tão eficaz e que vem sendo um adjuvante tão importante no tratamento da Covid-19”, frisa.

Atualmente, existe publicada bastante fundamentação cientifica da ozonioterapia. Somente em relação à Covid-19, são 22 artigos publicados. No total, 721 pacientes que utilizaram a ozonioterapia como tratamento complementar da Covid apresentaram resultado positivo. É um trabalho fundamentado através de pesquisas.

“Já tratei 72 pacientes com Covid e todos ficaram 100% recuperados, sem sequelas. Aqui em Teresina a gente vem trabalhando aos poucos. Os pacientes que fazem o tratamento veem que a ozonioterapia foi fundamental para a recuperação e acabam divulgado”, diz Mariana.

Conclui-se que a ozonioterpia vem sendo uma aliada tanto no tratamento da Covid-19, como também no tratamento das sequelas.

“A Covid atua em dois níveis:  o nível inflamatório que é uma alteração sistémica no organismo da pessoa e uma alteração respiratória. O ozônio vai combater essa inflamação porque ele é um antiflamatório sistêmico e ele oxigena o tecido. Então, o ozônio vai melhor a oxigenação, diminuindo o desconforto respiratório do paciente. Na síndrome do pós-Covid, ele atua melhorando a fadiga e a parte respiratória”, explica.

OZONIOTERAPIA TRATA VÁRIAS DOENÇAS

De acordo com Mariana, a ozonioterapia é indicada para tratar diversas doenças. Geralmente não existe contraindicação absoluta para a ozonioterapia, exceto se o paciente tiver uma deficiência relacionada à enzima G6PD.

“Temos publicações de artigos científicos que mostram a eficácia do tratamento de doenças crônicas, doenças respiratórias e atualmente temos 27 artigos publicados com tratamento complementar da Covid-19, além de comprovar eficácia no tratamento da diabetes, feridas, dores na coluna e no joelho, cientificamente são essas as áreas que comprovam a sua eficácia”, defende a fisioterapeuta.

O tempo de tratamento depende de cada problema de saúde. Alguns pacientes utilizam poucas, paciente problema de dor articular por exemplo. Já outros pacientes precisam de um tratamento mais prolongado, que têm doenças crônicas, respiratórias, diabetes, etc, podendo chegar até seis meses de acompanhamento.

A ozonioterapia não possui efeitos colaterais significativos. O que o paciente pode sentir é ânsia, sonolência, relaxamento. Se ele não tiver se alimentado bem antes da ozonioterapia, ele pode ter uma sensação de desmaio porque o ozônio é hipoglicimiante, ou seja, ele abaixa o nível de açúcar do sangue. Mas essas sensações são muito raras.

O paciente com Covid vai obter várias respostas como diminuição da inflamação no corpo, melhoramento da oxigenação ele também vai ativar as enzimas antioxidante, o que previne o processo de envelhecimento.

Fonte: Piauí Hoje